É difícil até de começar. O que você chama de "lógicas inconsistentes" são... consistentes. Todas as lógicas da inconsistência formal (falha de nomenclatura já detectada há muito pelo Walter, o Coniglio e o João Marcos) e as lógicas de da Costa são consistentes. A contradição não está na lógica. É incrível como é difícil fazer compreender isso.
Não repondo o resto porque, como o problema foi mal colocado (e.g.: "qualquer linguagem de programação moderna é um sistema formal tão legítimo como qualquer sistema de lógica"), não há o que responder. Em 9 de abril de 2012 18:06, julio cesar <jcacusto...@yahoo.com.br>escreveu: > Olá lista, > > estou em total acordo com quem critica os sistemas inconsistentes por > falta de compromisso filosófico (pra não dizer coerência). Apesar da > praticidade tais (alguns) sistemas formais, isso não implica, de forma > alguma, que eles tenham (ou teriam que ter) implicações filosóficas. > Qualquer linguagem de programação moderna é um sistema formal tão legítimo > como qualquer sistema de lógica, no entanto, se for realmente possível > criar operações e instruções numa linguagem formal para que uma contradição > genuína não cause problemas (e embora eu ainda tenha sinceras dúvidas > quanto a isso) tal fato não significa necessariamente nada do ponto de > vista filosófico, inclusive do ponto de vista da filosofia da lógica. Os > *lógicos não-clássicos*, em especial a turma da inconsistência, geralmente > dão um passo muito fácil de *sistemas formais* para *princípios lógicos* e > daí então para *filosofia da lógica*, passos que a meu ver > não são nada simples, muito menos triviais. > > É praticamente nula a discussão sobre até que ponto é legítimo o > comportamento de um sistema formal qualquer ditar os princípios ou a > filosofia da lógica. > > Um pequeno exemplo já bem batido nessa discussão: > > - os sistemas que tratam de forma não-clássica a contradição tem, > basicamente, uma única abordagem: manipular o operador de negação. > Altera-se de tal forma a instrução contida nesse operador que, com essa > alteração, a contradição sequer aparece. No entanto, ao alterar o operador > clássico, altera-se a informação contida em tal operador. Sendo assim, se > acaso uma expressão com tal operador clássico possuir como informação uma > contradição, ao se alterar tal operador, altera-se a informação sob a mesma > expressão e, dessa forma, nada garante que aquilo ainda continua sendo uma > contradição; em outras palavras, a fórmula se torna apenas uma coisa que > não tem problema algum em ser verdadeiro, inclusive classicamente falando. > > Um lógico clássico tem todo o direito de olhar para a maioria das lógicas > inconsistentes e dizer: "Que mentira! Vocês não estão aceitando contradição > coisa nenhuma! Vocês estão é mudando de assunto!" > > > Abraços, > Júlio César A. Custódio > _______________________________________________ > Logica-l mailing list > Logica-l@dimap.ufrn.br > http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l > _______________________________________________ Logica-l mailing list Logica-l@dimap.ufrn.br http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l