2012/9/13 Flávio Alves Granato <flavio.gran...@gmail.com>:
> Em 12/09/2012 16:59, Guimarães Faria Corcete DUTRA, Leandro escreveu:
>> Pois é, mas eu não suporto a ignorância posando de mestra…
> Terapia? hehehe...

Talvez fosse o caso.


>> Esse é o ponto: conhecimento.  As faculdades Java (no dizer o Joel
>> Spolski) não têm ajudado…
> Não senhor! As faculdades Java não ensinam nem Java quanto mais escalar
> aplicação...

Sendo que, por definição — por mais que a decadência tenha tornado a
definição obsoleta —, faculdades deviam ensinar os conceitos de
lógica, algoritmos, dados e programação funcional, não os
charlatanismos de OO ou especificidades de escalar (para cima ou para
baixo).


> E convenhamos é muito mais fácil hoje em
> homens/hora configurar uma aplicação para escalar do quê um SGBD, visto
> aqueles todos por menores que comentam na lista sobre XC, Cluster e
> affins...

Sim, mas é uma situação que muda a cada dia, com cada nova versão.
Até porque o PostgreSQL é o primeiro SGBD livre sólido, e seu
desenvolvimento tem se acelerado impressionantemente.

Mas há um contraponto: essa facilidade é amiúde enganosa, porque acaba
escondendo problemas que, quando aparecem, freqüentemente são
catastróficos.  Essa conta de homens/h acaba sendo pobre por não levar
em conta que bons homens precisam de menos homens (e portanto horas)
hoje, e geram menos necessidade de homens/h amanhã.


> só para exemplo, dizer ao jboss que ele deve trabalhar em
> conjunto com outro jboss em outra máquina é questão de uma linha de
> configuração...

A dor de cabeça é que a tendência ao longo do tempo de vida do sistema
é que (1) regras declarativas são muito mais fáceis de manter e muito
mais sólidas que as procedurais e (2) dificilmente todas as transações
eternamente passarão por esse grupo de servidores de aplicação, o que
tende a gerar as famigeradas inconsistências.  São riscos a se
administrar — ou evitar, quando possível.


> eu não concordo pelo fato que base de dados é feito para
> guardar dados e não regras ( não disse validar regras )

Pois é, mas se tu não concordas é que não conheces os conceitos por
trás das ferramentas que usas.  As restrições de integridade, como
mostram o livro do Date e outros mais, e como mostra uma análise
lógica, nada mais são que regras organizacionais declaradas sob outro
nome.  E é muito mais eficiente garanti‐las junto aos dados que num
sistema separado, com toda a latência, o consumo de banda, mudanças de
contexto envolvidos.  O ‘x’ da questão é justamente a distribuição da
carga, que costumava ser cara, até porque associada a produtos
proprietários, e só agora está chegando ao mundo livre.


> É onde os NoSQL
> deslumbram algumas pessoas e com razão, eles só querem que o banco grave
> e retorne os dados o mais rápido possível, se a base vai ficar
> inconsistente ou não e seus problemas, ai são mais quinhentos...

A história é uma velha senhora, sempre a murmurar… (Portugal).

Ou, quem não conhece a história é condenado a repeti‐la.

Codd criou o modelo relacional justamente pelos problemas criados pela
falta de SGBDs lógicos.  OO volta aos SGBDs baseados em grafos, e
NoSQL vai pelo mesmo caminho…

Por isso o povo babou no Prevayler.  Para minha vergonha, seu criador
está ganhando dinheiro público vendendo seu /snake oil/, agora com
roupagem de métodos ágeis… e quem o pode culpar, sendo que nossa
sociedade perdeu o conhecimento crítico?
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