Re: [obm-l] UM VOLUME MEIO PARADOXAL!

2004-10-19 Por tôpico Rafael
- Original Message -
From: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Monday, October 18, 2004 9:07 PM
Subject: [obm-l] UM VOLUME MEIO PARADOXAL!


 Ok! Paulo, Valadares e demais colegas! A nossa intuição geométrica de vez
 em quando é surpreendida pela comprovação matemática,  pois o poliedro
 regular de maior volume, inscrito numa mesma esfera, é o dodecaedro. E não
 o icosaedro, como se esperava! Esse resultado, já conhecido dos gregos,
 foi desenvolvido pelo aluno Jonas de Jesus na sua monografia de conclusão
 de graduação. Sabiamente, os gregos antigos usavam os poliedros regulares
 numa simbologia na qual o dodecaedro representava o Universo.

Por mera curiosidade, dias atrás eu estava lendo que o dodecaedro inscrito
numa esfera ocupa cerca de 66,5% desta enquanto o icosaedro ocupa 60,5%.


 A propósito, qual o lugar geométrico dos pontos que possuem mesma potência
 em relação a duas circunferências dadas?

Essa é a definição de Eixo Radical.


 Seis esferas idênticas de raio r encontram-se posicionadas no espaço de
 tal forma que cada uma delas seja tangente a quatro esferas. Determine a
 aresta do cubo cujas faces tangenciam todas as esferas.

A solução deste problema está na RPM 45, que você pode ler aqui:
http://www.bibvirt.futuro.usp.br/textos/hemeroteca/rpm/rpm45/rpm45_12.pdf


[]s,
Rafael


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Re: [obm-l] Somas de Quadrados e Raizes Primitivas

2004-10-19 Por tôpico Nicolau C. Saldanha
On Mon, Oct 18, 2004 at 10:55:52AM -0200, Claudio Buffara wrote:
 2. Suponha que p = 2^n + 1 seja um primo maior do que 3. Prove que 3 eh uma
 raiz primitiva mod p.

Sabemos que n deve ser par. Observe que 3 não é um quadrado módulo p pois
Lagrange(3/p) = (-1)^((3-1)(p-1)/4) Lagrange(p/3) = Lagrange(2/3) = -1.
O grupo multiplicativo (Z/(p))^* é cíclico com 2^n elementos
assim neste grupo todo elemento que não é um quadrado é um gerador.

[]s, N.
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Re: [obm-l] Somas de Quadrados e Raizes Primitivas

2004-10-19 Por tôpico Claudio Buffara
Sem duvidas eh mais simples!

Mais simples ainda eh:
n = (2k^2+1)^2 - 1 = (2k^2)^2 + 2*(2k^2) + 1 - 1 = (2k^2)^2 + (2k)^2
n + 1 = (2k^2+1)^2 + 0^2
n + 2 = (2k^2 + 1)^2 + 1^2
apesar de uma certa inspiracao ser necessaria pra se chegar a (2k^2+1)^2...

Permanece o problema de se determinar todas as tais triplas.
Como aquela condicao dos primos 4k+3 terem expoente par eh do tipo SE E
SOMENTE SE, eh bem provavel que o caminho seja atraves dela, apesar da
aparente diversidade de casos, tais como:
8, 9, 10 = 4+4, 9+0, 9+1 = 2^3, 3^2, 2*5
16, 17, 18 = 16+0, 16+1, 9+9 = 2^4, 17, 2*3^2
72, 73, 74 = 36+36, 64+9, 49+25 = 2^3*3^2, 73, 2*37

[]s,
Claudio.

on 19.10.04 00:09, Marcio Cohen at [EMAIL PROTECTED] wrote:

 Bom, acho que tem uma solucao mais simples, mas o que eu estou pensando
 parece passar longe de exibir todas as soluções.
 Comece com uma solução qualquer diferente de (0, 1, 2). Por exemplo,
 8,9,10 = (2^2+2^2, 3^2+0^2, 3^2+1^2)
 Agora, dada uma solução n,n+1,n+2, considere a tripla (n^2 + 2n, n^2 + 2n
 + 1, n^2 + 2n +2) = (n(n+2), (n+1)^2+0^2, (n+1)^2 + 1^2)
 (estou usando que se n e n+2 sao soma de dois quadrados de inteiros,
 entao n(n+2) tambem eh!).
 Note que n^2+2n  n, de forma que as triplas são todas distintas.
 []s
 Marcio
 
 - Original Message -
 From: Claudio Buffara [EMAIL PROTECTED]
 To: Lista OBM [EMAIL PROTECTED]
 Sent: Monday, October 18, 2004 10:55 AM
 Subject: [obm-l] Somas de Quadrados e Raizes Primitivas
 
 
 Aqui vao dois que estao me dando uma canseira:
 
 1. Mostre que existe uma infinidade de inteiros n tais que n, n+1 e n+2
 sao
 todos somas de dois quadrados de inteiros.
 
 2. Suponha que p = 2^n + 1 seja um primo maior do que 3. Prove que 3 eh
 uma
 raiz primitiva mod p.
 
 No primeiro, eu usei o fato de que um inteiro positivo eh soma de dois
 quadrados de inteiros se e somente se qualquer primo da forma 4k+3 aparece
 na decomposicao desse inteiro com expoente par.
 
