Cordioli, entendo a frustração de homens (e mulheres) combativos(as) que têm
consciência e querem agir, no bom combate em favor de uma causa, em favor do
povo brasileiro.
Não gosto de brigas entre nós, mesmo que discordemos, temos que manter a
unidade. Não acho que você deva "cantar noutra freguesia", porque a
"freguesia" é esta mesmo e você canta muito bem. Não acho que devamos
colocar nossas vaidades acima da causa e nos sentirmos ofendidos, se algumas
vêzes alguns discordam e nos criticam ou se criticamos.
Você é importante para a causa tanto quanto o Amílcar e mais que qualquer
ouvinte inerte, como os "olheiros" que se infiltram para desarticular a
causa em qualquer brecha ou fragilidade que apresentemos.
Já tive desentendimentos com vários listeiros veteranos, no final vence o
bom senso. Pois as pessoas que lutam nesta Lista estão aqui lutando
justamente por esta característica, o bom senso, que falta à maioria da
imprensa e dos governantes.
Já que a pendenga é com o Moderador, vou tentar intermediar esta pendenga.
Cordioli e Amílcar, dêem um abraço e um aperto de mão (mesmo que virtual) e
ponham uma pedra sobre o caso.
Voltemos à luta, unidos!
Jefferson Abreu
[EMAIL PROTECTED]



----- Original Message -----
From: "Cordioli" <[EMAIL PROTECTED]>
To: <[EMAIL PROTECTED]>
Sent: Saturday, August 17, 2002 5:05 PM
Subject: [VotoEletronico] Briga errada


> Amilcar, respondo nominalmente porque assim fui citado.
> Porém não é contra mim que V. deve brigar.
>
> Brigarmos dentro de nosso grupo é parte da estratégia dos bandidos.
> Eu, que assim entendo, não vou entrar nessa.
> Não que eu desgoste da boa briga, pelo contrário.
> Gosto, mas não vou brigar aqui.
> Não vou brigar, pois, só para não cumprir-lhes o planejado.
>
> Se o que sugiro não encontra eco, se não entendem ou concordam com o que
> explicito, paciência, aceito a surdez reinante, acato o silêncio
> circundante, admito a submissão evidente e vou cantar em outra freguesia.
> Antes, porém, comento o teu email e respondo o que você me pergunta
> explicitamente nele.
>
> Muito ao contrário do que pensa ou possa parecer, estou decidido a fazer
> alguma coisa, sim.
> Mas pretendo algo de prático, não apenas retórico, muito menos só jogar
para
> a platéia.
> E jamais sozinho, que seria idiotice imaginar algum resultado positivo em
> vôo solo.
> Num grupo que conhecesse profundamente do assunto, como é o caso, imaginei
> que fosse mais fácil.
> Temo que tenha de rever minhas convicções.
>
> Am) Quando recusamos entrar na apresentação dos programas por causa dos
> termos do compromisso de sigilo, voce classificou a medida como covardia.
Na
> hora que decidimos assinar o tal termo e entrar na apresentação, voce diz
> que aceitamos migalhas.
>
> Resp.) Disse que era covardia não assinar, sim, porque cumpriria
claramente
> um dos desideratos "deles" que era mostrar os programas para o menor
número
> possível de críticos habilitados, como V. e o Pedro Rezende o são.
> Nesse quesito, pois, vejo que ficamos no empate. 1x1, um assinou, outro
não
> assinou.
> Gol do Amilcar a favor, gol da Indignação do Rezende, mas contra.
> Fato é que expulsaram um dos nossos antes de entrar em campo.
>
> Indo em frente, assinado o tal termo, já dentro da sala, damos de cara com
> as diversas tentativas de impedir o bom e eficaz trabalho seja pela pressa
> obrigada por "eles", seja pela balbúrdia provocada por "eles" (e
> surpreendentemente pelo coonestado representante do PT presente), seja
pelo
> excesso de programas, seja por qualquer motivo.
> Sigo, imaginando que você tenha visto alguma coisa dos programas, se é que
> viu.
> Mas não vai falar nada, por conta do Termo.
