Re: [naval] (f.d.t) VLS

1999-12-11 Por tôpico ROBERTO MORAIS DE ALMEIDA

Pedro Furtado escreveu:
> 

> "Apesar dos constantes embargos tecnológicos e das dificuldades
> orçamentárias, o CTA está prosseguindo no desenvolvimento de um sistema
> próprio de localização e orientação de foguetes durante sua trajetória de
> lançamento. 

HOJE É O GRANDE DIA . AS 16:30 NOSSO VLS PARA SER LANÇADO!!
VAMOS TORCER PARA QUE TUDO SAIA COMO ESPERADO E QUE QUE O SACI-2 ENTRE
NA SUA ORBITA A 750 Km .
PESSOAL DA BASE DE ALCANTARA , PAU NA MÁQUINA!!

 ROBERTO MORAIS
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Re: [naval] (f.d.t) VLS

1999-12-10 Por tôpico Fábio Morais Castro

ELIZABETH KOSLOVA wrote:

> Uma pergunta pode surgir, mas porque não se da inteligência ao quarto
> estagio?  A resposta é peso. O VLS tem uma capacidade de lançamento de
> 400 a 200Kg
> dependendo da orbita, o quarto estagio pesa 190Kg quando vazio, e
> praticamente entra em orbita com o satélite, entao dotar o quarto
> estagio de um sistema de orientação ou tiraria uma parcela enorme da
> carga útil, ou entao compensar isto com mais potência de estágios
> anteriores, oque daria um crescimento de peso geométrico no foguete
> final.
> Uma pessoa mais atente poderia sugerir que os estágios superiores
> fosse de combustível liquido que tem um peso morto muito menor que
> daria um belo incremento de desempenho, perfeito, o caminho é este
> mesmo, e esta é uma das principais deficiências de projeto.

Eu tenho esperânça que o VLS possa ser uma arma anti-satélite -ASAT - no
futuro ou a tecnologia adquirida ter utilidade para função. Deve ser um
dos motivos para que os países desenvolvido sejam contrario a
proliferação desta tecnologia, além da possibilidade de ser usado para
mísseis balísticos. A desculpa original poderia ser o motivo secundário.

Um dos boster talvez tenha capacidade de lançar um pequeno veículo de
caça e destruição ASAT. Teria que ser lançado por uma caça como o
ASM-135 lançado pelo F-15.
Se observarem como os EUA e países da NATO estão dando importância as
armas guiadas por GPS e as comunicações por satélite, entre outras,
podem ver como estes sistemas terão importância nos conflitos futuros
para se conseguir superioridade de informação(a exemplo da superioridade
aérea).
Tem alguém ligado no tema "guerra de informação" na lista?

Fábio Morais Castro

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Re: [naval] (f.d.t) VLS

1999-12-10 Por tôpico Fábio Morais Castro

Pedro Furtado wrote:

> PS: Achei a reportagem da Gazeta a melhor que já li nos jornais
> convencionais sobre esses assuntos. Ela não fica metendo o pau em todo mundo
> e parece entender bem as dificuldades e erros. Nota 10 pra Gazeta Mercantil
> de São Paulo.

Alguém leu o artigo na Veja falando das recentes operações contra a FARC na
colômbia?Eu procurei comentários depreciativos e não vi. Falaram até bem das
forças armadas que atuaram em conjunto(não mencionado). Deve ser por isso que
não foi comentado aqui pelo pessoal que só gosta de meter  pau na imprensa.

Fábio Morais Castro


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Re: [naval] (f.d.t) VLS

1999-12-10 Por tôpico Pedro Furtado

>Uma das minhas maiores criticas quando a maneira como
>o foguete foi projetado, reside exatamente no fato de
>que um sistema inercial deveria ter sido gestado aqui
>mesmo no pais, ja que tempo para isto houve, nos 18
>anos de desenvolvimento do foguete, nao se pode alegar
>economia neste caso pois justamente oque atrasou muito
>o VLS foi a falta de uma definicao maior quanto a sua
>plataforma eletronica, e atraso em projetos de alta
>tecnologia e dinheiro queimado. O pais ja tinha
>maturidade tecnologica para o desenvolvimento deste
>sistema, mas houveram erros gerenciais.


