Carriles, estive esta semana na Paraíba participando do XXXI Congresso da Federação Nacional dos JOrnalistas, controlada pela articulação do PT, onde o grande prato do dia foi exatamente esse projeto de lei assinado pelo Lula e enviado ao Congresso. Quem defende esse conselho é a turma da Articulação, que manda e desmanda na Fenaj, por ter o controle, há mais de 10 anos, da maioria dos sindicatos dos jornalistas do país. Infelizmente, quase todos inoperantes.

Esse conselho é uma panacéia, no meu entender. Os jornalistas, de maneira geral, especialmente os mais novos, tem ojeriza a Sindicato. Porque os seus patrões detestam sindicatos. E em vez de sustentar o fogo nesse campo, cobrando direitos trabalhistas minimos que são descaradamente desrespeitados pelos patroes, o pessoal da Fenaj e da artiuclação prefere sair para o tal "Conselho".

Não tem nenhuma chance de passar no congresso que é controlado, como todos nos sabemos, pelo que há de mais atrasado na política. Mas com um detalhe fundamental: os politicos sem vergonha que dominam as votações no congresso são exatamente os grandes controladores de jornais, radios e teves. Não há um único politico (tipo Sarney, ACM, Jader Barbalho, etc. etc) que não controle em seu estado jornais, radios e teves.

Enfim, um beco. A unica saida, na opinião da jornalistada mais combativa, é trabalhar a união da categoria para enfrentar o discurso unico da mídia que transforma um direito da população consignado na Declaração Univesal dos Direitos do Homem, o direito a informação, em simples mercadoria a ser mercadejada no balcão. Uma vergonha.

É por isso que dou integral razão a Maria Augsuta Tibiriça, presidente do Modecon (fundado pelo Dr. Barbosa Lima): "a dominação de um povo começa pelo controle da sua mídia".

Está aí a Venezuela que não me deixa mentir.

Alejandro Carriles escreveu:
Boa tarde,
Eu fico imaginando, a imprensa, cooptada como está, sem o citado "Conselho Federal" , que dirá após sua criação.
Se já não se fala no problema das urnas agora, imaginem os colegas quando submetidos os jornalistas a este órgão "regulamentador".
Com a palvra os jornalistas da lista .
Alejandro


    ----- Original Message -----
    From: Fernando Villela Andrade
    <mailto:[EMAIL PROTECTED]>
    To: [EMAIL PROTECTED]
    <mailto:[EMAIL PROTECTED]>
    Sent: Monday, August 09, 2004 4:27 PM
    Subject: [VotoEletronico] Re: A imprensa do projeto petista de poder
    - Editorial

    O remetente dessa mensagem está em condições de estabelecer relação
    entre o conteúdo desta mensagem e o assunto desta lista ?

    Alejandro Carriles <[EMAIL PROTECTED]
    <mailto:[EMAIL PROTECTED]>> wrote:

Data: 09/08/2004

        A imprensa do projeto petista de poder - Editorial
        Depois de ter ameaçado revogar o visto de um jornalista
        norte-americano só porque publicou no New York Times uma
        reportagem desfavorável ao presidente Lula, o governo petista
        voltou a reagir de forma antidemocrática ao que classifica como
        "futricas" da imprensa, ou seja, as denúncias contra membros do
        governo, como José Dirceu no caso Waldomiro e, agora, Henrique
        Meirelles. Desta vez, a pretexto de "zelar pela fiel observância
        dos princípios da ética", propõe a criação de um Conselho
        Federal de Jornalismo (CFJ), atribuindo-lhe a prerrogativa de
        "orientar, disciplinar e fiscalizar" o exercício da profissão de
        jornalista e a atividade jornalística no País.

