Re: [PSL-Brasil] Software livre - Negócios

2007-11-22 Thread Ricardo Marcacini
Olá Henrique,

Mas quem irá pagar se ele pode redistribuir a vontade?

Até mais,
Ricardo Marcacini.

Em 23/11/07, Henrique Andrade<[EMAIL PROTECTED]> escreveu:
> Você pode fazer a mesma coisa que faz agora se o seu programa for software
> livre. A única diferença é que junto do programa, você deverá enviar também
> ao cliente o código-fonte, e esse poderá aplicar as 4 liberdades nele.
>
> []s
> Henrique Andrade.
>
>
>
>
> Em 22/11/07, Ricardo Marcacini <[EMAIL PROTECTED] > escreveu:
> >
> > Caros amigos,
> >
> > Sou aluno da área de informática da usp de são carlos, e este curso de
> > graduação possui alguns seminários e workshops em que foram divulgados
> > as idéias de software livre.
> >
> > Trabalho com linux há um bom tempo, mas de fato até uns meses atrás
> > não me interessava pelo assunto (software livre como política).
> > No entanto, li as entrevistas do Stallman e pesquisei bem e entendi a
> > idéia política de liberdade que o conceito trás.
> >
> > O fato é o seguinte. Eu desenvolvo alguns sisteminhas utilizando linux
> > (minis linux com aplicações específicas). Disponibilizo estes sistemas
> > para demonstração, quem usa e gostar emite um boleto bancário e libera
> > o restante do sistema (uma espécie de licença). Toda a documentação
> > está online, de forma que não há contato entre os usuários e eu.
> >
> > Eu não tenho condições de realizar suporte (tempo por causa da
> > faculdade e também não há necessidade), logo o dinheiro que recebo vem
> > apenas das licenças.
> >
> > O problema é que estou pensando em formas de modelar meu pequeno
> > negócio ao modelo de software livre, visto que utilizo kernel linux,
> > aplicativos gnu, etc.. todos livres... mas o sistema que vendo é
> > fechado no final...  até agora não consegui uma forma de adotar modelo
> > livre sem que isto afeta o dinheiro pra bancar o serviço.
> >
> > Gostaria da opinião de vocês, que já possuem experiência com modelos
> livres.
> >
> > Qualquer contribuição é bem vinda,
> >
> > Obrigado,
> > Ricardo Marcacini.
> > ___
> > PSL-Brasil mailing list
> > PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org
> >
> http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil
> > Regras da lista:
> >
> http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
> >
>
>
> ___
> PSL-Brasil mailing list
> PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org
> http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil
> Regras da lista:
> http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
>
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Re: [PSL-Brasil] Software livre - Negócios

2007-11-23 Thread Ricardo Filipo

Oi, Ricardo.Boa tarde.O negocio do
software livre nao esta' restrito a usar apenas servicos como fonte de
renda. Esta é só uma opcão. voce pode vender outras coisas. O marketing e'
mais complexo porque envolve oferecer algo como complemento da coisa
gratis. Voce pode, por exemplo vender um software especial para
determinado produto e abrir o codigo. Voce sabia que na decada
de 60 e ate' nos 70 os esquemas dos radios e k7s eram abertos? Porque
quando os coreanos conseguiam copiar ja'se estava lancando um novo produto
e aquele velho ficava de segunda, só alavancando a novidade. Ate' hoje e'
assim, mas de certa forma, mais bucaneiramente.Voce acha que
se o software do IPod, por exemplo, fosse livre, os consumidores iriam
deixar de comprar esta coisa pra comprar o xing-ling concorrente? Claro
que nao! O consumidor quer aqui a marca, o design, a empresa por traz. E a
certeza que nao e'um ligue-xingue. Aqui o software se apoia no
"BRAND", que a Apple queimou no couro de cada cidadao americano
e na comoditie: o hardware. E o sistema nem e' livre, ne'? Mas deveria
ser, porque aumentaria a vontade de comprar o produto original. Ou nao, a
pirataria tai' pra isso, pra que mudar time que ganha ... ? :POutra ideia direta seria o software especial para o cliente. Outra e'
oferecer um design exclusivo, este sob Creative Commons, ou outra licenca,
com restricao de comercializacao. Em um arquivo swf, por exemplo.Hoje a nossa agencia de publicidade se alavanca pelo uso de software
livre. Faturamos com imagens, software & system designs, audio e
video. O uso de recursos livres nos permite economias altas, que se
transformam em melhor preco ao cliente ou maior lucro final. Em troca
apoiamos projetos da comunidade, como o CONISLI, neste ano, garantindo que
estes recursos estejam sempre up-to-date.Use a criatividade.
Volte à infancia. Fazer arte é bom!Abracao!Ricardo Filipo   Mito-LógicaDesign e soluções de
comunicação> Olá Glauber,> > Obrigado
pela resposta...> > A situação é o seguinte...>
O sistema foi feito pra qualquer usuário (mesmo quem nunca ouviu falar> de linux).. vai conseguir instalar, configurar e rodar.>
> A documentação é simples, rápida...> Não diria sistema
especialista...  diria sistema específico pra> situações
específicas (ex: proxy com controle de conteúdo).> >
Quem quer algo do tipo.. quer instalar uma vez na vida.. configurar..> e nunca mais vai por a mão...> > Assim:>
Não precisa de suporte.> Se tiver algo de graça, certeza que ele
vai colocar o de graça.> > O negócio é pra me sustentar
só... (não vou pro inferno)...> > Minha dúvida era
formas de aplicar software livre em negócios...> parece que
apenas comunidades sem fins lucrativos ganham com isso...> ou
empresas que trabalham com suporte... ou então empresas que vendem> uma versào livre meio boca e a versào boa é fechada... estou
errado?> > Até mais,> Ricardo.>
___> PSL-Brasil
mailing list> PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org>
http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil>
Regras da lista:>
http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil> 
___
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http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil
Regras da lista: 
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Re: [PSL-Brasil] Software livre - Negócios