 Isso significa que n tem que ser multiplo de 4, pois qualquer outra
 hipotese
 vai resultar em um dos tres inteiros sendo da forma 4k+3, indicando a
 presenca de um primo dessa forma elevado a expoente impar.
 
 Sabendo disso, minha unica ideia foi buscar uma solucao em que n eh o
 quadrado de um inteiro par. Isso resultou em:
 n = 4y^2 + 0^2
 n+1 = 4y^2 + 1^2
 n+2 = 4y^2 + 2.
 Forcando n+2 a ser da forma x^2 + x^2, teremos:
 4y^2 + 2 = x^2 + x^2 == x^2 - 2y^2 = 1 == equacao de Pell, com infinitas
 solucoes, o que resolve o problema.
 
 No entanto, eu acho que deve haver uma solucao mais simples.
 Alem disso nem todas as solucoes do prolema original sao da forma. acima.
 Por exemplo:
 72 = 6^2 + 6^2
 73 = 8^2 + 3^2
 74 = 7^2 + 5^2.
 Serah que eh possivel achar todas as solucoes?
 
 *
 
 No segundo, eh facil ver que n tem que ser da forma 2^m com m inteiro
 positivo, mas isso foi tudo que eu consegui.
 
 []s,
 Claudio.
 



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Re: [obm-l] Somas de Quadrados e Raizes Primitivas

2004-10-19 Por tôpico Claudio Buffara
on 19.10.04 09:18, Nicolau C. Saldanha at [EMAIL PROTECTED] wrote:

 On Mon, Oct 18, 2004 at 10:55:52AM -0200, Claudio Buffara wrote:
 2. Suponha que p = 2^n + 1 seja um primo maior do que 3. Prove que 3 eh uma
 raiz primitiva mod p.
 
 Sabemos que n deve ser par. Observe que 3 não é um quadrado módulo p pois
 Lagrange(3/p) = (-1)^((3-1)(p-1)/4) Lagrange(p/3) = Lagrange(2/3) = -1.

Ateh aqui tah tudo OK.
n par == n = 2m == 2^n + 1 = 4^m + 1 == 2 (mod 3) == Lag(p/3) = Lag(2/3).

 O grupo multiplicativo (Z/(p))^* é cíclico com 2^n elementos
 assim neste grupo todo elemento que não é um quadrado é um gerador.

O numero de geradores eh Phi(Phi(p)) = Phi(2^n) = 2^(n-1).
Se a eh quadrado, entao a = b^2, para algum b em Z/(p).
Se a eh gerador, entao deve haver um inteiro k tal que a^k = b ==
a^(2k) = b^2 = a == a^(2k-1) = 1 == contradicao, pois a tem ordem 2^n.
Logo, nenhum quadrado eh gerador. Como existem 2^(n-1) nao-quadrados, todos
devem ser geradores.

Ou seja, o assim na sua ultima frase nao me parece tao obvio. Existe
alguma forma mais direta de se concluir que todos os nao-quadrados (e apenas
eles) sao geradores?
  
[]s,
Claudio.



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Re: [obm-l] Demonstar Desigualdade

2004-10-19 Por tôpico Johann Peter Gustav Lejeune Dirichlet
Vamos provar essa aqui: se p+q=1,
p*(a^(1/p))+q*(a^(1/q))=ab

Desigualdade das Medias:
Ax+By=(A+B)*(A^x*B^y)^(1/(A+B))

p*(a^(1/p))+q*(a^(1/q))=(p+q)(a*b)E fim!Edward Elric [EMAIL PROTECTED] wrote:
Vamos direto a desigualdade:Demonstre que se 1/p + 1/q =1 temos (a^p)/p + (b^q)/q = a*bEdward_MSN Messenger: converse com os seus amigos online. http://messenger.msn.com.br=Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista emhttp://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html=
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[obm-l] OBM2004 - NIVEL 3

2004-10-19 Por tôpico Daniel Regufe
ae ... alguém da lista fez o problema 6 da OBM nivel 3 ( terceira fase ) 


Gostaria de ver a resolução ... eu viajei la na hora  .. ehehhe
Abraços
Daniel Regufe
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Re: [obm-l] Demonstar Desigualdade

