Companheiros e Aristoteles,
Se me permitem, gostaria de parabenizar o Aristoteles por
colocar claramente, ainda que algumas outras facetas poderiam
ser adicionadas, a questao da falacia que eh a diminuicao de
votos brancos, nulos e abstencoes pelo fato de se usar a
tecnologia da urna eletronica.
TEnho a mesma concepcao (SEM JAMAIS QUERER AFIRMAR QUE ESTA
DIMINUICAO FOI PROVOCADA POR UM DESVIO INDUSTRIAL DE VOTOS!)
de que nenhuma tecnologia existe no mundo conseguiu a
"proeza", apregoada pelos apressados e mal fundamentados
que afirmam que "...os votos brancos e nulos diminuiram pelo
uso da tecnologia da urna eletronica...". Se avaliarmos e
analisarmos com rigor academico, profissional e tecnico TODAS
as outras experiencias neste sentido poderemos tracar os
parametros desejados sobre a influencia da mudanca tecnologica
nos resultados de melhoria da qualidade da entrada das
informacoes.
Me proponho, a partir da leitura do trabalho academico
supracitado (que nao conheco e nao disponho) e da assertiva
inicial do Aristoteles, a produzirmos um paper (acho que tambem
podemos e nao somente os PHds e PPhds!) que contraponha argumento
por argumento e tentemos a publicacao do mesmo para contrapor
as afirmacoes de que ateh as abstencoes diminuem com essa
tecnologia.
Saudacoes PeTistas,
Evandro Oliveira
BHZ - MG
At 06:58 07/05/2001 -0300, you wrote:
>On 7 May 01, at 4:28, caique.albuquerque wrote:
>
>No Brasil, diferentemente dos EUA, os dados demonstram que a
>votação eletrônica tem um percentual de votos válidos 20%
>maior do que a votação manual. Cito abaixo trecho do estudo de
>um Professor do IUPERJ(Instituto Universitário de Pesquisas do
>Rio de Janeiro)sobre taxa de votos nulos e brancos. O Professor
>é o Cientista Político Jairo Nicolau, que por sinal é Phd.
>
>Carlos Henrique,
>
>
>Como você citou muito pesquisas acadêmicas, e conheço bem
>os atores desta área, e trabalhei mais de 20 anos neste cenário,
>conheço alguns Phds e muitos phds (minúsculos), vou dizer-lhe o
>que penso sobre a conclusão do Jairo Nicolau. Posto que pela
>segurança que emitiu este percentual, “aumento de 20% dos
>votos válidos “(sic), estou inclinado a ver o trabalho que este
>senhor produziu é mais um dos tantos que nada mais são senão
>uma amostra do academicismo que grassa na ceara das
>conclusões malformadas.
>
>Não sei se o Nicolau é realmente um proficiente em estatística,
>ou é um daqueles analistas que se utilizam de pacotes (software)
>de análise e saem por aí soando dós-de-peito, escudando-se
>em títulos para se nos parecerem arautos das verdades.
>Suponho que ele não é um proficiente neste mister. Penso assim
>por perceber que, se fosse, não colocaria seu nome e título
>como aval de uma conclusão desta natureza. Este número é uma
>demonstração de inocência estatística !!!!
>
>O quê certamente fez Nicolau ? Comparou dados emitidos nas
>eleições passadas com a última. Achou um percentual. Mais
>nada !!! Disto passou a alardear uma melhora. Nicolau foi bobo.
>
>E sabe, o porquê ? Pelo fato de dispor de dados incompletos.
>Quem sabe realmente estatística, diria que ele usou um indício
>do universo como dado. Lamentavelmente, Carlos, indício não é
>dado estatístico. Ele só é útil no fim de tudo: para verificar se a
>análise estatística tende ao indício. Ou seja, o indício permite,
>NO FIM DA ANÁLISE, que se estime o desvio de um resultado
>estatístico cujas informações são difusas. Enfim, Nicolau disse
>besteira.
>
>Carlos, Nicolau teria que ter analisado vários aspectos: erros de
>digitação, erros de leitura, a capacidade de discernimento do
>eleitor médio (pense numa coisa difícil), a preferência anterior de
>uma amostra representativa de eleitores (algo um tanto proibido),
>e as possibilidades de erro da máquina (o TSE diz que é zero).
>
>Cada dado destes, depois, permitiria ao pesquisador fazer várias
>simulações matemáticas que o permitiria estimar as margens de
>erros e acertos. Isto tudo colimado indicaria um desvio estimado,
>o qual, confrontado com o indício, permitiria emitir uma
>percentual imaginário deste aumento.
>
>Carlos. Tem muita gente sentando em títulos para falar besteira.
>Os dados que Nicolau precisava ele não teve. Por isto garanto-
>lhe que ele vomitou este número. Não só ele: o TSE também.
>
>Conte também com a possibilidade de as máquinas terem sido
>viciadas: para converter, por exemplo, votos nulos em votos
>válidos. Conversando com pessoas percebo que o número de
>pessoas tendentes a votar nulo aumentou. Mas as urnas não
>mostraram isto.
>
>
>Um abraço,
>
>
>Aristóteles
>
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