Sr. Paulo,
Discordo da sua afirmativa de que 'toda a frase que começa com "se" não leva
a conclusão nehuma.' Toda a frase que começa com 'se' leva geralmente a
alguma conclusão: Se a maioria do Congresso Nacional fosse honesta, não
estaríamos escrevendo para este Fórum.
Se voce fosse esperto não falava besteiras.
Um abraço,
Jefferson Abreu

----- Original Message -----
From: Osvaldo Maneschy <[EMAIL PROTECTED]>
To: <[EMAIL PROTECTED]>
Sent: Thursday, February 21, 2002 12:10 PM
Subject: [VotoEletronico] Re: OFFTOPIC: pobres e partidos


> Grande Paulo Mora de Freitas:
>
> O 'se', no meu caso, é para me referir a algo absolutamente concreto - o
> livro "1961 - que as armas não falem", escrito pelos jornalistas Paulo
> Markun e Duda Mendonça, edição do Senac/SP, publicado em outubro último.
Um
> livro que resgata - com base em documentos de época, inclusive da CIA, e
> dezenas de depoimentos - os fatos imediatamente ocorridos após a renúncia
de
> Janio Quadros ao poder, sete meses depois de ter chegado la. Pessoalmente
> não conclui nada empregando o "se", absolutamente nada. Apenas pedi as
> pessoas interessadas  que procurassem o livro para se informar sobre fatos
> que a historia oficial (a dos vencedores) procura enfiar embaixo do
tapete.
> Brizola, como governador do Rio Grande do Sul, sozinho inicialmente, não
> permitiu que os militares dessem em 1961 o golpe que só conseguiram dar em
> 1964. Como Getúlio Vargas, em 1954, disparando um tiro no coração, impediu
> que esses mesmos militares golpistas assumissem o poder naquele ano de 54.
> // Em 1961 Brizola - vitorioso na sua Campanha da Legalidade (pelo
respeito
> à Constituição que determinava a posse do Vice-Presidente João Goulart,
> vetado pelos militares) - queria que as tropas do III Exercito marchassem
> sobre Brasília, que Jango assumisse a Presidência da República e,
> imediatamente, fechasse o Congresso (que aprovara o parlamentarismo à
> revelia da Nação) e prendesse os tres ministros militares (Exercito,
Marinha
> e Aeronautica) que tentaram vetar a sua posse. Brizola queria que  Jango
> convocasse também imediatamente, uma Constituinte. /// Pois é, amigo Paulo
> Mora, isso tudo é história e o livro é um retrato fiel daquele momento.
Mas
> Jango preferiu o caminho da conciliação, da negociação, dos panos quentes,
> preferiu conviver com o parlamentarismo. Porque achava que chegando ao
poder
> (que Brizola garantira), estaria tudo  numa boa. Deu no que deu. Os
> golpistas de 61 (que eram os mesmos de 54) - recomeçaram imediatamente a
> conspirar e no dia 1 de abril de 1964 conseguiram, finalmente, chegar ao
> poder.  Prenderam e arrebentaram, mergulharam as Forças Armadas em um
> alinhamento absurdo com os Estados Unidos que hoje, felizmente, está sendo
> revisto. Amigo Paulo Mora, nossa dívida era irrisória - para ficar em um
> fato - naquele tempo. Devíamos US$ 2,6, hoje devemos mais de US$ 900 bi.
> Quando a ditadura mudou de cara, com Sarney, já devíamos cerca de US$ 150
> bi. Enfim, saímos da Era Vargas em 64 para chegarmos a hoje, meu amigo, a
> era fhc. Nosso povo perdeu a esperança, nosso país involuiu. Abraço, Mora.
>
>
> Paulo Mora de Freitas gravada:
>
> >   Osvaldo,
> >
> >   Sobre "Se Jango tivesse escutado Brizola...", cabe lembrar a boa
> > Lógica que diz que toda frase que começa com "se" leva a conclusões que
> > nada valem. "Se Hitler tivesse ganhado a guerra", "se o Brasil tivesse
> > sido colonizado pelos holandeses" e daí para a frente... todas partem de
> > algo que não aconteceu e dessa forma permitem ao autor da frase de
> > concluir o que desejar. Não partem de fatos, não podem ser verificadas,
> > são o supra-sumo do "achismo" e da retórica.
> >
> >   Se o Lula tivesse ganhado as últimas eleições...
> >
> >   Abraços, Paulo.
> >
> > ______________________________________________________________
> > O texto acima e' de inteira e exclusiva responsabilidade de seu
> > autor, conforme identificado no campo "remetente", e nao
> > representa necessariamente o ponto de vista do Forum do Voto-E
> >
> > O Forum do Voto-E visa debater a confibilidade dos sistemas
> > eleitorais informatizados, em especial o brasileiro, e dos
> > sistemas de assinatura digital e infraestrutura de chaves publicas.
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