Alo Walter,

Eu fiquei bem interessada nessa parte da sua resposta ao Joao Marcos:

>A Professora Ausenda Fratini, uma espécie de Emmy Noether nacional (até
bem parecida), adorava mostrar  demonstrações simples em geometria, à la
Euclides.

O que mais vc sabe dizer sobre a professora Ausenda Fratini?
muito obrigada,

Valeria

On Thu, Dec 28, 2023 at 4:29 PM Walter Carnielli <walte...@unicamp.br>
wrote:

> Oi João:
>
> Vou tentar  esclarecer melhor.
> Acho que esse esforço por parte dos professores tinha a ver com o
> movimento da chamada "Matemática Moderna", que era basicamente o apoio
> de tudo na teoria elementar de conjuntos.
> Vou tentar esclarecer o que se fazia, na direção do que você apontou como
> (1).
>
> Muitos enunciados em geometria, que era o que mais tínhamos de
> "matemática", são do tipo:
> "Para todo coiso em um certo conjunto, se o  coiso  tem uma
> propriedade X, então ele tem uma propriedade Y."
>
> A partir desse entendimento, que não envolve apenas tabelas-verdade
> mas também quantificação mínima, uma prova seria:
>
> Suponha que x seja um coiso  particular, mas genérico, que tem a
> propriedade X. Então basta mostrar que o elemento tem também a
> propriedade Y.
> Por exemplo:
> Provar que, para  todo triângulo (coiso que está em um certo
> conjunto), se ele for isósceles, então tem dois ângulos iguais.
>
> A(o) estudante aprende a fazer um desenho como  um recurso heurístico
> que mostra um triângulo genérico, nota que "isósceles" significa ter
> dois lados iguais, e
> pode usar a propriedade LAL para  verificar que  o triângulo isósceles
> é semelhante a si mesmo "virado",  e daí deduz que há de fato dois
> ângulos iguais.
>
> Não é uma demonstração que figuraria num tratado de geometria, mas
> treina o raciocínio do(a) estudante.
>
> Outra coisa que ele(a) aprende rapidamente é que basta achar um
> contraexemplo, e que aí a coisa não funciona mais, porque se aprende
> alguma relação entre "qualquer" e "existe".
>
> Do ponto de vista de tabelas de verdade propriamente, aprende-se que
> os rudimentos da Lei da Explosão são "Falso  deduz qualquer coisa",  e
> que por isso os axiomas da Geometria
> devem ser bem escolhidos, críveis, os tais "postulados".
>
> Entender a tabela verdade também ajuda muito a compreender a diferença
> entre "X implica Y" e "X é equivalente a Y".
>
> Por exemplo, evitava   um erro comum em demonstrações de
> trigonometria, onde se começa de um   lado e às  vezes se chega  na
> mesma coisa- alguns tinham   dificuldade em  enteder que isso  náo é
> uma demonstação.
>
> A Professora Ausenda Fratini, uma espécie de Emmy Noether nacional
> (até bem parecida), adorava mostrar  demonstrações simples em
> geometria, à la Euclides.
>
> Para mim, esses usos simples e intuitivos foram  bem educativos.
> Abs,
>
> Walter
>
>
>
>
>
>
>
>
>
> Em qui., 28 de dez. de 2023 às 19:25, Joao Marcos <botoc...@gmail.com>
> escreveu:
> >
> > Muito obrigado pela resposta, Walter!
> >
> > Do que você nos conta sou levado a concluir que o uso relaxado da
> > Lógica para justificar certas passagens argumentativas é mais ou menos
> > _tradicional_ entre os professores de matemática brasileiros, e há
> > bastante tempo.  Talvez o ponto (1) que você levantou ajude a explicar
> > a razão pela qual isto ocorre.
