Ou, por exemplo, estudando um pouco de física antes de procurar fazer 
filosofia.   

Dou um exemplo de transposição que sempre me pareceu indevida: a partícula de 
Higgs é, a quatro dimensões, o par de Cooper em supercondutividade, este a 
três. Uma analogia tão arbitrária quanto as coisas de Derrida (de quem aliás 
não gosto nada). 

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On 06/12/2011, at 11:36, Joao Marcos <botoc...@gmail.com> wrote:

>> Eu cursava um mestrado interdisciplinar, numa universidade federal, onde a 
>> *professora*
>> (que era coordenadora do mestrado, e possuía dois pós-doutorados, diga-se de 
>> passagem)
>> afirmava com todas as letras que Lógica é coisa de medievalista, que a 
>> Ciência sempre foi
>> apenas um mito bem propagado (por isso as pessoas *acreditam* nas teorias 
>> científicas!)
>> e que as certezas da matemática não possuem mais exigências que, por 
>> exemplo, as
>> interpretações de um Deleuze sobre os rizomas da biologia (a famosa 
>> *desterritorialização* ou,
>> a meu ver, o greencard filosófico pra falar besteira - às vezes penso que 
>> Deleuze resolveu tirar
>> uma onda da academia pois sabia que o nível estava tão baixo que mesmo que 
>> ele só falasse
>> asneira todo mundo ia levar a sério; se foi o caso, nisso sim ele acertou em 
>> cheio! - )
>> Teve uma vez que eu até tentei alertar tal *professora* que, se quisesse 
>> falar que a
>> objetividade lógica e científica é mito, pelo menos
>>  não fazer isso enquanto liga o ar-condicionado e controla a temperatura da 
>> sala através
>> de um controle remoto de precisão digital, mas ela não entendeu...
> 
> Justo.  Talvez houvesse menos bobagem no mundo, contudo, se quem fala
> sobre ciências naturais (incluindo matemáticos, cientistas da
> computação, e principalmente filósofos da ciência) fosse obrigado
> primeiro a cumprir um certo de número de horas montando experimentos
> em laboratório.
> 
>> No entanto, tem outra questão interessante aqui. Já vi inúmeras vezes, e 
>> acredito que
>> todos aqui já viram isso, a própria Paraconsistência e outras Lógicas 
>> não-clássicas
>> sendo utilizada junto com a Física Quântica e a Relatividade justamente ao 
>> lado do
>> Desconstrucionismo, Pós-Estruturalismo e outras pluralidades esteticistas
> 
> Você pode mandar referências sobre estas coisas, para que eu entenda
> exatamente a que você se refere? (embora trabalhe há muitos anos sobre
> lógica paraconsistente e lógicas multivaloradas, confesso que
> desconheço completamente as publicações às quais você estaria se
> referindo)
> 
>> Mas até hoje não consigo compreender como as Lógicas ditas não-clássica
>> (principalmente as não bi-valentes) conseguem, se apertadas, escapar de tais
>> interpretações. Um *terceiro valor de verdade*, nem falso, nem verdadeiro, ou
>> tudo-junto-ao-mesmo-tempo, é tudo que a Desconstrução e a *crítica*
>> estético-literária precisa para invalidar qualquer coisa, porém agora com o 
>> aval
>> da Lógica, pois bastaria ajustar convenientemente seus próprios axiomas e 
>> regras
>> para se criar um sistema de Lógica Desconstrucionista perfeitamente válido
>> (obviamente, válido em tal sistema, como qualquer outro).
> 
> E o que seria esta "Lógica Desconstrucionista"?
> 
> 
> JM
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