A idéia seria continuar mapeando as construções e colocando o número
exato nelas? Se a numeração for duplicada não vejo problema em
considerar a interpolação como uma aproximação, inclusive seria até
interessante que os nros na interpolação não batessem com o nro da
construção para a busca não retornar 2 endereços repetidos. Tem a tag
addr:inclusion pra dizer que o nro é aproximado e não o real.
Eu tenho feito inspeções, e eu pego alguns números, na maioria eu tento
pegar as pontas dos quarteirões. Mas nem sempre, então eu escolhi o modo
mais fácil pra mim, eu ignoro os quarteirões, sendo o mais simples
conectar as pontas das ruas, e alguns números no meio caso a rua faça
alguma curva só para ficar mais bonito na renderização. E sempre coloco
o nro exato. Se tem um POI mapeado com o mesmo nro eu adiciono no POI tb.
Inclusive, eu acabei achando interessante conectar a rua inteira, tem
algumas que são quebradas em alguma parte e continuam depois, a linha da
interpolação me dá uma noção legal de continuidade do que deveria ser a
rua, por exemplo:
http://www.openstreetmap.org/?lat=-21.193062&lon=-47.801154&zoom=18&layers=M
O primeiro nro do quarteirão é 2210, mas se eu fosse guardar esse nro de
cabeça eu iria buscar por 2200 ou 2000 (eu faço muito isso), e se a
interpolação não estivesse conectada ela não retornaria nada. Com a
interpolação contínua uma localização aproximada de onde eu quero ir
deveria aparecer, mas pela minha experiência, nem sempre as
interpolações funcionam no site do openstreetmap, já aconteceu dele
ignorar o nro ou retornar em outra rua, e não entendi o pq na época...
Eu li em algum lugar que a interpolação é uma forma rápida para mapear
os nros, mas que a intenção ainda era colocar os nros exatos de cada
construção, então eu comecei a considerar as interpolações como algo
auxiliar/temporário. Mas como eu busco um tanto por nros redondos, não
gostaria de perder as aproximações...
Uma coisa que eu achei interessante em Porto Alegre, mas que não usei
ainda foi:
http://www.openstreetmap.org/?lat=-21.193062&lon=-47.801154&zoom=18&layers=M
A interpolação na rua General Câmara, entre a rua dos Andradas e Andrade
Neves, ela tem o nro exato mas termina conectada com a rua. Talvez o nó
da esquina poderia ter o nro intermediário...
Atenciosamente,
Roger.
--
Fernando Trebien escreveu:
Pessoal,
O Paulo Carvalho tem desenvolvido um conversor TrackSource > OSM e eu
estou prestes a importar a numeração das casas em Porto Alegre via
script. Eu queria opiniões sobre um detalhe de como fazer isso para
produzir um resultado com mais qualidade.
Já encontrei interpoladores no Rio e em Buenos Aires (mas não em
outras grandes cidades de outros países, onde quase tudo está mapeado
edifício por edifício). Em ambos, sempre há 1 linha para cada quadra,
com um número associado ao nó inicial e outro ao final. No Rio, o
número usado foi exatamente o da última casa naquela quadra, logo
antes do cruzamento. Isso deixa alguns números faltando na sequência;
se alguém pesquisar por um desses números, o sistema não retorna
absolutamente nada. Em Buenos Aires, parece que eles escolheram
números de uma forma tal que não fiquem "buracos" na numeração: se de
um lado o último número é o 20 (numeração par), do outro o primeiro
número é o 22 ou o 18, mas não se pula para o 24 ou para o 16 (ou
qualquer número mais distante), o que deixaria o número 22 ou o 18 de
fora dos resultados da busca.
Exemplo em Buenos Aires:
http://openstreetmap.org/?lat=-34.60868&lon=-58.37489&zoom=17&layers=M
Então, a questão: optamos pela exatidão absoluta e deixamos que o
usuário do mapa fique confuso de vez em quando (especialmente no caso
de novos endereços que ainda não foram mapeados), ou fazemos as
conversões fechando esses buracos? Por exemplo, se de um lado o número
é 20 e do outro é 40, aproximaríamos isso atribuindo um lado ao número
30 e o outro lado ao 32.
O fechamento seria feito somente quando a numeração dos dois lados é
próxima: se houver um salto muito grande, digamos, de mais de 100
(ex.: um lado é 80 e o outro é 190), os números originais seriam
usados.
A minha opinião é de que o fechamento seria interessante porque os
interpoladores são invariavelmente uma mera aproximação. Acho que a
exatidão absoluta faria mais sentido se todos os edifícios estivessem
mapeados individualmente, como é o caso de Berlim, Paris, Londres,
etc. Mas não sei se a minha opinião está de acordo com a opinião
geral, pesquisando não achei absolutamente nenhuma recomendação da
comunidade internacional para o uso dos interpoladores.
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