Em 27 de março de 2018 20:19, Nelson A. de Oliveira <nao...@gmail.com>
escreveu:

> Para este fim não dá para usar direction para highway=speed_camera ou
> similares.
>
> O direction indica apenas o lado que está apontando, mas não a direção
> a que se aplica.
> Por exemplo, pode ter câmera apontando para o sentido do fluxo
> (pegando o carro pela parte de trás) ou apontando contra o sentido do
> fluxo (pegando o carro pela frente).
>

Comentei sobre isso, direção da câmera, justamente para enfatizar que não
se trata da direção da câmera. Esta não ajuda nada nesse caso.

Aproveitando que o nome no iD não é câmera, mas 'sensor de velocidade',
aliás muito bem escolhido por quem o fez, creio que se pode falar da
direção dele assim como se fala da direção da respectiva placa de
sinalização, para onde ela está voltada.

A ideia/sugestão seria uma generalização, imaginar um guarda postado no
local do alerta (seja sensor de velocidade, lombada, parada obrigatória,
etc) e assim associarmos a direção do olhar do guarda com um hipotético
olhar da lombada, do sensor, etc. Dessa forma a direction seria útil na
extração da direção de atuação do alerta.

Inverter o direction da câmera para gerar um aviso seria incorreto,
> portanto.
>

Mas nos dois casos as directions mapeadas não são as das câmeras. São
direções até opostas às delas, compatíveis com a direção do deslocamento.
Dá para ver com street view. E não vejo sentido mesmo em mapear a direção
da câmera num nó da via que representaria o *sensor* (normalmente sob o
asfalto). Se você conferir, vai ver que a maioria dos sensores com
direction no Brasil não representam a direção da câmera, mas o sentido do
fluxo. O problema é que há dúvidas se deveriam representar sentido de fluxo
ou para onde "olham". Assim, dependendo do mapeador temos um caso ou outro.

Pessoalmente acho que deveriam sempre representar para onde olham quando o
valor for graus ou pontos cardeais, como vale em geral para direction (*The
key direction is used in a variety of situations to specify the direction
of a feature*). No caso de forward/backward já existe uma prática em
diversos países de que indicam a direção do fluxo afetado, como exemplo o
mapeamento de parada obrigatória. Interessante é que se você especificar
forward numa parada obrigatória em via de mão única (desnecessário mas não
errado conforme a prática) o viewfield do iD olha para trás, indicando para
onde o alerta "olha" (ou a placa respectiva), o contrário do sentido do
fluxo.


> Sem relação de enforcement não dá para representar a direção a que se
> aplica.
>

Concordo que a relação de enforcement é uma solução definitiva mas é mais
difícil de mapear. Há 600 sensores de velocidade em SP, apenas 19 deles com
relação de enforcement. No Brasil são cerca de 6772, apenas 311 como
enforcement. Minha sugestão foi primeiro para interpretar o mapeamento de
'sensor de velocidade' em nó de via como representando o sensor
propriamente dito e não a câmera. Em segundo, aproveitar essa forma mais
simples de mapear já largamente usada (apenas um nó na via) indicando
direção apenas quando necessária e com forward/backward conforme as mesmas
regras usadas para parada obrigatória em vários países.

Abraços,
-- Fidelis
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