> >
> > %%%
> >
> > Sobre o seu ponto (2), que me parece estar relacionado ao que escrevi
> > na minha resposta ao Adolfo, confesso que não compreendo bem como os
> > "procedimentos de prova" usuais da matemática seriam justificados
> > "baseado na tabela da implicação".  Talvez seja isto justamente uma
> > das coisas que mais me incomoda...  Esta conexão entre tabelas de
> > verdade e estratégias de demonstração, digamos, via raciocínio
> > hipotético, contraposição, ou redução ao absurdo, me parece ser,
> > quando muito, _obscura_.  Exemplifico a minha perplexidade a este
> > respeito com o teorema citado no item (B2) da minha mensagem original
> > neste fio:
> > "Seja C um coiso com as propriedades A e B.
> >  Então C tem a propriedade D."
> > [o que segue é o que eu chamaria de "demonstração típica",
> > estruturada, por contraposição]
> > ENUNCIADO FORMAL:
> > Seja C um objeto de tipo D com a propriedade A.
> > Demonstre que C tem a propriedade B.
> > DEMONSTRAÇÃO:
> > > Declaração: Considere um objeto C arbitrário de tipo D.
> > % Objetivo: Queremos demonstrar que A(C) implica em B(C).
> > >> Para tal efeito, suponhamos <por contraposição> que não-B(C) é o caso.
> > %% Novo objetivo: Queremos concluir não-A(C).
> > [preencha o argumento com detalhes específicos, de acordo com os
> > detalhes concretos dos conceitos usados no enunciado]
> > Note-se que não há nenhum papel para tabelas de verdade, acima, na
> > argumentação "típica" apresentada.
> >
> > %%%
> >
> > Acrescento, por fim, que não vejo porque discordar das suas críticas
> > sobre o "Ensino Colegial", mas reitero a minha questão inicial: será
> > que o estudo de tabelas de verdade (que, no meu entendimento, não
> > ajudam nada ou quase nada no quesito "métodos de demonstração") não
> > teriam melhor lugar, de fato, no estudo pré-universitário?
> >
> > Abraços,
> > Joao Marcos
> >
> > On Wed, Dec 27, 2023 at 1:00 PM Walter Carnielli <walte...@unicamp.br>
> wrote:
> > >
> > > Olá João e. outra(o)s   interessados:
> > >
> > > Dou aqui minha contribuição sobre a questão. Estudei matemática de
> > > forma profissional na Unicamp  por 7 anos, bacharelado,  mestrado e
> > > doutorado,e depois   pós-doutorado na Universidade de Califórnia e em
> > > Münster, na Alemanha. Nunca.  ninguém usou coisas  elementares de
> > > lógica em disciplinas e matemática, nem  no IMPA, na Unicamp, USP,
> > > Berkeley, , Münster, etc, Mas todos  tinham. por trás  a. premissa
> > > que os estudantes sabiam essas coisas. através do ensino médio.
> > > (chamado "colegial". na. época, muito. melhor. nome).
> > >
> > > E de fato durante meus 7 anos de "ginásio" e. "colégio"no Culto  à
> > > Ciência os professores de  matemática, com  formação em Rio Claro e na
> > > PUC na época, tinham uma boa noção de lógica, pelo menos intuitiva.
> > > Não citavam a questão da completude,  ou compacidade,  mas
> > > enfatizavam o seguinte:
> > >
> > > 1)  "Similaridade " (isomorfismo) ) entre  as operações lógicas e as
> > > operações conjuntistas (no fundo,  uma versão intuitiva do Teorema de
> > > Representação de  Stone.).
> > > 2) Falavam dos procedimentos  ds. prova. por redução ao absurdo,
> > > baseado na. tabela da . implicação, em especial usos de equivalência
> > > em demonstrações elementares  de  trigonometria
> > > 3) Mencionavam sempre as tabelas  usuais  da  conjunção, disjunção,
> > > implicação, negação para. guiar  o raciocínio
> > > 4) Sempre se mencionavam rudimentos de. lógica  quantificada
> > > (existencial, universal, etc)
> > > 5) Esclarecem o papel dos axiomas principalmente em geometria
> > > 6) Mostravam métodos heurísticos de solução de e problemas  com régua
> > > e compassos (como o método de e Pappus de Alexandria, em "supor  um
> > > problema resolvido para tentar a solução"  )
> > > etc.
> > >
> > > Tudo isso a gente já sabia quando entrava em um curso de matemática,
> > > física, engenharia e computação.  Nao se vê  mais nada disso, Os
> > > professores de ensino médio não têm a menor ideia.
