Re: [PSL-Brasil] Patentleft sem custo?

2016-01-05 Por tôpico Bruno F. Souza


O melhor lugar para voce fazer isso que voce esta querendo eh a OIN:

http://www.openinventionnetwork.com/

Eles sao um pool de patentes, agregando varias patentes de cerca de 2000 
empresas, e garantindo uma maior defensabilidade contra processos de 
patentes relacionadas ao Linux.


A associacao para pequenas empresas eh gratuita.

Nao eh exatamente uma patente livre, mas pelo menos todos que se associam 
ao grupo possuem protecao de todos os outros.


Quanto a conseguir a patente propriamente dita, a OIN mantem o site 
LinuxDefenders, que junta e registra prior-art e invencoes, para ajudar a 
impedir que elas sejam patenteadas:


 http://www.linuxdefenders.org/

Mais especificamente:

 http://www.linuxdefenders.org/?page_id=150

Se voce registrar sua ideia ou invencao (veja o link acima), advogados da 
OIN farao uma revisao da sua ideia, que ficara oficialmente registrada. O 
USPTO (orgao de patentes amaricano) usa esse site para verificar se 
submissoes de patentes sao realmente novas ideias.


Detalhe: tudo isso acima eh gratuito.

[]s,
Bruno.


Luiz Braz wrote:


Com custo zero eu não sei.

Mas alguém falou de um método não convencional que outro alguém teria usado.

* publicar o invento em um site qualquer (para dar visibilidade)
* informar a licença de uso
* registrar a ideia em cartórios de notas e/ou mandar uma cópia do invento
para você mesmo, via correios/FEDEX

Não sei avaliar os riscos jurídicos da idéia.

Luiz



Em 20 de dezembro de 2015 07:53, Cláudio Sampaio 
escreveu:


Alguém sabe se há algum jeito de obter uma "patente livre" / "patentleft"
ou efeito parecido de uma invenção sua sem custo?

Se você inventar e imediatamente comercializar, pode usar como "*prior
art*" pra evitar que patentem sua idéia? Como?

Existe alguma estrutura jurídica de ter sua invenção patenteada por outra
pessoa, ou aprimorada e patenteada?

Me interesso pelo assunto internacional e nacionalmente. Mas tem sido
muito difícil arranjar informações só procurando pela net. A entrada na
wikipedia de patentleft só tem um stub, e esse artigo aqui fala de um tal
"reach-through" e outros dispositivos jurídicos que pra ser sincero não
entendi muito bem: http://del-fi.org/post/6622391703/on-patent-left

Qualquer ajuda será apreciada.

--
Cláudio "Patola" Sampaio
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Re: [PSL-Brasil] Debate PL 2269/99; era: Improcedente ADI contra lei que prioriza contratação de softwares livres no RS

2015-04-10 Por tôpico Bruno F. Souza


Parabens Omar, a voce e a todos que participaram desse esforco!
Finalmente sera resgatada uma vitoria de tantos anos, que pelo
jeito agora se tornara realidade!

Parabens e obrigado!
[]s,
Bruno.


Omar Kaminski wrote:


Oi Fabs,

Os processos judiciais são tão morosos que às vezes a gente esquece
deles até que haja alguma movimentação. Tivemos um brilhante voto do
relator, ministro aposentado Ayres Britto, em outubro de 2012. Depois
disso ficou parado com pedido de vistas. Em muito breve a íntegra do
acórdão será publicada, e trarei o link para cá. Precisamos aguardar o
trâmite em julgado, porque eventualmente pode caber mais algum
recurso, mesmo que protelatório - leia-se, para enrolar, já que a
decisão foi por unanimidade.

Se houve custas, e se o trabalho fosse digno de algum tipo de
remuneração, deveriam ser divididas entre todos os demais envolvidos.
Mas não penso ser o caso. Meu mérito, se tive algum, foi ter tido a
idéia do amicus curiae e ter conseguido levar adiante, saindo da ideia
para o papel.

O trabalho foi de todos os envolvidos, e não só meu, e não acho justo
receber os louros sozinho. Vitória em mais esta batalha, a guerra
continua.

Omar



Em 10 de abril de 2015 14:54, fabianne balvedi f...@estudiolivre.org escreveu:

Omar, acho bastante pertinente a colocação do Antonio e também
me coloco à disposição para amenizar teus custos. E que bom que
tem pessoas que nos informam sobre estas coisas, pois confesso
que não sabia de boa parte de todos estes trãmites.

mas para além disso, volto a perguntar: o que nós, como comunidade,
além de reconhecer o trabalho de quem está lutando por isso há tanto tempo,
podemos fazer para pressionar o governo em relação à aprovação desse PL?

abs.,

fabs

.

2015-04-10 14:40 GMT-03:00 Omar Kaminski internetle...@gmail.com:

Prezado Antonio,

Conhecemo-nos por intermédio da estimada Ada Lemos em 2006 (quase 10
anos, hein?), quando de sua coordenação do setor de TI do Palácio do
Planalto. Desde então, nutro simpatia e também estima por sua pessoa.
Obrigado pelas suas gentis palavras.

A questão é de idealismo, de cumprir a função social da profissão. Nem
tudo é receber, mas também gerar - conhecimento em especial. Seu
reconhecimento é inestimável e é o melhor pagamento no meu modo de
entender.

Um fraterno abraço,

Omar

Em 10 de abril de 2015 14:31, Antonio Albuquerque
alb.anto...@gmail.com escreveu:

Sobre esta decisão de improcedência da ADI contra lei que prioriza
contratação de softwares livres no RS,

quero parabenizar, em especial, o Omar Kaminski que por muitos anos veio
defendendo junto ao judiciário esta tese da legalidade da contratação de
tecnologias livres (em particular da do software) junto ao judiciário
brasileiro.   Para mim, esta decisão do judiciário no dia de ontem em muito
devemos ao Omar.

Omar tomou a iniciativa de se tornar Amicus Curae e com isto o habilitou a
fazer pareceres junto ao processo judiciário e teve estes apreciados pela
mais alta corte do país. E vale salientar um outro fato dos mais relevantes
nos dias politicamente confusos e egoistas atuais em nosso país: faz por
conta própria, com recursos e custos tirados de seu bolso.  No mínimo, Omar,
mais uma vez, parabéns e me coloco a disposição de uma cotização para
amenizar os custos que tivestes (mesmo que tivestes perdido o debate da tese
o encaminhamento seria o mesmo).

Por súmula vinculante, esta decisão do STF no processo originado no estado
do RS poderá valer para todos os estados brasileiros.  Isso é muito
importante e poderá abrir uma nova fase para legislações estaduais e
municipais no trato da preferência por sw-livre, além de colocar o gestor
público numa posição de decisão muito mais tranquila.

Abraço a você Omar e todos os colegas do movimento sw livre,

Antonio

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Re: [PSL-Brasil] Zimbra é Software Livre? Era: CHAMADA PARA O CURSO ONLINE GRATUITO DE UBUNTU BÁSICO

2014-10-24 Por tôpico Bruno F. Souza

Ola Marcelo,

Existem varias licencas que tem variacoes entre o que a FSF, a OSI e o Debian 
pensam. E nao, nao existe uma concordancia biunivoca entre OSI e Debian. Essas 
3 organizacoes sao reconhecidas pelo seu trabalho de avaliacao, e as 3 tem 
processos e resultados que variam um pouco. A Wikipedia tem uma lista dessas 
discrepancias:


http://en.wikipedia.org/wiki/Comparison_of_free_and_open-source_software_licenses#Approvals

E? O que isso quer dizer? Que a discussao legal eh bem complexa, e as coisas 
nao sao tao preto-no-branco. Alguma novidade nisso? Ainda mais quando a licenca 
em questao ja nao eh mais importante, agora que o software foi licenciado sob 
GPL...

Ate porque... eh IRRELEVANTE essa discussao em relacao ao ponto especifico do 
Anahuac. O Anahuac fornece um SERVICO, e servico nao eh nem livre nem nao 
livre. Ou seja, se o Anahuac usasse software proprietario para prestar o 
servico dele, era um problema que diria respeito apenas a ele, porque os 
usuarios dele nao sao nem mais nem menos livres por conta disso. 

Especificamente a sua questao:

 Um webmail é livre
 se todo software que roda no cliente ou no servidor é livre, ou isto
 seria errado?


Um webmail eh composto de (principalmente) duas coisas:

- Um servico de armazenamento e envio/recebimento de email (e controle de spam, 
etc). Esse eh um servico, e eh irrelevante se quem fornece utiliza ou nao 
software livre. Como um servico, ele nao fere a sua liberdade (nas palavras do 
RMS, nao eh Service as a Software Substitute ou SaaSS, portanto, nao tem 
impacto negativo na sua liberdade)
- Um software de leitura de email, muitas vezes implementado em JavaScript, 
hoje em dia cada vez mais sofisticado. Esse poderia ser livre, mas 
provavelmente nao eh. Observe que mesmo que o codigo fonte seja livre, isso nao 
permite que voce diga que o webmail de um provedor especifico eh livre, 
porque para ser realmente livre, voce deveria poder modificar o JavaScript e 
utiliza-lo no servico daquele provedor, o que eh possivel em alguns raros 
casos, mas quase nunca.

Ou seja, para garantir a sua liberdade, voce provavelmente vai usar um cliente 
email livre, rodando no seu computador, e acessar o servico de email. Isso vale 
para outros servicos tambem.

Ou seja, respondendo a sua pergunta, voce provavelmente nao pode classificar um 
webmail como livre ou nao livre. Em particular, o Zimbra sendo livre, 
versao GPL mesmo, do ponto de vista do usuario do Anahuac, eh tambem 
irrelevante, porque o _servico_ que o Anahuac oferece, nao basta eu baixar o 
Zimbra que eu passo a ter (o Anahuac oferece mais do que meramente o Zimbra). O 
servico do Anahuac nao eh nem livre nem nao livre, porque (e estou me 
repetindo), a definicao de Free Software ou de Open Source NAO SE APLICA a 
um servico...

E essa nao eh uma duvida somente nossa, eh uma discussao bem ampla, mundial. 
Por exemplo, o diretor da OSI, Stefano Zacchiroli, acabou de fazer (esses dias) 
uma discussao exatamente sobre isso na abertura do DebConf'14:

http://www.lucas-nussbaum.net/blog/?p=824

E apesar de importante, nao eh uma discussao recente. Luiz Villa, diretor da 
OSI e advogado geral da Wikimedia, vem discutindo isso desde 2007 pelo menos:


http://lu.is/blog/2007/07/22/evaluating-a-freeopen-service-definition-rough-draft/

Eu sugiro a leitura dos posts acima, e tambem a discussao do RMS sobre SaaSS, 
porque eu acredito totalmente que as discussoes esquizofrenicas dessa lista 
(ataques de lado a lado, como se fossemos inimigos uns dos outros) tem como 
base essa tentativa de aplicar a definicao de free software ou open source 
ao mundo de hoje, que eh um mundo de servicos. A falta de uma definicao do que 
eh um servico livre eh que faz com que pessoas que concordam totalmente com a 
liberdade trazida pelo software livre, discordem de como empresas e pessoas 
estao usando essa liberdade.

Essa talvez fosse a grande contribuicao da comunidade Software Livre 
brasileira. Como fomos a primeira comunidade no mundo a integrar a etica do 
free software com a tatica do open source, poderiamos muito bem sair na frente 
e levantar a discussao, muito mais importante, de servicos. Mas, enquanto no 
resto do mundo a FSF e a OSI estao trabalhando cada vez mais proximas nessa 
discussao, nos estamos aqui, voltando pra tras, sofrendo com fogo amigo...

[]s,
Bruno.