Elizabeth, hoje estava lendo o NOTIPM da Aeronáutica e vi que saiu na
Gazeta Mercantil uma reportagem sobre o lançamento do VLS. No final tem umas
frases que me interessou:
"Apesar dos constantes embargos tecnológicos e das dificuldades
orçamentárias, o CTA está prosseguindo no desenvolvimento de um sistema
próprio de localização e orientação de foguetes durante sua trajetória de
lançamento. Os protótipos industriais já estão sendo testados pela empresa
Aeroeletrônica, de Porto Alegre."
Uai, acho que isso é o sistema inercial, né?! Tomara, pois aí teríamos
um VLS mais nacionalizado ainda e mais um progresso tecnológico.

PS: Achei a reportagem da Gazeta a melhor que já li nos jornais
convencionais sobre esses assuntos. Ela não fica metendo o pau em todo mundo
e parece entender bem as dificuldades e erros. Nota 10 pra Gazeta Mercantil
de São Paulo.

Abraços,
Pedro
Furtado.

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Re: [naval] (f.d.t) VLS

1999-12-09 Por tôpico ELIZABETH KOSLOVA

Ola pedro tudo bem?

O VLS tem componentes importados incorporados ao seu
projeto sim, os dois principais sao o computador de
bordo que e de origem inglesa e o sistema inercial que
e russo.

Talvez seja esta a confusao quando a alguma
participacao da ucrania no projeto, na verdade e
apenas o sistema inercial que tem procedencia de
empresa da antiga uniao sovietica.

Uma das minhas maiores criticas quando a maneira como
o foguete foi projetado, reside exatamente no fato de
que um sistema inercial deveria ter sido gestado aqui
mesmo no pais, ja que tempo para isto houve, nos 18
anos de desenvolvimento do foguete, nao se pode alegar
economia neste caso pois justamente oque atrasou muito
o VLS foi a falta de uma definicao maior quanto a sua
plataforma eletronica, e atraso em projetos de alta
tecnologia e dinheiro queimado. O pais ja tinha
maturidade tecnologica para o desenvolvimento deste
sistema, mas houveram erros gerenciais.


O software de bordo e brasileiro, assim como toda a
especificacao, gerencia e integracao do projeto.

Um dos avancos mais invisiveis do VLS  em termos de
desenvolvimento tecnologico foi no campo da
metalurgia, novos acos e processos de usinagem, para
uma pressao de combustao que chega a casa dos 200 kg
por milimetro quadrado. No campo do PROPERGOL tambem
houve um grande avanco, com o combustivel brasileiro
nao ficando nada a dever para os melhores do mundo.

Ao todo no VLS foram investidos US$ 350mi, para um
custo unitario de US$ 6.5mi, com uma campanha de
lancamento podendo ser oferecida no mercado a US$
13mi, valor mais  baixo que o PEGASUS que tem uma
campanha de lancamento orcada em US$ 15mi.

Sera necessarios 4 voos para a homologacao do VLS de
modo a que ele possa entrar no mercado internacional.

No caso do ASTROS II, o sistema de direcao de tiro e
produsido no brasil pela AVIBRAS mas a tecnologia e o
projeto base do sistema eletronico e de uma empresa
suica de nome CONTRAVES. O software e nacional, bem
como toda a engenharia de desenvolvimento do sistema
ASTROS II.

O PIRANHA tem seu computador de bordo, bem como seu
sistema de busca totalmente nacional, alem dos outros
subsistemas do missil. 

