Julio, a MQ é a teoria física mais bem verificada que temos. E interpretamos A*A de modo consensual. Pega qquer livro de MQ pra ver.
A lógica derivada de uma álgebra C* fica meio estranha, com um número contínuo de proposições elementares e conectivos com comportamento meio diferentão, mas suficientemente próximo da lógica clássica para ser reconhecível. Tem tb exemplos em lógica fuzzy, modelos booleanos, etc. On Mon, Apr 9, 2012 at 11:25 PM, Julio César <jcacusto...@yahoo.com.br>wrote: > Doria, mas a mecânica quântica é uma coisa muito à parte, mesmo pq ninguém > tem muita certeza de como deve se interpretar realmente a matemática gerada > ali. Não sei, por exemplo, se é ontologicamente legítimo apontar para um A > qualquer ali da mesma forma que eu aponto para um A qualquer no mundo > macro, e se não temos certeza nem sobre A, quanto menos sobre não-A. De > qualquer forma, eu preciso reinterpretar de forma drástica meus conceitos > ontológicos quando aplicados aos fenômenos quânticos, como garantir então > que algo que se assemelhe a uma contradição ali é realmente uma contradição > genuína? Penso que a física contemporânea precisaria de um acordo muito > maior entre os especialistas para que enfim possamos utilizar seus > resultados para tentar alterar os princípios da própria lógica. > > > No entanto, concordo que se colocar a MQ a briga fica boa, mas tirando > ela, teria algum outro exemplo? > > > > Em 09/04/2012, às 22:05, Francisco Antonio Doria <famado...@gmail.com> > escreveu: > > Desculpem, não concordo. O produto A*A em mecânica quântica, A a função de > onda ou um operador adequado, pode ser escrito como (não A) e (A), > reinterpretando-se as operações algébricas correspondentes. A adjunção * é > um automorfismo externo da álgebra, como o operador (não). E A*A aparece > formalmente como uma contradição plena - e é o valor (do quadrado) da > probabilidade da função de onda ou do operador A. > > On Mon, Apr 9, 2012 at 6:06 PM, julio cesar <jcacusto...@yahoo.com.br>wrote: > >> Olá lista, >> >> estou em total acordo com quem critica os sistemas inconsistentes por >> falta de compromisso filosófico (pra não dizer coerência). Apesar da >> praticidade tais (alguns) sistemas formais, isso não implica, de forma >> alguma, que eles tenham (ou teriam que ter) implicações filosóficas. >> Qualquer linguagem de programação moderna é um sistema formal tão legítimo >> como qualquer sistema de lógica, no entanto, se for realmente possível >> criar operações e instruções numa linguagem formal para que uma contradição >> genuína não cause problemas (e embora eu ainda tenha sinceras dúvidas >> quanto a isso) tal fato não significa necessariamente nada do ponto de >> vista filosófico, inclusive do ponto de vista da filosofia da lógica. Os >> *lógicos não-clássicos*, em especial a turma da inconsistência, geralmente >> dão um passo muito fácil de *sistemas formais* para *princípios lógicos* e >> daí então para *filosofia da lógica*, passos que a meu ver >> não são nada simples, muito menos triviais. >> >> É praticamente nula a discussão sobre até que ponto é legítimo o >> comportamento de um sistema formal qualquer ditar os princípios ou a >> filosofia da lógica. >> >> Um pequeno exemplo já bem batido nessa discussão: >> >> - os sistemas que tratam de forma não-clássica a contradição tem, >> basicamente, uma única abordagem: manipular o operador de negação. >> Altera-se de tal forma a instrução contida nesse operador que, com essa >> alteração, a contradição sequer aparece. No entanto, ao alterar o operador >> clássico, altera-se a informação contida em tal operador. Sendo assim, se >> acaso uma expressão com tal operador clássico possuir como informação uma >> contradição, ao se alterar tal operador, altera-se a informação sob a mesma >> expressão e, dessa forma, nada garante que aquilo ainda continua sendo uma >> contradição; em outras palavras, a fórmula se torna apenas uma coisa que >> não tem problema algum em ser verdadeiro, inclusive classicamente falando. >> >> Um lógico clássico tem todo o direito de olhar para a maioria das lógicas >> inconsistentes e dizer: "Que mentira! Vocês não estão aceitando contradição >> coisa nenhuma! Vocês estão é mudando de assunto!" >> >> >> Abraços, >> Júlio César A. Custódio >> _______________________________________________ >> Logica-l mailing list >> Logica-l@dimap.ufrn.br >> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l >> > > > > -- > fad > > ahhata alati, awienta Wilushati > > -- fad ahhata alati, awienta Wilushati _______________________________________________ Logica-l mailing list Logica-l@dimap.ufrn.br http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l