Essa matéria pode acrescentar/retirar informações
sobre o fato da Amazônia
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Edição número 286 - Ano IV
- 24 de Novembro de 2001
http://www.relatorioalfa.com.br -
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R E L A T Ó
R I O
A L F
A
Descubra o que não querem que
você saiba.
©1998-2001
- Diretor Responsável: Aldo
Novak
A Revista
Grupos publicou entrevista sobre o Relatório Alfa. Leia clicando
em:
Destaque:
Mapa da Amazônia
como
sendo "área
internacional",
separada do Brasil, é
falso
Um trote velho se espalha
pela rede novamente,
trazendo um mapa anexado que indica que nos
livros americanos os alunos aprenderiam
que
a Amazônia está separada do Brasil. Em
péssimo inglês, com colagens primárias em
Photoshop, tudo é falso. Notícia, mapa e
conceito.
Por Aldo
Novak
(www.relatorioalfa.com.br) O
Relatório Alfa tem recebido centenas
de e-mails com a mesma afirmação: "um suposto livro
usado nos
Estados Unidos estaria trazendo a imagem da
Amazônia como área
internacional". No início de outubro começaram a
chegar as
primeiras mensagens para a redação, vindos de
leitores bem
intencionados.
Não fizemos nenhuma matéria porque este é um
assunto que
morreu -- ou deveria -- há mais de um ano, quando
foi esclarecido.
Até o Itamaraty teve que se pronunciar sobre o
caso, ano passado.
Entretanto chegou a um ponto inaceitável
novamente. No
momento em que escrevemos essa edição, já são mais
de 40
mensagens por dia -- entre assustadas e indignadas
-- muitas
anexando a cópia do suposto livro. O e-mail
apresenta um
título dramático:
Subject: Que absurdo! Para ficar
indignado!
Em seguida ele
cita uma informação real (do jornal Estado
de S.
Paulo):
No dia 24/5/01 o jornal "Estadão" publicou sem destaque nenhum,
e em três minúsculas linhas, a denúncia gravíssima de uma
brasileira residente nos EUA.
Os livros de geografia de lá, estão mostrando o mapa do Brasil
Os livros de geografia de lá, estão mostrando o mapa do Brasil
amputado,sem o Amazonas e o Pantanal. Eles estão
ensinando
nas escolas, que estas áreas são internacionais....ou seja,
em outras palavras, eles estão preparando a opinião pública
deles,para dentro de alguns anos se apoderarem de
nosso
território com legitimidade.
Logo depois o e-mail apela para o patriotismo dos
leitores e
pede que a mensagem seja retransmitida para o maior
número
possível de pessoas:
Nós somos brasileiros e, no mínimo, temos de nos indignar
com esta afronta.Vamos passar este e-mail para o maior número
de pessoas que conhecermos, e para que eles saibam que,
embora eles não noticiem o fato, nós, POVO BRASILEIRO,
estamos sabendo.
Essa é para as pessoas que acham, ainda, que os norte-americanos
são santos, e que tudo que se
fala deles é maledicência.
Todos nós já ouvimos falar que os
americanos querem transformar
a Amazônia num parque mundial com
tutela da ONU e que
os livros escolares americanos já
citam a amazônia como
floresta mundial... Pois chegou a
nossas mãos o livro didático
"Introduction to geography" do
autor David Norman, livro
amplamente difundido nas escolas
públicas americanas
para a Junior High School
(correspondente à nossa sexta
série do
1ºgrau).
Curiosamente,
este livro "amplamente difundido" nas escolas
americanas não
existe para compra em lugar algum, e o autor
-- até onde
sabemos -- também não existe. Em seguida o e-mail
termina com a
suposta "prova", uma página escaneada do livro.
Olhem o anexo e comprovem o que
consta a página 76 deste
livro e vejam que os americanos
já consideram a Amazônia
uma área que não é território
brasileiro, uma área que rouba
território de oito países da
América do Sul e ainda por cima
com um texto de caráter
essencialmente preconceituoso...