Sobre o SIVAM, a questao e a seguinte, todos os dados
coletados pelos sensores sao integrados em uma
plataforma computacional, sendo o software de
aquisicao, banco de dados e analises de dados, que
originalmente deveria ser fornecido pela ESCA, que foi
desclassificada dor motivos fiscais.

Ao que me parece o software deveria ser fornecido por
uma outra empresa brasileira, que foi formada por
conveniencia entre a FAB e os donos da ESCA para nao
perder o controle do negocio, mas nao sei quem seria
hoje a empresa forncedora de software de integracao
para o SIVAM, (fontoura?)


PS (escrevi este mail em uma estacao de trabalho que
nao tem assentos e C cedilha, desculpem pela porquice)






--- Pedro Furtado <[EMAIL PROTECTED]> escribió:
> Depois que li este texto percebi que o VLS é um
> avanço tecnológico muito
> grande para o Brasil. Mas eu queria saber se esse
> VLS foi produzido no
> Brasil mesmo. Não me lembro onde, mas parece que o
> VLS 1 veio da Ucrânia.
> Não sei se é verdade; o projeto pode ter vindo
> daquele país, mas o foguete
> pode ter sido produzido aqui.
> Minhas outra pergunta é quanto aos hardwares e
> softwares utilizados pelo
> VLS, pelo ASTROS 1 e 2 e pelo próprio Piranha. São
> todos nacionais? Quem os
> produz?
> Estou perguntando isso porque li que o software
> que será usado no SIVAM
> é de origem americana, uma empresa chamada
> Amazontech, que deve ter sido
> criada para o SIVAM.
> 
> Só isso, abraços!
> Pedro Furtado.
> 
> 
> 
> 
> 
> ==
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> Para sair desta lista mande mensagem para:
> [EMAIL PROTECTED]
> sem nada no Subject
> e com o comando a seguir no corpo da msg:
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Re: [naval] (f.d.t) VLS

1999-12-08 Por tôpico Alberto Renzo

 

Pedro Furtado wrote:
    Depois que li este texto percebi
que o VLS é um avanço tecnológico muito
grande para o Brasil. Mas eu queria saber se esse VLS foi produzido
no
Brasil mesmo. Não me lembro onde, mas parece que o VLS 1 veio
da Ucrânia.
Não sei se é verdade; o projeto pode ter vindo daquele
país, mas o foguete
pode ter sido produzido aqui.
    Minhas outra pergunta é quanto aos hardwares
e softwares utilizados pelo
VLS, pelo ASTROS 1 e 2 e pelo próprio Piranha. São todos
nacionais? Quem os
produz?
    Estou perguntando isso porque li que o software
que será usado no SIVAM
é de origem americana, uma empresa chamada Amazontech, que deve
ter sido
criada para o SIVAM.
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Hall/1615/VLS
- Veículo Lançador de Satélites

Foi projetado pelo IAE(Instituto de Atividades Espaciais)
para colocar
cargas de até 350 kg em órbitas circulares
de 250 km a 1.000 km e com larga
faixa de inclinação(de equatoriais a
polares). Possui 19 metros de
comprimento e sua massa é de 50 toneladas.

Utiliza no primeiro estágio um sistema de cacho
de quatro motores S-43
(derivados do S40 - utilizado no Sonda IV) fixados
simetricamente ao segundo
estágio que é também um motor
S-43 e está localizado na parte central do
primeiro estágio. O terceiro estágio
é um motor S-40, e o quarto é um
derivação um pouco menor deste motor,
o S-44.

Apesar de uma grande quantidade de combustível
e equipamentos eletrônicos o
VLS voa por menos de dez minutos, aos 55 segundos
o primeiro estágio termina
sua combustão, iniciando a queima do segundo
estágio e está ainda há 20 km
de altitude. Aos 122 segundos inicia-se a queima do
terceiro estágio e já
estando mais leve sua altitude é de 105 km.
O quarto estágio inicia a sua
combustão a 720 km da Terra e termina com a
carga em uma órbita de 750 km.

