Prezado amigo Dr. Castelani

"com a Verdade vós os vencereis"

O ilustre Dr. Amílcar está equivocado por duas razões muito simples: a primeira delas é que REALMENTE os votos nulos e em branco beneficiam de fato o candidato mais votado, pelas razões abaixo analisadas, e porque SÃO os votos NULOS e em BRANCO que são MUDADOS por intermédio de programas fantasmas -insertidos nas U.E. - em votos para os amigos do rei ou para os membros da clã...

Leia abaixo o estudo feito pela ASMIR/PR sobre o tema (quando nós ainda nem conhecíamos as vulnerabilidades da Urna Eletrônica).

Hoje, outros argumentos podem ser facilmante acrescentados pelos nossos técnicos, pois a verdadeira "mina de ouro" para os que querem fraudar são os VOTOS NULOS, BRANCOS e as ABSTENÇÕES ... basta raciocinar....

Saudações nacionalistas

Cel. Ref EB Roberto Monteiro de Oliveira


CITANDO:


"A  ILEGITIMIDADE  DA  REELEIÇÃO  DO  Sr. FHC


Para que o cidadão comum venha a aceitar o resultado de uma eleição - qualquer eleição - acatando-a como regular e representativa de uma escolha verdadeiramente democrática, sem apelar para o "jus sperniandi", é mais do que suficiente a simples proclamação pelos Tribunais Eleitorais do somatório aritmético dos votos válidos apurados para cada um dos candidatos.

Em relação à eleição de 04/10/98, ao contrário, em especial no que concerne à reeleição do atual Presidente da República, qualquer cidadão dotado de razoável padrão de ética e de civismo, que seja mais exigente, mais politizado e mais consciente de seus direitos e deveres, depois de uma análise mais profunda de todo o episódio, fica convencido de que, embora formalmente legal, a reeleição do Sr. FHC é ilegítima e pode ter a sua validade consistentemente questionada nos Tribunais Superiores do País... embora com poucas esperanças de acolhimento favorável ...

A eleição/98, excepcional em vários dos seus aspectos, ficou marcada por numerosas peripécias e anormalidades comprovadas, ocorridas antes, durante e até no final de todo o processo eleitoral, e merece ser inquinada de ilegitimidade pelas seguintes razões:



a. A reeleição:



A começar pela própria figura da reeleição, o resultado deste pleito pode ser considerado como ilegítimo, exatamente porque veio a beneficiar ao candidato-presidente mantido - sem se desincompatibilizar - no pleno exercício do mais influente de todos os cargos públicos do País, ao longo de todo o processo eleitoral.

E esta ilegitimidade não pode ser considerada como meramente acidental ou formal, pois que atinge a própria medula dos fundamentos jurídicos de qualquer processo de escolha que, para ser realmente legítimo e ético, deve obedecer às exigências mínimas da "igualdade de todos perante a lei", da impessoalidade dos mecanismos e métodos de escolha, e da imparcialidade de todos os envolvidos no processo de seleção.

Qualquer processo de escolha que admita a Reeleição de um dos candidatos, mantido no pleno exercício do cargo que está disputando com indiscutível e injusta vantagem sobre os outros desiguais, não atende a nenhum desses requisitos fundamentais, em especial o da "igualdade de todos perante a lei", e fica contaminado por uma grave anormalidade essencial que o torna intrinsecamente ilegítimo....

Sem nos chafurdarmos no episódio da compra de votos que - sozinho - já definiria como indiscutivelmente ilegítima a Emenda Constitucional válida para o atual ocupante do Poder, eleito que fora para um único mandato, podemos comprovar a contaminação do atual processo, citando-se apenas os exemplos que ficaram comprovados "post factum" como tendenciosamente favoráveis ao Sr. FHC.



Foi o "poder de império" do Chefe do Executivo que buscava a sua própria reeleição que INFLUENCIOU a MODIFICAÇÃO da Lei Eleitoral, para acomodá-la à sofreguidão - sua e do seu grupo - de se manterem no Poder:



1) ao definir os VOTOS BRANCOS como VOTOS INVÁLIDOS.