2007-11-23 Thread Ricardo Marcacini
Olá Glauber,

Obrigado pela resposta...

A situação é o seguinte...
O sistema foi feito pra qualquer usuário (mesmo quem nunca ouviu falar
de linux).. vai conseguir instalar, configurar e rodar.

A documentação é simples, rápida...
Não diria sistema especialista...  diria sistema específico pra
situações específicas (ex: proxy com controle de conteúdo).

Quem quer algo do tipo.. quer instalar uma vez na vida.. configurar..
e nunca mais vai por a mão...

Assim:
Não precisa de suporte.
Se tiver algo de graça, certeza que ele vai colocar o de graça.

O negócio é pra me sustentar só... (não vou pro inferno)...

Minha dúvida era formas de aplicar software livre em negócios...
parece que apenas comunidades sem fins lucrativos ganham com isso...
ou empresas que trabalham com suporte... ou então empresas que vendem
uma versào livre meio boca e a versào boa é fechada... estou errado?

Até mais,
Ricardo.
___
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Re: [PSL-Brasil] Software livre - Negócios

2007-11-23 Thread Glauber Machado Rodrigues (Ananda)
On Nov 23, 2007 12:59 AM, Ricardo Marcacini <[EMAIL PROTECTED]> wrote:
> Olá Henrique,
>
> Mas quem irá pagar se ele pode redistribuir a vontade?
>
> Até mais,
> Ricardo Marcacini.

Se o seu software for uma ferramenta genérica, como um downloader ou
um editor de texto, vai bem difícil ganhar dinheiro com ele se você
distribuir os fontes.

Ferramentas genéricas dão bons projetos livres pois vai ter bastante
gente querendo ajudar com código.

Se o seu software for um sistema especialista a coisa muda um pouco.
Um sitema especialista você não vai simplesmente instalar e usar
intuitivamente. Vai ser preciso suporte para fazer a instalação, a
parametrização do sistema em relação à realidade da empresa, a
integração com os outros sistemas, treinamento, evolução, etc. As
empresas não querem perder tempo deixando um cara especializado no seu
sistema antes da instalação completa, e até que ele entre em produção.

E mesmo que alguém dentro da empresa desenvolva uma certa intimidade
com seu sistema ao ponto de dispensar algum suporte, seria apenas para
atividades que você já teria obrigação de fazer mesmo se tivesse
vendido o software. Estas atividades seriam tão simples que você não
iria perder seu tempo fazendo pessoalmente, teria que contratar alguem
menos experiente para fazer isso, e isso encareceria o processo. Mesmo
que esse cara seja capaz de reformular completamente o código do seu
sistema, por ser um cara contratado da empresa ele já deve ter as
atividades regulares dele, senão já teria sido enchugado do quadro.
Então esse cara nunca terá tempo de por suas idéias em prática, então
a análise make or by penderá para o seu lado.

As empresas não querem manter sistemas, isto exige uma mão de obra
especializada e com tempo dedicado a atividade, e isso é justamente o
que elas evitam. Elas querem que as pessoas super especializadas
estejam na sua atividade fim, e não em TI, até porque não tem
profissional no mercado para todo mundo. Quem tem o seu sabe que
encontrou uma mina. Então elas vão pagar para você e a sua empresa
para fazer todas essas coisas.

Se você liberar realmente o seu código, sempre vai ter gente remetendo
patch para você para garantir a continuidade do seu trabalho, então
você nesses casos ganha com código.

Se esse não é o caso do seu sistema e o público algo da sua empresa é
outro, então você deve encontrar um sistema com estas características
e você deve ter contato com clientes com este perfil o com esta
quantidade de dinheiro, que não tenha tempo de achar um geniozinho
para colocar sua empresa, prefira pagar gente de fora sem nenhum
compromisso.

Se não, espere a sua oportunidade, o mercado é escroto mesmo. Agora se
você não liberar o código mesmo tendo a oportunidade, só porque você
quer manter as pessoas aprisionadas para sempre ganhar mais e mais
dinheiro, você com certeza vai arder no inferno. Mas se você não
liberou o código ainda apenas porque vai perder o seu ganha pão, fica
tranquilo que você só está sobrevivendo com dignidade e um certo nível
de conforto, com as oportunidades que teve. Espere a sua oportunidade.