Cada "booster" que compõem o primeiro estágio
mede 1 metro de diâmetro com 9
metros de comprimento, pesa 8,5 toneladas e fornecem
309 kN de impulso por
60 segundos.

O corpo central tem seu diâmetro também
de 1 metro, divide-se em três partes
perfazendo 19,8 metros de comprimento. A primeira
é similar ao booster e é
considerado o segundo estágio do sistema. A
segunda fornece 213 kN de
impulso durante 75 segundos e a terceira fornece 34
kN durante 68 segundos.

Consome 41.359 kg de combustível sólido,
que é formado por uma mistura de
polibutadieno hidroxilado, alumínio em pó
e o oxidante perclorado de amônia.

Seu sistema direcional é formado por tubeiras
móveis nos três primeiros
estágios. As do primeiro estágio possuem
uma inclinação fixa, para minimizar
as perturbações sobre o veículo,
resultante de possíveis diferenças entre os
quatro propulsores no fim de sua queima. As tubeiras
dos estágios seguintes
são adaptadas ao vôo em atmosfera rarefeita.

O sistema pirotécnico é o responsável
por iniciar a combustão. Isto ocorre,
quando um sinal emitido pelo computador no final da
contagem regressiva sai
do centro de controle e segue por cabos até
dois detonadores, localizados na
parte de cima do reservatório de combustível.
Com a descarga elétrica, os
detonadores explodem e o impacto é transmitido
para o ignitor por dois
cordões detonantes, chamados de linhas pirotécnicas.
O ignitor acende e o
combustível começa a queimar.

Em sua parte eletrônica ele acomoda 70 mil componentes
e 8 km de fios. É a
responsável por diversas funções
que incluem; telemetria, suprimento de
energia por meio de baterias, controle das tubeiras
móveis por meio do
computador de bordo e informações obtidas
por sensores espalhados ao longo
do lançador. O software embarcado, instalado
no computador de bordo, permite
a execução de todas as decisões
de controle do lançador e de seqüências de
eventos, inclusive a autodestruição.
Apesar de do computador de bordo ser
importado da Inglaterra, o software
foi desenvolvido no Brasil.

Seu custo é de US$ 6,5 milhões que o
torna muito atraente para o
mercado(considerando o preço de seus concorrentes,
o Diamant francês e o
Scout americano). Sem contar o sistema americano Pegasus
que tem um custo de
US$14 milhões por um lançamento.

A família do VLS é composta por três
projetos; o VLS-1, descrito acima, o
VLS-2 e o VLS3.

O VLS-2 deverá ter combustível
misto(líquido e sólido) com capacidade de
alcançar 2 mil quilômetros
e levar 400 kg de carga útil.

O VLS-3 devera ser propulsionado
somente por combustível líquido com
capacidade de colocar em órbita
geoestacionária satélites de 1 tonelada.
 
 
 
 

[]'s
--
Alberto de Lima Renzo
Rio de Janeiro/Brasil
UIN:8686692


Re: [naval] (f.d.t) VLS

1999-12-08 Por tôpico Pedro Furtado

Depois que li este texto percebi que o VLS é um avanço tecnológico muito
grande para o Brasil. Mas eu queria saber se esse VLS foi produzido no
Brasil mesmo. Não me lembro onde, mas parece que o VLS 1 veio da Ucrânia.
Não sei se é verdade; o projeto pode ter vindo daquele país, mas o foguete
pode ter sido produzido aqui.
Minhas outra pergunta é quanto aos hardwares e softwares utilizados pelo
VLS, pelo ASTROS 1 e 2 e pelo próprio Piranha. São todos nacionais? Quem os
produz?
Estou perguntando isso porque li que o software que será usado no SIVAM
é de origem americana, uma empresa chamada Amazontech, que deve ter sido
criada para o SIVAM.

Só isso, abraços!
Pedro Furtado.





==
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