Ari, só uma correção: não sou ou fui funcionário da IBM. Minha empresa foi
contratada, pela IBM, para projetar (e fazer) esta 1. urna.

[EMAIL PROTECTED] wrote:

> On 8 Aug 2001, at 15:35, Paulo Mora de Freitas wrote:
>
> > Okay, okay, pedir p/ escrever é pedir demais. Bom, então ainda uma
> > última alternativa: uma máquina como proposta no parecer do MIT, na qual o
> > eleitor digita tal qual hoje na UE o seu voto, mas que o resultado é um
> > cartão impresso de fácil leitura eletrônica. Daí, antes do eleitor
> > depositar esse cartão na urna, ele o passa numa outra máquina, banalizada,
> > que lê o cartão e mostra numa tela. Dessa forma o eleitor verifica bem se
> > a primeira máquina preencheu o cartão. É uma maneira bastante cara de se
> > preencher uma cédula, mas enfim...
>
> Sou simpático a está idéia. Ela tem muitas vantagens sobre a solução
> brasileira.  A maior delas evitar programas de computador com sofisticações.
> O processo proposto pelos norte-americanos é muito mais simples e custa um
> décimo do nosso. Não li tudo que propuseram, ainda tem uns furos, mas acho
> que eles chegarão a uma solução inteligente.
>
> O nosso caso padeceu de um mal muito brasileiro, os gênios da Corte. Não
> houve um debate nacional em busca da melhor solução. Os gênios nos
> enfiaram goela abaixo as UE2000, um produto acadêmico, cheio de erros e
> furos. Agora somos forçados a remenda-las. Imagine quanto dinheiro de um
> país miserável como nosso foi gastou sem competência. O nosso colega
> Márcio, quando funcionário da IBM, ofereceu uma máquina muito melhor e
> infinitamente mais barata pelo que nos relatou. Não quiseram !!!
>
> O processo proposto pelos americanos é, digamos, necessariamente
> simplificado: uma máquina que imprime  a cédula, uma urna onde estas são
> depositadas, uma máquina que conta votos e pronto! E isto tudo acontece
> diante dos olhos do mortais comuns. Nenhuma sofisticação suntuária foi
> proposta. Tem furos ? Tem ! Tem, mas de correção bem mais fáceis e baratas.
>
> Nós partimos para um tipo de tecnologia que os próprios gestores do processo
> desconhecem. Toda vez que alguém questiona um detalhe daquelas máquinas,
> o defensor da coisa tem que consultar alguém para responder que sim ou que
> não. As urnas eletrônicas estão para as nossas autoridades eleitorais, no
> mesmo nível que um rádio de pilhas está para um índio – e olhe lá! Ambos
> sabem o que acontece quando mexem neste o naquele botão; mas não sabem
> nada sobre como aquilo acontece. E veja! O credor da verdade é o eleitor, que
> é desgraçadamente  quem sabe menos ainda.
>
> Aristóteles
>
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> Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico
>        http://www.votoseguro.org
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