A respeito de [VotoEletronico] Re: Uma compilacao das fraudes.....,
em 16/10/2000, 23:14, Paulo Gustavo Sampaio Andrade escreveu:
>>o governo gastou milhões com essas eleições teletubbies. Ok. Mas gastou -
>>não há volta. Daí a organizar dois, três, quatro pleitos em intervalos de
>>semanas - ou seja, aumentar os gastos e fazê-los regulares?
PGSA> Esta proposta nao me agrada nem um pouco.
PGSA> Ja' tiveram esta ideia de agrupar as eleicoes estaduais e nacionais em um
PGSA> so' ano, que achei muito da boa.
PGSA> Alem disso, desagrupar as eleicoes proporcionais das majoritarias teria um
PGSA> efeito perturbador de um resultado sobre o da outra.
PGSA> Nao e' tao simples quanto parece. Creio que aumentar o numero de eleicoes
PGSA> para facilitar a vida do eleitor e' como pintar o boi de verde para acabar
PGSA> com o carrapato.
PGSA> Em tempo: tocaram no assunto de quem define quando sao as eleicoes.
PGSA> E' a Constituicao Federal.
PGSA> A data: primeiro turno no primeiro domingo de outubro;
PGSA> segundo turno no ultimo.
PGSA> Dependendo do ano, podemos ter 21 ou 28 dias entre o 1o e o 2o turno.
Pois eu sou contra, Paulo.
1. Agrupar todas as eleições teria um efeito desastroso. É
como se, de 4 em 4 anos, tivéssemos um outro país. Um
partido ganharia de cabo a rabo. O exemplo claro é agora:
embora o governo federal se reelegeu há dois anos, o
resultado atual mostra que os eleitores estão descontente. É
justamente por causa disso que os legisladores previram o
mandato de 8 anos para senadores, eleitos 2 num ano e o
terceiro 4 anos depois. Eu seria a favor de um mandato de 6
anos, com eleição de um senador a cada 2 anos.
2. As eleições em dois turnos são muito mais justas porque
permitem ver quem é que tem realmente a maioria. Veja o que
ocorreu há 2 anos em São Paulo: Maluf ganhou no primeiro
turno, mas Covas ganhou no segundo, mostrando que entre
todos os candidatos Maluf tinha mais votos, mas não
conseguia em hipótes nenhuma obter a maioria. Com a urna
eletrônica, acho até viável extendê-la a todas as cidades.
Só não gosto da idéia de que o 2º turno é "outra eleição".
Em muitos países, na França em particular, o segundo turno
se dá uma semana depois. E com a urna eletrônica isso é
possível. A idéia é que a escolha já foi feita antes (meu
candidato é X, mas se ele não ganhar, opto por Y), e não
requer nova campanha. A rigor, se não fosse pelo voto
secreto, o segundo turno deveria ser só para quem votou nos
candidatos derrotados. Já se sabe quem votou nos dois
primeiros. Só se quer saber em quem, desses dois, o resto do
eleitorado vota.
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Grande abraço,
Roger Chadel
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Qual é a garantia que o TSE dá à lisura da eleição? "La garantia soy yo".
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