Bom, então eu vou colocar a questão do modo como eu vejo: 1. Sou professora universitária: dou aula num curso de design e num de jogos. É verdade que não damos foco, na universidade, para design de aplicações. A justificativa é simples: tem "design de um monte de coisas"; não dá pro aluno passar por todas as experiências possíveis. Então a gente trabalha com web - que é onde os designers ganham mais, pois é o que tem mais trabalho. Esta "tendência" para o photoshop e o 3d que o Beck comentou, se deve ao que eles aprendem a fazer no curso: desenho, assinatura visual (logomarca), produto, ponto de venda, jornais e revistas e as danadas das "páginas". Se vocês pensarem bem, isso acontece com os programadores também... Quantos caras daqui já me procuraram para códigos com interação mais complicada e eu falei "usa isso e isso e a biblioteca tal e tal" e os caras nem me escrevem mais? Sai do DataGrid e a gurizada fica perdida... O que quero dizer é que vejo que há resistência quando a gente precisa aprender algo novo para ganhar uma habilidade nova, em qualquer profissão (por isso tenho medo de médicos e de mecânicos, hahaha). A gente tenta usar o que já sabe antes de ter esse trabalhão. Agora eu acho mesmo que isso é uma vantagem competitiva. Imagina a vantagem que o primeiro cara que fizer isso vai ter! Ele vai abrir um mercado, vai fazer nome e ganhar uma grana! Pensa no nosso mundinho de AS3. Como é que vocês acham que os caras que hoje são os dinossauros começaram? Com portal e colunas sobre Flash... A moral é que tem um espaço vago para os designers, e eles não estão ocupando... 2. Sobre usabilidade, estética e bibibi: acho que há casos - talvez não em apps - que a estética é sim fator dominante. E há casos em que a usabilidade não precisa ser colocada em primeiro lugar. Usabilidade custa caro. Me dêem licença para usar maiúsculas: USABILIDADE CUSTA CARO! Eu tenho um exemplo no meu blog: fiz (de invocada mesmo), um app para escolher carros (flex: http://www.gabriela.trindade.nom.br/arquivos/car/car.html e air: http://www.gabriela.trindade.nom.br/?p=264 e o rationale do esquema: http://www.gabriela.trindade.nom.br/?p=227). Olha só aquilo: não tem um CSS. Não tem fundinho com stripes nem brilhos nem effects. Tem uma idéia de design de interação: as característica mais importantes são arrastadas para um Canvas e a posição (y) delas definem qual o carro que tem a melhor relação. Agora olha o código e pensa: se ela tivesse feito isso com um DataGrid... Gente, é caro e é mais difícil programar. Agora me digam, com sinceridade: a equipe de vocês consegue implementar o que um designer imaginar? Além da purpurina?
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