-- 
Opções desconhecidas do gcc:
  gcc --bend-finger=padre_quevedo
O que faz:
  dobra o dedo do Padre Quevedo durante a execução do código compilado.

Não uso termos em latim, mas poderia:
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_Latin_phrases_(full)

A ignorância é um mecanismo que capacita um tomate a saber de tudo.


   "Que os fontes estejam com você..."

Glauber Machado Rodrigues
PSL-MA

jabber: [EMAIL PROTECTED]
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Re: [PSL-Brasil] Software livre - Negócios

2007-11-23 Thread Glauber Machado Rodrigues (Ananda)
On Nov 23, 2007 10:49 AM, Glauber Machado Rodrigues (Ananda)
<[EMAIL PROTECTED]> wrote:
> On Nov 23, 2007 12:59 AM, Ricardo Marcacini <[EMAIL PROTECTED]> wrote:
> Se o seu software for um sistema especialista a coisa muda um pouco.

Só uma correção aqui: não quis dizer sitema especialista na definição
de IA, e sim sim sitema não genérico, especializado em algum ramo de
negócio. Nada de diagnosticar câncer =D


-- 
Opções desconhecidas do gcc:
  gcc --bend-finger=padre_quevedo
O que faz:
  dobra o dedo do Padre Quevedo durante a execução do código compilado.

Não uso termos em latim, mas poderia:
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_Latin_phrases_(full)

A ignorância é um mecanismo que capacita um tomate a saber de tudo.


   "Que os fontes estejam com você..."

Glauber Machado Rodrigues
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Re: [PSL-Brasil] Software livre - Negócios

2007-11-23 Thread Glauber Machado Rodrigues (Ananda)
On Nov 23, 2007 12:09 PM, Ricardo Marcacini <[EMAIL PROTECTED]> wrote:
> Minha dúvida era formas de aplicar software livre em negócios...
> parece que apenas comunidades sem fins lucrativos ganham com isso...
> ou empresas que trabalham com suporte... ou então empresas que vendem
> uma versào livre meio boca e a versào boa é fechada... estou errado?

Hoje é mais ou menos assim, mas é aí que está o dinheiro. Ao menos que
o seu sistema tenha algo de realmente especial, é capaz de em breve
ter algo disponível que faça a mesma coisa, e isso ameace você, você
liberando ou não o código.

Se eu fosse você, eu continuaria estudando o mercado e me esforçando
bastante para entrar na parte lucrativa do software livre. Não que
seja mais fácil, é que é mais sustentável e você tem menos chances de
perder seu ganha pão.

O seu negógio já está em risco, várias software houses abrem e fecham
todo dia por oferecerem produtos sem rosto e não conseguirem se manter
competitivas.

Você também pode dar suporte para o sistemas dos outros (livres e
clamando por suporte local), enquando libera o seu proprio código,
ganha conhecimento e prestígio. Isto vai abrir portas para você. Então
você devolve o que você faz, e ninguém morre de fome.

As vezes você não ganha dinheiro com seu próprio código durante
bastante tempo, mas ganha com o código dos outros, que já está pronto
e pervasivo. Até o tempo que você, a comunidade e seus usuários
freeloaders deixam a sua aplicação num ponto que você vai pegar todo
mundo da sua região, onde sua vista alcançar, e o $$$ vai entrar. É
claro que você não vai poder cobrir todo o planeta, e mais gente vai
poder ganhar dinheiro com a sua solução, pois é assim que a coisa
funciona mesmo seja no modelo livre ou no proprietário. Você programa
para os outros e depois para você e depois os outros programam para
você. Tudo natural.


-- 
Opções desconhecidas do gcc:
  gcc --bend-finger=padre_quevedo
O que faz:
  dobra o dedo do Padre Quevedo durante a execução do código compilado.

Não uso termos em latim, mas poderia:
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_Latin_phrases_(full)

A ignorância é um mecanismo que capacita um tomate a saber de tudo.


   "Que os fontes estejam com você..."

Glauber Machado Rodrigues
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http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil


Re: [PSL-Brasil] Software livre - Negócios

2007-11-25 Thread Felipe Augusto van de Wiel (faw)
-BEGIN PGP SIGNED MESSAGE-
Hash: SHA1

[ Por favor, não faça top-post ]

On 23-11-2007 00:05, Vítor Baptista wrote:
> Em 22/11/07, *Henrique Andrade* escreveu:
>> Em 22/11/07, *Ricardo Marcacini* < [EMAIL PROTECTED] escreveu:
[...]
>>> O problema é que estou pensando em formas de modelar meu pequeno
>>> negócio ao modelo de software livre, visto que utilizo kernel linux,
>>> aplicativos gnu, etc.. todos livres... mas o sistema que vendo é
>>> fechado no final...  até agora não consegui uma forma de adotar
>>> modelo livre sem que isto afeta o dinheiro pra bancar o serviço.
[...]

>> Você pode fazer a mesma coisa que faz agora se o seu programa for
>> software livre. A única diferença é que junto do programa, você
>> deverá enviar também ao cliente o código-fonte, e esse poderá
>> aplicar as 4 liberdades nele.
[...]

Há uma outra alternativa, que é fornecer uma "oferta
por escrito válida por 3 anos" para obter acesso ao código
fonte.


