Eleitores de duas cidades na França vão testar cabines de votação eletrônica durante a próxima eleição para presidente e membros do Congresso Nacional.

Cerca de 1,5 mil eleitores vão receber cartões inteligentes contendo dados de identificação pessoal, incluindo a impressão digital. Os cartões permitirão que as pessoas se identifiquem perante as urnas, que vão coletar os votos e transmiti-los para um servidor central seguro, segundo a operadora de telecomunicação France Télécom SA, uma das empresas participantes do projeto.

Em Merignac, no sudoeste da França, 780 eleitores, de uma população de 65 mil, serão convidados a aderir às urnas eletrônicas nos dois turnos da eleição que acontecem em abril e maio. No final de maio, 730 pessoas, entre 33 mil habitantes da cidade de Vandoeuvre-les-Nancy, serão capazes de votar para deputado na eleição para a Assembléia Nacional.

O teste é parte de um projeto mais amplo chamado E-Poll, fundado pela União Européia. A tecnologia já foi avaliada em Avellino, na Itália, em um plebiscito para uma alteração constitucional em outubro passado.

Mas, apesar dos sistemas sofisticados de segurança e autenticação em uso, os testes franceses em Merignac e Vandoeuvre-les-Nancy não terão peso legal. A lei da França apenas reconhece a votação em papel e, por esse motivo, os participantes do projeto-piloto terão que votar também pelo método tradicional.

Vários deputados franceses apresentaram propostas para tornar a votação eletrônica legal. Recentemente, Alain Ferry propôs que a votação pela Internet fosse permitida. Ferry, prefeito da cidade de Wisches e deputado desde 1993, afirmou em seu projeto que estava preocupado com a queda no número de eleitores presentes nas eleições nacionais e, particularmente, com a presença de apenas 30% da população em um plebiscito recente. Permitir a votação pela Internet, segundo Ferry, beneficiaria aqueles que vivem longe das seções eleitorais.

 
 
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