 On 24/10/2014, at 20:49, Marcelo Akira marcelo.ak...@gmail.com wrote:
 
 Em 21 de outubro de 2014 01:18, Bruno F. Souza br...@javaman.com.br 
 escreveu:
 Bruno O Zimbra tem diversas licencas, mas tbem tem um site bem claro,
 com toda a informacao:
 Bruno http://www.zimbra.com/legal/licensing
 Bruno versoes anteriores (todas, inclusive a 8.0.5) -
 licenciado sob ZPL (Zimbra Public License), baseada na Yahoo Public
 License, que eh licenca livre
 
 Segundo a FSF, a YPL é Software Livre:
 http://www.gnu.org/licenses/license-list.en.html
 
 E membros da Debian-Legal  diz que não é:
 
 6.2

Re: [PSL-Brasil] Fwd: [Software livre UFG] CHAMADA PARA O CURSO ONLINE GRATUITO DE UBUNTU BÁSICO

2014-10-20 Por tôpico Bruno F. Souza

O Zimbra tem diversas licencas, mas tbem tem um site bem claro, com toda a 
informacao:

http://www.zimbra.com/legal/licensing

Basicamente:
versao 8.5 - licenciado sob GPL v2
versoes anteriores (todas, inclusive a 8.0.5) - licenciado sob ZPL 
(Zimbra Public License), 
baseada na Yahoo Public License, que eh licenca livre (interessante que 
nem a ZPL 
nem a YPL foram submetidas e/ou aprovadas como licencas Open Source)

O que significa que o Anahuac fez uma boa escolha e escolheu um software que da 
a ele todas as liberdades que ele precisa, totalmente consistente com a defesa 
que ele faz ao software livre.

A discussao interessante eh em relacao ao servico propriamente dito. Dado que 
um servico nao eh nem livre nem nao livre (nao existe uma definicao de um 
servico livre), essa discussao nao tem nenhum impacto no servico que o Anahuac 
oferece, e, na minha opiniao, ele faz muito bem em ignorar esse bate boca.

O que sempre me surpreende eh que se o Anahuac tem que passar por esse tipo de 
crivo, e crivos semelhantes sao aplicados a diversas empresas (tive uma 
discussao semelhante em outra lista nao muito tempo atras) claramente existe um 
desconhecimento e uma falta de concordancia dentro dessa comunidade. 

Antes de se poder discutir as propostas do Anahuac a respeito da discussao 
etica, seria importante que houvesse um entendimento sobre as bases do 
movimento: licencas, onde se aplicam, o que eh distribuicao de software, etc. 
Se nos nao entendemos, eh dificil querer discutir para onde vai o movimento...

[]s,
Bruno.


There is a proprietary version of the software (Zimbra Network Edition) that 
has non-

 On 20/10/2014, at 20:59, anah...@anahuac.eu wrote:
 
 
 Akira,
 
 Não sabe ler a documentação ou tenta enganar a audiência? Faça não: isso é 
 feio! :-)
 Tentar me atacar pessoalmente não te ajudará em nada, apenas fará você passar 
 mais vergonha.
 
 Em 
 http://wiki.zimbra.com/wiki/Building_Zimbra_using_Git#Changing_the_active_checkout
  está escrito como mudar o checkout para a versão desejada.
 Demorei para mandar esta mensagem porque fiz questão de baixar todos os 12Gb 
 de código e listar todas as versões disponíveis, inclusive a 8.0.5 que você 
 disse não estar lá.
 
 Portanto, você me acusa, desta vez com inverdades, de estar usando Software 
 Proprietário para atender meus clientes no KyaHosting. Eu te disse você 
 perderia credibilidade!
 Seria bom poder recorrer ao moderador da lista, mas adivinhem só: você é um 
 deles!
 
 Seu esforço em me desqualificar começa a afetar suas habilidades. Cuidado! :-)
 
 Em tempo: não existe um software chamado KyaHosting. Esse é apenas do nome 
 comercial para a prestação de serviço de hospedar contas de e-mail.
 
 Saudações Livres!
 
 
 
 - Mensagem original -
 De: Marcelo Akira marcelo.ak...@gmail.com
 Para: PSL-Brasil psl-brasil@listas.softwarelivre.org
 Enviadas: Segunda-feira, 20 de outubro de 2014 16:50:07
 Assunto: Re: [PSL-Brasil]Fwd: [Software livre UFG] CHAMADA PARA O CURSO 
 ONLINE GRATUITO DE UBUNTU BÁSICO
 
 Em 20 de outubro de 2014 16:41,  anah...@anahuac.eu escreveu:
 Enquanto isso, para sua diversão e dos demais da lista segue o Guia de como
 obter o código fonte do Zimbra:
 http://wiki.zimbra.com/wiki/Building_Zimbra_using_Git
 
 Anahuac,
 
 A versão que está disponível no Git e a do Kyahosting são diferentes,
 8.5 e 8.0.5, respectivamente. Cada uma tem uma licença de uso
 diferente, a Zimbra anunciou a mudança recentemente em Junho de 2014
 [0].
 
 Mas qual é a relevância da diferença de licenciamento entre as
 versões? É muita, pois a versão 8.0.5 não tem licença livre. Mais
 ainda, o código-fonte da versão 8.0.5 não é disponível em nenhum
 repositório da Zimbra. Portanto, o software é proprietário.
 
 A disponibilidade de código-fonte e licenciamento livre é fundamental:
 - para que auditemos se há algum spyware instalado;
 - para que possamos criar forks, caso a empresa resolva fechar a
 licença do software;
 
 E infelizmente, a versão escolhida para a nova versão 8.5 é GPLv2, que
 não garante a liberdade dos usuários Web. Só a GPLv3 garantiria isso
 [1].
 
 Enfim, estou realmente interessado em achar um webmail que seja
 *realmente livre*. O discurso 'chato' do Anuahac me incitou meu lado
 'hacker' a buscar uma solução para isso, admito minha *complacência* e
 *preguiça*. Meus requisitos são:
 - Licenciamento GLPv3 ou equivalente: o código-fonte da versão de
 software tem que estar disponível;
 - Tem que suportar criptografia fim-a-fim, com facilidades de
 manipulação de chaves;
 - Armazenamento criptografado;
 
 Se não achar um software live, irei dar um jeito de produzir algo
 assim. Já fiz algumas pesquisas e acho que é viável. Sou professor de
 redes e tenho alguns alunos que gostariam de trabalhar com isso como
 projeto final de curso.
 
 [0]
 http://blog.zimbra.com/blog/archives/2014/06/osi-licenses-zimbra-collaboration-open-source-edition.html
 [1] 

Re: [PSL-Brasil] Creative commons em artigos acadêmicos

2014-10-18 Por tôpico Bruno F. Souza

O material sendo seu, voce pode colocar a licenca que quiser, inclusive 
Creative Commons. Como autor do trabalho, eh voce que decide que direitos quer 
dar as outras pessoas.

A pergunta deve ser outra: a instituicao (Universidade, Fundacao, etc) pra qual 
voce esta pesquisando (se alguma), ou a publicacao na qual voce pretende 
apresentar seu trabalho, aceitam que seja publicado em CC? Alem disso, os 
outros pesquisadores que voce quer que use o seu trabalho, vao conseguir usa-lo 
como voce pretende se voce colocar uma licenca CC?

Algum material para voce dar uma olhada:

Wiki que publica trabalhos acedemicos em CC:
http://creativecommons.org/tag/academic-papers
http://acawiki.org/Home

Discussao sobre CC e Pesquisas

http://www.ithenticate.com/plagiarism-detection-blog/understanding-creative-commons-for-researchers

[]s,
Bruno.


 On 18/10/2014, at 19:37, Wendell Bento Geraldes wendel...@gmail.com wrote:
 
 É possível publicar artigos acadêmicos sob licenças Creative commons?
 
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Re: [PSL-Brasil] Criação Partido da Tecnologia da Informação

2014-10-07 Por tôpico Bruno F. Souza

On 06/10/2014, at 15:30, anah...@anahuac.eu wrote:
 
 Desde quando usar software livre virou sinônimo de não usar produtos da 
 google?
 
 Se conseguirmos chegar nessa resposta, qualquer que seja, provavelmente vamos 
 nos entender como movimento.

Acho que voce tem razao, e talvez fosse uma boa discussao... Mas, ja fiz um 
teste de discutir um produto expecifico, e infelizmente, a discussao parece nao 
chegar a lugar algum... Acho que seria muito produtivo para a comunidade de SL 
fazer discussoes aprofundadas sobre os diversos produtos e servicos, o que vale 
e o que nao vale a pena, que servicos (ou funcionalidades de um servico) sao 
problematicos, etc. Essa discussao com certeza aprofundaria o conhecimento de 
todos sobre software livre, provacidade, dados abertos e mais.

A EFF tem uma lista relacionada a privacidade[1] que poderia ser um bom modelo 
para se fazer em relacao a SL:

https://www.eff.org/who-has-your-back-2014

 
 Eu tenho escrito muito sobre o tema, e já tenho elencado diversos motivos, 
 então queria pedir que desta vez fosse invertido.
 Alguém se propõe a listar porque usar os produtos do Google não conflita com 
 o ativismo e o movimento Software Livre?
 

Existem varios produtos do Google que nao conflitam (ou podem nao conflitar) 
com o movimento SL. Por exemplo, utilizar o gmail como servidor de email.

Voce utilizar um servico que armazene e envie seus emails, nao processa nada 
pra voce, eh apenas um servico (ou seja, nao eh SaaS na definicao da FSF). Voce 
pode ter um cliente de email livre, e suas mensagens armazenadas no GMail. O 
conflito existe no caso de voce utilizar a interface web do gmail, onde o 
Javascript nao eh livre, e voce estaria portanto utilizando software 
proprietario para ler os emails.

Nenhuma generalizacao eh boa, e portanto, falar em produtos Google eh muito 
generico, e tudo depende como voce usa e como isso afeta a sua liberdade. 
Outros servicos do Google tbem podem nao ter conflito, dependendo como voce os 
utiliza, como o Google Drive (armazenamento) ou o Google Hangout (chat, se voce 
acessa-lo usando o Pidgin por exemplo). Provavelmente o Google+ tbem nao 
representa problemas de SL por ser uma rede social (e portanto, nao eh SaaS).

Por outro lado, varios desses servicos tem problemas de privacidade, alguns 
serios, afinal, o Google utiliza seus emails recebidos/enviados, o seu perfil 
no Google+, etc, etc, para fazer propaganda, o que provavelmente eh verdade em 
muitos servicos gratuitos, que precisa se sustentar de alguma forma. Por outro 
lado, a EFF da 6 estrelas para o Google no painel de privacidade deles. Agora, 
questoes de privacidade sao diferentes das questoes de SL, apesar de estarem 
relacionadas.

SL eh uma definicao bem especifica, mas que so se aplica a software que voce 
executa. No mundo de hoje, com servicos, cloud, celulares e outros tantos, 
seria muito benefico para o publico em geral se pudessemos levantar os 
problemas especificos de cada servico e o que fazer para mitiga-los. Ja propuz 
isso em outro momento.

Por exemplo (e eh um exemplo apenas, poderia/deveria ser bem mais completo!)

- GMail
Servico
Risco: usa JS proprietario para ler/enviar email na interface web
Como mitigar o risco: utilizar cliente livre (thunderbird ou outro)
Problemas de privacidade? O Google usa informacao do seus emails 
recebidos/enviados para mostrar propaganda

Uma discussao assim seria de fato produtiva, e poderia ajudar varios usuarios a 
entender seus riscos e problemas, e ate ajudar os ativistas a entender os 
proprios riscos.

Software Livre tem uma definicao especifica, e leva facilmente a uma lista 
dessas (as licensas...). Servicos sao menos claros, ja que nao existe uma 
definicao de servico livre. Mais complicado ainda eh a privacidade, que nao 
tem uma definicao especifica, e teria que ser feito algo como a EFF fez no link 
acima[1], em cima de itens especificos. Outro exemplo sao as discussoes do Tim 
Bray ([1] [2] entre outros).

Ate acredito que a discussao seria bem bacana, e seria muito bom tirar o foco 
das pessoas e do ativismo, e colocar o foco nos software e nos servicos. Sem 
ficar apontando dedos, eh muito mais facil ver onde esta a nossa liberdade e 
para onde podemos aumenta-la.

[]s,
Bruno.