> Não acho que seja tão simples assim. Afinal, como o Ricardo já disse,
> ele não tem interesse em fornecer suporte ao produto.
> Você pode fazer como o Henrique falou, vender as licensas assim como
> faz, mas enviar os códigos-fonte junto com o binário, mas acho que você
> está preocupado em se isso irá tirar sua renda, já que, uma vez com os
> fontes, ele pode redistribuir, apesar de ilegalmente, seu software.

Espera espera espera.  Como assim: "redistribuir, apesar de
ilegalmente, seu software"?  Onde está a ilegalidade de redistribuir
código licenciado sob GNU/GPL ou BSD-3-cláusulas ou MIT/Expat?


Abraço,
- --
Felipe Augusto van de Wiel (faw)
"Debian. Freedom to code. Code to freedom!"
-BEGIN PGP SIGNATURE-
Version: GnuPG v1.4.6 (GNU/Linux)
Comment: Using GnuPG with Mozilla - http://enigmail.mozdev.org

iD8DBQFHSbg4CjAO0JDlykYRApKnAKCdBN+hf2Rp2iIb21iCtgyYdQE4kwCfU3oJ
/iyGKq0tdp4/Ii0a5GuWoYs=
=1gtV
-END PGP SIGNATURE-
___
PSL-Brasil mailing list
PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org
http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil
Regras da lista: 
http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil

Re: [PSL-Brasil] Software livre - Negócios

2007-11-25 Thread Ricardo Marcacini
Olá, mais uma vez obrigado pelas respostas...

Acredito que não estou na ilegalidade na venda fechada do aplicativo,
visto que a única reamente que programo são as interfaces web para
gerenciar os dispositivos. EStas interfaces usam php e as vezes perl..
e são licenças que permitem que o código seja fechado. Pacotes com
licença GPL eu sei que não pode fazer isto.

Mas minha intenção é não continuar com código fechado e sim entrar de
vez com software livre... pois (como um colega daqui disse) se eu não
fizer isto certamente outro irá fazer e é risco para meu negócio. E o
motivo não é só isto.. é pra devolver um pouco do que estou usando...
um pouco de consciência pesada.. tardia...

Li bastante sobre assunto e peguei opinioes em outras listas também.
Um texto que gostei muito foi com o exemplo da Nessus (que fez o
contrário, decidiu fechar o código)... onde mostra vários modelos de
negócios com S.L:
http://falcon-dark.blogspot.com/2005/10/revs-para-o-software-livre.html

Resumindo as coisas fica assim:
-Seu principal produto não é o software em si, mas algo que dependa
dele para ser competitivo. Nesse quadro seus custos de desenvolvimento
podem ser bastante reduzidos com software livre;

-Você precisa de um software que não está disponível, ou que é caro
demais para ser adquirido. O Linux não possuia um pacote à altura do
MSOffice até que a Sun fez o StarOffice livre e nasceu o OpenOffice.
Para este mercado o software livre é a melhor coisa que aconteceu,
pois deu à comunidade a chance de desenvolver um produto para um
mercado que era um beco sem saída;

-Você deseja desenvolver uma solução para seus clientes, mas não tem
todo o material intelectual necessário disponível ou não pode bancar
os custos de desenvolvimento sozinho. Um projeto livre pode atrair em
escala global todos os interessados por aquela solução e ela pode ser
desenvolvida gastando apenas uma fração do que seria gasto por sua
empresa originalmente.

-Você tem o software como principal produto em seu catálogo, e é lider
de mercado nessa categoria de software. Nesse caso, liberar livremente
o software pode ser apenas um meio rápido de fortalecer seus
concorrentes, como no negócio de bancos de dados profissionais. Nem a
Oracle nem a IBM abriram os códigos de seus bancos de dados, e o
modelo livre foi usado para criar o MySQL, por exemplo. Se a Oracle
abrisse livremente seu banco de dados, seria mais provável uma
melhoria significativa no Oracle ou no MySQL?

-Você é lider de mercado de um segmento de software quase monopolista
ou oligopolista. Citei o exemplo do Windows acima, então pensemos nos
drivers para placas de vídeo 3D. Se a nVidia liberasse livremente seus
drivers de vídeo 3D seria ela própria, a nVidia, a maior beneficiária
ou a ATi teria grandes chances de melhorar seus drivers?

Observando os grandes (microsoft e afins), a saída que percebo que
eles estão tendo em vista ao perigo que o software livre representa..
é migrar o software para web (exemplo.. office online, players online,
etc...). Isto não se aplica ainda a quase todos os softwares... mas
seria uma forma de disponibilizar o aplicativo cliente como software
livre (navegador?)... e que ganhe o melhor aplicativo servidor/web
(web)...

Finalizando... acho que o negócio seria ter condições para trabalhar
com suporte... mas vejo um limite baixo para carteira de clientes
(somos apenas 2)...

Desculpe se ficou meio grande,
Até mais,
Ricardo Marcacini.