> > > Mas de fato, alguns expositores no YouTube, da velha escola, mencionam
> > >  coisas assim.
> > > Por tudo isso   acho fundamental voltar a  ensinar  essas coisas aos
> > > nossos estudantes universitários,
> > >
> > > Abs
> > >
> > > Walter
> > >
> > > Em ter., 26 de dez. de 2023 às 12:46, Joao Marcos <botoc...@gmail.com>
> escreveu:
> > > >
> > > > PessoALL:
> > > >
> > > > Uma conversa com um colega estes dias me motivou a escrever a
> presente
> > > > mensagem, que tem tanto um componente sociológico quanto um
> componente
> > > > mais propriamente lógico (bem como um interesse de fundo pedagógico).
> > > >
> > > > %%%
> > > >
> > > > (A)
> > > >
> > > > Segundo meu colega, é bem comum nas aulas, nos vídeos e nos livros de
> > > > Matemática pelo Brasil (talvez fora do Brasil também?) um uso mais ou
> > > > menos relaxado[§] da Lógica para justificar certas passagens
> > > > argumentativas.  Em particular, muitos professores de Matemática
> > > > presumivelmente acenariam para a possibilidade de justificar
> > > > estratégias de demonstração (digamos, o raciocínio por contraposição)
> > > > usando *tabelas de verdade*, o que também explicaria a razão pela
> qual
> > > > vários livros de "matemática elementar" ---usados a nível de
> > > > graduação, vejam bem---, bem como vários vídeos no YouTube também
> > > > falariam de tabelas de verdade como um procedimento matematicamente
> > > > relevante para esclarecer ou fundamentar a lógica subjacente a um
> > > > determinado argumento matemático.
> > > >
> > > > [§] O adjetivo "relaxado", acima, aponta para usos absolutamente
> > > > informais de tautologias como justificativas para certas passagens,
> > > > através de rabiscos feitos ao lado da demonstração principal, no
> > > > quadro, supostamente para "explicar por que a coisa funciona".
> > > > Note-se, em particular, que em tais usos nunca há qualquer menção a
> > > > resultados de completude, digamos, conectando tabelas e demonstrações
> > > > formais (ou semi-formais).
> > > >
> > > > As primeiras perguntas que me vêm à mente sobre aquilo que foi
> relatado acima:
> > > > (A1) Quais as opiniões de vocês ---seja como discentes, seja como
> > > > docentes--- acerca das situações suprarreferidas, a partir de suas
> > > > experiências em sala de aula?
> > > > (A2) Quais destes procedimentos ---tabelas de verdade? argumentos
> > > > dedutivos? estratégias de demonstração?--- poderiam (ou deveriam) ser
> > > > trazidos para mais cedo, para o ensino pré-universitário, com alguma
> > > > vantagem para os alunos?
> > > >
> > > > (A minha impressão inicial sobre A2 seria de que não há nada no
> > > > procedimento das tabelas de verdade, em particular, possivelmente
> > > > usadas para ensinar "raciocínio lógico" ---resolver charadas, por
> > > > exemplo---, que precise ou deva esperar até além do Ensino Médio.
> Mas
> > > > também não estou seguro de o quanto isto tudo ajudaria quando a
> > > > "matemática de verdade" ---vejam o item B, abaixo--- chega, no Ensino
> > > > Superior.)
> > > >
> > > > %%%
> > > >
> > > > (B)
> > > >
> > > > Esta segunda parte é talvez mais opiniosa (opiniática?), da minha
> parte.