[1] https://www.eff.org/who-has-your-back-2014
[2] https://www.tbray.org/ongoing/When/201x/2014/07/28/Privacy-Economics
[3] https://www.tbray.org/ongoing/When/201x/2014/05/26/Privacy-Levels



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Re: [PSL-Brasil] Software para gestao de academias de ginastica

2014-08-20 Por tôpico Bruno F. Souza

Ola Fred,

Eu achei algumas coisas procurando por gym management software, ve se tem 
algo q te agrada.

Em especial, tem esse aqui, que parece bem ativo (utlima versao eh de 
Julho/2014):

http://www.clubmaster.org/features/

[]s,
Bruno.


On 20/08/2014, at 16:08, Frederico Goncalves Guimaraes 
fgguimar...@teia.bio.br wrote:

 Olá colegas do grupo,
 
 Pois é, como diz o título, vocês conhecem algum software livre para
 gestão de academias de ginástica? Dei uma procurada aqui, mas tudo o
 que eu achei já não é mais mantido. E é uma busca meio ingrata de
 fazer, pois ele sempre me aponta para a academia no sentido
 universitário. Aí fiquei pensando se alguém aqui já conhece/usa algum.
 Ah, o ideal é que ele rode em GNU/Linux, ok?
 
 Agradeço qualquer ajuda.
 
 Um abraço e ate mais,
 
 
 Fred
 -- 
 Linux User #228171
 Sítio pessoal: http://teia.bio.br
 Perfil ~friendica: http://social.teia.bio.br/profile/aracnus
 Software Livre Educacional: http://sleducacional.org
 
 Liberdade, essa palavra que o sonho humano alimenta, que não há
 ninguém que explique e ninguém que não entenda. (Cecília Meireles)
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Re: [PSL-Brasil] Software Livre, não OpenSource

2014-07-15 Por tôpico Bruno F. Souza

O Twitter eh um servico. Como servico, nao eh nem livre nem nao-livre 
(simplesmente o conceito software livre nao se aplica).

Voce nao eh obrigado a usar programas nao-livre para usar o Twitter, e voce foi 
mais alem, por toda a sua analise, voce nao ve nada no Twitter que esteja 
ferindo a sua liberdade.

Ou seja: nao existe a menor incoerencia de sua parte por usar o Twitter.

Essa analise sobre os servicos que voce usa eh a analise importante. O objetivo 
de lutar pela liberdade eh que voce tenha controle sobre o seu ambiente 
computacional. Software Livre eh uma faceta dessa analise. O uso de servicos eh 
uma outra faceta. As analises de cada caso sao diferentes.

Eu considero uma derrota para a comunidade Software Livre quando uma pessoa eh 
obrigada a considerar que algo que claramente _nao_ afeta a sua liberdade (por 
todas as razoes que voce citou) eh uma incoerencia, porque esta sendo atacada 
por outros pela decisao que tomou.

Anahuac: voce eh um cara coerente, nao se considere incoerente.

Bueno: existe uma diferenca conceitual gigantesca entre as 3 coisas que voce 
citou: Twitter, Gmail e Facebook. Mas nao vou me extender. Sugiro [1].

[]s,
Bruno.

[1] https://www.gnu.org/philosophy/who-does-that-server-really-serve.html

On 15/07/2014, at 23:37, anah...@anahuac.eu wrote:

 
 Olá Bueno,
 
 Vou responder de forma simples para ajudar a entender:
 Conceitualmente não há diferença alguma entre usar Twitter, Conta Google ou 
 Facebook.
 Todos eles são ruins e deveriam ser evitados ao extremo, mas não usar nenhum 
 deles certamente te/nos levara ao completo ostracismo digital.
 Então decidi manter o menos pior:
 
 1) Eu posso acessar o twitter usando um cliente livre que me protege dos 
 excessos cometidos pelos clientes privativos e pelo navegador;
 2) O Twitter sempre deixou claro que todo o seu conteúdo é público e passivo 
 de tratamento, sem surpresas ai;
 3) O Twitter não escaneia meus e-mails, nem se apropria das minhas fotos, não 
 tem bate-papo, não manipula minhas mensagens, e não limita o alcance das 
 minhas mensagens.
 4) E para mim, repito para mim, ele serve mais como um RSS do que como centro 
 de convivência.
 
 Então como vínculo com o Mundo, e enquanto não conseguirmos popular as redes 
 livres e federadas, usar o Twitter é minha parcela de incoerência.
 
 Como disse me outro e-mail, não uso Netflix, Steam, Google, Gmail e demais 
 produtos G, nem Skype, nem Facebook, nem produtos MAC, nem WhatsApp, nem 
 Chrome, nem Instagram, nem Xbox, nem Windows, nem Flash, nm Ubuntu, nem... a 
 lista é longa, e por isso acho que posso me conceder o direito de ter o 
 Twitter como incoerência.
 
 Saudações Livres!
 
 
 - Mensagem original -
 De: Joao S. O. Bueno gwid...@mpc.com.br
 Para: PSL-Brasil psl-brasil@listas.softwarelivre.org
 Enviadas: Terça-feira, 15 de julho de 2014 23:25:35
 Assunto: Re: [PSL-Brasil] Software Livre, não OpenSource
 
 2014-07-15 21:15 GMT-03:00  anah...@anahuac.eu:
 
 Vejam o bom Stallman falando mais uma vez para que serve OpenSource, aqui:
 
 https://www.youtube.com/watch?v=rGN8hkAV8w8
 
 A partir dos 5:05
 
 Apreciem sem moderação!
 
 Depois tentem se convencer de que Opensource e Software Livre são a mesma
 coisa!
 
 Saudações Livres!
 
 
 --
 Anahuac de Paula Gil
 
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 Twitter: @anahuacpg
 Diaspora: anah...@diasporabr.com.br
 Jabber/XMPP: anah...@diasporabr.com.br
 
 Estou saindo do tópico deste e-mail especifico, mas é só pra
 me ajudar a entender melhor - por que facebook e gmail são
 poribidos e twitter pode?
 Tem alguma diferença conceitual muito grande entre um grupo e outro, ou você
 só
 esqueceu de tirar o twitter da sua assinatura?  (sem provocação - vou
 entender se esse
 for o caso - mas queria uma resposta legal caso não seja).
 
  js
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Re: [PSL-Brasil] Será que estou lendo direito?

2014-07-11 Por tôpico Bruno F. Souza

On 11/07/2014, at 08:45, China china.lis...@gmail.com wrote:

 Em 10 de julho de 2014 23:45, Joao S. O. Bueno gwid...@mpc.com.br escreveu:
 Além disso eu poderia apostar que o que vem nesse download específico
 não é nenhum libreoffice, mas sim
 algum Malware de primeira categoria.
 
 Pelo tamanho do arquivo, apenas 0,8MB, já dá isso na cara...

A pagina diz que essa aplicacao faz o download do LibreOffice:

[...] USING THIS APP YOU CAN DOWNLOAD IT
(sic)

Se a Document Foundation considera que a aplicacao eh enganosa (porque tem o 
logo deles, ou por qualquer outra razao), acho que eles tem mesmo que trabalhar 
com a Microsoft para nao deixar que seja enganoso para os usuarios Windows. Se 
o cara tirar o logo da Document Foundation e trocar pelo logo do Libre Office, 
ele provavelmente estara compliant com todas as regras.

Mas, isso mostra (como em tantos outros casos) que sempre que alguem (nessa 
caso a Document Foundation) nao marcar presenca e nao disponibilizar o seu 
produto em algum lugar (nessa caso a MS Store, mas poderia ser uma distro 
Linux, poderia ser um porte pra outro sistema operacional, etc), software livre 
vai permitir com que _alguem mais_ faca isso. 

Honestamente, eu acho isso uma _boa_ coisa. Um exemplo _bom_ desse mesmo uso: 
as empresas americanas sao obrigadas a proibir acesso a seus sites de pessoas 
vindas de paises bloqueados pelo governo americano. Isso eh verdade para 
todas as empresas americanas, e elas podem ser severamente punidas. Tinhamos 
esse problema na Sun, e eramos obrigados a barrar acesso aos sites mesmo de 
produtos livres (NetBeans, OpenSolaris, OpenJDK, etc) a pessoas desses paises. 
Entao, pra gente era muito bom (e ate incentivavamos) quando _outros_ (grupos 
de usuarios, desenvolvedores de paises que nao tinham essas restricoes) 
baixavam e colocavam esses projetos disponiveis, para que pudessem ser feitos 
os downloads a partir de paises bloqueados.

Agora, a questao do preco? Ah pessoal... Se tem gente disposta a comprar, e ter 
um suporte (o cara coloca o email dele como suporte), porque voces acham isso 
ruim? Eh um ganho para todos! Voce pode argumentar que o usuario poderia baixar 
de graca. Sim, poderia... Se for facil achar, facil baixar, facil instalar, eh 
provavel que o usuario nunca nem veja essa aplicacao na Windows Store, e pode 
ser que esse cara ai nao esteja fazendo negocio nenhum. Agora, se ele esta 
cobrindo um nicho de usuarios que nao acha o Libre Office, ou nao sabe baixar, 
ou nao sabe que eh de graca, ou nunca tinha ouvido falar, bom pra ele: ele 
achou o nicho dele e esta ganhando dinheiro.

Software Livre eh isso pessoal. Eh Livre.
(Nao, nao estou dizendo que o download nao eh um malware, ou que eh maravilhoso 
ou que o suporte do cara seja bom ou que quer que seja. So que nao da pra 
criticar o cara _so_ porque ele esta vendendo Libre Office na Windows Store! 
Assumir que eh um malware so por isso eh assumir de cara que so porque ele esta 
vendendo esta fazendo algo ruim, o que nao eh por ai! :-))

[]s,
Bruno.





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Bruno.
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Re: [PSL-Brasil] Será que estou lendo direito?

2014-07-10 Por tôpico Bruno F. Souza

On 10/07/2014, at 19:23, cristiano furtado cristianofurtad...@gmail.com wrote:

 Isso esta contra as nossas licenças não? 

Nenhuma licenca livre proibe a venda do software. Sim, voce pode vender o 
software, 
com ou sem modificacoes, e isso vale para _qualquer licenca livre_. 

Em particular, a licenca do Libre Office (MPL v2.0) diz:

http://www.libreoffice.org/about-us/licenses/

2.1. Grants
Each Contributor hereby grants You a world-wide, royalty-free, 
non-exclusive license:

• under intellectual property rights (other than patent or trademark) 
Licensable by such 
Contributor to use, reproduce, make available, modify, display, 
perform, distribute, and 
otherwise exploit its Contributions, either on an unmodified basis, 
with Modifications, or 
as part of a Larger Work; and

• under Patent Claims of such Contributor to make, use, sell, offer for 
sale, have made, 
import, and otherwise transfer either its Contributions or its 
Contributor Version.

Em especial a essa questao voce tem direito a:
reproduzir, tornar disponivel, distribuir e explorar
e tambem direito a:
vender, oferecer a venda

 Eu nunca vi oLivre Office sendo vendido. Era para ser gratuito.

Varias pessoas vendem o Libre Office. Basta procurar. Uma busca rapida revela 
por exemplo:

Uma empresa:
(que vende uma versao enterprise com suporte)
https://libreoffice-from-collabora.com

Um cara qualquer no Ebay:

http://www.ebay.com/itm/LibreOffice-3-5-For-Windows-Mac-OS-X-Linux-/190663782585?pt=US_Office_Business_Softwarehash=item2c647270b9

[]s,
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Re: [PSL-Brasil] GNUs para Reinaldo Bispo

2014-05-28 Por tôpico Bruno F. Souza

On 27/05/2014, at 12:15, Anahuac anah...@anahuac.eu wrote:

 
 E assim eu encerro minha participação nesta thread. 
 
 Saudações Livres! 
 

Obrigado, foi um prazer debater com alguem que defende seus ideais com alto 
nivel, e
agradeco muito a sua dedicacao de tempo e esforco.

Espero que isso venha a ajudar alguem a formar suas proprias opinioes.