Em 25/11/07, Felipe Augusto van de Wiel (faw)<[EMAIL PROTECTED]> escreveu:
> -BEGIN PGP SIGNED MESSAGE-
> Hash: SHA1
>
> [ Por favor, não faça top-post ]
>
> On 23-11-2007 00:05, Vítor Baptista wrote:
> > Em 22/11/07, *Henrique Andrade* escreveu:
> >> Em 22/11/07, *Ricardo Marcacini* < [EMAIL PROTECTED] escreveu:
> [...]
> >>> O problema é que estou pensando em formas de modelar meu pequeno
> >>> negócio ao modelo de software livre, visto que utilizo kernel linux,
> >>> aplicativos gnu, etc.. todos livres... mas o sistema que vendo é
> >>> fechado no final...  até agora não consegui uma forma de adotar
> >>> modelo livre sem que isto afeta o dinheiro pra bancar o serviço.
> [...]
>
> >> Você pode fazer a mesma coisa que faz agora se o seu programa for
> >> software livre. A única diferença é que junto do programa, você
> >> deverá enviar também ao cliente o código-fonte, e esse poderá
> >> aplicar as 4 liberdades nele.
> [...]
>
> Há uma outra alternativa, que é fornecer uma "oferta
> por escrito válida por 3 anos" para obter acesso ao código
> fonte.
>
>
> > Não acho que seja tão simples assim. Afinal, como o Ricardo já disse,
> > ele não tem interesse em fornecer suporte ao produto.
> > Você pode fazer como o Henrique falou, vender as licensas assim como
> > faz, mas enviar os códigos-fonte junto com o binário, mas acho que você
> > está preocupado em se isso irá tirar sua renda, já que, uma vez com os
> > fontes, ele pode redistribuir, apesar de ilegalmente, seu software.
>
> Espera esper

Re: [PSL-Brasil] Software livre - Negócios

2007-11-25 Thread Fernanda G Weiden
Olá Vitor,
a thread se moveu, mas gostaria de responder o seu e-mail porque ele
contém alguns erros que se proliferados, podem gerar algum dano ao
Software Livre.

Em 23/11/07, Vítor Baptista<[EMAIL PROTECTED]> escreveu:
> Você pode fazer como o Henrique falou, vender as licensas assim como faz,
> mas enviar os códigos-fonte junto com o binário, mas acho que você está
> preocupado em se isso irá tirar sua renda, já que, uma vez com os fontes,
> ele pode redistribuir, apesar de ilegalmente, seu software.

Se o software for licenciado sob uma licença livre a pessoa que recebe
os fontes pode distribuir o software e isso não é ilegal. Este
procedimento está coberto na licença e define o que se pode, e o que
não se pode fazer na (re)distribuição do software. Lembre-se...usar,
estudar, modificar, compartilhar.

> Isto pode ser um problema maior caso você venda mais para pessoa física, se
> vender mais para empresas, o problema diminui, já que elas têm mais receio
> de usar softwares piratas.

E seguindo a definição de Software Livre, esse parágrafo não faz o
menos sentido, já que não existe ilegalidade na redistribuição de
Software Livre, desde que respeite os termos da licença que o
acompanha.

Abraços,
Fernanda

-- 
Free Software Foundation Latin America   http://www.fsfla.org
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Re: [PSL-Brasil] Software livre - Negócios

2007-11-26 Thread Felipe Augusto van de Wiel (faw)
-BEGIN PGP SIGNED MESSAGE-
Hash: SHA1

On 25-11-2007 20:16, Ricardo Marcacini wrote:
[...]
> Mas minha intenção é não continuar com código fechado e sim entrar de
> vez com software livre... pois (como um colega daqui disse) se eu não
> fizer isto certamente outro irá fazer e é risco para meu negócio. E o
> motivo não é só isto.. é pra devolver um pouco do que estou usando...
> um pouco de consciência pesada.. tardia...

:-)


[...]
> -Você tem o software como principal produto em seu catálogo, e é lider
> de mercado nessa categoria de software. Nesse caso, liberar livremente
> o software pode ser apenas um meio rápido de fortalecer seus
> concorrentes, como no negócio de bancos de dados profissionais. Nem a
> Oracle nem a IBM abriram os códigos de seus bancos de dados, e o
> modelo livre foi usado para criar o MySQL, por exemplo. Se a Oracle
> abrisse livremente seu banco de dados, seria mais provável uma
> melhoria significativa no Oracle ou no MySQL?

Há um exemplo similar, a abertura do OpenSolaris trouxe
esse tipo de questionamento, e até o momento, a licença do
OpenSolaris (incompatível com a GNU/GPL) fez com que o Linux
não pudesse obter melhorias de código e novas tecnologias.

Há uma comunidade formando-se ao redor do OpenSolaris,
mas não se sabe ao certo o que vai acontecer daqui 5, 10 ou 20
anos.


> -Você é lider de mercado de um segmento de software quase monopolista
> ou oligopolista. Citei o exemplo do Windows acima, então pensemos nos
> drivers para placas de vídeo 3D. Se a nVidia liberasse livremente seus
> drivers de vídeo 3D seria ela própria, a nVidia, a maior beneficiária
> ou a ATi teria grandes chances de melhorar seus drivers?