2004-10-19 Por tôpico Artur Costa Steiner
Temos que p+q = pq, para p0 e q0. Logo, (a^p)/p + (b^q)/q = (q*a^p + p
*b^q)/(p+q) = q*Exp(p*ln(a)) + p*Exp(q*ln(b))/(p+q), com p-q, sendo Exp a
funcao exponencial de base e. Temos entao uma combinacao linear convexa de
Exp aplicada a p*ln(a) e q*ln(b), na qual os ceficientes sao q/(p+q) e
p/(p+q). Como Exp eh convexa temos que q*Exp(p*ln(a)) + p*Exp(q*ln(b))/(p+q)
= Exp(q/(p+q)*p*ln(a) + p/(p+q)*q*ln(b)). Observando que p+q = pq, esta
ultima expressao iguala-se a Exp(ln(a) + ln(b)) = a*b, provando a
desigualdade.
Artur 


- Mensagem Original 
De: [EMAIL PROTECTED]
Para: [EMAIL PROTECTED] [EMAIL PROTECTED]
Assunto: [obm-l] Demonstar Desigualdade
Data: 18/10/04 21:36

Vamos direto a desigualdade:
Demonstre que se 1/p + 1/q =1 temos (a^p)/p + (b^q)/q = a*b



Edward

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[obm-l] 1 + N + ... + N^(p-3/2 - 2) + N^(p-3/2 - 1) + N^(p-3/2)

2004-10-19 Por tôpico Demetrio Freitas
Olá,

Seja p um número primo maior do que 3 e  N um inteiro.

Defina-se então S(N,p) como a soma da seguinte
sequência:
1 + N + ... + N^(p-3/2 - 2) + N^(p-3/2 - 1) +
N^(p-3/2)= S(N,p)

Em muitos casos S(N,p) será divisível por p, ou seja, 
S(N,p) = 0(mod p)

Por exemplo:
N = 9 e p = 7:
S(N,p) = 9^2 + 9 + 1 = 91 = 13*7

N = 21 e p = 11:
S(N,p) = 20^4 + 20^3 + 20^2 + 20 + 1 =   168421 =
15311 * 11

N = 104 e p = 5: 
S(N,p) = 104 + 1 = 105 = 21 * 5

N = 14 e p = 5:
S(N,p) = 14 + 1 = 15 = 3 * 5 

N = 16 e p = 19:
S(N,p) = 16^8 + 16^7 + 16^6 + 16^5 + 16^4 + 16^3 +
16^2 + 16 + 1 =  4581298449 = 241120971 * 19


Porém isso não é verdadeiro em qualquer caso. 
Claramente, caso N|p (N divisível por p) a congruência
não se verifica. Mas existem também outros casos. 


Pergunta-se então: 
quais as condições devem ser impostas a N e p para
garantir que S(N,p) seja divisível por p?


Sds,

Demétrio 





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Re: [obm-l] Desigualdades e problema do Megazine [era: UM PROBLEMA DE CONTAGEM!]

2004-10-19 Por tôpico Claudio Buffara
on 19.10.04 13:03, Luís Lopes at [EMAIL PROTECTED] wrote:
 
 Considere uma matriz A de ordem n cujos elementos a_{ij}
 pertencem ao conjunto X = {0,1,2,3,,9}.
 
 Seja M \in Z o mdc entre os inteiros N_1, N_2, ..., N_n,
 em que N_i = \sum_{j=1}^n a_{ij} 10^{n-j} , i=1,2,...,n .
 
 Prove que |A| eh divisivel por M.
 
Ou seja, N_i eh o inteiro cujos algarismos formam a i-esima linha de A.

Use operacoes elementares com colunas para substituir a n-esima coluna de A
por uma coluna contendo os N_i. A substituicao eh:
C(n) -- C(n) + 10*C(n-1) + 100*C(n-2) + ... + 10^(n-1)*C(1).
Isso nao altera o valor de det(A).

Agora, use a expansao (de Laplace, se nao me engano) do determinante em
funcao da ultima coluna a fim de obter o valor de det(A) como uma combinacao
linear dos N_i, onde os coeficientes sao os menores complementares
correspondentes.

Naturalmente, o mdc dos N_i divide cada um deles, e portanto, divide essa
combinacao linear, a qual eh igual a det(A).

[]s,
Claudio.


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Re: [obm-l] Somas de Quadrados e Raizes Primitivas

2004-10-19 Por tôpico Nicolau C. Saldanha
On Tue, Oct 19, 2004 at 10:36:04AM -0200, Claudio Buffara wrote:
  2. Suponha que p = 2^n + 1 seja um primo maior do que 3. Prove que 3 eh uma
  raiz primitiva mod p.
  
