Olá Daniel,

> Quando escrevemos nossa posição e deixamo ela publica, foi apenas com o 
> intuito
> de deixar claro para quem for participar do FLISOL em CURITIBA como será o
> funcionamento.

Entendo isso perfeitamente. É que ele também é um documento de fundamental 
importância e que servirá de modelo a ser seguido por outros grupos na 
realização de seus FLISOL e de outros eventos parecidos. Por que? pela 
relevância dos que fazem o Curitiba Livre, em especial o papel de destaque do 
Paulo Santana e seu na comunidade Software Livre.


> 
> Temos como principio aqui o Software Livre e não o Open Source. Jamais iremos
> ficar satisfeitos ou indiferentes por instalar Firmwares não-livres (observem
> que é FIRMWARES e não Softwares).

Sei disso. Como disse em mensagens anteriores: eu acredito e aposto a minha mão 
direita nisso.

> Em cada reunião que tivemos, esse assunto é pauta garantida. Queremos e
> idealizamos a realização de um FLISOL como ele realmente deve ser, porém desde
> os primórdios ele é assim, e não é em 1 ou 2 anos que tudo mudará.

Estamos de acordo. Eu também acredito em movimentos paulatinos e progressivos.


> 
> Em 2015, a carta do #FLISOLsemUbuntu foi e ainda é fundamental para gerar a
> reflexão pela Comunidade de Software Livre Brasileira. Embora ela tenha gerado
> ruídos, principalmente por parte de pessoas que não carregam consigo a
> verdadeira ideologia do SL.

Esse sempre foi o intuito. Sem ruidos não há debate, e sem debate não se pensa.
Sem pensar criamos e permitimos a existência de aberrações como um FLISOL onde 
a instalação de software não livre é institucionalizado em um nível tal, onde 
verdadeiros ativistas do Software Livre como vocês do Curitiba Livre, defendem 
sua instalação. Louco isso! :-)


> 
> Optamos em 2016 por uma "estratégia" um pouco mais branda, contudo jamais mais
> relaxada. A cada instalação, a cada abordagem, nosso foco é e sempre será a
> Liberdade do Usuário.

Se você reler o texto verá que isso não está dito em momento algum. 
Infelizmente.
E essa á minha critica repetida aqui diversas vezes.


> As únicas exceções é a instalação de Firmwares não-livres
> quando não houver possibilidades e isto será feito somente com a devida
> explicação ao dono da máquina e o mesmo optar por tal.

Esse limite não está dito no texto, infelizmente. Entendo que esse é o seu 
entendimento de como levar na pratica o que o texto diz porque ele deixa claro 
que cabe ao voluntário decidir quanto software não livre instalar. Mas essa é a 
sua percepção pessoal. Se algum outro voluntário tiver vontade de instalar 
muito software não livre ler a carta ele também se sentirá contemplado, porque 
a carta diz que cabe ao voluntário decidir.

É essa dubiedade no texto o que estou alertando. Da forma como está, quando 
lido por um OSIsta, ele encaixa perfeitamente e já está sendo usado como 
referência por eles para mostrar como fazer um FLISOL "corretamente".... olha o 
título desta thread aberta pelo Patola... da uma lida nos comentários no 
br-linux e conclua por si mesmo.

> Poderíamos, fazer um script e dizer para ele apertar o enter e "sujar as 
> mãos",
> mas sinceramente isso não iria fazer diferença alguma para o movimento e para 
> o
> usuário.

Você sabe que aqui discordaremos. Será uma discordância pequena porque eu acho 
que faz muita diferença. Deixar o usuário final dar o enter tem o efeito moral 
de forçar o voluntário a explicar de forma honesta e clara o porque dele mesmo 
não estar apertando o enter e transfere a responsabilidade para o dono da 
maquina.
É um gesto forte e que sinaliza o incômodo geral.


> Iremos fazer durante as instalações uma coleta dos dados das máquinas
> (principalmente as que tiverem problemas de HW) para gerar estatísticas e se
> preparar para que em 2017 estas necessidades sejam ainda menores.

Muito bom!
Quem sabe conseguimos incentivar todos os demais FLISOL a fazerem o mesmo e 
quem sabe dai sair com algum conteúdo que possa ser usado para fazer pressão 
sobre os fabricantes de hardware.