A Intel tem adotado drivers livres e o que se tem visto
é uma movimentação de compra de notebooks que tenham placas
gráficas Intel. E recentemente a AMD/ATI começou a se movimentar
nesta direção (fornecer drivers livres).


> Observando os grandes (microsoft e afins), a saída que percebo que
> eles estão tendo em vista ao perigo que o software livre representa..

Perigo?? Isso é _bem_ relativo.


> é migrar o software para web (exemplo.. office online, players online,
> etc...). Isto não se aplica ainda a quase todos os softwares... mas
> seria uma forma de disponibilizar o aplicativo cliente como software
> livre (navegador?)... e que ganhe o melhor aplicativo servidor/web
> (web)...

Há licenças que também cobrem este tipo de uso, via web,
para em certos casos, assegurar o acesso ao código.


> Finalizando... acho que o negócio seria ter condições para trabalhar
> com suporte... mas vejo um limite baixo para carteira de clientes
> (somos apenas 2)...

Há outras soluções. Documentação, treinamento, serviços,
personalização, apoio, "deploy", há uma grande linha de segmentos,
o Asterisk da Digium é um bom exemplo do que acontece com uma
empresa que libera seu produto mas é a principal desenvolvedora.


Abraço,
- --
Felipe Augusto van de Wiel (faw)
"Debian. Freedom to code. Code to freedom!"
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Version: GnuPG v1.4.6 (GNU/Linux)
Comment: Using GnuPG with Mozilla - http://enigmail.mozdev.org

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Re: [PSL-Brasil] Software livre - Negócios

2007-11-26 Thread Felipe Augusto van de Wiel (faw)
-BEGIN PGP SIGNED MESSAGE-
Hash: SHA1

On 23-11-2007 13:09, Ricardo Marcacini wrote:
[...]
> A documentação é simples, rápida...

Essa é uma área em que pode-se investir.


> Não diria sistema especialista...  diria sistema específico pra
> situações específicas (ex: proxy com controle de conteúdo).
> 
> Quem quer algo do tipo.. quer instalar uma vez na vida.. configurar..
> e nunca mais vai por a mão...

O que _realmente_ preocuparia um Administrador de Sistemas
ou Administrador de Redes, especialmente por itens como segurança,
atualização, ajustes.


> Assim:
> Não precisa de suporte.
> Se tiver algo de graça, certeza que ele vai colocar o de graça.

Não tenha tanta certeza disso, "big players" costumam
gostar de pagar, e muitas empresas gostam da idéia de vincular-se
a um fornecedor, ainda que o produto seja livre.


> O negócio é pra me sustentar só... (não vou pro inferno)...
> 
> Minha dúvida era formas de aplicar software livre em negócios...

Há várias formas, o modelo varia, cada empresa procura
seu espaço e sua forma de organizar, isso depende de cada caso,
há quem atue em serviços, há quem opte pela linha de treinamentos,
há quem trabalhe com garantia, outros com suporte, há a parte de
documentação, há diversos campos de acordo com o segmento.


> parece que apenas comunidades sem fins lucrativos ganham com isso...

Acho que IBM, Canonical, Oracle, RedHat, Novell, Sun,
Intel, Governos e vários outros discordam da afirmação acima.


> ou empresas que trabalham com suporte... ou então empresas que vendem
> uma versào livre meio boca e a versào boa é fechada... estou errado?

Parcialmente, sim. Mas comecemos do começo.

Deixa eu ver se eu entendi alguns pontos importantes desta
discussão, estamos falando da personalização de um sistema para
facilitar a vida do usuário, uma espécie de distro GNU/Linux mais
fácil para quem quer cuidar de sua rede. Uma rápida pesquisa levaria
a algo como o [1][2]Insigma GNU/Linux que parece ser exatamente o
produto que está relacionado com o que você descreveu e parece
também estar ligado à você de alguma forma.

  1. http://www.insigma.com.br/
  2. http://linux.insigma.com.br/


O primeiro ponto é que, independe se você altera algum
programa sob licença GNU/GPL, BSD, MIT, Apache, para quase
todos você tem que disponibilizar os fontes mesmo que idênticos
ao do "upstream", pelo menos os que forem GNU/GPL, e não, apontar
para o FTP do "upstream" não é o bastante nem suficiente.

A partir daí, vamos identificar dois grandes tipos de
mudanças/alterações, as que envolvem diretamente código já
existente sob uma licença livre e as que envolvem a inserção
de um produto ou código 100% desenvolvido por você sob uma
licença não-livre.

Falando das mudanças envolvem código GNU/GPL ou alguma
mudança em código que seja similar e que defenda as quatro
liberdades, então você precisa distribuir estas mudanças. Por
exemplo, você aplicou um patch no Squid para simplificar algo,
os seus clientes têm direito ao patch que você aplicou (note
que você não é obrigado a distribuir publicamente, mas pelo
menos os seus clientes têm esse direito).

Por seu uma distro, digamos que você tenha feito um
Painel de Controle (algo como cPanel, ou GPLHost), este é um
programa independente do resto (talvez dependa de como ele se
liga a outras bibliotecas de acordo com a licença de cada uma
delas), mas este Software você não precisa abrir o
código-fonte.

