Grande, Prof. Walter Del Picchia!

 Essa é uma das raras situações em que podemos avaliar diretamente os
fatos nessa nossa sociedade completamente mediatizada. Se as "ELEIÇÔES
HONESTAS JÁ!" ainda não serão para já, pelo menos ficou essa aula de
civismo dada aqui agora pelo senhor. 

 Como agora "gatos escaldados" nessa lista proponho tentarmos adotar
adiante a seguinte prática: não tomar 100% como certo o que é dito pela
mídia. Vão me dizer que desconfiam da mídia, mas não impede de na
prática linxarem o homem baseados num fragmento de frase solto numa
pequena nota qualquer! Repito, não sou amigo nem conheço a vítima, é
apenas um problema de princípios.

 Isso vale para tudo. Será que o Jarder realmente merecia ser perseguido
daquele jeito? Ou será que resolveram apenas "queimar" o homem? Tenho
comigo que o Collor caiu não porque roubou, mas apenas porque não soube
dividir o poder com o resto da quadrilha. Caras pintadas e todo o resto
não passaram de manipulação mediática para justificar a sua queda.

 Reflexão de fundo: me espanto de constatar o quanto estamos cada dia
mais próximos da realidade descrita no "1984" do Orwell. Será que o Bin
Laden existe mesmo? Provavelmente sim. Mas qual a garantia que temos
sobre todo o resto que ouvimos na mídia sobre esse conflito? De repente
o cara está até sendo pago pelas industrias americanas de petróleo.
Afinal todo mundo sabe que o quanto existe de petróleo na região e que o
Afganistão é um dos pontos estratégicos para se passar um oleoduto.

 A urna eletrônica tal qual ela é hoje se insere no mesmo contexto, o do
"dupli-pensar": o país vive uma Democracia, tem eleições. Mas quando
você pergunta ao cidadão se ele confia cegamente no TSE e na urna
eletrônica tal qual ela é, boa parte responde que não. Mas isso não
impede que as pessoas passem horas e horas discutindo em quem vão votar.
É contraditório!

 Nesse contexto, sobre "o que fazer?", creio que somos nós a nos adaptar
à essa nova realidade. Confesso que me sinto mais perdido do que
cachorro em dia de mudança. Mas me pergunto se não é o caso de
aplicarmos algum  modelo de Lógica Paraconsistente para tentarmos
entender alguma coisa. Será que alguém já tentou?

 Quanto ao epsódio em sí no Senado e na Câmara, se perdemos de goleada
foi por uma razão bastante simples: eles tem de fato muito, mas muito
mais poder do que nós! Simples como isso. 

 Penso que não foi êrro de ninguém do lado de cá, nem traição de algum
dos senadores que tem nos apoiado. Simplesmente se "o adversário marcou
muito mais faltas, convocou um montão de jogadores fortes e mudou todas
as regras éticas durante o jogo", é porque eles podem. E nós não, só nos
resta ficarmos a ver navios...

 Em todo caso, enquanto há vida há esperança. Portanto a luta continua e
um dia desses a informação passa.

 Abraços, Paulo Mora de Freitas.
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