[]s,
Bruno.
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Re: [PSL-Brasil] GNUs para Reinaldo Bispo

2014-05-27 Por tôpico Bruno F. Souza

On 27/05/2014, at 00:00, anah...@anahuac.eu wrote:

 
 Me parece que suas respostas são moldadas não para construir algo novo mas 
 para reforçar/justificar velhos erros.
 Quando argumento de forma mais ortodoxa, você pragmatiza e fica tolerante. 
 Quando eu pragmatizo você ortodoxa.

Acho que isso chama-se conversar... Nao acredito que estamos aqui tentando 
convencer um ao outro, porque nossas posicoes sao diferentes, e eu nao tenho 
nenhuma pretencao em transforma-lo em ativista open source e tenho certeza que 
voce nao acredita que vai me transformar em ativista free software. Mas isso 
nao quer dizer que nao possamos encontrar pontos em comum em que possamos 
trabalhar juntos, ate porque (talvez voce nao, mas pelo menos eu) acredito que 
o Movimento Software Livre Brasileiro sempre trabalhou encontrando esses pontos 
comuns. 

 
 O mais incômodo é uso das definições estritas da FSF e da OSI. Convenhamos 
 que isso não vai funcionar.

Bem... Eh dificil a gente nao se basear no que as entidades falam... Voce faz 
questao de citar a OSI como o grande vilao do que voce considera a morte do 
movimento software livre, e foi isso que comecou essa conversa. Se voce cita 
nominalmente a OSI, ataca a sua posicao, mas discorda que a opiniao formal da 
entidade seja colocada, entao, nao sei exatamente a melhor maneira de tratar...

Eu acredio que o movimento eh amplo, e possuem varias opinioes, e eh trabalho 
de todos nos discutirmos essas opinioes e divergencias. Eu nao acredito em 
desqualificar o movimento inteiro e considera-lo morrendo, quando na verdade, 
as discussoes hoje sao muito mais aprofundadas, com muito mais substancia. 
Estamos em um mundo tecnologico mais complexo, onde os problemas sao mais 
amplos, e em muitas questoes nao ha nem consenso dentro do movimento mundial! 

A propria FSF diz:

Non-SaaSS services can mistreat their users in other ways. Issues 
about a service can include whether it misuses the data you send it, 
and whether it collects other data (surveillance). The Franklin Street 
Statement made a stab at addressing these issues, but 
**we don't have a firm position on them as yet.** 
What's clear is that the issues about a service are different from the 
issues 
about a program. Thus, for clarity's sake, it is 
**better not to apply the terms “free” and “nonfree” to a service.**

http://www.gnu.org/philosophy/network-services-arent-free-or-nonfree.html
(enfases minhas)

Por exemplo:

 Ninguém nesta lista é tão ingênuo a ponto de cair noa argumento de que usar 
 redes sociais devassas é aceitável porque não se trata de Software 
 Proprietário, estrito senso.
 O Stallman tem dezenas de entrevistas e textos deixando claro que o maior 
 perigo, atualmente, a liberdade é o Facebook.

Esse eh um bom exemplo onde a discussao ultrapassa a discussao de software 
livre. O problema do Facebook nao eh um ataque aa liberdade no sentido do 
software livre, mas sim, questoes de privacidade, vigilantismo, seguranca, e o 
Stallman deixo isso claro. Acho que precisamos respeitar que, quando saimos da 
definicao estrito senso, vamos ter opinioes divergentes, ja que estamos 
abrangindo mais coisas, muitas as quais ainda estao sendo discutidas.

Eu por exemplo nem me interesso em defender Facebook ou outras redes sociais. 
So as utilizo para o que eh estritamente publico. Portanto, nao tenho nenhuma 
questao em relacao aa minha liberdade ou privacidade. Nao obrigo ninguem a 
participar de Facebooks ou Twitters para falar comigo, minha principal forma de 
contato eh email (que utilizo o meu pessoal, no meu proprio dominio) mas estou 
disponivel em varias das redes e chats (ate porque, a comunidade Java eh ainda 
mais diversificada). Quando fazemos atividades relacionadas aas entidades (OSI 
em especial, mas o SouJava tbem), usamos sempre software livre, o que nao 
obriga ninguem a abrir mao de sua liberdade para participar. Pior, nem acho que 
so software livre eh suficiente: acredito profundamente no uso de padroes 
implementados com software livre, como forma de realmente garantir a sua 
liberdade.

 
 O que vou afirmar em seguida é uma opinião pessoal e não deve ser entendida 
 como um ataque pessoal a você Bruno: A OSI é uma organização criada para 
 diluir os aspectos éticos e filosóficos defendidos pela FSF, com o objetivo 
 de permitir a apropriação, pelos poderosos, da metodologia de desenvolvimento 
 colaborativo de Software. A metodologia é a de sempre: misturar, confundir, 
 fazer marketing, usar as entrelinhas legais e apelar para o espirito de 
 manada da maioria.
 Como tenho discorrido em meus artigos, a OSI tem tido muito sucesso.

Como eu disse acima: voce faz um ataque direto aa OSI, fazendo afirmacoes que 
nao sao verdade. Voce pode ser contrario aa tatica da OSI e eu nao tenho 
problemas com isso, mas apelar para frases de efeito e sem base so dificulta a 
conversa. Em nenhum momento a OSI faz ou se 

Re: [PSL-Brasil] GNUs para Reinaldo Bispo

2014-05-26 Por tôpico Bruno F. Souza

Akira, Anahuac,

Quero agradecer, porque essa discussao esta de otimo nivel, e acredito que esta 
ajudando a todos a solidificar os conhecimentos sobre Software Livre em geral.

 A minha movimentação é para que busquemos um equilíbrio. A balança pendeu 
 para o pragmatismo de uma forma quase irreversível.

Em especial, eu acredito que o objetivo final que o Anahuac vem propondo, que 
acho que ele resumiu nessa frase acima eh um objetivo valido e importante para 
a discussao de software livre no Brasil. Mas, acho que para chegar nisso 
precisamos respeitar a diversidade existente hoje na comunidade.

Por isso, quero fazer alguns comentarios pontuais, onde eu acho que a discussao 
esta distorcendo alguns pontos de vista:

 Estava me referindo aos códigos licenciados sob licenças OSI.
 E talvez aqui caiba lembrar que há sempre aquela pulha de que as licenças 
 OSI são mais livres do que as licenças SL, pois elas permitem serem 
 apropriadas por quem desejar.

As licencas aprovadas pela OSI sao virtualmente identicas aas licencas 
aprovadas pela FSF, portanto nao sao nem mais nem menos livres. A segunda, 
terceira e quinta licenca livre mais usada no mundo permitem essa chamada 
apropriacao, mas nao deixam de ser livres.


http://www.blackducksoftware.com/resources/data/top-20-open-source-licenses

 
 Em quais atitudes a OSI se aproximou do SP? Me ajude a enxergar isso, me 
 cite exemplos.
 
 Reveja a primeira mensagem do Bruno, ele deixa isso bem claro.

Desculpe Anahac, mas em nenhum momento eu defendi ou promovi ou me aproximei 
de software proprietario nessa discussao. Temos uma diferenca de opiniao bem 
razoavel, mas pelo menos do meu lado, acredito que estamos sempre falando de 
software livre aqui...

 A aproximação é fruto da abordagem pragmática e tolerante, mais uma vez. Mas 
 já que você quer um exemplo: considerar correto o uso de ferramentas do 
 Google (listas, docs, emails).

A OSI exclusivamente defende o uso de software livre. A OSI nao diz nada a 
respeito do uso de ferramentas ou software proprietario: o foco da organizacao 
eh defender o uso e a criacao de software livre, promovendo as suas vantagens.

Em especial, nao existe nenhuma infraestrutura da OSI que seja mantida em 
software proprietario: nossas listas sao gerenciadas internamente utilizando 
Mailman, nossos documentos compartilhados utilizam o Etherpad, nosso issue 
tracker eh Redmine, nossa Wiki eh a XWiki, etc.

 A OSI diz que está tudo bem usar as ferramentas do Google para produzir 
 Software Livre.

A OSI nao defende e nao promove as ferramentas do Google. A OSI tambem nao diz 
nada sobre estar tudo bem em usar ferramentas do Google ou de quem quer que 
seja. A OSI defende e promove a criacao de software sob licencas livres. A 
frase do Linus Torvalds que citei no outro email talvez seja um resumo: open 
source is the only right way to do software. Em nenhum momento a OSI promove o 
desenvolvimento de software proprietario.

 A FSF diz que não está tudo bem usar as ferramentas do Google, nem mesmo para 
 produzir Software Livre.

A FSF nao diz isso... A FSF, exatamente porque defende o lado etico, discute 
detalhadamente usos eticos e nao eticos dessas ferramentas. Esse eh um ponto 
fundamental quando queremos ser consistentes. A FSF por exemplo eh bem 
consistente quando avalia algo tao generico quanto as ferramentas Google:

Services are fundamentally different from programs, and the ethical 
issues that 
services raise are fundamentally different from the issues that 
programs raise. 
To avoid confusion, we avoid describing a service as “free” or 
“proprietary.”
http://www.gnu.org/philosophy/who-does-that-server-really-serve.html

Recomendo uma lida no artigo que cito acima, do Richard Stallman, que discute 
SaaS/SaaSS/Google/Facebook/Twitter entre outros:

http://www.gnu.org/philosophy/who-does-that-server-really-serve.html

Alguns pontos do artigo que tem a ver com toda essa nossa discussao:

In its essence, social networking is a form of communication and 
publication, not SaaSS. 

Some sites offer multiple services, and if one is not SaaSS, another 
may be SaaSS. For instance, the main service of Facebook is social 
networking, and that is not SaaSS; however, it supports third-party 
applications, 
some of which are SaaSS. 

Flickr's main service is distributing photos, which is not SaaSS [...]
Likewise, using Instagram to post a photo is not SaaSS [...]
[...] Neither is [SaaSS] publishing your own materials via a blog site 
or 
a microblogging service such as Twitter or StatusNet.

Google Docs [...] offers an API for uploading and downloading documents 
[...]. 
A free software editor can do so through this API. This usage scenario 
is not SaaSS, because it uses Google Docs as a mere repository. 

Tambem recomendo a leitura do artigo (tambem do RMS):


Re: [PSL-Brasil] GNUs para Reinaldo Bispo

2014-05-23 Por tôpico Bruno F. Souza
 entendimento de que OSI e SL são 
 movimentos diferentes;
 2 - Estimular de forma ampla e coordenada o não uso de softwares 
 proprietários(skype e etc), sabotadores do software livre(Ubuntu e etc) e das 
 redes sociais devassas (face e etc).
 
 Esse seria um excelente começo :-)
 
 Saudações Livres!
 
 
 
 - Mensagem original -
 De: Bruno F. Souza br...@javaman.com.br
 Para: PSL-Brasil psl-brasil@listas.softwarelivre.org
 Enviadas: Quinta-feira, 22 de maio de 2014 22:10:48
 Assunto: Re: [PSL-Brasil] GNUs para Reinaldo Bispo
 
 
 On 22/05/2014, at 20:19, anah...@anahuac.eu wrote:
 
 
 Olá Bruno,
 
 Não importa o quanto você repita: acredito muito mais no nosso
 posicionamento nacional da comunidade software livre de utilizar tecnicas
 open source para discutir a etica free software.
 
 Eu não acredito nisso, simplesmente refuto essa afirmação.
 
 Nao duvido que voce refute... E ate _concordo_ que refute! Mas a questao eh
 que eh assim que a comunidade software livre brasileira cresceu e se
 sustentou. Eh exatamente por isso que voce considera que o movimento
 morreu! Temos uma visao diferente, e eu acho que o movimento nao morreu, e
 que cada vez mais software livre faz parte da vida das pessoas, _apesar_ de
 muitos nao entenderem o porque.
 
 Eu acho sim que é péssimo usar as ferramentas do Google, não importando o
 quanto ela financie desenvolvedores de software de código aberto. Da mesma
 forma que refuto colaboração ou investimentos desse tipo provindos da
 Microsoft. As duas tem o mesmo objetivo, apenas usam abordagens diferentes
 para alcançá-lo.
 