> > > >
> > > > Mesmo ciente de que muitos livros de "matemática elementar" têm seus
> > > > capítulos sobre lógica proposicional, incluindo tabelas de verdade, e
> > > > mesmo ciente de que vários colegas gastam boas aulas sobre este
> > > > assunto (e não estou falando de aulas sobre Circuitos Lógicos), por
> > > > exemplo, em um curso inicial de Matemática Discreta, de Topologia, ou
> > > > de Análise, parece-me algo surpreendente que as *tabelas de verdade*
> > > > tenham um papel muito relevante para justificar argumentações
> > > > matemáticas mais sofisticadas.  Com efeito, se é fácil imaginar como
> > > > usar tabelas de verdade para procedimentos _refutativos_, por
> exemplo,
> > > > usar a tabela de verdade da implicação para justificar porque a
> > > > sentença A-implica-B é falsa quando A é verdadeira e B falsa, ou como
> > > > usar a tabela de verdade da disjunção para justificar a falsidade de
> > > > uma sentença da forma A-ou-B dada a falsidade de ambos e B, parece-me
> > > > no mínimo desafiante usar diretamente as tabelas da implicação ou da
> > > > disjunção para justificar, digamos, uma demonstração por _raciocínio
> > > > hipotético_ ou uma demonstração por _raciocínio por casos_ (e eu
> > > > provavelmente estenderia a minha perplexidade de modo a cobrir
> > > > praticamente qualquer outra estratégia matemática clássica de
> > > > argumentação).
> > > >
> > > > As primeiras perguntas que me vêm à mente, neste caso, são:
> > > >
> > > > (B1) Será mesmo o caso que é útil recorrer a tabelas de verdade (ou
> > > > lógica proposicional) para justificar estratégias matemáticas mais
> > > > sofisticadas (e absolutamente comuns)?  Se pensamos em um curso de
> > > > Análise Real, por exemplo, os passos argumentativos de mais
> interesse,
> > > > logo nas primeiras aulas, envolvem quantificadores aninhados.  Se
> > > > pensamos em um curso de Matemática Discreta, conceitos como
> > > > divisibilidade, congruência-módulo, supremos e ínfimos pressupõem que
> > > > entendemos como lidar com expressões quantificadas.  As equivalências
> > > > lógicas que poderiam "facilitar a vida", nestes casos, geralmente
> > > > envolvem mais do que conectivos proposicionais --- e quer me parecer
> > > > que nem mesmo os fragmentos proposicionais das ditas equivalências,
> no
> > > > fundo, _precisam_ ser justificados via tabelas de verdade.
> > > >
> > > > (B2) Consideremos um teorema "típico" de livro-texto, em Matemática:
> > > > "Seja C um coiso com as propriedades A e B.
> > > > Então C tem a propriedade D."
> > > > Poderíamos traduzir isto assim, digamos:
> > > > (\forall C:coiso)((A(C)\land B(C))\to D(C))
> > > > (Para ficar mais interessante a pergunta que segue abaixo, sugiro
> > > > assumirmos que existe um coiso C que nem tem a propriedade D nem
> falha
> > > > a propriedade A&B.)
> > > > Bem, baseado na parte A, acima, um uso que consigo imaginar para
> > > > tabela de verdade, aqui, seria para justificar, digamos, a
> > > > curryficação ---como é usual fazer em Computação ou em
> > > > Linguística/Semântica Formal--- da sub-expressão (A(C)\land B(C))\to
> > > > D(C) para uma expressão da forma A(C)\to (B(C)\to D(C)).  O restante
> > > > do raciocínio, numa demonstração direta do "teorema típico",
> > > > tipicamente seria conduzido "identificando contextos, criando e
> > > > descarregando hipóteses", como fazemos, por exemplo, através do
> > > > formalismo da Dedução Natural.  Vocês acham que haveria outros usos
> > > > interessantes para tabelas de verdade, neste tipo de argumentação
> > > > através de "raciocínio direto"?  Seria justificável, para tais usos,
> > > > que gastássemos muito tempo das aulas de Matemática a nível superior
> > > > ensinando os estudantes a fazerem tabelas de verdade?
> > > >
> > > > (Subjacentes às minhas perguntas, claramente, está a opinião
> > > > ---enviesada?--- de que tabelas de verdade são bem menos úteis do
> que,
> > > > digamos, um "filósofo tradicional" poderia imaginar, no que diz
> > > > respeito ao trabalho diário do "matemático praticante".)
> > > >
> > > > %%%
> > > >
> > > > Agradeço desde já aos colegas desta lista por compartilharem seus
> > > > sentimentos acerca destes assuntos.
> > > >
> > > > []s, Joao Marcos
> > > >
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