Oi Nicolau. Você tem razão, parece que não existem atalhos para o problema 2). Na verdade a colocação da expressão "outra versão" entre as perguntas 1) e 2) dá á impressão de uma vinculação entre elas que, se existe, esta longe de ser óbvia, como sugerido. Do primeiro problema, onde se pede para determinar o número de partições de C={1,2,.....2007} em dois subconjuntos disjuntos com mesma soma, pode-se concluir que, uma vez determinado esse número estará determinado um número igual de zeros obtido a partir do enunciado do problema 2), porém sem maiores considerações de natureza probabilísticas, como detalhei no problema 1). E assim estaria resolvido também o problema 2). O fato, porém é que, infelizmente, a recíproca não é verdadeira. Pois quando uma das distrubuições aleatorias dos + e - conduz a uma configuração de soma zero, o conjunto de referência desta soma já não será mais o original, o conjunto C, que teria sido desfigurado pelas variações fortuitas até o evento da ocorrencia da soma zero. Não teríamos obtido então uma partição de C em dois conjuntos disjuntos, de soma igual, mas sim de um outro conjunto diferente. Assim haverá muito mais zeros do que o número de subconjuntos com soma igual, pedido no primeiro problema. O que aliás seria de esperar, dada a enormidade de configurações possíveis resultantes da aplicação da regra de 2) e o número grande, porém de ordem de grandeza muitas vezes menor, dos conjuntos pedidos no problema 1) Agora vou mergulhar no material que você e o Santa Rita disponibilizaram, para ver ( se entendo...) e se é possivel prosseguir na linha que adotei para o problema 1), ou seguir outra mais adequada, e ver se posso avançar no 2). Abraços Candeias
Em 08/11/07, Nicolau C. Saldanha <[EMAIL PROTECTED]> escreveu: > > > 2) Distribuindo aletoriamente os sinais "+' ou "-" a frente dos > > números 1, 2, 3, ..., 2007, quantas configurações há tal que o resultado > > > final seja 0(zero). > > Acho muito improvável que haja uma expressão simples para a resposta > deste problema. > Veja um pouco sobre a generalização deste problema (trocando 2007 por n) > aqui: > > http://www.research.att.com/~njas/sequences/A058377 > > Outra expressão para a probabilidade 2^(-n)*a[n] é > > (1/(2*pi)) integral_0^(2 pi) cos(t) cos(2t) cos(3t) ... cos(nt) dt > > Para ver isso, escreva cos(kt) = (z^k + z^(-k))/2 onde z = exp(it). > A probabilidade (ou número de combinações dividido por 2^n) é, > conforme o Paulo Santa Rita explicou, o coeficiente independente > que é obtido integrando e dividindo por 2 pi. > > Esta expressão permite estimar a probabilidade pois longe de 0 e pi > o produto fica muito próximo de 0. > Para t perto de 0, fazendo > cos t ~= 1 - t^2/2 ~= exp(-t^2/2) e portanto cos(kt) ~= exp(-k^2 t^2/2) > temos > cos(t) cos(2t) cos(3t) ... cos(nt) ~= exp(-(1^2 + .. + n^2)t^2/2) ~= > exp(-(n^3/3) t^2/2) > Ora, sabemos que integral exp(-a t^2/2) = sqrt(2 pi/a) donde a parte da > integral > perto de 0 é aproximadamente sqrt(6 pi/n^3). > Se n(n+1)/2 for ímpar a integral perto de pi cancela com esta para dar 0 > mas se n(n+1) for par a integral perto de pi dá igual donde a > probabilidade > dá aproximadamente sqrt(24 pi/n^3)/2 pi = sqrt(6/(pi*n^3)). > > Para n=63 usei o maple para calcular a probabilidade exata e para a > fórmula acima. > As resopstas foram 0.002711775516 (primeiro calculando a probabilidade > exata > e depois fazendo o quocente aproximado) e 0.002763693420 (pela fórmula). > Para n = 83 obtive 0.001801463390 e 0.001827610102 , respectivamente. > Para n = 2007 o maple não conseguiria fazer a conta exata (pelo menos > não da forma > como eu programei) mas a fórmula dá 0.00001537020394; > deve estar bem perto da resposta certa. > > N. > > ========================================================================= > Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em > http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html > ========================================================================= > -- Fernando A Candeias