        Elaborado com discrição pelo Ministério do Trabalho e pela Casa
        Civil, o que já é uma atitude suspeita, dada a importância dessa
        matéria para a plenitude do regime democrático, o projeto
        enviado ao Congresso é marcado pelo seu viés centralizador e
        burocratizante. Entre as competências que esse Conselho terá,
        todas apresentadas de modo preocupantemente vago, uma é "definir
        as condições para a inscrição, cancelamento e suspensão da
        inscrição dos jornalistas, bem como revisão dos registros
        existentes" e "deliberar" sobre os pedidos apresentados pelos
        jornalistas (art. 2.º, inciso XVI e art. 3.º, inciso 7). Na
        prática, isso significa que o CFJ definirá quem estará
        habilitado a exercer a profissão.

        Outras competências são as de editar um "Código de Ética",
        estabelecer procedimentos disciplinares e "supervisionar a
        fiscalização" da atividade jornalística (art. 2.º, incisos III,
        IV e V), podendo punir as condutas que julgar inadequadas com
        sanções que vão de uma simples advertência à "censura" e até à
        cassação do registro profissional (art. 7.º). E, como o Conselho
        também terá a incumbência de emitir a carteira de trabalho para
        quem quiser atuar nos meios de comunicação, na prática ele
        poderá deter o controle absoluto de uma atividade em cuja
        essência estão as liberdades de expressão e de informação
        asseguradas pela Constituição no capítulo relativo aos direitos
        fundamentais.

        É justamente esse o maior perigo do projeto. Só a ditadura
        militar ousou tanto na tentativa de intimidar jornalistas e
        calar a imprensa. A diferença está na forma utilizada. Enquanto
        os generais recorriam à truculência, o governo do PT optou pela
        sutileza retórica, valendo-se de um projeto que confunde
        deliberadamente a auto-regulação de profissionais liberais, da
        qual a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) é o exemplo mais
        conhecido, com a tutela de profissionais assalariados.

        Além disso, ao recorrer a um sem-número de lugares-comuns,
        abusando do conceito de ética sem em momento algum defini-lo, o
        projeto dá ao CFJ o poder de fazer o que quiser, em nome da
        "valorização" do jornalismo. A própria exposição de motivos
        assinada pelo ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, evidencia
        esse risco. "A sociedade tem o direito à informação prestada com
        qualidade, correção e precisão, baseada em apuração ética dos
        fatos", diz o texto.

        Diante de tanta vagueza, como classificar as reportagens sobre
        os achaques do ex-braço direito do ministro José Dirceu,
        Waldomiro Diniz, e sobre os expedientes aos quais o sr. Delúbio
        Soares recorre para reforçar o caixa do PT? Na lógica moralista
        e punitiva dessa exposição de motivos, esse noticiário seria
        "ético" ou "antiético"?

        Ainda em matéria de ética, o projeto também peca por carecer
        daquilo que quer cobrar da imprensa livre. Em princípio, o CNJ
        seria um órgão representativo dos jornalistas e por eles
        dirigido. Mas, enquanto jornais, revistas, rádios e tevês
        privadas vêm diminuindo o tamanho de suas redações, por razões
        de sobrevivência econômica, o governo reinaugurou a Rádio
        Nacional e vem ampliando o quadro da Radiobrás e planejando uma
        TV Pública internacional. Em que medida essas duas situações
        opostas não podem desequilibrar a representatividade do tal
        Conselho? Até que ponto um órgão dominado por jornalistas do
        setor público e a serviço de um partido político não teria, na
        atribuição de "disciplinar" o jornalismo, pretexto para
        interferir nas empresas privadas de comunicação?

        Por tudo isso, e mais a ominosa "coincidência" de ter sido
        divulgado no mesmo dia em que veio à luz o projeto do
        Audiovisual, o melhor a se fazer com esse projeto do governo, de
        viés stalinista, com seus jornais sem redações e sua imprensa
        alimentada pelas sinopses aprovadas pelos ditadores de plantão,
        é jogá-lo no lixo, impedindo assim mais um perigoso avanço do
        Projeto de Poder do PT.
        Fonte: O Estado de S. Paulo



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