Oi Pedro a discussão sobre classificação de estradas é importante e precisa de uma solução, então não vamos deixar esta discussão morrer.
Gerald, o que discordo é a definição de trunk em meio rural: *"Rodovia de > trânsito rápido, pavimentada e duplicada com, no mínimo, duas pistas por > sentido, com cruzamentos ou obstruções (semáforos, lombadas, etc) e acesso > direto por ruas transversais, que podem cruzar diretamente o trânsito da > rodovia." **[1]* > > Isso é muito incomum em território brasileiro, o único caso que conheço é > a Rodovia do Sol entre Guarapari e Vitória (ES-060), e só por causa dos > seus retornos que cruzam a estrada *[2]*. Esses casos quase só acontecem > em vias locais (que geralmente já não é em um meio tão rural assim) ou > quando há intercalação com vias singelas, como em alguns trechos da Rodovia > Amaral Peixoto (RJ-106). *[3]* > > Hum, creio que é mais comum do que você imagina. Uma rodovia que me veio imediatamente à mente foi a BR-040 entre o trevo de Ouro Preto até Juiz de Fora. http://osm.org/go/PAWboq0f- Note que inclusive já está como trunk. Esta rodovia tem 2 faixas de cada lado, mas não tem canteiro central. Ou seja é "quase-duplicada". Note que a BR-356 que liga é de pista simples e deveria ser primary. Deste trevo até BH de fato ela é motorway. > Acho que existem muitas vias de trânsito pesado, de suma importância > nacional, que ainda não são duplicadas. Por exemplo, a BR-101 Norte tem um > grande papel de ligação interestadual, e é rebaixado a mesma importância > que rodoviais estaduais marcadas como primary, apenas pela limitação física > de não haver duplicação. Poderíamos criar uma nova convenção baseada também > na importância de cada via, além das propriedades físicas (faixas, > duplicação): > Nesta discussão você tem que ter em mente o usuário. Imagina uma pessoa que consulta o mapa e vê que é trunk, ela então assume que se trata de uma via duplicada mas que não chega a ser uma motorway e planeja a sua viagem de acordo. Chegando lá no entanto se depara com uma pista simples coalhada de caminhões. Seria um desserviço. > > *- motorway:* duplicada sem obstruções; > De acordo. *- trunk:* via de importância nacional/interestadual independente de ser > duplicada, geralmente federal (poderíamos fazer uma lista desses casos*), > ou uma motorway (via duplicada) com obstruções; > Discordo. Nenhuma via de pista simples (2 faixas) deveria ser classificada como trunk, por mais importante que seja pois estaria passando uma informação equivocada ao usuário (veja exemplo acima). > *- primary:* via de importância regional/estadual, geralmente singela, > federal ou estadual; > *- secondary:* via de importância intermunicipal/interdistrital, singela, > estadual ou municipal; > *- tertiary:* via menor de importância municipal/distrital; > *- unclassified: *via municipal não pavimentada; > Discordo, em parte porque misturar federal e estadual levaria o mapeador a classificar as rodovias de acordo com o órgão administrador, o que é indesejável. E também porque dá margem demais à interpretações conflitantes. Talvez o mais importante é que precisamos de uma classificação simples que dê menos margem à interpretações subjetivas. Então sugiro algo assim. - *motorway* fica como está, descreve o formato da via independente de meio urbano ou rural. *Duplicada, com canteiro central sem cruzamentos e com acessos especiais (trevos).* - *trunk* uma rodovia *quase-duplicada*, com 4 faixas ou 2x2 faixas, como ou sem canteiro central e *que pode ser cruzada* em um ou mais pontos - *primary (rodovia)* pista simples e *pavimentada*. A grande maioria das rodovias se encaixa nesta. - *secondary (rodovia)* *mesmo formato físico de primary*, porém como via alternativa a uma primary ou rodovias de acesso à cidades menores. - *tertiary (rodovia) **sem pavimentação, *ou pavimentada mas sendo via alternativa a uma secondary. Adicionar sempre surface=unpaved quando se tratar de estrada sem pavimentação. - *primary (urbano) *vias principais de trânsito rápido em metrópoles - *secondary (urbano) *vias coletoras de trânsito de primary - *tertiary (urbano) *vias de trânsito principal em bairros ligando a vias primárias ou secundárias, pode ser por exemplo as vias onde passam ônibus no bairro. Eu ainda acho que estradas de terra merecemos uma orientação mais precisa. Que tal algo assim: Estrada de terra (surface=unpaved) classificada como *tertiary, *deve ser de utilização constante, ser larga o suficiente para a passagem de dois veículos em grande parte de sua extensão, ter algum tipo de manutenção periódica. Algunas caraterísticas que podem determinar que a estrada deve ser classificada como tertiary: presença de pontos de ônibus, linhas de ônibus, todas as travessias de rios por pontes ou balsas, tráfego constante de veículos, se consta nos mapas do DNIT ou DER e pode ser atríbuído uma ref (exemplo BR-030 entre Itacaré e Maraú). Estradas de terra (surfave=unpaved) classficiada como *track, *de uso agrícola, ou predominantemente de uma faixa só, com travessias de rio sem pontos, e nenhuma das outras caraterísticas acima. Eu viajo bastante, principalmente em Minas Gerais e ocasionalmente por São Paulo, Bahia e Espírito Santo. Quando vou organizar meus roteiros só interessam na prática duas perguntas: a via é simples ou duplicada? É pavimentada ou de terra? Um excesso de hierarquias não ajuda em nada no planejamento de uma viagem. Na verdade isto deixa a gente até mais em dúvida. Não é à toa que o mapa rodoviário mais tradicional do Brasil, o guia 4 Rodas, só mostra essas informaçoes: preto quando é estrada de terra, vermelho quando é asfaltada, e amarelo com bordas vermelhas quando é duplicada. Realmente não precisa de mais nada. A classificação que proponho acima é orientada pelo ponto de vista de um usuário de mapas rodoviários, informações simples e claras. Se vejo uma estrada verde ou azul (mapnik) então eu sei que é duplicada. Se é vermelha, não é duplicada mas é pavimentada. Se é amarela então deve ser de terra. O que vocês acham? abraço a todos Gerald
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