Olival Júnior escreveu: > Roberto Salomon escreveu: >> O mais impressionante não é a motivação, essa a gente já conhecia >> (http://www.broffice.org/lagrimas) o que me impressiona mesmo é a >> aparente tranquilidade com que foi dada a informação... > Pra quem não seguiu o link, basicamente o cara da MS disse q entraram no > Fast Track em resposta à concessão do padrão ISO ao ODF, pois uma série > de governos mantém políticas de compra q dão preferência a padrões ISO.
O que está acontecendo, na verdade, é que uma série de estados (nacionais, regionais, locais) estão seguindo o exemplo de Massacussetts (antes da contra-ofensiva) e dando preferência a padrões ABERTOS (ISO entra nisso apenas pela força da marca). Até onde eu saiba, o Japão foi o primeiro a inovar no viés que vc (e/ou o carinha da MS) quis dar ao tema, ao incluir em sua política licitatória que o padrão aberto tem que ser internacional, mas isso foi depois da MS disparar o processo na ECMA rumo ao ISO. > Isto posto, não sei pq ele não daria essa informação tranquilamente, já > q são motivos legitimos para qqr empresa normal. É só ver a Red Hat > correndo atrás de certificações de segurança do governo norte-americano, > por explo. Fizeram isso pq precisavam mostrar q seu produto era seguro > ou estavam de olho no mercado governamental de lá? Não sabe porque, independente do motivo, vc perdeu o foco. A ECMA apenas atuou como despachante que opera na fronteira da normalidade. O OOXML foi gerado por um dump de especificação incompleta, não estava maduro para se tornar padrão de jure (o próprio admite), e muito menos merece o rótulo de padrão aberto, dado o que se pretende com esse termo nas políticas de TIC em questão. Qualquer tentativa de qualquer outra empresa de apresentar algo parecido para o fast-track da ISO seria recebida como piada. Esse é o motivo da intranquilidade. Ao ceder, se ceder, o que a ISO colherá, aprovando um padrão que tem "aberto" no nome mas é cheio de armadilhas proprietárias, além de incompleto, é a contaminação do valor da sua marca como para padrões internacionais de jure. Mais uma vítima da luta pela sobrevida artificial de um modelo negocial agonizante. > > Aliás, tendo em vista q boa parte das empresas cujos produtos > implementam o ODF tbém fazem parte do OASIS, não teria sido justamente o > interesse comercial q levou à padronização ISO do ODF? E mesmo q seja > *apenas* por isso, o ODF deixa de ter o valor q tem para seus usuários? O ODF tem valor porque é padrão de verdade, construido visando interoperabilidade entre fornecedores, não entre versões de um fornecedor para manter o vendor lock-in. > >> A briga ainda não acabou, 11 ou 10 bilhões de dólares não é algo que a >> M$ queira deixar de lado. Devem haver muitos novos lances neste jogo. > > E muitas rasteiras . . . Agora, supondo uma reviravolta na Microsoft e q > eles passem a dar suporte ao padrão ODF nativamente (eu sei q é > impossível, mas só para fazer um exercício de cenários). O diferencial > do OO.o seria apenas o preço (do pto de vista do(s) governo(s))? E qual > seria o diferencial do MS Office 2k7? O diferencial principal é o vendor lock-in. Leia em http://samadeu.blogspot.com/2007/08/pedro-rezende-explica-importncia-dos.html -- ------------------------------------------- prof. Pedro Antonio Dourado de Rezende /\ Computacao - Universidade de Brasilia /__\ tcp: Libertatis quid superest digitis serva http://www.cic.unb.br/docentes/pedro/sd.htm ------------------------------------------- _______________________________________________ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil