Esse é um tema difícil né. Mas quando vou à algumas rodas de samba hoje também me sinto um pouco incomodada. É tanto modismo que até eu que sempre fui adepta do cabelo black, rasta e "cabelo de preto como veio ao mundo", me irritei com os homens negros todos usando black power. Isso é coisa nova sim. A mesma coisa com as guias, desde quando o mundo todo virou adepto do candomblé? Fica uma coisa chata e a roda da pedra do sal, tem dado muito desse tipo "programado para gostar de samba". Na última segunda-feira eu não aguentei ficar lá um minuto.
Vocês viram o filme Brasileirinho sobre o choro, lembram de uma roda que foi gravada em frente ao Real Gabinete Português de Leitura. Para mim a roda da pedra do sal, tá igual aquela roda. Muito falsa! Nada contra o modismo do samba. Até acho bom o samba cair no gosto da povo da zona sul. O que não pode é alterar tanto a forma que essas rodas e manifestações sempre aconteceram. É como dizia o sambista: Tá legal, eu aceito o argumento, mas não me altere o samba tanto assim. Beijos Carol Em 7 de fevereiro de 2011 18:13, Luiz Henrique V. Dunham < luizhenriquedun...@yahoo.com> escreveu: > Concordo com você, sou absolutamente contra! Mas qual o problema com a > forma que as pessoas se vestem? > > Luiz Henrique Dunham > 21 9995.5671 > http://coracaodepoeta.wordpress.com/ > http://flickr.com/photos/cooljohnny/ > http://twitter.com/cooljohnny/ > > > ------------------------------ > *From:* Lilian Sapucahy <sapuc...@domain.com.br> > *To:* Flávio Henrique Teixeira de Souza <f....@ig.com.br>; > tribuna@samba-choro.com.br > *Sent:* Mon, February 7, 2011 6:10:37 PM > *Subject:* [S-C] RES: Um triste registro. > > mas beber pode, né? > Aí eu queria que alguém me explicasse a diferença. > (Aaaaaantes que alguém diga que estou advogando em causa própria, ou alguma > coisa parecida, esclareço que não bebo, não fumo nenhum tipo de cigarro, não > uso nenhuma droga, etc, etc, etc...) > > ------------------------------ > *De:* tribuna-boun...@samba-choro.com.br [mailto: > tribuna-boun...@samba-choro.com.br] *Em nome de *Flávio Henrique Teixeira > de Souza > *Enviada em:* segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011 18:06 > *Para:* tribuna@samba-choro.com.br > *Assunto:* [S-C] Um triste registro. > > Prezados amigos da Tribuna, > > > > Quero deixar aqui um triste registro do que assisti na última sexta-feira ( > *04/02*) no samba da Pedra do Sal, lugar de samba legítimo e freqüentado > por amantes do samba como identidade nacional. Portanto, respeito ao samba e > ao local seriam obrigações a quem quer que lá esteja. > > > > Sou admirador e extremamente fiel ao resgate do samba como movimento > cultural e artístico, porém como hoje o samba alcançou o ambiente dos > “moderninhos”, algumas coisas deixaram de ser passadas aos que se fantasiam > de sambistas (que não conhecem nada além de Diogo Nogueira – que adoro! – e > Maria Rita), usando All Star e chapéu panamenho, bolsa hippie e sandálias de > couro... Mas que não sabem ao menos se comportar em uma roda de samba e > próximo a ela. > > > > O que eu e meu amigo Mauro Nazareth vimos foi uma turminha de “descolados”, > que bebiam sua cerveja e fumavam seus baseados tranqüilamente no meio de > todos como se isso fosse absolutamente normal e típico de roda de Samba (com > “S” maiúsculo mesmo!)... Fumavam como se fosse um simples Carlton, na frente > de todos, inclusive na frente de gente de cabeça branca que estava lá, > sambando, cantando velhos sambas e se divertindo. > > > > Não estou aqui levantando a bandeira antidrogas, ou coisa que o valha; > muito embora concorde que esse tipo de comportamento fomenta a violência que > assola nossa cidade e que está sendo combatida a exaustão pela sociedade. > Cada um fuma ou mete na narina o que bem entender, porém o local para tal > deve ser direcionado a isso... Sou de uma época em que respeito aos mais > velhos, as autoridades, as pessoas e a memória dos que já se foram; eram > aprendidas em casa e postas em prática quando assim se faziam necessárias... > Sempre se consumiu droga no Rio, nas boites, shows de rock e inclusive em > rodas de sambas, mas existia o respeito em chegar de “cabeça feita” no > samba, e não fazê-la ao vivo e a cores para quem quiser assistir. E pior! > Nesse episódio que narro, quem fumava normalmente o cigarro de maconha, não > parecia ser morador do Morro da Conceição, ou adjacências... E não eram! > Faziam parte daqueles que afirmam que curtem samba por que o samba está na > moda, porque o samba aparece na televisão e nas mídias em geral, porque o > samba é “cult”... Mas nunca se puseram a esmiuçar a trajetória do samba e > dos seus personagens notáveis... Nunca ouviram um samba de Cartola, nunca > ouviram o samba-lamento de Clementina de Jesus, entre outras coisas belas > que surgiram do samba... Não sabem nem que samba tem gênero e sub-gêneros.. > > > Esse tipo de “tribo” não precisa se fazer presente nas rodas, não > contribuem em nada, não aprendem nada também... O samba é pra todos, mas > certamente esse tipo de freqüentador, destoa da proposta apresentada pelo > samba da Pedra do sal e suas raízes históricas. > > Querem fumar? Que fumem! Querem cheirar? Que cheirem! Mas por favor, > respeitem o samba, o local e as pessoas... A sociedade e os verdadeiros > admiradores do samba agradecem. > > > > > > Flávio Goy. > > > > _______________________________________________ > Tribuna Livre, uma lista de discussão de Samba & Choro > Para cancelar: http://www.samba-choro.com.br/tribuna/cancela > Assine: http://www.samba-choro.com.br/tribuna/assina > Estatutos da Gafieira: http://www.samba-choro.com.br/tribuna/estatutos > > -- Beijos Carol.
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