Oi Julio. Pra mim o seu argumento não se altera, e permanece vazio: é claro que se mudamos o comportamento de um conectivo, o seu significado muda. Então, o seu argumento não traz nada de novo.
Ou seja, se o comportamento é não clássico, não é lógica clássica. E daí? O ponto é: v não aceita sistemas não clássico. Ponto. Eu, por mim, acho válido investigar diversos outros sistemas se soubermos o que estamos procurando. []s Marcelo On 10 April 2012 18:50, julio cesar <jcacusto...@yahoo.com.br> wrote: > Olá Marcelo, > > nesse ponto que você apontou, creio (1) não estar errado e, se estivesse, > (2) tal ponto não afetaria meu argumento. Veja a seguir: > > (1) veja minha sentença: *os sistemas que tratam de forma não-clássica a > contradição tem, BASICAMENTE, uma única abordagem: manipular o operador de > negação*. Esse *basicamente* foi posto intencionalmente pois tenho > conhecimento do fato de que é plenamente possível sistemas inconsistentes > onde o que se manipula não é operador de negação, mas o de conjunção. Creio > ser possível criar um sistema inconsistente inclusive mudando apenas nossos > conceitos ontológicos, mas isso fica pra outra hora. De qualquer forma, o > que eu quis dizer com aquela sentença foi apenas que a maioria dos sistemas > inconsistentes (ou talvez os mais importantes) procedem daquela maneira.. > estou errado nisso? > > (2) Mesmo se eu estivesse errado na sentença acima e ninguém nunca tivesse > realmente manipulado o operador de negação, mas apenas o de conjunção, meu > argumento seguiria firme, pois a questão é justamente essa: só é possível > asserir contradições ao se alterar os operadores ou conceitos clássicos, > porém, depois de tais alterações, precisaríamos de alguma garantia que > aquilo que sobrou sob a expressão (A^~A) é a mesma informação que a lógica > clássica queria impedir. Porém, se se altera a informação sob uma expressão > (ainda que se mantém inalterada a expressão), altera-se também as restrições > sobre a informação contida em tal expressão. > > abs > Júlio César A. Custódio > > > > ________________________________ > De: Marcelo Finger <mfin...@ime.usp.br> > Para: julio cesar <jcacusto...@yahoo.com.br> > Cc: "logica-l@dimap.ufrn.br" <logica-l@dimap.ufrn.br> > Enviadas: Terça-feira, 10 de Abril de 2012 7:17 > Assunto: Re: [Logica-l] Algumas coisas formales > > Oi Julio. > > Tecnicamente falando, o que v diz não é verdade: > >> - os sistemas que tratam de forma não-clássica a contradição tem, >> basicamente, uma única abordagem: manipular o operador de negação. > > Eu e a Renata Wassermann mostramos que se pode "aproximar" a lógica > clássica manipulando qualquer um dos conectivos. Portanto, se v quer > obter uma classe de lógicas que invalidam, por exemplo, a tautologia > > não( A & não A) > > uma das formas possíveis é manipular a conjunção. > > Num outro trabalho, com Gabbay e D'Agostino, mostramos que podemos > aproximar a lógica clássica sem manipular nenhum conectivo, mas > manipulando a regra do corte de maneira específica. > > ANTES de você descartar esses trabalhos como "meros" sistemas formais, > eu informo que nossa preocupação inical era (e é) representar > raciocínio com _recursos limitados_ como devem ser o raciocínio de > agentes reais, tendo na base diversos trabalhos filosóficos. > > []s > > > -- > Marcelo Finger > Departamento de Ciencia da Computacao > Instituto de Matematica e Estatistica > Universidade de Sao Paulo > Rua do Matao, 1010 > 05508-090 Sao Paulo, SP Brazil > Tel: +55 11 3091-9688, 3091-6135, 3091-6134 (fax) > http://www.ime.usp.br/~mfinger > > -- Marcelo Finger Departamento de Ciencia da Computacao Instituto de Matematica e Estatistica Universidade de Sao Paulo Rua do Matao, 1010 05508-090 Sao Paulo, SP Brazil Tel: +55 11 3091-9688, 3091-6135, 3091-6134 (fax) http://www.ime.usp.br/~mfinger _______________________________________________ Logica-l mailing list Logica-l@dimap.ufrn.br http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l