>
> Pois bem, eu, Luiz, se assim é, (assinou ,viu e não fala) considero tudo
> isso, sim, apenas uma migalha concedida a nós, os cidadãos.
> Concederam-nos somente a migalha de alguns vermos, silentes, que há falhas
> no processo eleitoral.
> Porque apenas V. e mais alguns iluminados puderam ver os tais erros do
> processo.
> Foram quantos, trinta iluminados, se tanto ?
> E porque vocês ? Hãh, porque voces aceitaram ficar em silêncio posterior.
Tá
> bom!
> E os 171.999.970 outros brasileiros ?
> Que mais serão 30 amordaçados, ante 172 milhões, e só para olhar, senão
> migalhas de um butim a ser ocultado ?
>
> Ademais, o silêncio conivente, mesmo a termo ou mordaça, no fundo,
> configura-se covardia de cidadania, pois como disse alguém aqui no Forum,
o
> verdadeiro crime é não falar de algo que se perpetra contra a Democracia.
> Da forma que fizeram, inverteram o crime, a Lei, o criminoso e a punição.
> E o cidadão probo aceitou a inversão...
> Isso sim é que é inversão !
> Pasmem, senhores, aonde chegamos: o criminoso pedindo ao cidadão probo
para
> assinar um termo de silêncio sobre um crime praticado e detectável, termo
> esse que, descumprido, será tipificado como crime e julgado pelo próprio
> criminoso !
> Que piada !
>
> Acreditar nessa tese vesga é não ter consciência de seu próprio valor e do
> forrobodó que poderia ser feito caso eles tão somente sonhassem em cumprir
o
> que ameaçaram.
>
> Nesse segundo tempo, então, qual é a contagem ?
> 4x0 para eles (um gol marcado pela Pressa, outro pela Balbúrdia, outro
pelo
> Volume e o último, gol contra, do Receio).
> Estamos perdendo de 5x1 ... com gol honrado do Amilcar...
>
> Am) ... e hoje podemos (principalmente eu e o Maneschy) falar um pouco
mais
> alem de dizer "as armas e os barões assinalados...".
>
> Ainda não li nada sobre o que aconteceu lá dentro, que não pudesse prever
de
> antemão.
> O relato do Maneschy "O pulo do gato" era previsível, linha a linha...
> Exceto pela surpresa magnífica dos 250.000 para a Microbase... por partido
!
> Além do Termo, sabemos agora, que ainda tinham outra grande piada na
manga!
>
> Ninguém precisava ir a Brasília para saber que seria como foi relatado...
> Cumpriu-se o que "eles" planejaram: coonestamos a farsa, pelo silêncio.
>
> Fiscalizaram tudo ? Algo contra ?
> Silêncio dos fiscais...
> Nenhuma palavra contra ?
> Vejam então, senhores, que as urnas são 100% seguras !
>
> Fazer esse ôba-ôba todo para não acrescentar nada de concreto ?
> Concluímos então, pelo silêncio geral, que está tudo correto ?
> É porque vocês não podem falar ou não têm nada para falar, mesmo ??
> Então, quem não compreende sou eu.
>
> Vocês podem falar algo mais que "As armas e os barões assinalados..." ?
> O que seria, então ? Por acaso,     "que da ocidental praia lusitana ..."
?
>
> O que nos interessa aqui é resultado concreto e negociar com eles vemos
que
> não dá.
> Já há outros aqui desconfiando de muitas outras coisas, do tempo gasto em
> certas direções, de como saíram as coisas quando determinados
interlocutores
> que se diziam a nosso favor intervieram nas negociações...
> Nessa linha conspiratória, contudo, admito que podemos estar errados e as
> coisas terem sido tentadas corretamente, só que com resultado negativo, o
> que seria de qualquer jogo.
>
> Mas quando se conectam as reiteradas idas sempre e só à JE, quando se liga
a
> quem provocou a balbúrdia dentro da sala de fiscalização, quando se lembra
> qual partido utilizou as urnas para suas eleições internas com os
resultados
> que se conhecem, quando se lê o que disseram a respeito na época, quando
se
> vê o que fazem hoje, quando se percebe o silêncio partidário reinante...
> hmmmmm... barbas de molho...
