Prezado Jean-Yves

Acho que essa interpretação que você propõe para S5 não é totalmente
adequada, pois existem formulas proposicionais clássicas satisfatíveis
para as quais não é demonstrável em S5 a possibilidade delas (um
exemplo bem simples é uma variável propositional). Precisamente o
trabalho que enviei para o passado EBL, e que foi aceito, propõe uma
lógica modal na qual é demonstrável a necessitação de uma fórmula
proposicional clássica se e somente se ela é satisfatível.

Não conhecia o trabalho do Routley e Humberstone (quando procurei por
trabalhos relacionados procurei com outras palavras), mas segundo o
que pude olhar rapidamente, os sistemas que eles desenvolvem tomam
como operador modal primitivo um operador de "contingência", e a
partir dele definem os operadores de necessitação e possibilidade. Vou
estudar melhor esses trabalhos para estabelecer a relação com a minha
proposta.

Saudações,
Juan Carlos Agudelo


2011/10/14 jean-yves beziau <beziau...@gmail.com>:
> Sobre S5 e bom  apontar o seguinte:
> a interpretacao mais natural e intuitiva e condiserar S5
> com formalizacao da metalogica da logica classica:
> necessario=  tautologia
> possivel=  satisfactivel
> impossivel =  antilogia
> nao necessario =  refutavel
> contingente = satisfactivel e refutavel
> (a logica da contingencia foi desenvolvida em particular
> por Routley e Humberstone)
>
> Alem disso e interessante anotar que
> nao-necessario tem o comportamento de uma negacao paraconsistente, ver:
>
> J.-Y.Béziau, “S5 is a paraconsistent logic and so is first-order classical
> logic”,
> Logical Investigations, 9, (2002), pp.301-309.
>
> Impossivel de uma negacao paracompleta:
>
> J.-Y.Béziau, “New light on the square of oppositions and its nameless
> corner”,
> Logical Investigations, 10, (2003), pp.218-232.
>
> E possivel axiomatizar S5 a partir de nao-necessario, conjuncao, disjuncao,
> implicacao,
> mas sem a negacao:
>
> J.-Y.Béziau, “The paraconsistent logic Z - A possible solution to
> Jaskowski's problem”,
> Logic and Logical Philosophy, 15 (2006), pp.99-111
>
> E possivel tambem definir a semantica de S5 sem mundos possiveis,
> considerando diretamente uma relacao entre bivaloracoes,
> de fato o que caracateriza a semantica de S5 nao sao mundos possiveis,
> mas uma definicao por "dupla recurrencia" dos connectivos:
>
> J.-Y.Béziau, “Many-valued and Kripke semantics”,
> in J. van Benthem et al. (eds),
> The age of alternative logics, Springer, Dordrecht, 2006, pp.89-101.
>
> Todos esses artigos estao disponiveis no meu website:
> http://www.jyb-logic.org
> _______________________________________________
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>
_______________________________________________
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

Responder a