Oi Valéria,

Muito obrigado pelos links! Minha pilha de leitura está aumentando!

Daniel.

PS: se alguém tentou e não conseguiu baixar a "tese do Simpson", basta apagar 
os "*" da palavra "thesis". O link abaixo funciona:

http://homepages.inf.ed.ac.uk/als/Research/thesis.pdf 

+++++++++++++++

Em 28/05/2013, às 13:59, Valeria de Paiva <valeria.depa...@gmail.com> escreveu:

> alo,
> a tese do Simpson, que 'e um primor de bem-escrita, esta' ficando um 
> pouquinho 'outdated'. esta' disponivel em 
> http://homepages.inf.ed.ac.uk/als/Research/thesis.pdf
> meu paper com o Torben tb esta' disponivel (em tres versoes,conferencia, TR e 
> revista):
>       • Towards Constructive Hybrid Logic (Extended Abstract) (with T. 
> Brauner), Presented at Methods for Modalities 3, LORIA, Nancy, France, 
> September 22-23, 2003. Also appears as a technical report from the University 
> of Roskilde, 2003.
>       • Full paper from above, submitted with new title Intuitionistic Hybrid 
> Logic to Journal of Applied Logic(JAL). Appeared as JAL 4(2006), 231-- 255, 
> available online from the publishers on 11th August 2005.
> Valeria
> 
> 2013/5/28 Daniel Durante <dura...@ufrnet.br>
> Colegas,
> 
> Em primeiro lugar, há disponibilidade, online, para acessar a citada "tese do 
> Simpson" e o artigo da Valeria e Torben?
> 
> Sobre o que disse a Valéria, eu tenho alguns comentários:
> 
> > 1. isso da' aa nocao de modelo de mundos um papel especial, de definidor 
> > dos sistemas modais, que eu nao sei se 'e razoavel. logicas modais existiam 
> > antes dos modelos de mundos e podem existir sem os mesmos, a principio. a 
> > principio semantica de mundos 'e que nem qq outra semantica (algebrica, 
> > categorica, de valoracoes, etc...) se a semantica de mundos precisa ser 
> > parte da definicao da *sintaxe* das logicas modais, bom entao 
> > ontologicamente elas sao privilegiadas. Por que?
> 
> EU concordo com você, mas muita gente não. Uma semântica correta e completa 
> para um sistema formal equivale ao sistema formal. Se, além disso, esta 
> semântica pode ser "empacotada" como teoria de um OUTRO sistema formal, então 
> este outro sistema formal é, por transitividade, forte o suficiente para 
> abarcar o primeiro. Se, ainda mais, este outro sistema formal for a lógica 
> clássica, e se o seu fragmento utilizado para teorizar a semântica  do 
> primeiro sistema tiver propriedades já bem estudadas, temos bons motivos para 
> preferir a teoria clássica.
> 
> > 2. botar a semantica desejada na sintaxe que voce quer modelar (apesar de 
> > logicas hibridas) continua me parecendo roubalheira/cheating... a gente nao 
> > precisa disso pra logica classica, a gente nao precisa disso pra logica 
> > intuicionista, a gente nao precisa pra certos sistemas modais... a nocao de 
> > corretude/soundness fica meio comprometida, pois se a semantica 'e parte da 
> > sintaxe, corretude e' por definicao, nao por demonstracao...
> 
> A gente não precisa, mas a gente pode. E funciona! Suponha que eu seja um 
> "monista lógico", que só aceita a lógica clássica de primeira ordem, que 
> acredita que o mundo é racional e a racionalidade do mundo é captada à 
> perfeição pela lógica clássica. Fora da nossa especialidade acadêmica, esta 
> me parece uma posição bastante aceita. Bem, mas mesmo neste caso, se eu 
> utilizar este recurso de "sintaxizar a semântica", eu não preciso me privar 
> da maioria das lógicas não clássicas. Elas serão para mim teorias da "única e 
> verdadeira lógica". Um ponto filosófico interessante é que lógicas são tidas 
> como PURA FORMA, enquanto que teorias são SOBRE ALGO. Mas que algo é esse do 
> qual essas teorias tratam? As semânticas nos aproximam muito mais deste 
> (misterioso) algo do que os sistemas formais. "Sintaxizar a semântica" ajuda 
> a mostrar que a semântica da lógica não-clássica em questão é compatível e 
> expressável na semântica da lógica clássica. Ou seja, ela não é tão 
> não-clássica assim!
> 
> > 3. quem quer fazer teoria da prova/ou da demonstracao nao pode transformar 
> > as provas que estao interessados em, em provas de primeira ordem. porque 
> > isso destroi a estrutura de demonstracoes que sao tao bem comportadas (como 
> > os slides que o JM sugeriu explicaram) em coisas dentro do universo de 1a 
> > ordem que nao sao bem comportadas de forma nenhuma.
> 
> > 4. quem como eu e tantos outros esta' interessado nas provas e nao no fato 
> > de um certo teorema ser verdadeiro ou falso, precisa ter muito cuidado com 
> > as traducoes entre sistemas logicos que vai aceitar., pois muitas das 
> > traducoes que preservam valor verdade destroem a estrutura das provas…
> 
> Nestes pontos eu concordo plenamente. Se o interesse são as provas, então o 
> que importa é a sintaxe (em sentido amplo, viu João Marcos :) ).
> 
> Sobre o que disse a Elaine:
> 
> > Mas acho que nada disso interessa diretamente ao Daniel, que colocou a 
> > pergunta, em primeiro lugar.
> 
> 
> Bem, saber que o livro Negri-Plato é muito ruim, e que só o capítulo 11 vale 
> a pena, me interessa MUITO. São mais de 400 páginas :)
> 
> Sobre o que disseram Marcelo e João Marcos:
> 
> >>
> >>> A pergunta, então, é: tem alguma lógica não-clássica que eu não vou 
> >>> conseguir resolver no meu software, simulando-a como uma teoria de 
> >>> primeira ordem clássica?
> >>
> >> Bom, pra não ser simulável em primeira ordem, que é turing completa, a
> >> lógica teria de "mais indecidível" que a lógica de primeira ordem.
> >
> > Se entre "lógicas não-clássicas" a gente conta as lógicas
> > não-monotônicas então temos exemplos deste gênero: de fato, enquanto
> > para a lógica clássica de primeira ordem temos um teste positivo para
> > consequência mas não um teste negativo (o complemento da noção de
> > derivabilidade não é recursivamente enumerável), para muitas lógicas
> > não-monotônicas não há sequer um teste positivo.
> 
> 
> Bem, neste caso o que temos é tão fraco que muita gente nem chamaria isso de 
> lógica. Os lógicos-filósofos são muito mais conservadores neste ponto do que 
> os lógicos-computeiros! Eu, como sou uma má mistura dos dois tipos, não sei.
> 
> Saudações,
> Daniel
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