> Mesma coisa pode-se pensar, desculpe Maneschy, do PDT que teve o Miro como
> uma pedra gigantesca dentro do próprio sapato, ano passado...
>
> A dar crédito à afirmação de que é correto manter-se em silêncio relativo
> ante o Termo assinado, resta-me a visão dantesca de que isso tudo,
inclusive
> essa lista, é só um jogo para a platéia, onde todos os atores estão
> conluiados e coonestados, uns pelo poder, outros a dinheiro vivo, outros a
> termo (...), uns bonzinhos, outros mauzinhos e além, alguns simplórios mas
> todos, literalmente todos, ligados na mesma pantomima...
> Verdadeira a primeira hipótese a conclusão parece, mesmo, bastante
> verossímil !
>
> Se assim é, então ponhamos nos adesivos a data da próxima apresentação e o
> nome dessa opereta bufa e quem quiser que vá vê-la, ou leia os comentários
> de quem viu.
>
> Mas não enganem os demais cidadãos, dizendo irem lá para constatar e
> corrigir alguma coisa.
> E nem chamem "luta" ao que todos sabemos "farsa".
>
> Am)     Afinal, o que voce quer? Não é fácil entender os seus propósitos.
> Resp.- Se há furos no processo eleitoral (há ?) quero que sejam
corrigidos.
>             Meu propósito é corrigir o que todos sabemos errado, inclusive
> V. (sabe?) .
>             Simples assim.
>
> Am)    Você acha, Cordiolli, que (Velloso) é um relator isento?
> Resp.- Não acho e, fosse eu, não seria tão tolo de recorrer direto a ele.
>             Se, por último, cair nele, que remédio...azar !
>             Mas recorrer a ele, de prima e de trivela, fica parecendo que
> quem assim procede, não
>             quer solução mesmo... desculpe, Maneschy, outra vez, pelo teu
> PDT...
>
> Am)    Você acha que o mandado de injunção do PDT tem alguma chance de
> prosperar
>             dentro da mais alta corte de justiça do país?
> Resp.) Não acho. Não faria assim. Perda de tempo.
>             Muita ingenuidade... ou quiçá, muita malícia !
>             Sozinhos, todos políticos, lá em cima, na toca do leão...
>
> Ao contrário, teríamos que, num processo crescente, empolgante,
amalgamante
> e conclamante, chegar ao Supremo degrau por degrau, carregados e
carregando
> todos os que ao longo dele tivessem tomado consciência, entendido e aceito
> que é preciso mudar, fossem juízes menores, relatores, jornalistas,
técnicos
> da área informática, advogados, debatedores, formadores de opinião e/ou
> revoltados permanentes, como esse escriba aqui.
> Todos ligados na mesma emoção, do tipo da bem recente e eficacíssima
> "Diretas já!".
>
> O que fazemos aqui na lista hoje é angariar apoios, coletando uma massa
> reclamona para dar peso a nossas reivindicações.
> Mas é de gente que não tem força de decidir, que aceita a idéia apenas,
como
> uma manada dócil e nada mais pode fazer, como eu mesmo, que acato a tese e
> mais não posso.
> Nenhum dos nossos, aqui na lista, pode fazer algo concreto contra o que
> sabemos errado.
> Ao final, teremos só e o que buscamos, volume e peso.
>
> Numa caminhada judicial paralela, não.
> Faríamos tudo isso e chegaríamos ao final com volume, peso e mais:
> pressão popular e, talvez, capacidade de decisão, quem sabe ?
> Essa capacidade de decisão faria toda a diferença entre lutar ou
> simplesmente bradar.
>
> Você diz que eu só brado, reclamando.
> Eu digo o mesmo, que só se afirma que há erros no processo eleitoral.
> Bradamos todos, apenas, nada além.
> Nenhum brado retumbante, de qualquer dos lados bradantes...
>
> Am) O caminho judicial que voce sugere, Cordiolli, tem tantas ou mais
pedras
> que os demais caminhos. Nós simplesmente tentamos TODOS os caminhos. Acho
> errado pensar que existe um único e certo a ser seguido.
>
> Resp. Pois é, vocês tentaram e não conseguiram.
