Oi amigo.
Esse texto é o Editorail da Folha de SP de hoje,
não é meu.
E eu não sou argentino !!
Grato por manter a educação na lista
!!
Alejandro Carriles
OAB/RJ 123369
----- Original Message -----
Sent: Monday, August 09, 2004 7:00
PM
Subject: [VotoEletronico] Re: A imprensa
do projeto petista de poder - Editorial
Quem ainda gosta do Arminio Fraga que naufragou o pais,
o amigo da Onca veio imposto pelos bancos, que vem mandando no pais, e ai
ficamos nesta nossa tendencia ridicula de procurar chifre em cabeca de cavalo.
E nao ve o rasgo nas partes mais importantes.
Eu nao concordo com a critica ao governo como feita e
venho aqui defender o governo, o nome do cara da critica parece ser de
argentino. Lula voce ainda tem nosso apoio velado, a chegada do Airbus 3xx
este mes sera uma lastima, estas atitutes ou GABOLICES como esta lei sao coisa
seria, mas no geral esta sustentavel. O PSDB que espere a proxima eleicao,
esta agindo pior que o PT.
FHC se perdeu, espero que ele saiba disto, ele se perdeu
no jogo e vacilou, quem nao se lembra do dolar a 4 reais. O Aecio se
perdeu em Minas, a salvacao do PSDB e o governador Alkmin. Mesmo assim na
outra eleicao presidencial. Relembro minha ideia de uma maior participacao
popular, mais frequente, ai os senhores poderiam avaliar um governo. A urna e
um instrumento de facilitar a participacao popular. Em 20 anos muito pode
mudar.
Roberto
----- Original Message -----
Sent: Monday, August 09, 2004 8:42
AM
Subject: [VotoEletronico] A imprensa do
projeto petista de poder - Editorial
Data: 09/08/2004 |
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A imprensa do projeto petista de
poder - Editorial |
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Depois de ter ameaçado revogar o visto
de um jornalista norte-americano só porque publicou no New York Times
uma reportagem desfavorável ao presidente Lula, o governo petista
voltou a reagir de forma antidemocrática ao que classifica como
"futricas" da imprensa, ou seja, as denúncias contra membros do
governo, como José Dirceu no caso Waldomiro e, agora, Henrique
Meirelles. Desta vez, a pretexto de "zelar pela fiel observância dos
princípios da ética", propõe a criação de um Conselho Federal de
Jornalismo (CFJ), atribuindo-lhe a prerrogativa de "orientar,
disciplinar e fiscalizar" o exercício da profissão de jornalista e a
atividade jornalística no País.
Elaborado com discrição pelo
Ministério do Trabalho e pela Casa Civil, o que já é uma atitude
suspeita, dada a importância dessa matéria para a plenitude do regime
democrático, o projeto enviado ao Congresso é marcado pelo seu viés
centralizador e burocratizante. Entre as competências que esse
Conselho terá, todas apresentadas de modo preocupantemente vago, uma é
"definir as condições para a inscrição, cancelamento e suspensão da
inscrição dos jornalistas, bem como revisão dos registros existentes"
e "deliberar" sobre os pedidos apresentados pelos jornalistas (art.
2.º, inciso XVI e art. 3.º, inciso 7). Na prática, isso significa que
o CFJ definirá quem estará habilitado a exercer a profissão.
Outras competências são as de editar um "Código de Ética",
estabelecer procedimentos disciplinares e "supervisionar a
fiscalização" da atividade jornalística (art. 2.º, incisos III, IV e
V), podendo punir as condutas que julgar inadequadas com sanções que
vão de uma simples advertência à "censura" e até à cassação do
registro profissional (art. 7.º). E, como o Conselho também terá a
incumbência de emitir a carteira de trabalho para quem quiser atuar
nos meios de comunicação, na prática ele poderá deter o controle
absoluto de uma atividade em cuja essência estão as liberdades de
expressão e de informação asseguradas pela Constituição no capítulo
relativo aos direitos fundamentais.
É justamente esse o maior
perigo do projeto. Só a ditadura militar ousou tanto na tentativa de
intimidar jornalistas e calar a imprensa. A diferença está na forma
utilizada. Enquanto os generais recorriam à truculência, o governo do
PT optou pela sutileza retórica, valendo-se de um projeto que confunde
deliberadamente a auto-regulação de profissionais liberais, da qual a
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) é o exemplo mais conhecido, com a
tutela de profissionais assalariados.
Além disso, ao recorrer
a um sem-número de lugares-comuns, abusando do conceito de ética sem
em momento algum defini-lo, o projeto dá ao CFJ o poder de fazer o que
quiser, em nome da "valorização" do jornalismo. A própria exposição de
motivos assinada pelo ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini,
evidencia esse risco. "A sociedade tem o direito à informação prestada
com qualidade, correção e precisão, baseada em apuração ética dos
fatos", diz o texto.
Diante de tanta vagueza, como classificar
as reportagens sobre os achaques do ex-braço direito do ministro José
Dirceu, Waldomiro Diniz, e sobre os expedientes aos quais o sr.
Delúbio Soares recorre para reforçar o caixa do PT? Na lógica
moralista e punitiva dessa exposição de motivos, esse noticiário seria
"ético" ou "antiético"?
Ainda em matéria de ética, o projeto
também peca por carecer daquilo que quer cobrar da imprensa livre. Em
princípio, o CNJ seria um órgão representativo dos jornalistas e por
eles dirigido. Mas, enquanto jornais, revistas, rádios e tevês
privadas vêm diminuindo o tamanho de suas redações, por razões de
sobrevivência econômica, o governo reinaugurou a Rádio Nacional e vem
ampliando o quadro da Radiobrás e planejando uma TV Pública
internacional. Em que medida essas duas situações opostas não podem
desequilibrar a representatividade do tal Conselho? Até que ponto um
órgão dominado por jornalistas do setor público e a serviço de um
partido político não teria, na atribuição de "disciplinar" o
jornalismo, pretexto para interferir nas empresas privadas de
comunicação?
Por tudo isso, e mais a ominosa "coincidência" de
ter sido divulgado no mesmo dia em que veio à luz o projeto do
Audiovisual, o melhor a se fazer com esse projeto do governo, de viés
stalinista, com seus jornais sem redações e sua imprensa alimentada
pelas sinopses aprovadas pelos ditadores de plantão, é jogá-lo no
lixo, impedindo assim mais um perigoso avanço do Projeto de Poder do
PT.
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Fonte: O Estado de S.
Paulo |
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