COMO
SURGIU
A história, entretanto, é velha e bem conhecida. A
brincadeira, de
péssimo gosto, foi feita por um grupo de
brasileiros (sim, foram
brasileiros, não americanos). Eles criaram um site
extremista e
inventaram a notícia de que os livros escolares
americanos não traziam
a área da Região Amazônica como parte do Brasil. No
lugar aparecia
uma região de controle internacional. Feito por um
grupo anônimo,
o site promoveu a falsa informação e usou o nome de
uma professora
do Texas, como se a mensagem partisse dela.
Trata-se de Michelle
Zwede, do Brazil Center da Universidade do Texas,
em Austin. Na
verdade ela entrou em contato com os autores do
site pedindo provas
e acabou tendo o nome dela usado ilegalmente no
trote.
Em maio do ano 2000 a isca foi mordida pelo
Jornal da Ciência da
SBPC (a sisuda e politizada Sociedade
Brasileira para o Progresso
da Ciência). O Jornal da Ciência é um interessante
clipping de notícias
enviadas aos assinantes. A jornalista que recebeu a
notícia, entretanto,
não verificou a credibilidade da fonte e o JC-Email
distribuiu a falsa
notícia para milhares de pessoas, muitos dos quais
formadores de
opinião. Ela acreditou que a mensagem partira mesmo
de Michelle Zwede.
Acreditando que a SBPC teria feito a pesquisa da
fonte, o jornal O
Estado de S. Paulo publicou uma nota, na coluna
Persona, assinada
por César Giobbi, reproduzindo com indignação o
texto do newsletter
da SBPC no dia 23 de maio de 2000 -- que trazia
novamente a assinatura
(falsa) de Michelle Zwede. Foi a gota d'água. O
jornal tirou o texto do ar.
Imediatamente todos começaram a perguntar "qual é a
fonte"? Foi
então que a SBPC resolveu investigar o caso
e descobriu que tudo
não passava de um "hoax", uma notícia falsa
plantada para incautos,
e teve que vir a público pedir desculpas -- junto
com o Estadão, que
produziu uma matéria sobre isso em 12 de
junho do ano 2000. Mas já
no dia 11 do mesmo mês, a alta cúpula das Forças
Armadas era citada
como preocupada com o "fato", no artigo Forças
Armadas Preocupadas
com a Internacionalização da Amazôna.
O site que divulgara a notícia falsa era recheado
de informações falsas,
como a dos mapas. Para ver o mapa,
visite:
Depois de tudo ter ficado esclarecido uma nova onda
de e-mails varreu a
rede em outubro do ano passado e nosso parceiro
InfoGuerra produziu
uma completa
matéria a respeito. Em outubro deste ano começou
novamente, indicando que os responsáveis pelo
trote estão escondidos
mas bem ativos, lançando as informações falsas de
tempos em tempos.
SERIA ISSO
POSSÍVEL?
É importante lembrar que mesmo que um autor de
livros didáticos maluco
incluísse fronteiras inexistentes em um livro, ele
seria imediatamente
detectado pelos conselhos federais de educação nos
Estados Unidos.
Naturalmente um vigarista poderia até publicar um
livro assim, mas jamais
seria adotado em uma rede de ensino americana. E se
isso chegasse a
acontecer, no mesmo ano o livro seria retirado de
circulação pela editora.
Aldo Novak
Editor
PS: Se você enviou para seus amigos a informação
falsa, sugiro que
envie esta edição do Relatório, para corrigir o
boato e impedir que se
espalhe ainda mais... Abaixo há alguns links
interessantes, que tratam
deste assunto em profundidade:
Infoguerra publicou uma matéria completa sobre o
assunto em Outubro do ano passado
Estadão explica o que aconteceu
Forças Armadas temem internacionalização da
Amazônia
Volta a circular e-mails com mentiras sobre a
Amazônia
Roubaram a Amazônia? Mitos da Web Brasileira
Mitos da Web Brasileira (outro artigo de Carlos
Orsi Martinho)
Roubo da Amazônia, o boato que não
morre
Os culpados que forjaram as informações e jamais
tiveram seus nomes conhecidos
possuem um site extremista (sem atualização desde o
ano passado) localizado
VOTE no Relatório Alfa para o
IBest2002. Se você gosta das
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que são enviadas,
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