Contrariando a própria lógica do ato de escolha, e modificando o entendimento pacífico do nosso Sistema Eleitoral ao longo de sua história recente, essa modificação favoreceu claramente tanto ao Sr. FHC, como aos governadores-candidatos que o apoiavam, de tal forma que - EM TODOS OS CASOS - se essa modificação não tivesse sido introduzida na Lei Eleitoral, HAVERIA 2º TURNO para Presidente da República e na quase totalidade dos Estados em que seus aliados disputaram a reeleição.



2) ao diminuir o prazo para a propaganda eleitoral; e, em especial, encurtando o período e o número de minutos da propaganda gratuita nos OCMs.



Esta medida beneficiava nitidamente ao Presidente e aos governadores aliados, todos no exercício do cargo, porque estariam sempre favoravelmente expostos nas primeiras páginas dos noticiários, ao longo de muitos meses, com uma propaganda gratuita específicamente sua, focalizados nas atividades próprias do cargo que exerciam... e, no caso da Presidência -- facilitada pela acomodação do calendário de eventos oficiais - recheado de viagens importantes ao exterior convenientemente programadas, e favorecido por convites para visitas de personalidades políticas famosas que o elogiariam, exatamente no período de exposição eleitoral ...



b. O verdadeiro resultado das eleições presidenciais:



A ilegitimidade transparece pelo próprio resultado absoluto da eleição, pois verificamos que, ao proclamado reeleito Presidente FHC, faltam os votos necessários para representar a maioria mais um, de TODOS os votos válidos dos eleitores que compareceram à escolha:



  FHC                  =          35.936.916

  Demais candidatos:  = 31.786.111

  Em branco                =    6.688.610

   Nulos                        =    8.884.430

Subtotal = 47.359.151 = (Contrários a FHC)
  Abstenção                 = 22.798.922


Bem examinado esse resultado, verifica-se que FHC foi rejeitado por mais de 56,86 % dos eleitores que compareceram às urnas. E, se considerarmos - como é lógico - que uma grande parte dos eleitores que não compareceram, se abstiveram por discordância ou por rejeição aos candidatos... entre eles FHC, então a derrota de FHC foi nada menos do que ACACHAPANTE ...



c. As alternativas do diabo:



A bi-polarização das eleições presidenciais entre FHC e LULA - fruto talvez de um conchavo (provavelmente tácito) entre os dois candidatos favorecidos - que expulsou para o limbo TODOS OS DEMAIS CANDIDATOS, e acabou favorecendo diretamente a FHC porque concentrou em LULA toda a rejeição popular que as esquerdas tradicionalmente sofrem dos eleitores da classe média e até dos mais humildes de formação religiosa tradicional.

Os demais candidatos, na prática, não foram alvos do noticiário eleitoral .... o que é injusto e, portanto, ilegítimo em uma eleição que se quer democrática e que tem na mídia o melhor veículo de divulgação das propostas dos candidatos. E esse fato coloca os Órgãos de Comunicação de Massa (OCMs) na incômoda posição de suspeitos de estarem colaborando para a bi-polarização .... porque o fizeram ???

Dá-nos a certeza de que essa bi-polarização foi concertada, a misteriosa e surpreendente subida de LULA nas "pesquisas" em julho, de forma a corrigir - muito convenientemente - o que parecia ser uma inapetência temporária de LULA e uma aparente perda de seu prestígio popular, que tenderiam a destruir a bipolaridade tão conveniente aos dois beneficiados...

O fato é que o eleitor convictamente democrata e/ou anticomunista, temia escolher LULA, quase tanto quanto à sua alternativa CIRO, que continha uma ameaça semelhante, pois o seu vice-Presidente era nada menos do que o antigo Secretário Geral do ex-Partido Comunista Brasileiro (PCB) Sen. Roberto Freire......

Se os dois outros candidatos-espelhos (LULA e CIRO) percebiam (ou não) essas circunstâncias... se eles estavam (ou não) conscientes desse quadro que - na prática - beneficiava a candidatura FHC, agora é mera questão acadêmica... embora, surpreendentemente, o MST tenha exacerbado a sua atuação durante TODO o período eleitoral, erodindo com isso a aceitação de LULA, e diminuindo as suas possibilidades de atingir o 2º Turno... sem que houvesse qualquer reação corretiva mais enérgica do PT ou de LULA contra o MST ... curioso...

