Olá Thiago, 

Desculpe se descontextualizo essa frase, mas ela é muito emblemática: 

"Nada contra usar e continuar disseminando o Ubuntu. Mas é preciso admitir que 
ele é uma distro não-livre, e ganhamos mais se conseguimos disseminar as 
distros brasileiras, mesmo que não completamente livres também. Mas são 
Softwares livres, e não software Livre. É quase a mesma coisa" 

Como assim nada contra disseminar Ubuntu? 
Será que dava para elaborar essa afirmação? 
Especialmente porque em seguida você concorda que é uma distro não-livre. 

Microsoftização da Canonical - http://www.anahuac.eu/?p=47 

E ai vem a cereja do bolo: "Mas são Softwares livres, e não software Livre. É 
quase a mesma coisa" 

"Quase a mesma coisa?" Como assim quase a mesma coisa? 

Em que momento Software Livre e Software Proprietário, viraram quase a mesma 
coisa? 

Será que o nosso problema como grupo e nosso problema de identidade esteja 
exatamente nessa proximidade incongruente? 

----- Mensagem original -----

> De: "Thiago Zoroastro" <thiago.zoroas...@bol.com.br>
> Para: psl-brasil@listas.softwarelivre.org
> Enviadas: Terça-feira, 28 de outubro de 2014 8:51:57
> Assunto: [PSL-Brasil] Ubuntu espanta usuários Era: E agora?

> Fabianne,
> Sou um instalador de distros não-livres para outras pessoas. Qual o problema
> em dizer que você instala Linux, e não GNU/Linux? Desde que diga às pessoas
> o que é GNU e o que ele representa como tecnoutopia, acho válido. Desde que
> não seja aquele Ubuntu com uma interface gráfica estranha, que espanta até
> professora do Curso de Física no departamento de Ciências Naturais na UFSJ.
> Dizem que ela foi aguda ao dizer que 'eu não sei mexer nisso. Coloca
> Windows'.
> Desde que coloque algo próximo à realidade do usuário, eu acho melhor. Tenho
> várias críticas ao Unity, também não gosto daquela interface gráfica. Mas
> não acho válido dizer que as pessoas devem evitá-lo. Eu o evito, mas instalo
> derivados dele. De preferência derivados de Debian, mas tem derivados do
> Ubuntu que são ótimos, e as pessoas gostam.
> Tem distribuições brasileiras que mereciam tão ou maior difusão e esforço
> para levá-lo adiante que o Ubuntu. E um deles é derivado do Ubuntu LTS:
> http://kaiana.com.br/
> Do que entendi das eleições, o Aécio estava com os investimentos externos
> apoiando ele. E a Dilma/PT tem a política de tentar levantar a indústria
> nacional. Então, para mim o que importa é Kaiana, Metamorphose e JuntaDados,
> porque são Debian-based, não que os outros sejam ruins, mas precisam ser
> difundidos:
> http://distrowatch.com/search.php?ostype=All&category=All&origin=Brazil&basedon=All&notbasedon=None&desktop=All&architecture=All&status=Active
> Ekaaty, Epidemic e outros também merecem serem difundidos. Isso proporciona
> crescimento às pessoas no Brasil que gastam seu tempo em construí-lo e
> liberar na internet para utilização do sistema operacional.
> Nada contra usar e continuar disseminando o Ubuntu. Mas é preciso admitir que
> ele é uma distro não-livre, e ganhamos mais se conseguimos disseminar as
> distros brasileiras, mesmo que não completamente livres também. Mas são
> Softwares livres, e não software Livre. É quase a mesma coisa :P
> É isso: o Ubuntu tem um belo nome, mas precisamos dar a oportunidade de
> crescimento às iniciativas nacionais. IMO (minha opinião) e convicção
> pessoal diante dos discursos político-econômicos da reeleita DIlma/PT.
> Thiago Zoroastro
> http://blogoosfero.cc/profile/thiagozoroastro

> De: f...@estudiolivre.org
> Enviada: Segunda-feira, 27 de Outubro de 2014 20:19
> Para: psl-brasil@listas.softwarelivre.org
> Assunto: [PSL-Brasil] E agora?

> Tudo bem Anahuac, vou tentar novamente dialogar contigo.