 Eh obvio que usar as ferramentas do Google (que nao sao software livre!) eh
 pessimo! Achei que estavamos falando de software livre aqui! Mas, se voce
 desqualifica todo o software _livre_ desenvolvido e liberado pelo Google (e
 tambem pela Microsoft, Oracle e tantos outros) e voce desconsidera a
 importancia desse software _livre_, e dos desenvolvedores que estao
 desenvolvendo, eu realmente me questiono se estamos discutindo a mesma
 coisa... Porque nao estamos mais falando de ser contra software
 proprietario, mas de ser contra o software livre desenvolvido por essas
 empresas? Essa sua visao nao eh compartilhada nem pela FSF...
 
 Dentro da minha visão de Software Livre, o financiamento de uma empresa no
 código aberto não a transforma em amiga da ética. Essa ética não está a
 venda.
 
 Empresas nao sao amigas. Nem da etica. Nem de voce ou de mim. Nem mesmo de
 seus usuarios ou funcionarios. Empresas sao entidades juridicas, que nao
 fazem amizade. Agora, os desenvolvedores de software, junto com seus
 gerentes e diretores, que sao pagos por essas empresas para desenvolver
 software livre, sao parte integrantes desse nosso movimento, e muitos deles
 tem visoes pragmaticas (em geral os gerentes e diretores) e outros tantos
 tem objetivos eticos (em geral os desenvolvedores).
 
 Se voce nao vai valorizar os desenvolvedores que sao capazes de fazer
 software livre mesmo dentro de empresas, eu acho que vai sobrar pouca gente
 nessa sua visao de comunidade...
 
 []s,
 Bruno.
 
 
 Saudações Livres!
 
 
 
 - Mensagem original -
 De: Bruno F. Souza br...@javaman.com.br
 Para: PSL-Brasil psl-brasil@listas.softwarelivre.org
 Enviadas: Quinta-feira, 22 de maio de 2014 16:59:19
 Assunto: Re: [PSL-Brasil] GNUs para Reinaldo Bispo
 
 
 Ola Anahuac,
 
 Fico feliz que essa troca de emails serviu para chegarmos a uma discussao
 muito mais interessante. Voce esta mostrando que eh perfeitamente possivel
 discordar de um posicionamento sem recorrer a criticas distorcidas. Voce
 tem
 toda a razao em defender o software livre como discurso etico e social,
 acho
 importante o debate.
 
 O movimento software livre no Brasil -- ate pelo envolvimento de pessoas
 como
 voce -- nunca abandonou o discurso etico, e eh por isso que eu acredito
 muito mais no nosso posicionamento nacional da comunidade software livre
 --
 de utilizar tecnicas open source para discutir a etica free software
 --
 do que a polarizacao de free software vs open source que vemos em
 outros
 lugares.
 
 Talvez nao tenha ficado claro dessa discussao, mas a OSI nao despreza os
 pontos eticos do software livre. Vou reforcar isso, ja que parece que se
 perde no meio de tao longos emails: a OSI foi fundada por desenvolvedores
 e
 sempre acreditou na etica do desenvolvimento de software livre. Mas a OSI
 reconhece que a mensagem da etica eh de dificil aceitacao para a grande
 maioria dos envolvidos no desenvolvimento de software -- em especial
 empresas e nao-desenvolvedores -- e portanto, a OSI foca em uma mensagem
 mais pragmatica, focada nos beneficios. A discussao da etica sera sempre a
 melhor estrategia para falar com os desenvolvedores, mas em geral, nao sao
 eles que precisam ser convencidos.
 
 O fato que muito mais gente participa do movimento, e que a discussao eh
 global, apenas permite com que a sua mensagem etica possa atingir um
 publico
 mais preparado para aceitar e ouvir o que voce tem

Re: [PSL-Brasil] GNUs para Reinaldo Bispo

2014-05-23 Por tôpico Bruno F. Souza

Ola Marcio,

On 22/05/2014, at 23:14, Marcio Junior Vieira marci...@gmail.com wrote:
 
 acho que a comunidade Brasileira se transformou em uma comunidade F/OSS, FOSS 
 ou FLOSS a muito tempo... se é que podemos considerar esta sigla válida...

Acho que voce tocou em um ponto importante. Richard Stallman diz:

If neutrality is your goal, “FLOSS” is the better of the two, since it 
really is neutral. 
But if you want to stand up for freedom, using a neutral term isn't the 
way. 
Standing up for freedom entails showing people your support for 
freedom.
http://www.gnu.org/philosophy/open-source-misses-the-point.html

Nao faz sentido, no Brasil que nao tem o problema ridiculo da terminologia 
inglesa, utilizar o termo FLOSS. Suportar a liberdade em portugues eh muito 
mais facil, e eh por isso que somos uma comunidade Software Livre. E aqui, 
sempre usamos as taticas de falar das vantagens do desenvolvimento (o que la 
fora chamam de open source), mas sem nunca deixar de falar da importancia 
etica (o free software).

Como no fundo eh uma mesma comunidade, sao os mesmos desenvolvedores, conseguir 
falar das duas coisas para os dois publicos, ao inves de tentar desvencilhar 
uma da outra, sempre foi uma caracteristica da comunidade software livre 
brasiliera.

[]s,
Bruno.

 
 Na Prática sugere uma separação destes movimentos em dois rumos diferentes ?
 
 Um exemplo seriamos organizar o FISL e o FISA ( Fórum Internacional do 
 Software Aberto )  ?
 
 ou sugere que os mesmo trabalhem juntos com alguns objetivos em comum... mas 
 sempre com clareza das suas diferenças!
 
 eu também concordo que o movimento que conheci em 2001 está bem diferente do 
 atual ( 2014 ) ... entre 2001 aos meados de 2006 um ar de solidariedade 
 pairava pela comunidade.
 
 
 Abraços
 
 -- 
 Marcio Junior Vieira - Data Scientist
 Ambiente Livre Tecnologia - Soluções em Software Livre
 http://www.ambientelivre.com.br - Telefone: +55 41 3308-3438
 Blog: blogs.ambientelivre.com.br/marcio
 
 Em 22-05-2014 22:35, anah...@anahuac.eu escreveu:
 Olá Bruno,
 
 Que bom que as mensagens vão ficando ais curtas e objetivas :-)
 
 Eu já disse antes, e vou repetir: eu não falo em nome da FSF. Não tenho 
 autoridade para tal. Falo exclusivamente por mim.
 Eu não coaduno com a visão pragmática e tolerante da OSI.
 
 Quando você afirma que foi assim que a comunidade software livre brasileira 
 cresceu e se sustentou acho que você comete um erro grave de avaliação. 
 Quem cresceu e se sustenta é o Open Source Initiative, não a comunidade 
 Software Livre. E exatamente isso o que estou propondo que revertamos.
 
 Quando dois métodos, um mais ortodoxo e outro mais pragmático, se encontram 
 com o um mundo estabelecido por relações comerciais mais pragmáticas, quem 
 evolui é o método mais pragmático. Isso é simples de ser entendido.
 
 O problema são as consequências. E a mais visível delas é que o Movimento 
 Software Livre, pela influência dos métodos da OSI, está ficando tão 
 pragmático e tolerante que está se contradizendo, ou seja, está usando 
 ferramentas e ideias que ela mesmo combate e deve combater. É por isso que 
 temos que dar alguns passos para trás e corrigir a rota, sob o risco 
 eminente de deixarmos de existir como Movimento Software Livre, sendo apenas 
 executores dos métodos OSI.
 
 E me parece evidente que o primeiro passo é nos afastarmos das técnicas OSI 
 e nos reaproximarmos das técnicas SL de ativismo. É resgatar nossa 
 identidade como Movimento Software Livre e não como executores das técnicas 
 OSI, disfarçados de Software Livre. São diferentes e devemos presar por essa 
 diferença.
 
 E veja, não acho que precisemos ser extremistas, sugiro ao Movimento 
 Software Livre, duas ações bem simples:
 
 1 - Estimular de forma ampla e coordenada o entendimento de que OSI e SL são 
 movimentos diferentes;
 2 - Estimular de forma ampla e coordenada o não uso de softwares 
 proprietários(skype e etc), sabotadores do software livre(Ubuntu e etc) e 
 das redes sociais devassas (face e etc).
 
 Esse seria um excelente começo :-)
 
 Saudações Livres!
 
 
 
 - Mensagem original -
 De: Bruno F. Souza br...@javaman.com.br
 Para: PSL-Brasil psl-brasil@listas.softwarelivre.org
 Enviadas: Quinta-feira, 22 de maio de 2014 22:10:48
 Assunto: Re: [PSL-Brasil] GNUs para Reinaldo Bispo
 
 
 On 22/05/2014, at 20:19, anah...@anahuac.eu wrote:
 
 Olá Bruno,
 
 Não importa o quanto você repita: acredito muito mais no nosso
 posicionamento nacional da comunidade software livre de utilizar tecnicas
 open source para discutir a etica free software.
 
 Eu não acredito nisso, simplesmente refuto essa afirmação.
 Nao duvido que voce refute... E ate _concordo_ que refute! Mas a questao eh
 que eh assim que a comunidade software livre brasileira cresceu e se
 sustentou. Eh exatamente por isso que voce considera que o movimento
 morreu! Temos uma visao diferente, e eu acho que o movimento nao morreu, e
 que cada vez mais

Re: [PSL-Brasil] GNUs para Reinaldo Bispo

2014-05-22 Por tôpico Bruno F. Souza

Ola Anahuac,

Fico feliz que essa troca de emails serviu para chegarmos a uma discussao muito 
mais interessante. Voce esta mostrando que eh perfeitamente possivel discordar 
de um posicionamento sem recorrer a criticas distorcidas. Voce tem toda a razao 
em defender o software livre como discurso etico e social, acho importante o 
debate. 

O movimento software livre no Brasil -- ate pelo envolvimento de pessoas como 
voce -- nunca abandonou o discurso etico, e eh por isso que eu acredito muito 
mais no nosso posicionamento nacional da comunidade software livre -- de 
utilizar tecnicas open source para discutir a etica free software -- do que 
a polarizacao de free software vs open source que vemos em outros lugares. 

Talvez nao tenha ficado claro dessa discussao, mas a OSI nao despreza os pontos 
eticos do software livre. Vou reforcar isso, ja que parece que se perde no meio 
de tao longos emails: a OSI foi fundada por desenvolvedores e sempre acreditou 
na etica do desenvolvimento de software livre. Mas a OSI reconhece que a 
mensagem da etica eh de dificil aceitacao para a grande maioria dos envolvidos 
no desenvolvimento de software -- em especial empresas e nao-desenvolvedores -- 
e portanto, a OSI foca em uma mensagem mais pragmatica, focada nos beneficios. 
A discussao da etica sera sempre a melhor estrategia para falar com os 
desenvolvedores, mas em geral, nao sao eles que precisam ser convencidos.

O fato que muito mais gente participa do movimento, e que a discussao eh 
global, apenas permite com que a sua mensagem etica possa atingir um publico 
mais preparado para aceitar e ouvir o que voce tem a dizer. Antes, quando se 
falava de software livre, a discussao era ingloria... Como voce mesmo colocou, 
era necessario mostrar que era possivel ganhar dinheiro, que era possivel se 
fazer software de qualidade, que outros modelos que nao fossem o modelo 
proprietario eram viaveis. Hoje, apenas os totalmente alienados nao veem que 
software livre eh a base para tudo o que fazemos no mundo do software. Voce 
pode ate achar incongruente que alguem use software livre e proprietario ao 
mesmo tempo, mas o fato dele perceber que ambos estao em patamares semelhantes 
(tecnico, financeiro, de adocao, etc), torna o convencimento etico muito mais 
viavel. Enquanto o software livre era marginal, a vantagem etica nao era 
suficiente para convencer a maioria. Com o software livre se tornando parte do 
dia a dia de todos, a etica eh uma vantagem nossa que o software proprietario 
nao tem como copiar, e que eh portanto muito mais facil de ser apresentada.

