Como eu disse, T(x,y) = (x,y+1/2) eh apenas uma realizacao, ou seja, apenas um exemplo de isometria que se encaixa no seu contra-exemplo. A minha demonstracao de fato prova que QUALQUER QUE SEJA A ISOMETRIA T: B(0,1) -> R^n, se T(0) <> 0, entao existe r < 1 tal que: para todo b em B(0,1) com r < |b| < 1, as extremidades do segmento que liga T(b) e T(-b) (e tem necessariamente T(0) como ponto medio) nao pertencem a B(0,1).
[]s, Claudio. ---------- Cabeçalho original ----------- De: [EMAIL PROTECTED] Para: obm-l@mat.puc-rio.br Cópia: Data: Fri, 18 May 2007 17:38:52 -0300 (BRT) Assunto: Re:[obm-l] Isometria > > Claudio, no meu contra exemplo em nenhum momento eu falei que > T(x,y) = (x,y+1/2). Existem um numero infinito de isometrias T:B-----B, > Não se pode pegar uma em particular pra mostrar que meu contra exemplo não > funciona. Pra fazer isso vc teria que mostrar que T (b_n) vai cair fora de > B sem tomar um exemplo particular. > > Abs. > > > Rivaldo. > > > ---------- Cabeçalho original ----------- > > > > De: [EMAIL PROTECTED] > > Para: obm-l@mat.puc-rio.br > > Cópia: > > Data: Thu, 17 May 2007 05:45:33 -0300 (BRT) > > Assunto: Re:[obm-l] Isometria > > > >> >Ola Claudio. > >> De fato,T(b) e T(-b) sao simetricos em relacao a T(0). O meu contra > >> exemplo mostra que apesar disso ser verdadeiro não se pode concluir que > >> T(0)=0. > > > > Pode-se sim. > > > > Suponha que T(0) = a <> 0. > > Escolha eps tal que a maior corda de B que tem a como ponto medio tenha > > comprimento inferior a 2 - eps. > > > > (Se a <> 0, entao um tal eps > 0 sempre pode ser escolhido, mas vai > > depender da norma usada. Por exemplo, com a norma > > euclidiana, a corda maxima vai ser um diametro do circulo com centro em a > > e paralelo ao circulo maximo ortogonal a a. Esse > > diametro mede 2*raiz(1 - |a|^2) < 2 - eps, desde que eps < |a|^2, pois > > raiz(1 - |a|^2) < 1 - |a|^2/2 < 1 - eps/2.) > > > > Enfim, escolha b tal que |b| = 1 - eps/2 (=|-b|). > > Entao, |T(b) - a| = |T(-b) - a| = |b| = 1 - eps/2. > > > > T(b), a e T(-b) estao em linha reta. > > Mas: > > |T(b) - a| + |a - T(-b)| = > > |T(b) - T(-b)| = > > |b - (-b)| = > > 2|b| = > > 2 - eps ==> > > contradicao, pois a maior corda de B que tem a como ponto medio mede menos > > que isso. > > > > Logo, nao podemos ter a <> 0. > > > > *** > > > > O problema do seu contra-exemplo eh que tomando, em R^2, a =(0,1/2) e > > |b_n| = 1 - 1/(2n), > > T(b_n) vai cair fora de B. Ou seja, voce nao levou em conta que o > > contradominio tambem eh B. > > Se o enunciado falasse de uma isometria T:B -> R^2, entao uma realizacao > > concreta do seu contra-exemplo seria: > > T(x,y) = (x,y+1/2). > > Nesse caso, teriamos T(0,0) = (0,1/2) e T(1-1/(2n),0) = (1-1/(2n),1/2), > > cuja norma seria: > > raiz((1-1/(2n))^2 + (1/2)^2) = raiz(5/4 - 1/n + 1/4n^2) > 1, se n >= 4. > > > > *** > > > >> Abaixo segue a demostração que T(0)=0. > >> > >> Defina A_n = {x em B/ |T(x)-T(0)|<1/n } e B_n = {x em B/ |x|<1/n } > >> Sejam C = intersecção dos A_n , com n variando de 1 a infinito > >> e D = intersecção dos B_n , com n variando de 1 a infinito, é facil > >> mostrar que C = {T(0)} e D = { 0 }. Agora como |T(x)-T(0)|=|x| então > >> A_n = B_n para todo n em N e portanto C = D, isto é, T(0)= 0 . > >> > > > > De fato, mais sofisticada do que a minha... > > > > > > []s, > > Claudio. > > > >> > >> Oi, Rivaldo: > >> > > >> > Voce admite que se T eh isometria, entao: > >> > T(b) e T(-b) sao simetricos em relacao a T(0)? > >> > > >> > Soh pra facilitar, repito aqui a demonstracao: > >> > Seja T(0) = a. > >> > Seja b um ponto qualquer de B. > >> > O simetrico de b (em relacao a 0) eh -b. > >> > Entao: > >> > |T(b) - a| = |T(b) - T(0)| = |b - 0| = |b| (*) > >> > |T(-b) - a| =|T(-b) - T(0)| = |-b - 0| = |b| (**) > >> > > >> > |T(b) - a| + |a - T(-b)| = 2|b| = |2b| = |b - (-b)| = |T(b) - T(-b)| > >> ==> > >> > igualdade na desigualdade triangular, que associada a (*) e (**) > >> implica > >> > que: > >> > T(-b) eh o simetrico de T(b) em relacao a a. > >> > > >> > O que isso significa pro seu contra-exemplo? > >> > > >> > []s, > >> > Claudio. > >> > > >> > > >> > > >> > > >> > Ok, o problema continua em aberto, pois como mostrei anteriormente, > >> no > >> > R^2, tomando b_n = (1 - 1/(2n),0), temos > >> > temos: |b_n| = 1 - 1/(2n) > >> >>> |T(b_n) - a| = |T(-b_n) - a| = 1 - 1/(2n), mas a não eh > >> necessariamente > >> > o centro de um segmento (aberto) de comprimento 2 - 1/n contido em B. > >> > > >> > Abs. > >> > > >> > Rivaldo > >> > > >> > > >> > ---------- Cabeçalho original ----------- > >> >> > >> >> De: [EMAIL PROTECTED] > >> >> Para: obm-l@mat.puc-rio.br > >> >> Cópia: > >> >> Data: Mon, 14 May 2007 08:44:07 -0300 (BRT) > >> >> Assunto: Re:[obm-l] Isometria > >> >> > >> >>> > Claudio, imagine no R^2, T(0,0)=(0,1/2)= a e b_n = (1 - > >> 1/(2n),0) > >> >>> dai > >> >>> temos: |b_n| = 1 - 1/(2n) > >> >>> |T(b_n) - a| = |T(-b_n) - a| = 1 - 1/(2n) mas a não eh o centro de > >> um > >> >>> segmento (aberto) de comprimento 2 - 1/n contido em B. > >> >>> > >> >> Nao eh mesmo, pois nesse caso, T(b_n) ou T(-b_n) (ou ambos) nao > >> pertence > >> >> a > >> >> B. > >> >> Pelo que eu provei abaixo, como b_n e -b_n sao simetricos em relacao > >> a > >> >> (0,0), > >> >> T(b_n) e T(-b_n) sao simetricos em relacao a a = (0,1/2). > >> >> Mas a maior corda contida em B que tem (0,1/2) como ponto medio mede > >> >> raiz(3). > >> >> Logo, se n > 4, entao |T(b_n) - T(-b_n)| = 2 - 1/n > 1.75 > raiz(3). > >> >> Logo, n > 4 ==> pelo menos um dentre T(b_n) e T(-b_n) nao pertence a > >> B. > >> >> > >> >> []s, > >> >> Claudio. > >> >> > >> >>> Abs. > >> >>> > >> >>> > >> >>> Rivaldo. > >> >>> > >> >>> Mas nao eh preciso que o limite de (b_n) esteja em B. De fato, (b_n) > >> >>> nem > >> >>> > precisa ter um limite. > >> >>> > Basta que o limite de |b_n| seja 1. > >> >>> > Pense na situacao em R^2 com a norma euclidiana, por exemplo: > >> >>> > Se T(0) = a <> 0, entao a maior corda do disco unitario que pode > >> ter > >> >>> a > >> >>> > como ponto tem comprimento 2*raiz(1-|a|^2) < 2. > >> >>> > Logo, para n > 1/|a|^2, teremos |b_n| = 1 - 1/(2n) > 1 - |a|^2/2 > > >> >>> raiz(1 > >> >>> > - |a|^2). > >> >>> > Logo, |b_n - (-b_n)| = 2*(1 - 1/n) > 2*raiz(1 - |a|^2). > >> >>> > Enfim, o importante eh que, qualquer que seja k e qualquer que > >> seja a > >> >>> > norma de