Vou insistir que vocês reavaliem o texto. Deixem ele mais claro, estabeleçam 
limites e faler claramente que se trata de uma estratégia para chegar ao FLISOL 
ideal. Da forma como está escrito ele atende muito mais aos interesses e 
necessidades de quem precisa justificar a instalação de software não livre se 
mantendo coerente com o Movimento Software Livre do que como guia para libertar 
o FLISOL do software não livre.

É como disse na última mensagem: os OSIstas adoraram o texto e tenho certeza de 
que esse nunca foi o objetivo de vocês.


> 
> 
> Saudações

Livres!

> 
> ----- Em 12 de Fev de 2016, em 2:22,  anah...@anahuac.eu escreveu:
> 
>> Olá Paulo,
>> 
>> Não vou insistir mais.
>> Entendo definitivamente que você não pretende mudar de opinião e não importa
>> qual argumento eu use.
>> 
>> Se for pela coerência plena você me acusará de estar sendo incoerente com o
>> manifesto do FLISOL #semUbuntu e se não for por ela, é por que não posso 
>> cobrar
>> nada mesmo :-)
>> 
>> Ponto para você.
>> 
>> Vou responder as comparações abaixo para que fique o registro histórico. Nada
>> mais.
>> 
>> 
>>> 
>>> Copio abaixo uma das recomendações do seu texto "FLISOL 2016 #semUbuntu":
>> 
>> Aquele manifesto que você mesmo não apoia, mas vira sua referência para
>> desqualificar minha critica?
>> Interessante você usar um texto com o qual não concorda para justificar um 
>> outro
>> que, supostamente diz o mesmo, e com o qual você concorda.
>> 
>> Tudo bem, vamos lá....
>> 
>>> 
>>> "E qual é a sugestão?
>>> ...
>>> e) Automatizem via script a instalação dos pacotes não livres mais comuns:
>>> codecs multimídia privativos, Java, e outros, mas não executem vocês mesmos.
>>> Deixem que as pessoas façam isso elas mesmas."
>>> 
>>> E copio abaixo uma das nossas orientações de Curitiba:
>>> 
>>> "Sempre que um voluntário/instalador achar necessário instalar um software 
>>> não
>>> livre, como por exemplo o Flash Player da Adobe para execução de alguns 
>>> sites
>>> ou blobs binários para o funcionamento de algum hardware, ele deverá 
>>> explicar
>>> ao visitante quais os motivos envolvidos (fabricantes que não tem interesse 
>>> em
>>> desenvolver ou disponibilizar especificações para o desenvolvimento de 
>>> drivers
>>> livres), quais as consequências dessa ação (falta de privacidade, falta de
>>> segurança, etc),  e que a partir daquele momento, o computador/notebook não
>>> terá apenas softwares livres. Após o visitante se sentir esclarecido sobre 
>>> esse
>>> assunto, o voluntário/instalador deverá perguntar se ele concorda ou não 
>>> com a
>>> instalação de softwares não livres, e apenas dar continuidade a instalação 
>>> com
>>> o consentimento do vistante."
>> 
>> Na minha sugestão é o usuário quem "suja as mãos" e age de forma livre e
>> autônoma para infectar seu equipamento com softwares não livres.
>> Vocês do Curitiba Livre preferem sujar as próprias mãos em vez de delegar 
>> isso
>> ao usuário final.
>> 
>> A diferença é simbólica mas fundamental: eu sugiro que no FLISOL não 
>> queremos e
>> achamos tão ruim instalar software não livre deixamos esse "trabalho sujo" 
>> para
>> o usuário.
>> 
>> 
>>> 
>>> Outro trecho do seu texto:
>>> 
>>> "O terceiro é trazer de volta a discussão sobre os problemas que os drivers
>>> privativos e dados funcionais não livres causam: dependência tecnológica
>>> imposta pelo poder econômico dos donos/proprietários. Neste momento é o
>>> inconveniente do DRM e amanhã será o boot restrito. Até quando vamos 
>>> permitir
>>> passivamente sermos limitados, constrangidos e relegados? O dia em que não 
>>> será
>>> possível instalar mais um sistema operacional livre está chegando. Vamos
>>> reagir?"
>>> 
>>> Nosso texto de Curitiba:
>>> 
>>> "Mas não queremos instalar indiscriminadamente softwares não livres nos
>>> computadores/notebooks dos visitantes sem explicar antes o porquê isso 
>>> acontece
>>> e quais as consequências dessa ação. Seja qual for a distribuição GNU/Linux
>>> escolhida para instalar, todos os voluntários/instaladores se comprometerão 
>>> a
