Jeferson,

Permita-me comentar em cima da sua colocação:

Em 9 de agosto de 2011 16:42, Jeferson Rodrigues <jefero...@gmail.com>escreveu:

> Boa tarde Welington,
>
> Esse é o espírito! Vlw pela contribuição!
>

Inicialmente eu pensava assim, desde que atualizei o Ubuntu Netbook Remix no
meu netbook, em Outubro de 2010 (UNR-10.10).

6 meses mais tarde (11.04) o negócio piorou, o Unity até melhorou, mas
outras coisas (como a interface gráfica) ficaram mais engessadas, como por
exemplo, o próprio ambiente gráfico, que mesmo na versão Clássica ainda tem
algumas dependências do Compiz, efeitos visuais que não funcionam mais,
lockscreen que trava e etc.

Mesmo assim eu continuei com o espírito de "vou tentar me acostumar", mas 2
meses mais tarde eu resolvi largar o Unity e voltar ao Clássic Ubuntu.
Para a minha surpresa, parece que um peso saiu das minhas costas e a minha
produtividade voltou.

Veja que não é falta de costume, afinal eu já trabalho com o Unity no meu
net a 10 meses, desde a versão UNR-10.10.
Já fiz várias customizações através das administrações avançadas do Compiz,
mas ainda não cheguei a uma que me agradasse de verdade
E como eu disse antes, em casa eu até o aturo, mas no trabalho não dá.
Incomoda mesmo.

O problema que vi é que no Unity, para muitas coisas nós tentamos nos
acostumar, mas para várias delas, apesar de "aceitarmos", perdemos algo que
tínhamos nas versões anteriores.

Por exemplo, eu gosto muito de trabalhar com a barra inferior.
Pra mim ela é um screenshot do meu ambiente de trabalho, posso saber
exatamente quantos e quais programas estão abertos e em qual
sessão/aba/arquivo estão posicionados, etc.
Muita gente já disse, "Ah, basta você olhar a setinha do launcher e clicar
em cima", mas pra mim isso não é mesma coisa, não é tão confortável quanto a
barra inferior.
Até tentei adicionar uma barra manualmente, mas o Unity não permite esta
opção.

Gosto do Super-W. O problema é que eu sempre preciso dessa combinação de
teclas.
Com a barra inferior não, basta eu olhá-la.

Outra coisa que me incomoda é a quantidade de tweaks que temos que fazer.
Por exemplo, acho inadmissível os botões de programas residentes (skype,
emesene) sumirem da barra.
Beleza, sei que esse tipo de problema é de menos, já que ele tem solução,
mas que é um saco, ah isso é.

Gosto também da ideia do dash, o que eu não gostei mesmo foi a
obrigatoriedade dele.
Algumas vezes sinto falta do menu tradicional, daquele momento que você
pensa "Qual é o nome do daquele programa mesmo?"
Ou ainda você você pensa, "Será que eu tenho algum programa de FTP
instalado?"
Nesse momento, o menu tradicional me faz muita falta, porque o dash nessa
hora não é tão intuitivo.

Por isso, resolvi falar a minha opinião verdadeira.
Gosto muito do Ubuntu. Acho ele excepcional, algo que realmente revolucionou
a maneira de se trabalhar com Linux.
Mais do que isso, foi a distro que realmente fez do Linux uma opção real de
SO, inclusive para leigos.
Mas a verdade é que eles falharam em empurrar o Unity "goela abaixo", algo
que vai totalmente contra a filosofia livre, contra do direito de escolha,
contra tudo aquilo que sempre criticamos no Windows.

Resolvi ser verdadeiro, na esperança de que um dia a equipe da Canonical
volte a colocar o usuário final em primeiro lugar.

Vamos ser realistas: Um sistema que milhões de usuários altamente
experientes estão, 10 meses depois do seu lançamento oficial, "tentando se
acostumar", não podemos achar que melhorou.

Tudo bem, acredito que um dia o Unity realmente vai chegar em um nível de
maturidade bem legal, mas isso só vai acontecer se realmente falarmos o que
pensamos e se a equipe da Canonical estiver aberta a nos ouvir.

Enquanto estivermos omitindo as nossas insatisfações e dizendo que estamos
tentando nos acostumar, receio que o projeto não tome o rumo que desejamos,
principalmente com a posição que a Canonical tem tomado ultimamente, onde já
declararam que a versão 11.10 sequer terá o modo Clássico.

Espero ter ajudado,
[]s
Ronan
-- 
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