Boutade. Prefiro Proust, com o que ele diz sobre Charlus no jantar dos 
Verdurin. 

Sent from my iPhone

On 17/09/2011, at 15:30, Decio Krause <deciokra...@gmail.com> wrote:

> Argumentum ad amicis?
> Legal!!
> ________________________________
> Decio Krause
> Departamento de Filosofia
> Universidade Federal de Santa Catarina
> 88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
> deciokrause[at]gmail.com
> www.cfh.ufsc.br/~dkrause
> ________________________________
> "He [God] will never choose among indiscernibles"
> (G.W.Leibniz)
> 
> 
> 
> 
> 
> 
> Em 17/09/2011, às 13:57, Julio Fontana escreveu:
> 
>> Prezados colegas de lista,
>> 
>> O assunto é demasiado complexo e não posso examinar todos os pontos que 
>> foram levantados aqui.
>> Irei responder principalmente ao Francisco Doria.
>> O senhor afirmou que Popper não o convence quanto a psicanálise se comportar 
>> como uma pseudociência. Particularmente, acho que Popper está correto, porém 
>> não foi o primeiro a direcionar ataques contra a cientificidade da 
>> psicanálise e nem o crítico mais eficaz. John Horgan levantou em seu livro 
>> "The undiscovery mind" diversas das críticas contra a psicanálise, algumas 
>> melhores do que a de Popper. A crítica de Popper pode não ser a mais 
>> apropriada, mas o objetivo dele não era convencer ninguém.
>> Aceito que o senhor possua fé na psicanálise. Muitos compartilham da sua fé. 
>> Da mesma forma sou compassivo com aqueles que mantém uma crença em um Deus, 
>> deuses, ou nenhum deus. Não posso aceitar a sua afirmação de que a 
>> psicanálise é ciência. Também achar que Jung estava correto por ser 
>> colaborador de dois físicos importantes, é uma nova forma de falácia: 
>> argumentum ad amicis.
>> 
>> Tento agora responder alguns pontos levantados por outros.
>> 
>> Falsificabilidade ou refutabilidade.
>> 
>> Popper não é um falsificacionista ingênuo. Não há confronto entre 1 teoria e 
>> experiência. Há confronto de duas ou mais teorias rivais com a experiência. 
>> A experiência pode decidir provisoriamente entre teorias rivais qual é a 
>> melhor.
>> 
>> Certamente, a ciência não é formada somente por teorias falsificáveis. 
>> Existem programas de pesquisas metafísicos, concepções da natureza e outras 
>> coisas. Popper explicou todos esses pontos.
>> 
>> Alguém afirmou que nenhum físico se comporta como Popper os descreve. 
>> Acredito que a afirmação é ambiciosa demais. O físico de comporta conforme o 
>> estudo que está fazendo. Depende da situação, do objeto e de diversas outras 
>> coisas. O método que ele vai usar é bastante flexível. Algumas vezes na 
>> história encontramos exemplos de refutação de teorias, outras de 
>> confirmação, outras de adequação, outras de salvar os fenômenos, outras de 
>> intuição somente.
>> 
>> Sou popperiano, mas não acho que Popper explica tudo. Caso fosse assim, eu 
>> me dedicaria a outra área que não a filosofia da ciência. Mas não reconhecer 
>> importantes insights trazidos por Popper é brincadeira. O Doria chega a 
>> dizer que Jung explicou melhor a ciência do que Popper, Kuhn, Fraassen ou 
>> qualquer outro filósofo da ciência.
>> 
>> O critério de demarcação é importante pragmaticamente. Diversos filósofos da 
>> ciência, inclusive Lakatos, apontaram demasiadamente. Na filosofia é assim, 
>> compo Popper a descreveu, estamos sempre revolvendo os entulhos.
>> 
>> 
>> 
>> 
>> 
>> 
>> 
>> Julio Fontana
>> _______________________________________________
>> Logica-l mailing list
>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
> 
> _______________________________________________
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
_______________________________________________
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

Responder a