Dividir o átomo já foi impossível, considerando que átomo significa
indivisível.

Mas, a questão que você coloca abaixo já não faz parte dos enunciados que
eu considero simples. Não falo da simplicidade do formato do enunciado,
falo do conhecimento necessário para entender o que é enunciado. O
enunciado P=/=NP é entendido com mais do que os conhecimentos de colégio e
ginásio, obviamente. Aliás, via de regra não se vê essa questão em
graduação sequer. Então está fora do que eu chamo de simples.

Em 23 de maio de 2013 11:43, Marcelo Finger <mfin...@ime.usp.br> escreveu:

> Oi Tony.
>
> Talvez o que v queira seja impossível.  Ou indemonstrável.
>
> Uma das estratégias para provar que P =/= NP é mostrar que NP =/=
> coNP.  E uma das formas de demostrar este último é mostrar que em
> qualquer método de prova existe um teorema que só possui provas
> exponencialmente grandes.
>
> Se NP=coNP for falso ou indemonstrável, ñ vai dar pra tomar vitamina C
> pra queda de cabelo.
>
> []s
>
>
> 2013/5/23 Tony Marmo <marmo.t...@gmail.com>:
> > É uma opinião bem argumentada. Mas, eu me reservo ao direito de
> desconfiar
> > dessa medida. Afinal de contas, uma comparação cabível é com o
> tratamento da
> > gripe: se alguém pode ser curado com vitamina C e repouso não vale a
> penas
> > apelar para radioterapia, ainda que alguém descubra alguma radioterapia
> que
> > cure a gripe. Ou de outro modo, não se usam canhões para matar moscas.
> >
> > Olha, há um livro de teoria da prova, escrito por um escandinavo eu
> acho, em
> > que ele coloca algo como o seguinte: quando existem duas árvores para
> > demonstrar a mesma proposição/ fórmula, escolha a que é mais simples, ou
> > seja, tem menos nódulos, uma linha reta e curta de preferência.
> >
> > Em 23 de maio de 2013 09:54, Marcelo Finger <mfin...@ime.usp.br>
> escreveu:
> >
> >> Olá Tony.
> >>
> >> Eu gostaria de discordar de você quando v diz que conjecturas simples
> >> devem ter demonstrações simples.
> >>
> >> Uma vez eu tive uma conversa absolutamente informal, bate papo mesmo,
> >> com o Ruy Exel, em que a gente "convergiu" para uma "medida do grau de
> >> interesse" de um resultado matemático.  E o interesse é dado pela
> >> razão entre a menor prova conhecida e o tamanho do enunciado.  Ou
> >> seja, resultados com enunciados simplíssimos, tipo o último teorema de
> >> Fermat-Wyles, e o tamanho da prova (e o tempo que se investiu em
> >> descobri-la, eu deveria adicionar, embora dimensionalmente
> >> incompatível) dão a medida do grau de interesse do resultado.  Mesmo
> >> que ele não sirva pra nada.
> >>
> >> []s
> >>
> >> Marcelo
> >>
> >> 2013/5/22 Joao Marcos <botoc...@gmail.com>:
> >> >> Mas, independentemente de ser avançado ou não, conjecturas simples
> >> >> devem ter
> >> >> demonstrações simples. Mas, dever ter não quer dizer que tenham de
> >> >> fato.
> >> >
> >> > É, imagino que o seu "dever ter" dever ser no sentido moral, ou
> >> > sentimental.
> >> > Infelizmente, contudo, a natureza é amoral e sem sentimentos.
> >> >
> >> > JM
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