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Oh meu Deus ! Mais uma do PIG e agora ? Só pode ser coisa daquele Reinaldo !

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"Dirceu recebe de empresa por trás da Telebrás - Petista foi contratado por
ao menos R$ 620 mil por empresa beneficiada com reativação da estatal de
telecomunicações - Empresa nas Ilhas Virgens Britânicas comprou por R$ 1
rede de fibras ópticas que será usada por Telebrás e pode ficar com R$ 200
mi - O ex-ministro José Dirceu recebeu pelo menos R$ 620 mil do principal
grupo empresarial privado que será beneficiado caso a Telebrás seja
reativada, como promete o governo. O dinheiro foi pago entre 2007 e 2009 por
Nelson dos Santos, dono da Star Overseas Ventures, companhia sediada nas
Ilhas Virgens Britânicas, paraíso fiscal no Caribe. Dirceu não quis
comentar, e Santos declarou que o dinheiro pago não foi para "lobby". Tanto
a trajetória da Star Overseas quanto a decisão de Santos de contratar
Dirceu, deputado cassado e réu no processo que investiga o mensalão, expõem
a atuação de uma rede de interesses privados junto ao governo paralelamente
ao discurso oficial do fortalecimento estatal do setor. - De sucata a ouro -
Em 2005, a "offshore" de Santos comprou, por R$ 1, participação em uma
empresa brasileira praticamente falida chamada Eletronet. Com a reativação
da Telebrás, Santos poderá sair do negócio com cerca de R$ 200 milhões.
Constituída como estatal, no início da decada de 90, a Eletronet ganhou
sócio privado em março de 1999, quando 51% de seu capital passou para a
americana AES. Os 49% restantes ficaram nas mãos do governo. Em 2003, a
Eletronet pediu autofalência porque seu modelo de negócio não resistiu à
competição das teles privatizadas. Resultado: o valor de seu principal
ativo, uma rede de 16 mil quilômetros de cabos de fibra óptica interligando
18 Estados, não cobria as dívidas, estimadas em R$ 800 milhões. Diante da
falência, a AES vendeu sua participação para uma empresa canadense, a Contem
Canada, que, por sua vez, revendeu metade desse ativo para Nelson dos
Santos, da Star Overseas, transformando-o em sócio do Estado dentro da
empresa falida. A princípio, o negócio de Santos não fez sentido aos
integrantes do setor. Afinal, ele pagou R$ 1 para supostamente assumir, ao
lado do Estado, R$ 800 milhões em dívidas. Em novembro de 2007, oito meses
depois da contratação de Dirceu por Santos, o governo passou a fazer
anúncios e a tomar decisões que transformaram a sucata falimentar da
Eletronet em ouro. Isso porque, pelo plano do governo, a reativação da
Telebrás deverá ser feita justamente por meio da estrutura de fibras ópticas
da Eletronet. Outro ponto que espanta os observadores desse processo é que o
governo decidiu arcar sozinho, sem nenhuma contrapartida de Santos, com a
caução judicial necessária para resgatar a rede de fibras ópticas, hoje em
poder dos credores. Até o momento, Santos entrou com R$ 1 na companhia e
pretende sair dela com a parte boa, sem as dívidas. Advogados envolvidos
nesse processo estimam que, com a recuperação da Telebrás, ele ganhe cerca
de R$ 200 milhões. Um sinal disso aparece no blog de José Dirceu: "Do ponto
de vista econômico, faz sentido o governo defender a reincorporação, pela
Eletrobrás, dos ativos da Eletronet, uma rede de 16 mil quilômetros de
fibras ópticas, joint venture entre a norte-americana AES e a Lightpar, uma
associação de empresas elétricas da Eletrobrás". O ex-ministro não mencionou
o nome de seu cliente nem sua ligação comercial com o caso. O primeiro post
de Dirceu no blog se deu no mês de sua contratação por Santos, março de
2007. O texto mais recente do ex-ministro sobre o assunto saiu no jornal
"Brasil Econômico", do qual é colunista, em 4 de fevereiro passado. O
presidente Lula manifestou-se publicamente sobre o caso em discurso no Rio
de Janeiro, em julho de 2009: "Nós estamos brigando há cinco anos para tomar
conta da Eletronet, que é uma empresa pública que foi privatizada, que
faliu, e que estamos querendo pegar de volta", disse na ocasião. Lula não
mencionou que, para isso, terá de entrar em acordo com as sócias privadas da
Eletronet, entre elas a Star Overseas, de Nelson dos Santos, que contratou
os serviços de Dirceu. Enquanto o governo não define de que forma a
Eletronet será utilizada pela Telebrás, a CVM (Comissão de Valores
Mobiliários) conduz uma investigação para apurar se investidores tiveram
acesso a informações privilegiadas. Como a Folha revelou, entre 31 de
dezembro de 2002 e 8 de fevereiro de 2010, as ações da Telebrás foram as que
mais subiram, 35.000%, contando juros e dividendos, segundo a consultoria
Economática."
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