A comunidade de software livre nao deixou de ser etica. O que eu acredito eh 
que mais gente faz parte dela, e nem todos estao educados e entendem a 
discussao etica. Acredito que eh sim importante reposicionar e fortalecer essa 
discussao, mas acredito que isso eh mais facil hoje do que foi ontem.

Por outro lado, muita dessa discussao ignora os principais motores da 
comunidade software livre, que sao os desenvolvedores. Por exemplo, voce 
considera incoerente que alguem venha palestrar no FISL usando MacOS ou 
Windows, mas se esse palestrante vem mostrar o software livre que ele 
desenvolveu em uma dessas plataformas, ele deveria ser aplaudido e nao 
escorracado. Nao importa qual plataforma o desenvolvedor utilize, se o foco 
dele eh desenvolver software livre, ele esta sim sendo etico e esta sim do lado 
da comunidade software livre. Citando Richard Stallman:

If your program is free software, it is basically ethical [...] 
Whether any given program in source form is free software depends 
solely 
on the meaning of its license.

Se seu programa eh software livre, ele é basicamente ético [...] 
Um programa ser software livre depende basicamente do significado da
sua licenca.
https://www.gnu.org/philosophy/java-trap.html

Portanto, sejamos coerentes, e vamos sempre aplaudir o desenvolvedor que esta 
fazendo a sua parte, e esta sendo etico. Inclusive, se voce quer resgatar a 
discussao etica, seria importante que eventos como o FISL tivessem um maior 
foco no desenvolvimento de software. Essa eh uma discussao que eu sempre tive 
durante a montagem do conteudo do evento, que eh aumentar o foco no 
desenvolvimento. As discussoes politicas, sociais e eticas sao muito bem 
vindas, mas de nada adiantam se nao atraem o desenvolvedor de software, que eh 
basicamente a base dessa comunidade. 

Quando o foco eh a geracao de software livre, existem dois grupos que sao 
capazes de colocar uma licenca livre em um software. O desenvolvedor, se ele 
desenvolve por conta propria. Ou seu chefe (a empresa), se ele trabalha para 
alguem. Convencer o desenvolvedor com o valor etico eh valido. Convencer a 
empresa com o valor pratico tambem eh valido. Ambos resultam em mais software 
livre. Qualquer outro esforco, que promova o uso de software livre pelos 
usuarios, que mostre aos usuarios as vantagens da 

Re: [PSL-Brasil] GNUs para Reinaldo Bispo

2014-05-22 Por tôpico Bruno F. Souza

On 22/05/2014, at 13:57, Isaac Filho isaac...@riseup.net wrote:
 
 Não sou desenvolvedor, muito menos da área de informática. Sou cientista 
 social e me sinto muito mais contemplado, eticamente, pela FSF. Não defendo 
 de olhos fechados e muito menos boto a minha mão no fogo... Apenas sinto 
 afinidade em boa parte das propostas deles.

Sim Isaac, e eh so ver a lista de organizacoes que voce participa, e eh claro e 
obvio que voce nao precisa ser desenvolvedor para aceitar a importancia da 
etica e da liberdade, e eh muito bacana esse seu compromisso.

Agora, eh muito normal os nao desenvolvedores, ou as pessoas que nao estao 
ligadas aa comunidades de software, nao terem a verdadeira nocao do que isso 
quer efetivamente dizer. Pra muita gente eh dificil entender a profundidade do 
que significa ter liberdade com software livre, e porque voce tem mais 
liberdade com seu Linux do que um outro usuario tem com o MacOSX ou do Windows 
dele. Por isso eh que eh normal as pessoas confundirem o beneficio mais obvio: 
o ser de graca e o permitir fazer copias.

Por isso que a comunidade software livre brasileira costuma adotar o discurso 
open source, de falar de vantagens, como o Marcelo Akira colocou tao bem no 
seu email. Ao falar para um empresario que ele tem mais controle sobre o 
software, ou que ele nao precisa mais fazer inventario de licencas, ou que o 
time dele vai ser mais produtivo trabalhando com uma comunidade, voce coloca o 
conceito de liberdade de uma forma mais concreta e mais compreensivel.

Nada disso eh perfeito obviamente, e no final das contas, muita coisa depende 
da qualidade do software. Muita gente usa Linux porque eh melhor. Obviamente, 
aqueles que querem que todos vejam a liberdade gostariam que todos fossem 
educados o suficiente para saber escolher de uma forma mais profunda...

[]s,
Bruno.

 
 Abraços
 
 -- 
 Isaac Filho (@yzakius)
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Bruno.
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Re: [PSL-Brasil] GNUs para Reinaldo Bispo

2014-05-21 Por tôpico Bruno F. Souza

Ola Pessoal,

So alguns comentarios pontuais:

On 21/05/2014, at 11:23, Frederico Goncalves Guimaraes 
fgguimar...@teia.bio.br wrote:

 Sei que o
 termo código aberto (do original open source) pode remeter a uma série
 de licenças (inclusive algumas questionáveis), mas nesse texto estarei
 focando exclusivamente na consideradas livres (segundo a FSF).

Quero chamar atencao para esse ponto. As licencas open source, aprovadas pela 
OSI e as licencas free software, aprovadas pela FSF, sao, para todos os 
efeitos praticos, exatamente as mesmas licencas:


http://en.wikipedia.org/wiki/Comparison_of_free_and_open-source_software_licenses#Approvals

As diferencas sao todas licencas antigas:
3 licencas antigas e ja removidas 
(http://opensource.org/licenses/do-not-use)
1 licenca (tambem antiga, de uma empresa que foi comprada e nao eh mais 
independente) onde o 
ponto de divergencia eh a exigencia de distribuicao de codigo na 
execucao (deploy) do programa 
(ou seja, eh uma questao compreensivel, mas muito longe de ser codigo 
proprietario!).

Ou seja, as diferencas sao muito mais historicas do que reais. Observe tambem 
que existe mais diferenca entre as licencas aprovadas pelo Debian e pela FSF do 
que diferencas existentes entre as licencas aprovadas pela OSI e pela FSF.

Acho isso significativo, porque quando se confunde open source ou OSI com a 
liberdade de escolher software proprietario, eh uma total distorcao dos 
objetivos e da historia da OSI.

 Quer dizer então que devemos fazer uma defesa
 permissiva do software livre? Que temos que abrir mão de nossos ideais
 pra ideia florescer? Não! De forma alguma! Mas temos que adequar o
 nosso discurso para o público que nos escuta. Isso é básico para
 qualquer atividade educacional.

Exatamente, muito bem dito. A OSI nao foi criada como uma contradicao aa FSF, e 
sim, com o proposito de ajustar o discurso para defender os mesmos ideais e 
atingir um publico diferente do desenvolvedor. Taticas diferentes, mas com os 
mesmos objetivos.

 Deveríamos estar discutindo formas de avançar tanto na
 qualidade e quantidade de código aberto quanto em um melhor embasamento
 de nossas falas sobre o software livre.

Concordo. Tentar repetir no Brasil uma discussao e uma divergencia ao meu ver 
quase que artificial, eh uma perda de energia. Essa divergencia foi iniciada 
em um momento historico de organizacoes que deveriam se entender melhor, mas 
que nao foram capazes de fazer la atras por conta muito mais da animosidade 
entre seus fundadores do que por divergencias reais nos seus objetivos. 

No Brasil, os fundadores da comunidade de Software Livre, foram capazes de ver 
acima disso, e desde o seu primeiro momento, utilizaram o melhor dos dois 
mundos, ao adotar taticas e tecnicas de open source para falar da etica do 
free software. Eh so ver que entre os fundadores dessa nossa comunidade, voce 
vai encontrar diversos nao-desenvolvedores, que acreditando profundamente na 
visao etica do movimento free software, sairam apresentando para o pais 
(inclusive empresas e governo brasileiro) um discurso as vezes ate utilitarista 
de reducao de custos, seguranca, soberania nacional e outras vantagens 
praticas capitaneadas pelo movimento open source. 

Esse ao meu ver eh uma vantagem e amadurecimento da comunidade de Software 
Livre brasileira se comparada com outras comunidades. 

E essa maturidade trouxe frutos impressionantes. Como a maioria sabe, eu sou 
primeiro (desde 1995) um desenvolvedor Java. E muitos aqui vao lembrar que 
quando eu me juntei a esse movimento, no incio dos anos 2000, a comunidade Java 
enfrentava uma barreira gigante para se envolver com software livre em geral, e 
mais ainda com free software em particular (onde a FSF publicaria em 2004 o 
artigo The Java Trap). Ao mesmo tempo, no Brasil, Java era a tecnologia 
utilizada para capitanear e promover os primeiros projetos software livre do 
pais, e bastava andar nos corredores do FISL para ver que a maioria dos 
projetos que envolviam  desenvolvimento de software das empresas que defendiam 
o software livre eram aplicacoes Java rodando em Linux (em geral, em cima do 
JBoss). Nada surpreendente, dado que Java permitia o desenvolvimento 
multiplataforma, e antes de Java basicamente todo desenvolvimento era em cima 
de Windows, foi o uso de Java que ajudou as primeiras migracoes de Windows para 
Linux feitas no Brasil (em especial dentro do governo). E foi no meio dessa 
aparente contradicao que nos aqui no Brasil soubemos ver acima dessa discussao 
improdutiva de Java nao eh software livre, para uma discussao muito mais 
importante de que Java pode vir a ser software livre, e nos envolvemos na 
briga, nos orgaos de padronizacao, em projetos e muito mais. Nao eh por acaso 
que a revista Dr. Dobbs publicou em 2008:

Who ultimately forced Sun to open-source Java? [...]
Answer: [...] According to Jonathan [Schwartz, Sun's CEO] himself, it 
was Brazil.

   

Re: [PSL-Brasil] GNUs para Reinaldo Bispo

2014-05-20 Por tôpico Bruno F. Souza

tl;dr: desculpem, mas esse eh um longo email, onde eu discordo da posicao do 
Anahuac sobre quem eh a OSI (Open Source Initiative), e mostro que eh uma 
organizacao focada em software livre. Tambem falo sobre o movimento software 
livre brasileiro ser uma combinacao dos movimentos free software e open 
source. Usamos taticas de open source para falar da etica do free 
software. Se voce se aventurar nesse email, nao vai encontrar nenhum ataque a 
ninguem, mas sim uma visao positiva da comunidade software livre brasileira.

Ola Anahuac,

Acho muito valido voce defender o movimento Free Software, e toda a sua 
filosofia, e acho que voce tem razao em varios pontos que voce tem discutido 
nos ultimos artigos. Gostaria de colaborar com a sua busca pela revitalizacao, 
mas eh dificil concordar quando, para defender a sua visao, voce resolve atacar 
uma outra, que deveria ser parceira e nao inimiga.

Estava evitando ter essa discussao no meio dos ataques e acusacoes da 
blogosfera, e agradeco que voce venha fazer essa conversa aqui em uma lista 
mais civilizada, onde podemos conversar na boa!

Vou me deter em apenas um paragrafo, que representa os diversos ataques que 
voce vem fazendo aa OSI:

On 20/05/2014, at 00:53, anah...@anahuac.eu wrote:

 Liberdade de escolha para usar Software Proprietário não é Software Livre, 
 nem Movimento Software Livre, nem comunidade Software Livre. Isso tem nome: 
 OSI. Esse era o argumento utilizado pela Microsoft a dez anos atrás para se 
 contrapor a expansão do GNU/Linux no mercado. Hoje ele é usado por aqueles 
 que se dizem defensores do Software Livre. Falácias, nada mais que falácias!

Desculpe, mas com esse seu paragrafo, voce totalmente descaracteriza uma 
entidade que fez muito mais pelo software livre do que voce admite... Vamos 
la...

 Liberdade de escolha para usar Software Proprietário [...] tem nome: OSI. 

A Open Source Initiative (OSI), que voce por alguma razao resolveu atacar, e da 
qual eu sou (pela segunda vez) diretor nao defende e nao promove a liberdade 
de escolher software proprietario. Voce ate pode dizer que a OSI defende a 
liberdade de escolha, mas eh a liberdade de escolha de licencas: e 
_todas_elas_licencas_livres_.

