Pedro Furtado wrote:
Depois que li este texto percebi que o VLS é um avanço tecnológico muitohttp://www.geocities.com/CapeCanaveral/Hall/1615/VLS - Veículo Lançador de Satélites
grande para o Brasil. Mas eu queria saber se esse VLS foi produzido no
Brasil mesmo. Não me lembro onde, mas parece que o VLS 1 veio da Ucrânia.
Não sei se é verdade; o projeto pode ter vindo daquele país, mas o foguete
pode ter sido produzido aqui.
Minhas outra pergunta é quanto aos hardwares e softwares utilizados pelo
VLS, pelo ASTROS 1 e 2 e pelo próprio Piranha. São todos nacionais? Quem os
produz?
Estou perguntando isso porque li que o software que será usado no SIVAM
é de origem americana, uma empresa chamada Amazontech, que deve ter sido
criada para o SIVAM.
Foi projetado pelo IAE(Instituto de Atividades Espaciais)
para colocar
cargas de até 350 kg em órbitas circulares
de 250 km a 1.000 km e com larga
faixa de inclinação(de equatoriais a
polares). Possui 19 metros de
comprimento e sua massa é de 50 toneladas.
Utiliza no primeiro estágio um sistema de cacho
de quatro motores S-43
(derivados do S40 - utilizado no Sonda IV) fixados
simetricamente ao segundo
estágio que é também um motor
S-43 e está localizado na parte central do
primeiro estágio. O terceiro estágio
é um motor S-40, e o quarto é um
derivação um pouco menor deste motor,
o S-44.
Apesar de uma grande quantidade de combustível
e equipamentos eletrônicos o
VLS voa por menos de dez minutos, aos 55 segundos
o primeiro estágio termina
sua combustão, iniciando a queima do segundo
estágio e está ainda há 20 km
de altitude. Aos 122 segundos inicia-se a queima do
terceiro estágio e já
estando mais leve sua altitude é de 105 km.
O quarto estágio inicia a sua
combustão a 720 km da Terra e termina com a
carga em uma órbita de 750 km.
Cada "booster" que compõem o primeiro estágio
mede 1 metro de diâmetro com 9
metros de comprimento, pesa 8,5 toneladas e fornecem
309 kN de impulso por
60 segundos.
O corpo central tem seu diâmetro também
de 1 metro, divide-se em três partes
perfazendo 19,8 metros de comprimento. A primeira
é similar ao booster e é
considerado o segundo estágio do sistema. A
segunda fornece 213 kN de
impulso durante 75 segundos e a terceira fornece 34
kN durante 68 segundos.
Consome 41.359 kg de combustível sólido,
que é formado por uma mistura de
polibutadieno hidroxilado, alumínio em pó
e o oxidante perclorado de amônia.
Seu sistema direcional é formado por tubeiras
móveis nos três primeiros
estágios. As do primeiro estágio possuem
uma inclinação fixa, para minimizar
as perturbações sobre o veículo,
resultante de possíveis diferenças entre os
quatro propulsores no fim de sua queima. As tubeiras
dos estágios seguintes
são adaptadas ao vôo em atmosfera rarefeita.
O sistema pirotécnico é o responsável
por iniciar a combustão. Isto ocorre,
quando um sinal emitido pelo computador no final da
contagem regressiva sai
do centro de controle e segue por cabos até
dois detonadores, localizados na
parte de cima do reservatório de combustível.
Com a descarga elétrica, os
detonadores explodem e o impacto é transmitido
para o ignitor por dois
cordões detonantes, chamados de linhas pirotécnicas.
O ignitor acende e o
combustível começa a queimar.
Em sua parte eletrônica ele acomoda 70 mil componentes
e 8 km de fios. É a
responsável por diversas funções
que incluem; telemetria, suprimento de
energia por meio de baterias, controle das tubeiras
móveis por meio do
computador de bordo e informações obtidas
por sensores espalhados ao longo
do lançador. O software embarcado, instalado
no computador de bordo, permite
a execução de todas as decisões
de controle do lançador e de seqüências de
eventos, inclusive a autodestruição.
Apesar de do computador de bordo ser
importado da Inglaterra, o software
foi desenvolvido no Brasil.
Seu custo é de US$ 6,5 milhões que o
torna muito atraente para o
mercado(considerando o preço de seus concorrentes,
o Diamant francês e o
Scout americano). Sem contar o sistema americano Pegasus
que tem um custo de
US$14 milhões por um lançamento.
A família do VLS é composta por três
projetos; o VLS-1, descrito acima, o
VLS-2 e o VLS3.
O VLS-2 deverá ter combustível
misto(líquido e sólido) com capacidade de
alcançar 2 mil quilômetros
e levar 400 kg de carga útil.
O VLS-3 devera ser propulsionado
somente por combustível líquido com
capacidade de colocar em órbita
geoestacionária satélites de 1 tonelada.
[]'s
--
Alberto de Lima Renzo
Rio de Janeiro/Brasil
UIN:8686692