Tudo "medido, pesado e contado" - para favorecer à reeleição de FHC ... curioso...

Segundo um jornalista político, "temendo o ruim (LULA), escolheram o pior (FHC). (Pois) nunca houve um governo com desem­penho tão nefasto como o atual. Fez o Brasil recuar à era colonial com a vantagem de não importar escravos porque criou mão-de-obra mais bara­ta com o produto nacional - que so­mos todos nós. (1) (Carlos Heitor Cony - FSP - 1998) (Escolheram FHC que) arrebentou com o sistema de saúde, aviltou a educação, vendeu o que não podia nem devia, subornou congres­sistas para obter a reeleição, montou um poderoso esquema de apoio das elites - e vai despejar o Brasil num futuro que será igual ao nosso passa­do,..." (1)(grifos e parênteses nossos) voltando a ser dependente dos Países Principais para quase tudo ... a começar pela perda da Soberania, que passará a ser "limitada" (ou "relativa") ...



d. A falta de fiscalização da eleição eletrônica:



"A maior eleição informatizada do país, com 54,6% dos mais de 100 milhões de eleitores submetidos ao novo modelo de votação e totalização eletrônica, (foi) garantida por um exército tecnológico invisível e poderoso. Dele participavam especialistas da maior competência. Resta saber o que esse exército defendia. Se a democracia ou a manutenção do "status quo". (2) (Yara Arcoverde - "O Farol" - agosto/98)(não-textuais)

Para o Tribunal Superior Eleitoral, o voto da nova era traria benefícios extraordinários...., pela rapidez do processo e divulgação dos resultados, para o aculturamento eleitoral da população ...... e a erradicacão do mal do século brasileiro, a fraude eleitoral.

Ninguém viu, até o momento, se o arsenal tecnológico (foi) montado para combater a fraude atendendo aos interesses da população ou às expectativas da situação, para confirmar a "tendência das pesquisas, ou vice-versa". Ou seja, se as pesquisas tendenciosas, não se constituem em parte da estratégia para camuflar o que estaria por vir. Justamente, ela, a fraude. (2) (não-textuais)

Especialistas que estudaram o Sistema eletrônico usado nas Eleições/98, afirmaram que, por vários fatores, esse Sistema poderia ser violado porque:

1) Os partidos de oposição não tinham especialistas nem em número nem em qualidade para fiscalizarem, nem mesmo os erros involuntários ... muito menos erros sistemáticos e deliberados.

"Somente a pouco mais de 30 dias das eleições, o TSE disponibilizou o Programa para auditagem. Os partidos não tiveram o tempo hábìl, nem profissionais especializados para fazer, às vésperas das eleições, o que as empresas levaram, no mínimo, dois anos para fazer. Os partidos também não tinham dinheiro para contratar uma empresa de auditoria, para checar o Programa. (2)

2) E ainda temos que considerar os "hackers" que aqui também existem. Basta relembrar que, em um golpe virtual, ladrões tiraram R$ 1 milhão da campanha de FHC. Os "hackers" invadiram a conta corrente 45.0 do Banco do Brasil no Congresso Nacional por meio de um computador e usaram a senha eletrônica do Comitê da Reeleição. A Polícia Civil ainda investiga até agora detalhes e o Banco do Brasil apura possível envolvimento de funcionários... curioso ... exatamente a conta do candidato FHC, ... e a C/C do Comitê da Reeleição de Brasília ... deveras curioso.... terá sido um ensaio ???? 3) Como toda a execução foi terceirizada, mediante a adjudicadação a empresas especializadas (estrangeiras) antecipadamente escolhidas... ninguém pode afirmar com inteira segurança que nenhuma dessas empresas tenha vendido ou repassado a terceiros dados sigilosos do sistema ! Um fato surpreendente que se constatou, agora, é que a fraude - que parecia tão difícil e remota no sistema eletrônico - em realidade fica com ele muito facilitada, principalmente porque nela é muito mais difícil a fiscalização pelos Partidos de oposição, e porque seus resultados dependem de muito itens técnicos como disquetes, digitadores, totalizadores, transmissões on line, etc., que estão normalmente - até hoje pelo menos -- fora do alcance dos fiscais das Oposições.