>            E pedras, se houver, serão para ambos os lados.
>            Eu construo com pedras, não as temo, evito apenas as que
> atrapalham...
>            Contudo, a bem da verdade, vocês não tentaram todos os
caminhos,
> não!
>            Faltou o judicial simples, congregante na idéia.
>            Que, por sinal, talvez seja o único que tenha faltado.
>
> Am) Assim, lhe peço que passe a ser menos definitivo e impositivo em suas
> críticas ao trabalho coletivo daqueles que tentam por TODOS os caminhos
> abrir uma via de acesso 'a Justiça Eleitoral.
>
> Resp. "Abrir uma via de acesso 'a Justiça Eleitoral", é esse o nosso
> propósito ?
>            Se for esse o seu foco, Amilcar, é um erro de rumo, trágico e
> definitivo.
>            Creio que deve ter-se expressado mal, deve ter havido algum
> engano.
>            Todos sabemos, inclusive você e eu, que a JE não quer nada de
> mudanças.
>            Como dizer, então, que essa seja a nossa luta ? Abrir acesso à
JE
> ?
>
> O foco é corrigir as fragilidades do processo eleitoral ! Todas.
> Isto significa confrontá-los, permanentemente, em todos os campos, todos
os
> dias.
> Insistir negociando com a JE, é perder tempo malhando em ferro frio e
> pontudo !
>
> Não vai dar em nada, como você mesmo admite, pela experiência própria
> anterior.
> Palavras suas, que diz que já tentou tudo nesse rumo e nada deu
resultado...
> Não teria sido exatamente por problema de rumo ou foco, que nada tenha
dado
> certo ?
>
> Minha idéia é que temos que ir por outro lado, fora da JE, algum lado que
> tenha alguma força de coagí-la se positivo, ao final, e obrigue-a fazer o
> que precisa ser feito.
>
> Obrigar no blá-blá-blá um interessado a agir contra os seus interesses ?
> Conto da carochinha, meu amigo!
> Não tenho ilusões de que isso seja viável, nem sensato.
>
> Fecho condignamente essa resposta com a confissão do próprio bandido,
> confissão essa que, convenhamos, não estamos sabendo como usar, sequer
como
> atacar.
>
> ''O sistema (eletrônico de votação) TEM FRAGILIDADES políticamente
difíceis
> de serem resolvidas''  disse o Min. Nelson Jobim, presidente do TSE, no JB
> on-line de 20/7/2002.
>
> Veja, ele que disse, não eu...
> Todavia, de que adianta alardearmos isso, como fazemos monotonamente em
> todos os emails, se não atuamos contra, mesmo sabendo todos da veracidade
de
> tal afirmação, inclusive e principalmente a autor da frase, Jobim ?...
>
> A despeito dos maus humores provocados reafirmo, convicto, os títulos e
> teores de meus dois textos, "Terapêutica errada" e esta "Briga errada".
> Se não há concordância com o grupo no que digo, paciência, é minha visão.
> Mas se isso criar cizânia "interna corporis", mormente com o moderador,
> deixa pra lá, não incomodo mais.
>
> Não tenho qualquer interesse em fazer o jogo deles, dividindo mais ainda
as
> nossas tão incrivelmente frágeis e desnorteadas defesas.
> Visão de estrategista tupiniquim, por quem modestamente me tomo.
>
> Peço substituição, que 5x1 é derrota para Scolari algum botar defeito...
> Porque enquanto não soubermos ou não quisermos estruturar direito nosso
> time, nada há mais que fazer.
> Descansem em paz.
>
> Tenho planos outros para o futuro.
>
>
> Abraços
> Cordioli
>
>
>
> ______________________________________________________________
> O texto acima e' de inteira e exclusiva responsabilidade de seu
> autor, conforme identificado no campo "remetente", e nao
> representa necessariamente o ponto de vista do Forum do Voto-E
>
> O Forum do Voto-E visa debater a confibilidade dos sistemas
> eleitorais informatizados, em especial o brasileiro, e dos
> sistemas de assinatura digital e infraestrutura de chaves publicas.
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> Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico
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Version: 6.0.381 / Virus Database: 214 - Release Date: 2/8/2002

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