R^(k+1) adotada, se a <> 0, entao a maior > >> >>> > corda de B que tem a como ponto medio tem comprimento estritamente > >> >>> > inferior a a. > >> >>> > > >> >>> > De qualquer forma, T eh isometria ==> > >> >>> > T eh Lipschitz-continua (L = 1) ==> > >> >>> > T eh uniformemente continua ==> > >> >>> > T pode ser estendida a fronteira de B de modo que a funcao > >> resultante > >> >>> seja > >> >>> > uniformemente continua em fecho(B). > >> >>> > Nesse caso, se (b_n) tiver um limite, este limite estarah em > >> >>> fecho(B). > >> >>> > Mas, de novo, (b_n) nao precisa ter limite. Basta que (|b_n|) > >> tenha. > >> >>> > > >> >>> > []s, > >> >>> > Claudio. > >> >>> > > >> >>> > ---------- Cabeçalho original ----------- > >> >>> > > >> >>> > De: [EMAIL PROTECTED] > >> >>> > Para: obm-l@mat.puc-rio.br > >> >>> > Cópia: > >> >>> > Data: Fri, 11 May 2007 18:13:25 -0300 (BRT) > >> >>> > Assunto: Re:[obm-l] Isometria > >> >>> > > >> >>> >> > > >> >>> >> > >> >>> >> Ola Claudio. > >> >>> >> Assim tambem não da pra fazer, porque o conjunto > >> >>> >> B = {x em R^(n+1) | |x| < 1} não é fechado. Desse modo se > >> tomarmos > >> >>> uma > >> >>> >> sequencia de pontos em B não podemos garantir que o limite da > >> >>> sequencia > >> >>> >> ainda esta em B. > >> >>> >> > >> >>> >> Abs. > >> >>> >> > >> >>> >> Rivaldo. > >> >>> >> > >> >>> >> > >> >>> >> Tem razao. Mancada minha... > >> >>> >> > > >> >>> >> > O problema eh provar que: > >> >>> >> > T:B -> B eh isometria ==> T(0) = 0, > >> >>> >> > onde B = {x em R^(n+1) | |x| < 1} > >> >>> >> > > >> >>> >> > Aqui vai uma nova tentativa: > >> >>> >> > > >> >>> >> > Seja T(0) = a. > >> >>> >> > Seja b um ponto qualquer de B. > >> >>> >> > O simetrico de b (em relacao a 0) eh -b. > >> >>> >> > Eh claro que b tambem pertence a B. > >> >>> >> > Entao: > >> >>> >> > |T(b) - a| = |T(b) - T(0)| = |b - 0| = |b| (*) > >> >>> >> > Analogamente, |T(-b) - a| = |-b| = |b| (**) > >> >>> >> > Alem disso, > >> >>> >> > |T(b) - a| + |a - T(-b)| = > >> >>> >> > 2|b| = |2b| = |b - (-b)| = |T(b) - T(-b)| ==> > >> >>> >> > igualdade na desigualdade triangular, > >> >>> >> > que associada a (*) e (**) implica que: > >> >>> >> > T(-b) eh o simetrico de T(b) em relacao a a. > >> >>> >> > > >> >>> >> > Agora tome uma sequencia de pontos (b_n) tal que |b_n| = 1 - > >> >>> 1/(2n). > >> >>> >> > Nesse caso: > >> >>> >> > |T(b_n) - a| = |T(-b_n) - a| = 1 - 1/(2n) ==> > >> >>> >> > a eh o centro de um segmento (aberto) de comprimento 2 - 1/n > >> >>> contido > >> >>> >> em B. > >> >>> >> > > >> >>> >> > Quando n -> infinito, o comprimento do segmento tende a 2. > >> >>> >> > Mas o unico ponto de B que pode ser o centro de um segmento de > >> >>> >> comprimento > >> >>> >> > 2 eh a origem. > >> >>> >> > Logo, se a <> 0, entao, para n suficientemente grande, a nao > >> >>> poderah > >> >>> >> ser o > >> >>> >> > centro de um segmento de comprimento 2 - 1/n. > >> >>> >> > Conclusao: a = 0. > >> >>> >> > > >> >>> >> > Acho que agora foi... > >> >>> >> > > >> >>> >> > []s, > >> >>> >> > Claudio. > >> >>> >> > > >> >>> >> > ---------- Cabeçalho original ----------- > >> >>> >> > > >> >>> >> > De: [EMAIL PROTECTED] > >> >>> >> > Para: obm-l@mat.puc-rio.br > >> >>> >> > Cópia: > >> >>> >> > Data: Wed, 9 May 2007 03:00:27 -0300 (BRT) > >> >>> >> > Assunto: Re:[obm-l] Isometria > >> >>> >> > > >> >>> >> >> > ---------- Cabeçalho original ----------- > >> >>> >> >> > > >> >>> >> >> > De: [EMAIL PROTECTED] > >> >>> >> >> > Para: obm-l@mat.puc-rio.br > >> >>> >> >> > Cópia: > >> >>> >> >> > Data: Tue, 8 May 2007 01:59:26 -0300 (BRT) > >> >>> >> >> > Assunto: [obm-l] Isometria > >> >>> >> >> > > >> >>> >> >> >> >Ola Claudio. > >> >>> >> >> Na verdade pra valer a desigualdade triangular estrita > >> >>> >> precisariamos > >> >>> >> >> garantir que T(b), a e T(-b) nao sao colineares. O fato de ter > >> b, > >> >>> a, > >> >>> >> >> -b > >> >>> >> >> nao colineares nao garante esse fato. > >> >>> >> >> > >> >>> >> >> Abs. > >> >>> >> >> >> > >> >>> >> >> >> > Seja B={x em IR^(n+1)/ ||x||<1} e T: B----B uma > >> isometria. > >> >>> >> >> >> Provar que T(0)=0. > >> >>> >> >> >> > >> >>> >> >> > > >> >>> >> >> > Se T(0) = a <> 0, entao considere os pontos b e -b, > >> simetricos > >> >>> em > >> >>> >> >> relacao > >> >>> >> >> > a origem e tais que a e b sejam LI (ou seja, b e -b nao > >> >>> >> >> > pertencem a reta que passa pela origem e por a). > >> >>> >> >> > > >> >>> >> >> > Como b, a, -b nao sao colineares, vale a desigualdade > >> >>> triangular > >> >>> >> >> estrita: > >> >>> >> >> > |T(b) - a| + |a - T(-b)| = > >> >>> >> >> > |T(b) - T(0)| + |T(0) - T(-b)| = > >> >>> >> >> > |b - 0| + |0 - (-b)| = > >> >>> >> >> > 2|b| = > >> >>> >> >> > |2b| = > >> >>> >> >> > |b - (-b)| = > >> >>> >> >> > |T(b) - T(-b)| ==> contradicao. > >> >>> >> >> > > >> >>> >> >> > Logo, soh pode ser T(0) = 0. > >> >>> >> >> > > >> >>> >> >> > []s, > >> >>> >> >> > Claudio. > >> >>> >> >> > > >> >>> >> >> > > >> > > >> > > >> > > >> > ========================================================================= > >> > Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em > >> > http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html > >> > ========================================================================= > >> > > >> > >> > >> ========================================================================= > >> Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em > >> http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html > >> ========================================================================= > >> > >> > > > > > > ========================================================================= > > Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em > > http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html > > ========================================================================= > > > > > ========================================================================= > Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em > http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html > ========================================================================= > > ========================================================================= Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html =========================================================================