Ora, para os detentores do Poder fica bastante facilitado forçar um acesso oblíquo a todos esses dados técnicos, desde a sua gênese: a escolha dos sistemas, dos programas, dos softwares, dos equipamentos, dos processos de segurança contra terceiros invasivos, etc., bem como quanto ao conhecimento precoce das empresas às quais serão adjudicadas as várias tarefas resultantes da terceirização.... o resto fica por conta da famosa "Lei de Murphy"...

E, para aguçar ainda mais nossas suspeitas, ocorreram algumas "coincidências " estranhas. Como, por exemplo, candidatos cujas eleições sempre foram muito apertadas, subitamente apareceram como verdadeiros "campeões de votos" ... e - SURPRESA ! - a quase totalidade desses "campeões de votos" pertenciam às hostes governistas, com raras exceções (algumas delas, por sinal, também muito peculiares).. realmente curioso ...



d. As pesquisas eleitorais:



"As pesquisas e sua divulgação foram, assim, mais um componente do recente processo eleitoral, manchado por dis­torções decorrentes da reeleição, pelo uso do poder econômico e da máquina estatal, pela parcialidade demonstrada dos meios de comunicação e pela con­duta das altas instâncias da Justiça Elei­toral, com manifestações explícitas de apoio ao candidato-presidente e de le­niência na apuração das denúncias apresentadas pela oposição..."(3) (prof. Marco Aurélio Garcia - FSP- 13/10/98)(não-textuais)

"O principal problema é o impacto das pesquisas no resultado das eleições.

A questão que se coloca é a de saber se as pesquisas são instrumentos de aferi­ção da opinião pública ou, ao contrá­rio, se elas se transformaram em meios de (des) constituição dessa opinião pú­blica. É nessa perspectiva que a meto­dologia e a credibilidade técnica - para não falar, obviamente, da credibilidade ética - dos institutos são elementos re­levantes para o futuro da democracia....pela sua influência na vontade do eleitor...."

O problema não se resume, no entan­to, às pesquisas, mas principalmente à utilização que delas fizeram os meios de comunicação. Jornais, rádios e TVs apresentaram a eleição presidencial - inclusive nas edições do dia 4 - co­mo resolvida, pois FHC teria dez pon­tos a mais do que a soma das oposições. (3)

O resultado final mostrou que o candidato-presidente chegou a pouco mais de 53%; um pequeno movimento do eleitorado teria provocado um segundo turno, de desfecho imprevisível. O cli­ma de "já ganhou" criado pelos meios de comunicação, com apoio nas pes­quisas, contribuiu decisivamente para a desmoralização das oposições..." (3).

De acordo com um documen­to assinado pela coligação das Oposições, "a Nação assistiu à mais torpe manipulação político-eleito­ral de que tem notícia a re­cente história republicana. Para influir na opinião pú­blica e alterar a vontade elei­toral uniram-se o governo federal, os meios de comunicação de massa, os institutos de pesquisa, o poder econô­mico e mesmo a Justiça Elei­toral, que renunciou ao seu dever constitucional e ético de isenção".(4) ("A União do Povo denuncia..." - "HP" - 10/10//98 - pg. 02)

"A emenda da reeleição permi­tiu que os chefes de poder execu­tivo concorressem à sua reelei­ção sem abandonar os respecti­vos cargos, o que legalizou a mais brutal utilização da máquina ad­ministrativa."

Uma legislação elaborada se­gundo os interesses do candida­to FHC, encurtou o período do programa eleitoral. Os candidatos da oposição eram afastados do vídeo, enquan­to a presença do presidente can­didato e dos governadores candi­datos se beneficiavam com uma cobertura jornalística extensa e laudatória. (4).



Conclusões:



A Eleição/98 ficou contaminada de ilegitimidade essencial, desde a sua anomalia mais grave - a reeleição do Presidente FHC sem desincompatibilização -- passando pelas novas exigências legais estabelecidas diferentemente para candidatos, exercendo ou não o Poder Executivo; pelos mecanismos acidentais do processo eleitoral da reeleição; e permeando todos os passos da liturgia da escolha livre pelo eleitor - quadro que configura um conjunto de anormalidades tão profundamente perversas que o seu resultado, ainda que formalmente legal, pode ser, de direito, considerado ilegítimo e, em conseqüência, arguido consistentemente como inválido perante os Tribunais Superiores do País.