A OSI e a FSF sao duas facetas de um mesmo movimento, defendem a mesma coisa: o 
uso de licencas que garantem as liberdades de software (usar, aprender, 
modificar, distribuir). Na wikipedia, a versao em portugues, coloca isso melhor 
do que eu:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Software_livre
Não há uma grande discordância entre as duas vertentes e boa parte da 
comunidade se identifica com ambas as organizações (FSF e OSI). A diferença 
sutil está no discurso e no público-alvo. O conjunto de licenças aprovadas pela 
FSF e pela OSI é quase idêntico e, portanto, em termos pragmáticos, podemos 
considerar que o movimento pelo software livre e a iniciativa pelo código 
aberto se preocupam com o mesmo software.

Mas especificamente, a definicao de open source:

www.opensource.org
Open source software is software that can be freely used, changed, and shared 
(in modified or unmodified form) by anyone. Open source software is made by 
many people, and distributed under licenses that comply with the Open Source 
Definition.
Traducao: Software open source eh software que pode ser livremente utilizado, 
modificado e compartilhado (com ou sem modificacoes) por qualquer um. Software 
open source eh feito por muitas pessoas e distribuido com licencas que seguem 
a Definicao de Open Source. 

A Open Source Definition (OSD) eh uma definicao para validar a licenca sob o 
qual o software eh distribuido, e exige que a licenca sob a qual o software eh 
distribuido garanta:
(1) Free Redistribution 
(2) Source Code 
(3) Derived Works
(esses sao os 3 primeiros, de 10 pontos: 
http://opensource.org/definition)
Como voce pode ver, sao os mesmos objetivos do usar, aprender, 
modificar, distribuir.
Nao existe, na OSI, nenhuma defesa pelo software proprietario. Nenhuma.

Agora, as duas organizacoes decidiram utilizar taticas e atingir publicos 
diferentes.

- A FSF foca no desenvolvedor de software. Por isso, foca na etica da producao 
de software livre. Nos, desenvolvedores de software, entendemos o que isso 
quer dizer, e somos capazes de entender o discurso sobre a etica. Nos fazemos 
software, e ja fomos mordidos por software proprietario, e entendemos a 
questao etica. Atingir os desenvolvedores de software (0.25% da populacao 
mundial) eh fundamental, ja que sem eles, nao haveria software, muito menos, 
livre. A tatica da FSF, que coloca software proprietario como uma especie de 
doenca social (http://www.gnu.org/philosophy/shouldbefree.html), eh perfeita 
para atingir esse publico. Voce, que escreve software, consegue ver os 
prejuizos sociais que o software proprietario traz e que, por ser 
desenvolvedor, te afetam diretamente. Voce, desenvolvedor de software, pode 
fazer algo contra isso, que eh 

Re: [PSL-Brasil] GNUs para Reinaldo Bispo

2014-05-20 Por tôpico Bruno F. Souza
 da industria de software proprietario, eh uma vitoria gigante. 
Mais que isso, em certas areas (cloud computing por exemplo), software livre eh 
a norma.

Acho que uma coisa eh voce suportar o desenvolvedor para ele tomar a decisao 
certa de desenvolver software livre. Outra coisa eh acharmos que o certo eh 
obrigar o usuario a nao ter poder de escolha! Temos eh que mostrar que escolher 
software livre eh melhor. 

Mas de tudo isso, o que me incomoda eh acharmos que so existe uma unica forma 
de brigar pelo que eh certo. Eu acho que existem varias.
 
[]s,
Bruno.

 
 
 Em 20 de maio de 2014 11:40, Bruno F. Souza br...@javaman.com.br escreveu:
 
 tl;dr: desculpem, mas esse eh um longo email, onde eu discordo da posicao do 
 Anahuac sobre quem eh a OSI (Open Source Initiative), e mostro que eh uma 
 organizacao focada em software livre. Tambem falo sobre o movimento software 
 livre brasileiro ser uma combinacao dos movimentos free software e open 
 source. Usamos taticas de open source para falar da etica do free 
 software. Se voce se aventurar nesse email, nao vai encontrar nenhum ataque 
 a ninguem, mas sim uma visao positiva da comunidade software livre 
 brasileira.
 
 Ola Anahuac,
 
 Acho muito valido voce defender o movimento Free Software, e toda a sua 
 filosofia, e acho que voce tem razao em varios pontos que voce tem discutido 
 nos ultimos artigos. Gostaria de colaborar com a sua busca pela 
 revitalizacao, mas eh dificil concordar quando, para defender a sua visao, 
 voce resolve atacar uma outra, que deveria ser parceira e nao inimiga.
 
 Estava evitando ter essa discussao no meio dos ataques e acusacoes da 
 blogosfera, e agradeco que voce venha fazer essa conversa aqui em uma lista 
 mais civilizada, onde podemos conversar na boa!
 
 Vou me deter em apenas um paragrafo, que representa os diversos ataques 
 que voce vem fazendo aa OSI:
 
 On 20/05/2014, at 00:53, anah...@anahuac.eu wrote:
 
 Liberdade de escolha para usar Software Proprietário não é Software Livre, 
 nem Movimento Software Livre, nem comunidade Software Livre. Isso tem nome: 
 OSI. Esse era o argumento utilizado pela Microsoft a dez anos atrás para se 
 contrapor a expansão do GNU/Linux no mercado. Hoje ele é usado por aqueles 
 que se dizem defensores do Software Livre. Falácias, nada mais que falácias!
 
 Desculpe, mas com esse seu paragrafo, voce totalmente descaracteriza uma 
 entidade que fez muito mais pelo software livre do que voce admite... Vamos 
 la...
 
 Liberdade de escolha para usar Software Proprietário [...] tem nome: OSI.
 
 A Open Source Initiative (OSI), que voce por alguma razao resolveu atacar, e 
 da qual eu sou (pela segunda vez) diretor nao defende e nao promove a 
 liberdade de escolher software proprietario. Voce ate pode dizer que a OSI 
 defende a liberdade de escolha, mas eh a liberdade de escolha de licencas: e 
 _todas_elas_licencas_livres_.
 
 A OSI e a FSF sao duas facetas de um mesmo movimento, defendem a mesma 
 coisa: o uso de licencas que garantem as liberdades de software (usar, 
 aprender, modificar, distribuir). Na wikipedia, a versao em portugues, 
 coloca isso melhor do que eu:
 
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Software_livre
 Não há uma grande discordância entre as duas vertentes e boa parte da 
 comunidade se identifica com ambas as organizações (FSF e OSI). A diferença 
 sutil está no discurso e no público-alvo. O conjunto de licenças aprovadas 
 pela FSF e pela OSI é quase idêntico e, portanto, em termos pragmáticos, 
 podemos considerar que o movimento pelo software livre e a iniciativa pelo 
 código aberto se preocupam com o mesmo software.
 
 Mas especificamente, a definicao de open source:
 
 www.opensource.org
 Open source software is software that can be freely used, changed, and 
 shared (in modified or unmodified form) by anyone. Open source software is 
 made by many people, and distributed under licenses that comply with the 
 Open Source Definition.
 Traducao: Software open source eh software que pode ser livremente 
 utilizado, modificado e compartilhado (com ou sem modificacoes) por qualquer 
 um. Software open source eh feito por muitas pessoas e distribuido com 
 licencas que seguem a Definicao de Open Source.
 
 A Open Source Definition (OSD) eh uma definicao para validar a licenca sob o 
 qual o software eh distribuido, e exige que a licenca sob a qual o software 
 eh distribuido garanta:
(1) Free Redistribution
(2) Source Code
(3) Derived Works
(esses sao os 3 primeiros, de 10 pontos: 
 http://opensource.org/definition)
Como voce pode ver, sao os mesmos objetivos do usar, aprender, 
 modificar, distribuir.
Nao existe, na OSI, nenhuma defesa pelo software proprietario. 
 Nenhuma.
 
 Agora, as duas organizacoes decidiram utilizar taticas e atingir publicos 
 diferentes.
 
 - A FSF foca no desenvolvedor de software. Por isso, foca na etica da 
 producao de software livre. Nos, desenvolvedores de software, entendemos o

Re: [PSL-Brasil] Sobre vender software livre

2012-12-15 Por tôpico Bruno F. Souza

On 15/12/2012, at 15:17, Deckardbot wrote:

 Ao que entendi:
 Eu tenho acesso livre ao código fonte do RedHat. Mas o software compilado não
 pode ser distribuido livremente a não ser que sejam substituídos todos os
 componentes que possuem proteção de marca.
 
 Nesse caso não está indo contra os princípios do software livre? Se eu o 
 compro é
 meu e posso deixar meu amigo fazer uma cópia gratuitamente ou por um valor.

Na verdade, nao. O fato de voce ter direito ao codigo que eu escrevi, nao quer 
dizer 
que voce pode, por exemplo, dizer que voce sou eu, ou usar o meu nome. Eh isso 
que a politica de trademark garante: que voce nao pode distribuir alguma coisa 
usando 
o logo de outra pessoa (nesse caso, o logo da RedHat).

Observe que eh seu, seguindo as regras da GPL, que te dao direito sobre o 
codigo
fonte, mas nao te dao direito aos trademarks.

Voce pode distribuir o programa para seu amigo, mas nao pode distribuir as
marcas e logos da RedHat: eles nao permitem isso, porque querem te dar a 
garantia
de que o produto deles tem a qualidade que eles garantem. So que mais facil do 
que
distribuir RedHat sem os logos eh voce distribuir para seu amigo o codigo do
CentOS, onde uma comunidade faz exatamente isso: tira os logos da RedHat.

A RedHat nao eh a unica que faz isso. Outro exemplo eh a Mozilla, que tambem
alegando estar cuidando da qualidade do produto, passou a exigir que 
distribuicoes 
do Firefox que facam modificacoes no browser, removam o nome, e nao usem as 
marcas Firefox (por isso o Debian hoje distribui o IceWeasel, que eh o 
Firefox sem 
as marcas Firefox). Varios projetos livres fazem isso.

Eh importante entender que Software Livre nao quer dizer casa da mae joana, 
faca
a farra que voce quiser. Eh um contrato, com regras a serem seguidas, com 
limites 
onde se aplica e com restricoes especificas (livre nao quer dizer livre de 
restricoes!). 
Entao, quando voce esbarra em alguma restricao que faz parte das regras, isso 
nao
significa que vai contra, ao contrario, sao essas as regras do jogo.

Resumindo, as licencas livres te dao direito a voce ter acesso, poder modificar 
e
poder redistribuir o _codigo fonte_ da aplicacao. As politicas de copyright 
garantem
que voce, que escreveu o codigo, pode exigir que quem usar tenha que seguir as
regras da GPL. A politica de trademark te garante que seu logo, seu nome, nao
podera ser usado (nem modificado) por outros. Essas coisas sao todas
complementares, e eh importante entender todas se voce quiser _redistribuir_
um programa de alguem. 

Por outro lado, voce nao precisa entender nenhuma se voce so quiser usar o 
programa :-D

[]s,
Bruno.




 
 Att.
 
 Em 14 de dezembro de 2012 18:37, Bruno F. Souza br...@javaman.com.br 
 escreveu:
 
 On 14/12/2012, at 17:35, Joao S. O. Bueno wrote:
 
 
 
 2012/12/14 Tiago Passos ti...@tiagopassos.com
 João, pelo que li, você tem razão. Mas então me tire uma dúvida: porque o 
 Red Hat (por exemplo) não é distribuído gratuitamente.
 
 Na teoria, bastaria que uma única pessoa comprasse o sistema operacional, e 
 disponibilizasse pra download, e não seria necessário re-compilar o sistema 
 para distribuí-lo como CentOS.
 
 Por causa de outras areas da propriedade intelectual. A redhat é 
 proprietaria da marca, logotipo, algumas das artes,
 e nao sei mais qual parte da distribuiçaõ -e ao contrario do codigo fonte, 
 ele s nao autorizam a redistribuição desse conteudo 
 sobre o qual eles tem marcas-registradas.  
 Então, se voce pega a distribuição deles, e remove as partes que são marca 
 registradda e afins, pode
 redistribuir - é isso que o Cent-OS e a distribuição da Oracle fazem.
 
