Apesar de fazer uso de vários serviços gratuitos que o google disponibiliza, inclusive o buscador, eu concordo com a essa tese de que é perigoso termos apenas um buscador de informações dominando a internet. Isso se parece com a história da M$ dominar os PCs ao redor do mundo com o seu sistema operacional. Tudo que vira monopólio vai contra as regras da democracia. É preciso ter direito de escolha !
Em 5 de fevereiro de 2011 15:23, Renato Alvim <renato.al...@gmail.com>escreveu: > Excelente matéria! > repassarei a todos, para alertá-los, se me permitir. > Citando as fontes, claro. > > Em 5 de fevereiro de 2011 14:17, Misael <mtorres...@gmail.com> escreveu: > > > http://revolutas.net/index.php?INTEGRA=514 > > > > Os perigos do Google como único filtro da realidade > > > > Procurar qualquer coisa naquele retângulo mágico do buscador Google. Se > > não aparecer nada talvez “a informação que buscamos não exista”. Será? > > > > Silvio Mieli > > > > “No início do terceiro milênio, estamos diante de uma situação única na > > história, que faz com que uma corporação privada da América determine a > > maneira pela qual buscamos informações”. Assim começa a primeira parte > > da “Pesquisa sobre os perigos e oportunidades apresentados pelos > > programas de busca na internet (Google, em particular)”, desenvolvida ao > > longo do ano passado pelo Instituto de Sistemas da Informação e > > Computação da Universidade de Tecnologia de Graz, na Áustria. O projeto > > foi coordenado pelo Prof. Hermann Maurer e financiado pelo Ministério > > austríaco dos Transportes, Inovação e Tecnologia – o estudo completo > > pode ser baixado aqui: > > http://www.iicm.tugraz.at/iicm_papers/dangers_google.pdf > > > > A pesquisa questiona uma atitude natural dos usuários da intenet: > > procurar qualquer coisa naquele retângulo mágico do buscador Google. Se > > não aparecer nada talvez “a informação que buscamos efetivamente não > > exista”. Será? > > > > O objetivo do trabalho, cujos resultados foram pouco divulgados pela > > mídia corporativa, é demonstrar o comportamento monopolista da empresa > > Google, além de denunciar o que os pesquisadores chamaram de “Síndrome > > Google de Copiar e Colar”. Trata-se da emergência de uma geração de > > “pesquisadores” que limitam-se a fazer uma colcha de retalhos de > > informações pinçadas no Google, travestidas de trabalhos escolares ou > > acadêmicos, sem ao menos citar as fontes. > > > > A apresentação da pesquisa austríaca vai direto ao ponto: “para qualquer > > um que encare a questão fica claro que o Google acumulou um poder que > > acabou se constituindo numa ameaça à sociedade”, já que transformou-se > > na principal interface entre a realidade e o pesquisador na internet. O > > Google tem o monopólio dos programas de busca e invade massivamente a > > privacidade das pessoas. Sem enfrentar limitações de qualquer natureza, > > o Google conhece particularidades dos indivíduos mais do que qualquer > > outra instituição, “transformando-o na maior agência de detetives do > > planeta”. A influência do Google na economia é direta, principalmente na > > maneira pela qual os anúncios são exibidos (quanto mais a empresa pagar, > > maior visibilidade o anúncio terá). Aliás, parte do seu faturamento, > > superior a 16 bilhões de dólares em 2007, deve-se à sua estratégia de > > publicidade online através dos links patrocinados. > > > > Hierarquia > > > > Desde o primeiro programa de buscas na internet, o Altavista, lançado em > > dezembro de 1995, vive-se a sensação do dado bruto transformar-se em > > conhecimento, em informação viva. Com o aparecimento do Google, fundado > > em 1998 pela dupla Larry Page e Sergey Brin, jovens doutorandos da > > Universidade Stanford, na Califórnia, passou-se para um outro patamar de > > programas de busca. Brin definiu que as informações na web deveriam ser > > organizadas numa hierarquia de popularidade. Ou seja, quanto mais um > > link leva a uma página específica mais a página merece ser ranqueada nos > > resultados do programa de busca. Outros fatores, como o tamanho da > > página, número de mudanças, atualizações constantes, títulos e links no > > texto foram incluídos na programação (algorítmo) do Google. Lentamente o > > programa implantou um processso de hierarquização das