Pelo que diz a assessoria de imprensa do TSE, a agência Estado e a Folha
de São Paulo - que divulgaram com destaque a notícia de que Jobim
anunciara a impressão do voto em 2002 - andaram vendo fantasma. Neste
release não há uma única linha que seja sobre o assunto impressão do
voto.


http://www1.tse.gov.br/cgi-bin/netbrs.cgi?s1=(20010400<@dthr)&s3=SIM&s4=SIM&d=NOTI&SECT1=NOTI2&l=1000&p=1&u=http://www.tse.gov.br&f=G&r=69
Title: Notícias do TSE


NELSON JOBIM FALA SOBRE ELEIÇÕES E URNA ELETRÔNICA NA REUNIÃO MENSAL DO CONSELHO FEDERAL DA OAB

Brasília, 06/08/2001 - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Nelson Jobim, participou hoje, pela manhã, da reunião mensal do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Na oportunidade, a convite do presidente da entidade, Rubens Aprobatto, o ministro Nelson Jobim fez palestra sobre as eleições de 2002 e a utilização da urna eletrônica. Ele esclareceu dúvidas de representantes da OAB em vários estados brasileiros, mostrou a urna eletrônica aos conselheiros e almoçou com os integrantes do Conselho Federal da Ordem.

Em sua exposição, que durou mais de uma hora, o ministro Nelson Jobim também apresentou os números das próximas eleições. Segundo ele, no dia 6 de outubro do próximo ano, por exemplo, votarão 114 milhões de eleitores, o que corresponde a 67% da população. Em todo o País serão utilizadas em 404 mil urnas eletrônicas. Cada eleitor votará seis vezes (deputado estadual, deputado federal, dois senadores, governador e presidente da República). No geral, o eleitor manipulará 35 algarismos para votar em todos os candidatos. A expectativa dos técnicos do TSE é de que cada eleitor levará cerca de 1 minuto e 15 segundos para concluir toda a operação.

Faltando pouco mais de um ano para as eleições, o presidente do TSE revelou que alguns problemas ainda precisam ser resolvidos pela Justiça Eleitoral e pelo Congresso Nacional. Em quem o eleitor vai votar primeiro? Nos candidatos proporcionais ou nos majoritários? Para se evitar fraudes nas seções de votação, o eleitor será obrigado a apresentar o título de eleitor antes de votar? Como saber se o voto votado pelo cidadão é o voto apurado? O ministro Nelson Jobim informou ainda que o TSE pensa em aumentar o tamanho da cabine de votação. Segundo ele, o objetivo é que o eleitor tenha mais tranquilidade e segurança na hora de exercer seu direito de cidadão. Para o ministro, a cabine utilizada nas eleições passadas não deixa o eleitor à vontade, já que ele é pressionado pelos membros da mesa e por aqueles que aguardam sua vez na fila de votação. "A idéia é que tenhamos uma cabine onde o eleitor, com calma, possa digitar os números corretos de seus candidatos", afirmou Nelson Jobim.

Para o presidente do TSE, nas últimas eleições com a urna eletrônica foram registrados grandes índices de votos em branco e nulo. No entender do ministro, o eleitor, nervoso e, às vezes, pressionado a votar rápido, anula ou vota em branco. "Com a instalação de cabines indevassáveis, o eleitor poderá votar, utilizando, sem constrangimento, a relação escrita dos votos, ou seja, a popular "cola". O próprio ministro revelou que utilizou a "cola" para votar no seu candidato a prefeito nas últimas eleições, em Santa Maria, Rio Grande do Sul.

Outra questão apresentada aos conselheiros da OAB diz respeito à situação das seções com mais de 500 eleitores. O ministro Nelson Jobim disse que o TSE pensa em, eventualmente, aumentar o término da votação das 17 horas para as 19 horas, de modo a garantir que os eleitores dessas seções possam votar. Uma outra saída seria a colocação de um terminal secundário nessas seções, de maneira que dois eleitores possam votar ao mesmo tempo.

O presidente do TSE também informou aos integrantes do Conselho Federal da OAB que está sugerindo ao Congresso Nacional um alteração na Legislação Eleitoral, notadamente no artigo 41/A, que trata do modelo de captação do sufrágio. Salientou que, no projeto original, apresentado pela OAB e pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), a captação do sufrágio se dá do registro da candidatura até o término da eleição. "Só que na primeira aplicação juriscidiconal do projeto, encontramos um problema", afirmou o ministro.

"Entre a escolha do candidato na convenção e o depósito do pedido do registro, são transcorridos 40 dias. Durante esses 40 dias, a captação é legítima. Estamos sugerindo que o período inicial da captação do sufrágio ocorra a partir do dia da escolha do candidato na convenção", observou o ministro.

Durante a palestra, Nelson Jobim defendeu a criação de uma Comissão de Acompanhamento Eleitoral por integrantes do Congresso Nacional, que, conforme explicou, serviria de interlocutor com o Tribunal Superior Eleitoral na elaboração de atos que disciplinem o processo eleitoral. O ministro também falou sobre coligações e fidelidade partidária.


Reply via email to