: Aristóteles  escreveu:
>
> Hoje, às 11 horas da manhã, soube através da TV Cabo Branco que a cidade
de
> Bayeaux, um dos polos econômicos do meu Estado, a Paraíba, estava sofrendo
> uma convulsão social, mais propriamente um protesto generalizado em função
> das urnas eletrônicas.

    Olá Aristóteles, olá amigos da lista,

      Saudações a todos após um longo período de ausencia a lista.

     Volta a lista justamente após o pleito, e como o Aristóteles já se
referiu acima, no mei meio de uma grande confunsão causada pela urna
eletrônica. O fato relatado por Aristóteles sintetiza o clima de revolta e
denuncia que tem pipocado não somente aqui na Paraíba, mas também
hoje(03/10) recebi um telefonema de um candidato da cidade de Xingó no
sertão de Sergipe relatando fatos similares aos ocorridos na Paraíba
 Bayeaux; Campina Grande ...) . Os fatos mais comumente relatados são os
seguntes:
                                         - O eleitor ao digitar o numero do
canditado, aparece a foto de outro canditado;

                                         -  O eleitor ao digitar o número do
canditado, aparece a mensagem de numero inválido;

                                        -   Número de título duplicado
 quando o eleitor chega para votar alguem ja votou por ele)

         Estes fatos ocorreram em diversos munícipios. Ontem (02/10) o Juiz
da cidade de Bayeeaux / PB) , convocou a imprensa, em meio a uma multidão de
mais de duas mil pessoas que ameaçavam invadir o Fórum Eleitoral, para
realizar uma auditoria(piada) técnica,  e demonstrou para a imprensa-
utlizando uma urna preparada- que não houve este tipo de problema, e simulou
uma votação, pedindo a uma jornalista que votasse. Depois o juiz afirmou que
não existe a possibilidade de recontagem.

           Agora eu pergunto aos companheiros da lista, tecnicamente se
durante o processo de votação, após digitar o número de um canditado, a urna
carrega e apresenta a foto de outro candidato, para quem na verdade o foto
foi registrado ??? E agora como proceder para se fazer uma auditoria séria
nos disquetes, na urna.
            Abaixo uma foto da manifestação em frente ao Fórum Eleitoral, e
tchamada da matéria divulgada no Jornal Correio da Paraíba.

             Abraços ,

                 Hébert Rodrigues



Bayeux não terá recontagem e Sara quer anular eleição

     A candidata Sara Cabral (PTB) vai entrar com pedido de anulação da
eleição em Bayeux. O marido dela, deputado Domiciano Cabral, disse que
mesários votaram em lugar de eleitores. A Justiça Eleitoral não admite
recontagem de votos no caso de votação eletrônica. Sara perdeu a eleição
para Expedito Pereira (PMDB) por uma diferença de 148 votos.

Matéria publicada no Jornal da Paraíba http://www.openline.com.br/~jpb/

Juiz admite falha humana no pleito de Bayeux

O juiz da 61ª Zona Eleitoral de Bayeux, José Geraldo Pontes, já despachou
para o Ministério Público, o pedido de anulação do pleito no município,
solicitado pelos representantes do PTB, que alegam fraudes no processo de
totalização dos votos. Além deste, outro pedido solicitado pela Coligação
Frente Popular das Oposições requerendo inspeção judicial da votação também
foi encaminhado ao Ministério Público.
Até a manhã de ontem, a Avenida Liberdade, em frente ao Fórum Inácio
Machado, de Bayeux, continuava interditada. As pessoas dormiram no local,
prosseguindo as reivindicações contra o resultado da eleição que deu vitória
ao candidato do PMDB, Expedito Pereira.
De acordo com o juiz José Geraldo Pontes, é improvável que o pedido de
anulação do pleito seja ratificado pois não existe amparo legal para este
tipo de solicitação. "Do ponto de vista técnico não existe falha no processo
eleitoral. Pode, sim, ter havido falha humana de eleitor ou mesário que agiu
de má-fé e acobertado por fiscais no processo de votação, mas de
totalização, jamais", declarou.
Para que haja anulação de pleito em Bayeux, o juiz garantiu que isso só pode
ser feito por parte de instância superior. "Os dois pedidos que chegaram às
minhas mãos já foram encaminhados ao Ministério Público Eleitoral. Deste
modo, vou então ouvir as partes contrárias e vou convocar a Junta Eleitoral
para decidir o pedido formulado perante esta zona", esclareceu o juiz.
Em Sapé
Alguns eleitores da cidade de Sapé estão reclamando porque tinham o título
eleitoral e não puderam votar. O juiz da cidade, Adilson Fabrício Gomes,
confirmou que realmente algumas pessoas ficaram sem votar por não constar o
nome na lista do TRE, mas o número de reclamantes é pequeno.
De acordo com o juiz, a Justiça Eleitoral só admite o voto dos eleitores
cujos nomes estejam na folha de votação e no cadastro de eleitores da seção.
Segundo informou o TRE, os títulos dessas pessoas que não puderam votar
devem estar cancelados pois em março deste ano, 288.145 títulos foram
cancelados devido ao não comparecimento do eleitor à época da revisão
eleitoral.
Segundo o TRE, 107 municípios do Estado passaram pela revisão eleitoral
tendo em vista a desproporcionalidade existente entre o número de habitantes
e o de eleitores da cidade. No município de Riachão do Poço, por exemplo,
constatou-se que, o número de eleitores era de 3.101, enquanto o número de
habitantes era de apenas 2.573.
TUMULTO EM JACARAÚ
Na cidade de Jacaraú, cerca de 90 km da capital, os eleitores também estão
inconformados o resultado das eleições. Desde a segunda-feira, o clima é
tenso, os manifestantes também estão organizando protestos na principal rua
da cidade, interditando a entrada do município. Eles querem que a eleição
também seja anulada.
A diferença de votação entre os candidatos à prefeitura foi de apenas 66
votos e os manifestantes alegam fraude eleitoral. A juíza da Comarca de
Jacaraú, Ana Carla Falcão, acionou a Polícia Federal e o Batalhão de Choque
da PM, após receber a ameaça de que os revoltosos iriam depredar o prédio do
Fórum.
Um policial militar foi atingido no rosto com uma pedra e foi hospitalizado.
Há informações de que o Movimento dos Sem-Terra já manifestaram apoio ao
protesto, que conta com aproximadamente 1.000 pessoas.
EXPLICAÇÕES DA JUSTIÇA
Apesar do TRE não ter recebido nenhuma reclamação formal sobre os problemas
alegados pelos eleitores destes municípios, o técnico do Tribunal José
Cassimiro Júnior tentou explicar a impossibilidade de haver qualquer falha
técnica por parte das urnas eletrônicas.
"Estas denúncias não procedem. Quando nós colhemos as fotos dos candidatos,
por ocasião do registro de candidatura, elas são digitalizadas e colocadas
nas urnas eletrônicas dos municípios através do mesmo sistema em todas as
urnas. Fizemos auditorias no momento da inseminação das urnas, mostrando aos
candidatos, fiscais de partidos presentes que as fotos dos candidatos
estavam perfeitas e visíveis juntamente com o número do candidato",
explicou.
"Quanto aos casos de eleitores que não puderam votar, existem muitos que não
comprovaram o domicílio, então não foram inscritos no cadastro eleitoral,
então não foram gravados na urna eletrônica. Cabe ao eleitor que teve esse
problema, procurar o cartório de sua cidade e comprovar o domicílio",
concluiu.

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