>>> mostrar os benefícios mas também os malefícios, caso envolvam a instalação 
>>> de
>>> softwares não livres."
>> 
>> Minha sugestão é trazer o debate para o centro da atividade com o objetivo de
>> educar o participante.
>> Vocês do Curitiba Livre dizem que não querem instalar antes de explicar... e
>> depois de explicar quererão?
>> 
>> A diferença é que eu não proponho um método para poder instalar softwares não
>> livres. A redação do seu texto, como está posta, diz claramente que depois de
>> explicar os malefícios, vocês instalarão sim software não livre. Portanto 
>> esta
>> ai o passo-a-passo para justificar a instalação de software não livre no
>> FLISOL. É como se explicar os malefícios anulasse a ação de instalar 
>> softwares
>> não livres.
>> 
>> Infelizmente o termo "indiscriminadamente" não tem nenhuma relevância nesse
>> texto, por que vocês deixam claro que fica a critério do voluntário decidir
>> qual(ais) e quanto(s) softwares não livres ele vai instalar.
>> 
>> 
>>> 
>>> Outro trecho do seu texto:
>>> 
>>> "Não estamos buscando coerência plena neste momento. Trata-se do primeiro 
>>> passo
>>> do resto de nossas vidas. Todos juntos podemos fazer do Mundo um lugar 
>>> melhor.
>>> Usar, difundir, desenvolver e se manter firme ao lados dos preceitos éticos 
>>> e
>>> filosóficos do Software Livre é um dos caminhos para se alcançar esse
>>> objetivo."
>>> 
>>> Nosso texto de Curitiba:
>>> 
>>> "Hoje estamos fazendo um FLISOL "possível", mas no futuro, com a pressão das
>>> sociedade sobre os fabricantes de hardware e desenvolvedores de software,
>>> queremos ter a chance de fazer um FLISOL ideal."
>> 
>> Minha sugestão é que façamos uma ação coordenada, em conjunto, em comunidade
>> para dar um primeiro passo na direção do FLISOL ideal.
>> Vocês do Curitiba Livre decidiram sozinhos explicar que não acreditam na
>> possibilidade de termos um FLISOL ideal, e por isso vão ceder de forma
>> premeditada e planejada à instalação de softwares não livres sempre que o
>> voluntário decidir fazê-lo.
>> 
>> A diferença é que eu proponho um passo na direção do FLISOL ideal e vocês
>> documentaram e justificaram como e porque o FLISOL deve permanecer do jeito 
>> que
>> está.
>> 
>> 
>>> Se esses trechos não provam que estamos alinhados quanto a questão da 
>>> instalação
>>> de softwares não livres, e que estamos preocupados em instalar softwares não
>>> livres mas explicar claramente para o visitante quais as implicações disso, 
>>> eu
>>> sinceramente não sei do que você está nos acusando.
>> 
>> Paulo, eu acredito na honestidade e na sinceridade da intenção do Coletivo
>> Curitiba Livre ao publicar esse texto, até porque te conheço e conheço a 
>> outros
>> membros do coletivo pessoalmente. Estou reafirmando que essa carta não diz o
>> que você acha que ela diz. Ela expressa e documenta formas claras de 
>> justificar
>> a instalação de software não livre no FLISOL e fora dele também.
>> A leitura do documento não incita ao cuidado em não instalar software não 
>> livre,
>> ela incita a quais cuidados tomar para poder instalar software não livre.
>> 
>> E isso tanto é verdade que basta ver como ele foi comemorado por OSIstas
>> clássicos como o Patola e seu asseclas no post e nos comentários do 
>> br-linux. O
>> texto é condescendente e tenta ser comedido e cauteloso. Ele coloca a 
>> liberdade
>> do voluntário em querer/poder instalar software não livre acima da
>> responsabilidade dele como voluntário em um evento de instalação de Software
>> Livre em não instalar software não livre.
>> 
>> 
>>> Seu texto não é mais, ou menos puro que o nosso.
>> 
>> Não estou comparando "purezas". Tenho dito que o seu texto é um "tiro no 
>> pé", só
>> isso.
>> 
>>> Então pra mim, a divergência é quanto a apoiar ou não a campanha contra 
>>> Ubuntu.
>> 
>> A divergência é que o manifesto "FLISOL #semUbuntu" irrita os OSIstas e o 
>> seu os
>> agrada.
>> 
>> Pense nisso.
>> 
>>> 
>>> Abraços,
>> 
>> Saudações Livres!
>> 
>>> 
>>> 
>>> --
>>> Paulo Henrique de Lima Santana
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