 Esses materiais que nao podem ser distribuidos livremente sao mencionados na 
 GPL como sendo 
 agregados na mesma distribuição de software que os softwares protegidos 
 sob a GPL.
   js
  --
 
 
 Exato, e complementando:
 Na teoria, bastaria que uma única pessoa comprasse o sistema operacional, e 
 disponibilizasse pra download, e não seria necessário re-compilar o sistema 
 para distribuí-lo como CentOS.
 
 
 
 Mais ou menos. Como o Joao ja disse ali em cima, o CentOS faz exatemente 
 isso, sem voce precisar comprar. Mas, o que a RedHat te vende  na licenca 
 do RedHat nao eh somente o software. Eh o suporte, a garantia. Eh a protecao 
 contra processos (indemnification), atualizacoes, acesso ao updatecenter, 
 suporte e atualizacoes por 10 anos, e outras garantias mais:
 
   http://www.redhat.com/about/subscription/whatyouget.html
 
 Ou seja, como voce comprou, voce tem direito a um conjunto de protecoes e 
 servicos que nao sao associados aa GPL. Se voce nao precisa de nada disso, 
 voce pode baixar o CentOS.
 
 []s,
 Bruno.
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Re: [PSL-Brasil] Licenciamento do JOOMLA e JOMSOCIAL

2012-12-14 Por tôpico Bruno F. Souza

On 14/12/2012, at 10:20, Ronald Emerson Scherolt da Costa wrote:

 Agradeço a todas as colaborações... Mas ainda permanece uma dúvida...
 Tudo bem, é GPL, é distribuído, tem custo ($$$).
 Então, mesmo SEM comprar, posso enviar para a empresa um SHOW ME THE CODE???
 E ela tem (ou teria) que me mostrar o código se é GPL? 
 


Nao. No caso acima, so quem tem direito ao codigo vindo desse fornecedor 
especifico eh 
quem comprar o produto.

A GPL eh uma licenca, e portanto, voce recebe os direitos quando voce receber o 
produto
licenciado. Ou seja, junto do produto voce recebe o direito ao codigo fonte.

Por outro lado, quem esta distribuindo o produto nao tem nenhuma obrigacao de 
distribuir
o produto pra voce. Ele pode te vender o produto, ou pode simplesmente 
distribuir apenas para 
as pessoas que ele quiser.

Agora, o importante eh que _quem recebe_ o produto, tem _direito_ ao codigo 
fonte, nos 
termos da GPL, e pode (se quiser!) re-distribuir o codigo fonte como quiser 
(inclusive vendendo 
ou oferecendo de graca). Portanto, voce pode comprar o produto e escolher 
colocar o codigo 
fonte na internet. Mas voce tambem nao precisa distribuir para todo mundo, voce 
pode escolher
distribuir apenas para seus amigos. O pode escolher vender para 2 ou 3 amigos 
para recuperar
o investimento feito. Ou sei la. Aparentemente nao tem muita gente que faz 
isso, ou voce 
ja teria achado o codigo.

Portanto, em geral, eh vantajoso para o fornecedor oferecer o codigo fonte 
diretamente, do
que esperar que mais alguem faca isso. Mas, por varias razoes, muitos preferem 
outras
formas de fazer.

[]s,
Bruno.
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Re: [PSL-Brasil] Licenciamento do JOOMLA e JOMSOCIAL

2012-12-14 Por tôpico Bruno F. Souza

On 14/12/2012, at 14:27, Marcus Vinicius wrote:

 portanto FOO só pode ser distribuído sob GPL v3+, o que me transmite a 
 idéia de que estes direitos foram entregues à comunidade, pois ao usar a GPL 
 v3+ você abriu mão da titularidade dos seus direitos em favor da comunidade. 
 Afinal, este é o espírito da GPL, não ?

Nao. Ninguem abre mao dos direitos. E muito menos em favor da comunidade. A 
GPL eh uma licenca de uso, e portanto, voce mantem seus direitos autorais. E 
voce nao cede em favor da comunidade, ja que voce esta garantindo direitos 
somente para quem voce distribui o seu programa e nao para a comunidade.

 
 ** Então, creio que tem uma contradição aí: como precificar um direito do 
 qual você não é mais o titular ?

A GPL (e quase todas as licencas livres), explicitamente GARANTEM o direito do 
autor. Ou seja, essa sua ideia de que o autor nao eh dono, de que se abre mao 
da titularidade, eh totalmente equivocada.

 
 **Dito isto, volto à estaca zero: como posso vender algo que não é meu, mas 
 da comunidade ?

Por duas razoes: primeiro, porque se voce escreve, eh seu. Segundo, mesmo que 
voce nao tenha escrito, a GPL _especificamente_ te da o direito de vender. Esta 
_escrito na licenca_.

 ** O que você mencionou como realidade é o seu ponto de vista. E eu respeito 
 o seu ponto de vista.

Licencas de software nao sao uma brincadeira nem uma questao de ponto de vista. 
Sao documentos legais, que regem o relacionamento entre as pessoas e seus 
direitos, sao criadas para serem defendidas em tribunais e sao escritas com 
muito cuidado, e a GPL em particular foi revisada por centenas de 
desenvolvedores e advogados. Eh fundamental que a comunidade software livre 
entenda o documento, em vez de querer discutir pontos de vista.

[]s,
Bruno.
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Re: [PSL-Brasil] Sobre vender software livre

2012-12-14 Por tôpico Bruno F. Souza

On 14/12/2012, at 15:55, Deckardbot wrote:

 Olá,
 
 Aproveitando toda essa discussão sobre venda de software tenho uma questão que
 me fizeram durante uma conversa. Se puderem me ajudar, segue:
 
 Pode-se comprar um software sob a GNU GPL por $1000 e depois vender este por 
 $999 sem nenhum problema? 
 Comprei! Agora é meu e faço o que eu quiser! Pro meu amigo vou deixá-lo fazer
 download gratuitamente, e pro resto cobrarei uma taxa!
 

Resposta curta: Sim. Voce pode.

Resposta mais longa: de uma lida no faq, as respostas relacionadas a essa sua 
pergunta comecam aqui:

http://www.gnu.org/licenses/gpl-faq.html#DoesTheGPLAllowMoney

[]s,
Bruno.

 Att.
 
 -- 
 deckardbot
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Re: [PSL-Brasil] Sobre vender software livre

2012-12-14 Por tôpico Bruno F. Souza

On 14/12/2012, at 17:35, Joao S. O. Bueno wrote:

 
 
 2012/12/14 Tiago Passos ti...@tiagopassos.com
 João, pelo que li, você tem razão. Mas então me tire uma dúvida: porque o Red 
 Hat (por exemplo) não é distribuído gratuitamente.
 
 Na teoria, bastaria que uma única pessoa comprasse o sistema operacional, e 
 disponibilizasse pra download, e não seria necessário re-compilar o sistema 
 para distribuí-lo como CentOS.
 
 Por causa de outras areas da propriedade intelectual. A redhat é 
 proprietaria da marca, logotipo, algumas das artes,
 e nao sei mais qual parte da distribuiçaõ -e ao contrario do codigo fonte, 
 ele s nao autorizam a redistribuição desse conteudo 
 sobre o qual eles tem marcas-registradas.  
 Então, se voce pega a distribuição deles, e remove as partes que são marca 
 registradda e afins, pode
 redistribuir - é isso que o Cent-OS e a distribuição da Oracle fazem.
 
 Esses materiais que nao podem ser distribuidos livremente sao mencionados na 
 GPL como sendo 
 agregados na mesma distribuição de software que os softwares protegidos sob 
 a GPL.
   js
  --
 

Exato, e complementando:
 Na teoria, bastaria que uma única pessoa comprasse o sistema operacional, e 
 disponibilizasse pra download, e não seria necessário re-compilar o sistema 
 para distribuí-lo como CentOS.
 


Mais ou menos. Como o Joao ja disse ali em cima, o CentOS faz exatemente isso, 
sem voce precisar comprar. Mas, o que a RedHat te vende  na licenca do RedHat 
nao eh somente o software. Eh o suporte, a garantia. Eh a protecao contra 
processos (indemnification), atualizacoes, acesso ao updatecenter, suporte e 
atualizacoes por 10 anos, e outras garantias mais:

http://www.redhat.com/about/subscription/whatyouget.html

Ou seja, como voce comprou, voce tem direito a um conjunto de protecoes e 
servicos que nao sao associados aa GPL. Se voce nao precisa de nada disso, voce 
pode baixar o CentOS.

[]s,
Bruno.
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Re: [PSL-Brasil] Sobre vender código GPL

2012-12-13 Por tôpico Bruno F. Souza

Eh perfeitamente legitimo vender codigo GPL, e inclusive, perfeitamente 
legitimo vender codigo que voce nao escreveu. Faz inclusive parte da licenca 
GPL:

You may charge any price or no price for each copy that you convey, 
and you may offer support or warranty protection for a fee.

Voce pode cobrar qualquer preco ou nenhum preco por cada copia que
voce fornecer e voce pode cobrar para oferecer suporte ou garantia.

http://www.gnu.org/licenses/gpl.html

A questao eh que qualquer pessoa que comprar a sua copia, pode distribui-la 
ou vende-la tambem. E portanto, isso faz com que o preco da copia caia a zero. 
Se voce comprar por 10, voce pode ganhar dinheiro revendendo por 5, entao, 
efetivamente, o preco vira zero rapidamente.

[]s,
Bruno.


On 13/12/2012, at 15:07, Marcus Vinicius wrote:

 Caríssimos,
 
 Código GPL não é vendido. O que é vendido é a mão-de-obra usada para fazer o 
 código e que vai junto com ele. Isso sim está escrito na GPL.
 
 A idéia do SL é que se venda mão-de-obra e que se aperfeiçoe a mão-de-obra.
 
 Abraços a todos,
 
 -- 
 Marcus Vinicius
 http://doutorlinux.com
 --
 Havendo suficientes colaboradores,
 Qualquer problema é passível de solução
 Eric S. Raymond
 A Catedral e o Bazar
 
 Ubuntu: eu sou o que sou por que você é quem você é;
 Humanidade para todos.
 Anônimo
 
 O passado é apenas um recurso para o presente
 Clave de Clau
 
 O sofrimento é momentâneo; mas
 O amor é para sempre
 Parafraseando Wun Dzu
 
 Ninguém é tão pobre que não possa dar um abraço; e
 Ninguém é tão rico que não necessite de um abraço.
 Anônimo
 
 Não fique triste com o que você não tem.
 Fique feliz com o que você tem.
 Jurema
 
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Re: [PSL-Brasil] TRE tem que liberar o fonte?

2008-10-27 Por tôpico Bruno F. Souza
asasdasdsd

 Sun, 26 Oct 2008 18:45:36 -0300, Silveira Neto escreveu:
 
 Is making and using multiple copies within one organization or company 
 distribution?
 
 No,in that case the organization is just making the copies for itself. Asa 
 consequence, a company or other organization can develop a
 modifiedversion and install that version through its own facilities, 
 withoutgiving the staff permission to release that modified version 
 tooutsiders. 
 However, when the organization transfers copies to otherorganizations or 
 individuals, that is distribution. In particular,providing copies to 
 contractors for use off-site is distribution.
 
 Eureconheço que pode ficar um pouco nebuloso mas, para mim, o caso dasurnas 
 eletrônicas brasileiras não se trata de uma modificação 
 bináriapara uso interno do TRE e portanto o código deveria, por força da 
 GPL,ser liberado.
 
 O que vocês acham disso? O TRE tem que liberar esses fontes?


Claro que essa discussao vai depender de alguem querer lever isso aa justica, 
mas nao acho que o TRE esteja distribuindo codigo, afinal, eles estao 
meramente colocando o codigo em seus proprios sistemas, ja que as urnas 
eletronicas (pelo que entendo) sao de propriedade do TRE, e mesmo toda a 
organizacao das eleicoes eh trabalho do TRE.

[]s,
Bruno.

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