> Vamos lá:

> 2014-10-27 16:26 GMT-02:00 < anah...@anahuac.eu > :

> > Fabs,
> 
> > Concordo plenamente!
> 
> > Acho que sim, que temos que fazer pressão para fazer o SL integrar as
> > políticas de Estado.
> 
> > Como fazer isso?
> 

> Através do legislativo. Por exemplo, a deputada Jandira Feghali (PCdoB- RJ) ,
> foi quem propôs a lei cultura viva. Seria interessante colocar a Cristiane
> Yared
> em contato com ela. Isso é uma articulaćão que tem que ser feita por quem
> está em Brasília e conhece deputados e seus assessores.

> > E como você sugere que façamos o vínculo com o MinC e MCT? De forma pŕatico
> > mesmo, como faríamos?
> 

> Do mesmo modo que foi feita a parceria com o ministério de relações
> exteriores e com o MEC, há que se encontrar projetos em comum.
> É preciso fazer uma busca e engajar pessoas de dentro destes
> ministérios para buscar estes vínculos.

> > No demais fiquei curioso para saber quem são os que integram essa vertente
> > que não quer disseminar o Software Livre. Compartilha conosco!
> 

> Ué, Anahuac, você é uma destas pessoas.
> Vou copiar um diálogo teu com o Akira
> aqui para você poder se lembrar:

> Akira:
> - Acho que você rotular tudo que seja pragmático como OSI não é produtivo
> para a disseminação do Software Livre.

> Você:
> - Não estou preocupado em disseminar o Software Livre .
> Akira, leia com atençã o , vou repetir: nã o estou preocupado em disseminar o
> Software Livre !
> O que me preocupa é a essência do Movimento Software Livre ser contaminado
> pelas ideias, metodologias, complacências e falta de preocupações éticas e
> filosóficas da OSI, ao ponto de não se sustentar mais.

> Pra mim ficou bem claro o recado.

> Mas se você quis dizer algo diferente disso, deveria ter talvez
> substituído a palavra software livre por código aberto, aí talvez
> fizesse mais sentido, sei lá. E se usar Ubuntu para fazer uma
> oficina não pode ser considerado disseminar software livre, eu
> também tampouco tenho interesse em continuar no grupo.

> Num ambiente onde você tem pessoas da comunidade com
> competência para instalar distros que exigem um pouco mais
> de conhecimento, faz muito sentido tentar não usar Ubuntu.
> Mas quando tua área não é a da informática, como é meu caso
> coisas muito triviais para um técnico se tornam um pesadelo
> para alguém no meio de um processo criativo, por exemplo.
> Eu me enveredei pela informática não para ser minha profissão,
> mas para saber o que tem dentro da minha máquina, para hackear
> meu instrumento de produção artística inspirada no mesmo modo
> que John Cage hackeava seus pianos. E me enveredei pelo
> software livre porque é o único que me deixa fazer isso,
> o único que me dá essa liberdade. Só que tem coisa que
> ao invés de me dar liberdade, me trava completamente.
> Então eu preciso equilibrar estes dois mundos porque eu
> tampouco sigo fielmente o Stallman, não vou deixar um
> filme com áudio ruim porque não tem filtro livre adequado.
> O aspecto estético pro Stalllman, que é mais técnico, é
> secundário. Pra mim, que sou mais artista, ele é indispensável.
> Então aqui acho que entra bem certinho o papo hacker que o
> Akira vinha trazendo: o movimento software livre brasileiro pode
> ter outros tipos de hacker que não sejam necessariamente
> profissionais da computação? A FSF não vê problema algum
> nisso, e como já comentei aqui, tampouco tem esta nóia de ficar
> fazendo bullying com quem tem conta na google. Eles alertam
> para que se tome cuidado, mas nas listas públicas não vêem
> por que ficar patrulhando algo desse tipo.
> Aliás, já que estamos falando na google, que tipo de email hoje em dia
> alguém sem nenhuma condição de pagar por um email e com pouquíssimo
> conhecimento em informática poderia utilizar? As opções livres que
> conheço tem uma interface complicada, precisam de convite, etc.
> Não tem jeito de conseguir fazer o pessoal se engajar nelas.

> Saludos,

> Fabs

> .

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