Caro Jefferson e todos,

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Mas concordo que a verdadeira democracia é o
governo para o povo, ricos ou pobres,
de todas as raças, crenças etc.
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O resto não é democracia
ou é uma falsa democracia,
portanto uma ditadura.


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O povo não pode ser definido como 'proletariado'.
O Povo é o conjunto de pessõas
que vivem em um mesmo grupo social organizado.
O Povo brasileiro, são todas
as pessoas que nasceram e ou que vivem no Brasil.
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Democracia é o governo do povo
no sentido mais amplo,
como você colocou.


Contudo, temos basicamente tres classes:
os ricos, a classe média e os pobres.

Os ricos correspondem à 1,3% da população,
com 2 milhões de membros;

a classe média, 32%, com 54 milhões;

e os miseráveis, pobres e quase pobres,
com 66%, 114 milhões.

(Fonte: Banco Mundial, dados de 1996, vide abaixo)


Havendo democracia de fato,
a maioria governaria,
defendendo seus interesses,
ou seja, os pobres,
que são os trabalhadores
e desempregados.

Assim sendo, numa democracia,
o governo do povo, seria o governo
do proletariado, ditadura do proletariado
ou "hegemonia do proletariado" (Gramsci).

Da mesma forma que hoje,
na ditadura do poder econômico,
prevalecem os interesses da classe dominante,
a elite, os ricos, os plutocratas ou cleptocratas.

Vale a pena salientar,
que, como a Ditadura Militar,
esta também nos bombardeia
insistentemente pela mídia mercenária
com afirmações categóricas
de que estamos em uma democracia.

E, mesmo intelectuais e líderes
da chamada esquerda
tem acreditado nisto.


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Me refiro à Democracia, no
texto analisado por você,
como "processo eleitoral",
do tipo democrático, direto.
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O processo eleitoral é uma parte ínfima
de uma democracia,
a qual, quando existe, abrange à todos
e a todas as instituições.
Todos são iguais perante à lei, etc.


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Obviamente não me refiro
que perdemos a Democracia ( Poder ) que
ainda não temos por completo.
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Não se pode perder aquilo
que jamais se possuiu!
Não existe democracia parcial.
Ou o povo governa, ou não governa.


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Nao concordo quando diz que os ricos da
Plutocracia governariam melhor.
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Eu NÃO disse isto. Veja só:

> Mas lembre-se que é praticamente impossível ocorrer simultaneamente
> determinadas alternativas, tais como Plutocracia (governo dos ricos) e
> Democracia (governo do povo), a menos que os pobres, que sempre são a
> maioria, optem conscientemente por abdicar de seus direitos e concordem
> explicitamente que os ricos os governem melhor que eles próprios o fariam.

Eu afirmei que os pobres poderiam optar
por escolher os ricos como seus governantes,
caso considerem que a elite governe melhor
do que eles próprios o fariam.
E não mencionei coisa alguma que pudesse indicar
que tal opção seria a melhor,
conforme meu ponto de vista.
Estabeleci uma (única) condição,
onde a plutocracia seria fruto
de uma escolha democrática.


Dial Eticamente,

Heitor Reis
BH/MG

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JORNAL DO BRASIL
Domingo, 18 de junho de 2000

EUA concentram menos

No Brasil, renda média dos mais ricos
é 150 vezes maior que a dos mais pobres
MAIR PENA NETO

A concentração de renda no Brasil gerou cinco categorias de grupos sociais,
segundo indicadores do desenvolvimento, publicados há um mês pelo Banco
Mundial:

os miseráveis, que correspondem a 24 milhões;

os pobres, 30 milhões;

os quase pobres, 60 milhões;

a classe média, 50 milhões,

e os ricos, 2 milhões.

A dramaticidade desta concentração está no fato de que a renda média dos
mais ricos é 150 vezes maior que a renda média dos mais pobres. A riqueza
privada no Brasil está na ordem de R$ 2 trilhões. Os ricos controlam 53%
deste valor. "Não há evidência no mundo de país em que isso ocorra. Nos
Estados Unidos, os Bill Gates da vida controlam 26% da riqueza, metade do
que os mais ricos no Brasil controlam", afirma o economista da UFRJ,
Reinaldo Gonçalves.

Riqueza corresponde ao total dos prédios residenciais e não residenciais,
máquinas e equipamentos, automóveis, eletrodomésticos, base monetária e
títulos do governo em poder do público, menos a dívida externa líquida.
"Renda é fluxo, riqueza é estoque", caracteriza Reinaldo Gonçalves. "A
concentração do fluxo deriva da concentração do estoque".

Gini - O índice de Gini, que mede internacionalmente a distribuição de
renda, está em 0,60 no Brasil, segundo dados da Pesquisa Nacional de
Amostras por Domicílio (PNAD), de 1998. Quanto mais próximo de 1, mais
desigual é a distribuição da renda no país. Piores que o Brasil no mundo, só
a República Centro-Africana e Suazilândia, com 0,61, e Serra Leoa, com 0,63.
Todos os outros 150 países considerados no índice de desenvolvimento humano
das Nações Unidas têm Gini menor que 0,60.

A desigualdade no Brasil vem sendo agravada pelos ajustes fiscais que
sacrificam os programas sociais e geram mais concentração de renda. "Quando
se faz ajuste assentado em estrutura tributária regressiva, a concentração
aumenta", garante o economista da UFRJ. "É o que acontece no Brasil com a
CPMF. O sujeito que ganha salário mínimo e faz um cheque de 100 reais para
as compras do mês, paga o mesmo imposto de quem tira R$ 100 do banco para
comprar champagne".

Reinaldo Gonçalves ressalta que o ajuste reduz a renda pessoal disponível
dos mais pobres. "A massa de salários no Brasil está caindo mais do que a
renda. Em 1999 caiu 5%, enquanto a renda brasileira caiu 0.7%".

Desemprego - Para o professor de história da Universidade Federal
Fluminense, Bernardo Koche, o pior ajuste é o do plano Real, que no seu
entender não só despreza a questão social, como a coloca sob a lógica do
mercado. "A política econômica vulnerabiliza o movimento trabalhista, pois
aumenta o desemprego. Nunca entendi distribuição da renda com aumento de
desemprego".

Bernardo Koche considera que a questão social no Brasil hoje "está igual ou
pior que na primeira república", período entre 1889 e 1930. "É a elite que
se apossa do estado. Naquele momento, era cafeicultora. Hoje, é tecnocrata e
associada ao capital internacional, sem preocupação com o mercado interno".

O professor de história vê semelhanças na política macroeconômica dos dois
períodos, referindo-se a Campos Salles, a quem o próprio presidente Fernando
Henrique Cardoso já comparou seu governo. "O modelo atual é de políticas
deflacionárias, como o de Campos Sales, para honrar compromissos externos. A
mentalidade que orienta as políticas econômicas é a mesma, sem conseguir
deflação profunda."

O crescimento da economia também não se traduz, necessariamente, na redução
das desigualdades sociais. "A experiência brasileira mostra que você pode
ter mais concentração de renda quando existe crescimento", diz Reinaldo
Gonçalves. Neste caso, pode ocorrer um processo de acumulação de capital,
com o lucro aumentando mais que o salário. "O salário passa por negociação,
o lucro vem do mercado", destaca o economista.

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