Igualmente à outras opiniões colocadas aqui, essa é a que mais concordo Giancarlo.
Não sou formado. Concluí apenas o segundo grau em processamento de dados, iniciei a faculdade na mesma instituição mas com poucos meses deixei de frequentar, na época por não compreender bem o que eu estava fazendo alí e o que eu podería obter como resultado além de um diploma. Na minha forma de compreender o que aconteceu comigo particularmente, creio que 2 fatores principais influenciaram: - Como antes de iniciar o curso de PD eu já programava (Basic, Pascal, Cobol), tecnicamente na época estive muito à frente dos demais colegas de sala durante os 3 anos de curso. No segundo ano, à pedido de alunos/colegas, eu muitas vezes substituía professores e fui contratado inclusive para gerenciar 2 laboratórios da instituição. A influência deste fator foi que antes de finalizar o curso, já era contratado por uma multinacional. Este fator influenciou o próximo. - Quando iniciei a faculdade, ví a programação do curso de análise de sistemas e conhecendo os professores há alguns anos, INFELIZMENTE criei um foco maior para resultados práticos. Ou seja, naquela altura eu já desenvolvia com qualidade e o terceiro ano não me adicionou nada em termos técnicos, já que o foco era o mesmo Clipper introduzido no segundo ano. Acho que só terminei o terceiro ano, porque como gerente do laboratório tive acesso ao conteúdo de outros cursos e conheci outras linguagens como C, Assembler e um certo aprofundamento em Pascal pois o professor era um grande funcionário da Unisys, além de redes onde acabei me qualificando com CNA e CNE Novell. Daí por diante não parei mais, passei por algumas multinacionais, e quando saí da última passei a atuar como consultor/desenvolvedor independente (ou freela). Sempre bem autodidata. As duas únicas vezes que fiz cursos (Flash e Java) foi para cumprir com uma exigência contratual. Mas o que tenho pra dizer PRINCIPALMENTE é: NUNCA precisei necessariamente do Diploma universitário. Porém perdi 2 grandes oportunidades em outras 2 grandes multinacionais pela falta dele, mesmo tendo excelentes recomendações para os cargos e a devida qualificação técnica. Era uma questão de regra interna. Tudo isso de forma alguma quer dizer, embora esse seja um pensamento semi-novo da minha parte, que o conteúdo acadêmico não é importante. SEMPRE, a parte mais difícil do meu trabalho e atitude auto-didata, foi justamente em relação aos conhecimentos obtidos no ambiente acadêmico (conceituais) que sem dúvida nenhuma melhora a qualificação dos conhecimentos técnicos exponencialmente. Não dá para aprender o conteúdo acadêmico sem a academia? Dá sim! E em termos de qualidade pode ser até melhor! Porém, leva muito mais tempo e é fácil de se perder em detalhes e pode ser difícil de encontrar o direcionamento correto. O ambiente acadêmico tem o direcionamento pré-planejado, e os resultados são obtidos muito mais rápido através de sugestão de aplicação dos conhecimentos. E o que diferencia um do outro é justamente o detalhe e aprofundamento particular. Acho que o projeto tem falhas, mas é um início. Concordo com a metodologia da OAB, mas penso muito em como procede o CRECI (é essa a instituição dos corretores não é? é essa a qual quero me referir) pois há cursos qualificatórios à provas credenciadoras. Acredito em um meio termo entre ambos, se é que isso é possível. Mas enfim, não acho que podemos menosprezar o conteúdo acadêmico generalizando-o, nem a capacidade individual. O correto mesmo é ter a ciência que o melhor de ambos, produz o melhor resultado. Vicente Junior Web Developer http://teclandoalto.blogspot.com Em 28/03/08, Giancarlo - Unimed <[EMAIL PROTECTED]> escreveu: > > > Por mais que o auto-didatismo seja importante (é a base de qualquer bom > profissional da nossa área) acho que a formação superior é indispensável > (e > olha que eu ainda não sou formado). > > Não podemos generalizar a qualidade das universidades brasileiras e nem a > competência dos professores. No meu caso, tive alguns lecionadores > mestrados > que não sabiam porque o micro não dava o boot quando tinha um disquete no > drive, mas em compensação tive outros que me mostraram coisas muito legais > e > despertaram o meu interesse. > > Por isso citei anteriormente as grandes software houses brasileiras. Elas > são detentoras de grandes reponsabilidades e sabem da criticidade dos > sistemas que desenvolvem. Dificilmente contratam profissionais não > formados > para atuarem no desenvolvimento. É uma maneira de garantir que o > profissional obrigatoriamente passou pela exploração das bases da > informática (algoritmos, estrutura de dados, analise de sistemas, algebra, > bancos de dados, redes, desenvolvimento comercial, desenvolvimento web, > computação gráfica, etc...). Em outras palavras, grandes empresas não > podem > confiar apenas no "fio do bigode", e assumem o risco de perder bons > analistas, programadores, testers que não puderam concluir o 3º grau. > Existem muitos formados que mal sabem ligar o micro, e existem muitos > não-formados que aprenderam na prática e dão show! Os do primeiro grupo, > geralmente não gostam da área e fazem faculdade apenas por fazer > (geralmente > são empurrados por professores ruins e vão na carona dos colegas que > estudam). > > Por isso tudo, acho que a formação é muito importante. Na prática, pode > não > significar muito, mas na teoria ela levanta a bola e o aluno faz o gol. > > É apenas a minha opinião! > ;-) > > -- > Gian > http://www.blogdoblefe.php0h.com > --~--~---------~--~----~------------~-------~--~----~ Você recebeu esta mensagem porque está inscrito na lista "flexdev" Para enviar uma mensagem, envie um e-mail para flexdev@googlegroups.com Para sair da lista, envie um email em branco para [EMAIL PROTECTED] Mais opções estão disponíveis em http://groups.google.com/group/flexdev -~----------~----~----~----~------~----~------~--~---