Note que a parte que rege a distribuição de CDs/DVDs
que mesclam software livre com software não-livre é um tanto
quanto cinzenta e há divergências, especialmente porque
certo/errado, ético, legal/ilegal acabam se misturando nesta
linha específica de análise, gerando diversas dúvidas e, como
de costume, dependeria de um análise caso-a-caso.

Não há uma "receita de bolo", se houvesse, algumas
empresas não teriam quebrado a cara com tanta força. O SL
é um modelo novo, basta ver como algumas organizações e
projetos "nasceram mortos", e temos exemplos aqui no Brasil
mesmo. Por outro lado, existe uma grande lista de pequenas
idéias que explodiram e se tornaram empresas (ou projetos)
de muito sucesso (inclusive financeiro).

Abraço,
- --
Felipe Augusto van de Wiel (faw)
"Debian. Freedom to code. Code to freedom!"

-BEGIN PGP SIGNATURE-
Version: GnuPG v1.4.6 (GNU/Linux)
Comment: Using GnuPG with Mozilla - http://enigmail.mozdev.org

iD8DBQFHSv/mCjAO0JDlykYRAgWmAKDKfSelf7qJJVpnSDNciqQpfGO05ACgn/i0
hDo4BS7o84N6OQrtwHXC3nM=
=Uz8h
-END PGP SIGNATURE-
___
PSL-Brasil mailing list
PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org
http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil
Regras da lista: 
http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil

Re: [PSL-Brasil] Software livre - Negócios

2007-11-26 Thread Ricardo Marcacini
Exatamento Felipe,

Não queria colocar o produto em si.. para não parecer propaganda...
mas já que você achou.. este é um dos principais que pretendo mudar
para S.L. (http://linux.insigma.com.br/). Fiz alterações nele, em
relação ao kernel (com patches de segurança, livre nas net)... squid,
samba, htb... muita coisa alterada mas todos com patches livres. O que
fiz do zero foi o gerenciador... e que hoje não é disponível... é
fechado.. mas é o que gostaria de deixar livre... e estou estudando
como fazer isto sem que eu perca o negócio atual..

Veja bem... tenho cerca de 800 usuários cadastrados... meu servidor de
update registra em média 200 servidores online... mas cerca 50% são
usuários que realmente pagaram a licença. O resto é suporte esporádico
para configuraçào mais específica (rotas avançadas, personalização,
discador, etc...)... mas que também gera renda. A outra grande maioria
restante eu não tenho controle e não conheço quem estaria usando o
sistema.

Assim, veja... que mesmo sendo proprietário... não consigo controle
sobre o software... imagine quando estiver S.L... Acredito que estes
tipos de sistemas vão ter muitos concorrentes em pouco tempo... e uma
boa quantidade serão S.L...
O fato de alta disseminação de S.L. é uma característica que pretendo explorar..

Mas como você mesmo disso.. é questào de se organizar... e estudar...
que é o que ando fazendo nas últimas semanas...

Agradeço as colaborações da lista,
Ricardo Marcaicni.

Em 26/11/07, Felipe Augusto van de Wiel (faw)<[EMAIL PROTECTED]> escreveu:
> -BEGIN PGP SIGNED MESSAGE-
> Hash: SHA1
>
> On 23-11-2007 13:09, Ricardo Marcacini wrote:
> [...]
> > A documentação é simples, rápida...
>
> Essa é uma área em que pode-se investir.
>
>
> > Não diria sistema especialista...  diria sistema específico pra
> > situações específicas (ex: proxy com controle de conteúdo).
> >
> > Quem quer algo do tipo.. quer instalar uma vez na vida.. configurar..
> > e nunca mais vai por a mão...
>
> O que _realmente_ preocuparia um Administrador de Sistemas
> ou Administrador de Redes, especialmente por itens como segurança,
> atualização, ajustes.
>
>
> > Assim:
> > Não precisa de suporte.
> > Se tiver algo de graça, certeza que ele vai colocar o de graça.
>
> Não tenha tanta certeza disso, "big players" costumam
> gostar de pagar, e muitas empresas gostam da idéia de vincular-se
> a um fornecedor, ainda que o produto seja livre.
>
>
> > O negócio é pra me sustentar só... (não vou pro inferno)...
> >
> > Minha dúvida era formas de aplicar software livre em negócios...
>
> Há várias formas, o modelo varia, cada empresa procura
> seu espaço e sua forma de organizar, isso depende de cada caso,
> há quem atue em serviços, há quem opte pela linha de treinamentos,
> há quem trabalhe com garantia, outros com suporte, há a parte de
> documentação, há diversos campos de acordo com o segmento.
>
>
> > parece que apenas comunidades sem fins lucrativos ganham com isso...
>
> Acho que IBM, Canonical, Oracle, RedHat, Novell, Sun,
> Intel, Governos e vários outros discordam da afirmação acima.
>
>
> > ou empresas que trabalham com suporte... ou então empresas que vendem
> > uma versào livre meio boca e a versào boa é fechada... estou errado?
>
> Parcialmente, sim. Mas comecemos do começo.
>
> Deixa eu ver se eu entendi alguns pontos importantes desta
> discussão, estamos falando da personalização de um sistema para
> facilitar a vida do usuário, uma espécie de distro GNU/Linux mais
> fácil para quem quer cuidar de sua rede. Uma rápida pesquisa levaria
> a algo como o [1][2]Insigma GNU/Linux que parece ser exatamente o
> produto que está relacionado com o que você descreveu e parece
> também estar ligado à você de alguma forma.
>
>   1. http://www.insigma.com.br/
>   2. http://linux.insigma.com.br/
>
>
> O primeiro ponto é que, independe se você altera algum
> programa sob licença GNU/GPL, BSD, MIT, Apache, para quase
> todos você tem que disponibilizar os fontes mesmo que idênticos
> ao do "upstream", pelo menos os que forem GNU/GPL, e não, apontar
> para o FTP do "upstream" não é o bastante nem suficiente.
>
> A partir daí, vamos identificar dois grandes tipos de
> mudanças/alterações, as que envolvem diretamente código já
> existente sob uma licença livre e as que envolvem a inserção
> de um produto ou código 100% desenvolvido por você sob uma
> licença não-livre.
>
> Falando das mudanças envolvem código GNU/GPL ou alguma
> mudança em código que seja similar e que defenda as quatro
> liberdades, então você precisa distribuir estas mudanças. Por
> exemplo, você aplicou um patch no Squid para simplificar algo,
> os seus clientes têm direito ao patch que você aplicou (note
> que você não é obrigado a distribuir publicamente, mas pelo
> menos os seus clientes têm esse direito).
>
> Por seu uma distro, digamos que você tenha feito um
> Painel de Controle (algo como cPanel, ou GPLHost)