Quem se animará a "colocar o guizo no rabo do gato" ...???

Curitiba, Domingo, 25 de outubro de 1998

Festa de Cristo Rei ROBERTO MONTEIRO DE OLIVEIRA

Cel. Ref. EB

Presidente da ASMIR/PR"



FIM DA CITAÇÃO


----- Original Message ----- From: "Paulo Castelani" <[EMAIL PROTECTED]>
To: <voto-eletronico@pipeline.iron.com.br>
Sent: Thursday, July 07, 2005 10:59 AM
Subject: [VotoEletronico] RE: voto branco x voto nulo


obrigado amílcar,
vamos corrigir já.
paulo.

From: Amilcar Brunazo Filho <[EMAIL PROTECTED]>
Reply-To: voto-eletronico@pipeline.iron.com.br
To: voto-eletronico@pipeline.iron.com.br
CC: Fórum do Voto Seguro <[EMAIL PROTECTED]>
Subject: [VotoEletronico] voto branco x voto nulo
Date: Thu, 07 Jul 2005 10:39:38 -0300

Caro Paulo Castelani,
IMPORTANTE

A apresentação sobre voto nulo e voto branco em seu blog CONTEM DOIS ERROS
GRAVES e um erro menos grave:

1) ERRO GRAVE: pág 6 - o voto em branco NÃO É CONTADO PARA O CANDIDATO MAIS
VOTADO  e, sim, é contado como voto inválido.

2) ERRO GRAVISSIMO: pág. 11 - se mais de 50% dos votos forem nulos, a
eleição será anulada e haverá nova eleição COM OS MESMOS CANDIDATOS.

3) Erro menos grave: pág. 8 - concordo que o voto nulo pode ser usado como
protesto e, neste sentido prático, seria um voto válido. Porém a legislação
e a Justiça Eleitoral denomina o voto nulo juntamente com o voto em branco
como votos inválidos. É uma questão de nomenclatura, ou seja o voto nulo é
válido na prática mas inválido na denominação legal.

Considero, Paulo, ser IMPORTANTÍSSIMO, você corrigir ao menos os dois
primeiros erros graves naquela apresentação no seu Blog sob o risco, em não
o fazendo, desacreditar todo o conteúdo do seu trabalho.
A credibilidade de nós que tentamos denunciar os abusos de um órgão com
superpoderes é muito importante, senão eles simplesmente desclassificam
tudo o que voce fez simplesmente dizendo que você nem entendeu a lei que
regulamenta o voto nulo.

Por outro lado, está boa a critica a aparecer a expressão VOTO ERRADO na
urna-e quando, na realidade, o voto será nulo, tentando esconder isto do
eleitor.

O caso é jurídico e o TSE simplesmente está tentando se esquivar de uma
ilegalidade que há na urna eletrônica.
Pela lei apenas o juiz eleitoral pode decretar nulidades de atos
eleitorais. A rigor, quando do voto manual, o juiz decretava nulo cada voto
no qual ele não conseguia identificar o candidato votado ou que contivesse
qualquer sinal que pudesse identificar o voto (como um palavrão, por
exemplo)

Na urna eletrônica, quem anula o voto é a própria urna. O Juiz recebe da
urnas um total já com os votos nulos e não é ele que decreta nulo cada
voto.
Na urna-e, a partir de 2004, cada voto é guardado (num arquivo digital
embaralhado) mas antes de guardar o número digitado pelo eleitor a urna-e
altera o que o eleitor digitou no caso de número de candidato inexistente
(voto nulo). Se o juiz mandar imprimir este arquivo ele obterá uma relação
onde não aparecerá o que o eleitor digitou e sim que o voto do eleitor foi
anulado.... pela urna!!!

Isto é ilegal, mas é a própria justiça eleitoral que assim procede e quando
recorri contra esta decisão deles, foi simplesmente ignorado e arquivado
sem explicações...

Amilcar
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