informações que > > passou a ser aceito sem contestações. Em março de 2007 o Google atingia > > 53,7% do mercado dos buscadores da rede (segundo dados da Nielsen/ > > NetRatings). > > > > Considerando-se que muitas das informações que circulam na internet > > partem de indicações do Google ou da Wikipédia (a grande enciclopédia de > > conteúdo “aberto” da internet), Stephan Weber, co-autor do projeto da > > Universidade de Tecnologia de Graz, denuncia uma espécie de > > “Googlarização da realidade”, já que existem fortes indícios que o > > Google e a Wikipédia operam a partir de uma espécie de parceria. Os > > pesquisadores escolheram ao acaso 100 verbetes em alemão e outros 100 em > > inglês do índice de A a Z da Wikipédia e colocaram estas palavras-chave > > em quatro grandes programas de busca (Google, Yahoo, Altavista e Live > > Search). O Google registrou 91% dos resultados das entradas da Wikipedia > > (em alemão). Para os sites em inglês os resultados atingiram 76% de > > registros no Google. “Parece evidente que o Google está privilegiando os > > sites da Wikipedia em seu ranque”, concluiu a pesquisa, seguida pelo > > Yahoo (56% em alemão e 72% em inglês). > > > > Plágio > > > > A segunda seção da pesquisa dedica-se à emergência de uma nova técnica > > cultural e suas implicações sócio-culturais: o plágio (a tal síndrome do > > “Copiar e Colar”) e suas relações com os conceitos contemporâneos de > > propriedade intelectual. O estudo cita o caso de um ex-aluno de > > psicologia da Universidade Alpen-Adria de Klagenfurt, na Áustria, que > > elaborou a sua tese de doutorado com mais de cem fragmentos copiados da > > internet. As primeiras páginas da tese eram uma colagem de vinte sites, > > muitos dos quais sem o menor rigor científico. Diante do plágio, a > > universidade passou a aplicar um software alemão de detecção de cópias > > chamado Docol©c (http://www.docoloc.de/), cujos resultados ainda estão > > sendo testados. > > > > A proposta prática da pesquisa é a de reduzir a influência do Google a > > partir do desenvolvimento de outros programas de busca especializados na > > Europa, desvinculando a hierarquia comercial do livre fluxo de dados > > públicos que circulam pela internet. > > > > Assim como o estadunidense Gerg Venter, dono da empresa Celera, pretende > > mapear o código genético de tudo o que é vivo para patentear e vender, o > > Google parece querer codificar todas as informações circulantes no > > planeta, segundo critérios que nem sempre privilegiam o interesse > > público. Mais do que enfatizar o Google como “a empresa do séc.XXI”, a > > Universidade de Granz presta um grande serviço ao conscientizar os > > internautas dos limites e perigos dessa estratégia e, ao mesmo tempo, > > conclama os pesquisadores a uma ação imediata que impeça a > > “googlalização da realidade”. > > > > Silvio Mieli é jornalista e professor da faculdade de Comunicação e > > Filosofia da Pontifícia Universidade Católica (PUC - SP). > > > > Brasil de Fato - 03/06/2008 > > > > > > FONTE: Brasil de Fato > > SITE: www.brasildefato.com.br > > PUBLICAÇÃO: 10/06/2008 > > -- > > Abraços, > > Misael > > > > http://twitter.com/mtorresmbr > > http://identi.ca/mtorresmbr > > -- > > Mais sobre o Ubuntu em português: http://www.ubuntu-br.org/comece > > > > Lista de discussão Ubuntu Brasil > > Histórico, descadastramento e outras opções: > > https://lists.ubuntu.com/mailman/listinfo/ubuntu-br > > > > > > -- > *Conheça meu livro "Lógica de Formação de Acordes! !* > *Pedidos para o endereço :* > *renatoal...@renatoalvim.com* > []´s > ------------------------------------------------------------------------- > *Renato Alvim* - Rio de Janeiro - RJ - *OMB* 32.375 > *Sítio* : :www.renatoalvim.com > *blog*:http://renatoalvim.blogs.sapo.pt > Budista - Nam-Myoho-Rengue-Kyo > ------------------------------------------------------------------------- > -- > Mais sobre o Ubuntu em português: http://www.ubuntu-br.org/comece > > Lista de discussão Ubuntu Brasil > Histórico, descadastramento e outras opções: > https://lists.ubuntu.com/mailman/listinfo/ubuntu-br > -- Mais sobre o Ubuntu em português: http://www.ubuntu-br.org/comece Lista de discussão Ubuntu Brasil Histórico, descadastramento e outras opções: https://lists.ubuntu.com/mailman/listinfo/ubuntu-br