Re: [PSL-Brasil] Software livre - Negócios

2007-11-26 Thread Felipe Augusto van de Wiel (faw)
-BEGIN PGP SIGNED MESSAGE-
Hash: SHA1

[ Por favor, não faça top-post ]


On 26-11-2007 15:52, Ricardo Marcacini wrote:
> Não queria colocar o produto em si.. para não parecer propaganda...

Sem problemas.


> mas já que você achou.. este é um dos principais que pretendo mudar
> para S.L. (http://linux.insigma.com.br/). Fiz alterações nele, em
> relação ao kernel (com patches de segurança, livre nas net)... squid,
> samba, htb... muita coisa alterada mas todos com patches livres.

Onde estão os patches?

Você fornece os fontes (pelo menos aos seus clientes) capazes
de gerar os binários que acompanham o seu kernel? (Estou falando do
Linux, porque ele é GPL e isso se aplica).


> O que fiz do zero foi o gerenciador... e que hoje não é disponível...
> é fechado.. mas é o que gostaria de deixar livre... e estou estudando
> como fazer isto sem que eu perca o negócio atual..

> Veja bem... tenho cerca de 800 usuários cadastrados... meu servidor de
> update registra em média 200 servidores online... mas cerca 50% são
> usuários que realmente pagaram a licença. 

O que isso quer dizer? Que os outros 50% são "pirata"?


> O resto é suporte esporádico
> para configuraçào mais específica (rotas avançadas, personalização,
> discador, etc...)... mas que também gera renda. A outra grande maioria
> restante eu não tenho controle e não conheço quem estaria usando o
> sistema.

Certo, mas como eles têm o programa?


> Assim, veja... que mesmo sendo proprietário... não consigo controle
> sobre o software... imagine quando estiver S.L... 

O que exatamente você acha que muda? :)

As pessoas mal intencionadas não ligam pra licenças, as
pessoas bem intencionadas passam a usar seu software, citar sua
empresa e ter o produto como referência. Então o que faz você
pensar que liberar o código fonte tornaria o seu software algo
sem controle clonado aos milhares por hora?

Muitos destes temores são FUD ("Fear, Uncertain, Doubt")
espalhados por quem não é exatamente um "fã" do Software Livre.


> Acredito que estes
> tipos de sistemas vão ter muitos concorrentes em pouco tempo... e uma
> boa quantidade serão S.L...

Bom, para gerenciar e instalar servidores, há várias
alternativas, algumas livres, eu conheço dois ou três
gerenciadores e algumas distros que se propões a algo bastante
similar.


> O fato de alta disseminação de S.L. é uma característica que pretendo 
> explorar..
> 
> Mas como você mesmo disso.. é questào de se organizar... e estudar...
> que é o que ando fazendo nas últimas semanas...

Parte disso é compreender como funciona a via de duas
mãos dos projetos colaborativos, muitas vezes uma etapa que
envolve o senso de saber dar algo antes de receber (ou, sob
outra ótica, depois de ter recebido muito em linhas de código
e horas de voluntariado).

Abraço,
- --
Felipe Augusto van de Wiel (faw)
"Debian. Freedom to code. Code to freedom!"
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Version: GnuPG v1.4.6 (GNU/Linux)
Comment: Using GnuPG with Mozilla - http://enigmail.mozdev.org

iD8DBQFHSxiWCjAO0JDlykYRAgLcAKCTHXIs7T9RQOMg+r6Z8wZuii8OMgCghLVY
6Ihm159BO9ksKfVDK19wVkQ=
=CZiu
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PSL-Brasil mailing list
PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org
http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil
Regras da lista: 
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