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Sem recursos


Publicada em 18/12/2008 às 11h48m
Paulo Roberto Araújo
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RIO - A Petrobras está impedida de repassar recursos para eventos na 
casa de shows Canecão, em Botafogo, na Zona Sul da cidade. Acolhendo 
pedido do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça determinou que 
a estatal suspenda os repasses de recursos à Canecão Promoções e 
Espetáculos Teatrais e à Canecão Promoção de Eventos, do empresário 
Mario Hamilton Priolli. As duas empresas e a Petrobras também não 
poderão mais exibir a marca Canecão Petrobras. 

A decisão da 5ª Vara Federal do Rio de Janeiro partiu de uma ação 
civil pública contra a Canecão Promoções e Espetáculos Teatrais, 
Canecão Promoção de Eventos, a Petrobras e a União Federal. Segundo 
a ação, a primeira ré, fundada há mais de 40 anos, criou outra 
pessoa jurídica (Canecão Promoção de Eventos) para ocultar débitos 
previdenciários com o INSS (cerca de R$ 3 milhões de reais) e assim 
receber verbas do patrocínio vedadas por lei. 

Segundo o procurador da República Fabio Aragão, autor da ação, o 
empresário Mario Hamilton Priolli obteve não só o patrocínio da 
Petrobras beneficiando uma empresa com dívida previdenciária como a 
aprovação do Ministério da Cultura ao projeto cultural Canecão 
Petrobras. A União aparece como ré no processo por omissão na 
fiscalização e aprovação do projeto por meio do Ministério da 
Cultura. 

Se a Petrobras e o Canecão descumprirem as ordens judiciais, estão 
sujeitos a uma multa diária de R$ 25 mil. Mario Hamilton Priolli foi 
denunciado pelo MPF em 2007 por apropriação indébita de 
contribuições previdenciárias. 



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