  Sabemos que n deve ser par. Observe que 3 não é um quadrado módulo p pois
  Lagrange(3/p) = (-1)^((3-1)(p-1)/4) Lagrange(p/3) = Lagrange(2/3) = -1.
  O grupo multiplicativo (Z/(p))^* é cíclico com 2^n elementos
  assim neste grupo todo elemento que não é um quadrado é um gerador.
 
 O numero de geradores eh Phi(Phi(p)) = Phi(2^n) = 2^(n-1).
 Se a eh quadrado, entao a = b^2, para algum b em Z/(p).
 Se a eh gerador, entao deve haver um inteiro k tal que a^k = b ==
 a^(2k) = b^2 = a == a^(2k-1) = 1 == contradicao, pois a tem ordem 2^n.
 Logo, nenhum quadrado eh gerador. Como existem 2^(n-1) nao-quadrados, todos
 devem ser geradores.
 
 Ou seja, o assim na sua ultima frase nao me parece tao obvio. Existe
 alguma forma mais direta de se concluir que todos os nao-quadrados (e apenas
 eles) sao geradores?

Isto segue de mdc ou do teorema chinês dos restos.
Tire logaritmos e transforme (Z/(p))^* em Z/(2^n):
o 3, não sendo quadrado, é levado num inteiro ímpar b.
Assim b e 2^n são primos entre si donde existem a e c com
1 = a*b + c*2^n. Isto significa que 3^a é o gerador
com relação ao qual tiramos logaritmos.

Outro ponto de vista é considerar conhecido o seguinte resultado:

 No grupo multiplicativo cíclico G de ordem m, um elemento x é um gerador
 se e somente se ele *não* pode ser escrito da forma x = y^p onde p é
 um fator primo de m. 

A demonstração não é difícil, é análoga ao que eu acabei de fazer.
Aliás acho que o que você fez acima para o caso m = 2^n também
pode ser convertido em uma demonstração geral.

[]s, N.
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[obm-l] OBM2004 - NIVEL U - Problema 2 - Uma variação

2004-10-19 Por tôpico Nicolau C. Saldanha
Gostaria de convidar a lista a considerar a seguinte variação
do problema 2 do nível U da prova de sábado.

Determine se existe um subconjunto A de R^2 tal que:
(i) para todo x em R, {y em R | (x,y) pertence a A} é enumerável;
(ii) para todo y em R, {x em R | (x,y) não pertence a A} é enumerável.

[]s, N.
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[obm-l] Prova da AMAN

2004-10-19 Por tôpico Lucas Lucas

Meu Deus a prova de matemática da AMAN tava muito dificíl...
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Re: [obm-l] 1 + N + ... + N^(p-3/2 - 2) + N^(p-3/2 - 1) + N^(p-3/2)

2004-10-19 Por tôpico Fabio Dias Moreira

Demetrio Freitas said:
 Olá,

 Seja p um número primo maior do que 3 e  N um inteiro.

 Defina-se então S(N,p) como a soma da seguinte
 sequência:
 1 + N + ... + N^(p-3/2 - 2) + N^(p-3/2 - 1) +
 N^(p-3/2)= S(N,p)

 Em muitos casos S(N,p) será divisível por p, ou seja,
 S(N,p) = 0(mod p)
 [...]
 Porém isso não é verdadeiro em qualquer caso.
 Claramente, caso N|p (N divisível por p) a congruência
 não se verifica. Mas existem também outros casos.

 Pergunta-se então:
 quais as condições devem ser impostas a N e p para
 garantir que S(N,p) seja divisível por p?
 [...]

Se N for 1 módulo p, a afirmação é obviamente falsa; suponha que N não é 1
módulo p. Então S(N, p) = (N^[(p-1)/2]-1)/(N-1). Olhando módulo p, é
necessário e suficiente para que p divida S(N, p) que N^[(p-1)/2] seja 1
módulo p. Isso é equivalente a afirmar que N não é raiz primitiva módulo
p, mas essa resposta não ajuda mais do que a afirmação anterior.

[]s,

-- 
Fábio ctg \pi Dias Moreira


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[obm-l] Raízes primitivas módulo p

2004-10-19 Por tôpico kleinad
Como provar a existência de raízes primitivas módulo p ( p  2 primo ) sem
usar o fato de que um polinômio f(x) de grau n (o coeficiente em x^n não é
congruente a 0 mod p) tem no máximo n raízes módulo p (Lagrange)?

Ou, equivalentemente, alguém sabe mostrar que {1,2, ..., p-1} sob
multiplicação módulo p é um grupo G cíclico?

Aliás, mostrando que G é cíclico, o resultado f(x) ter no máximo n raízes
módulo p segue, ao menos para f(x) do tipo x^n - 1, de um outro, válido para
G finito: x^n = e tem no máximo n soluções se e somente se G é cíclico (e =
identidade em G).

[]s,
Daniel

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Re: [obm-l] SISTEMA DE AXIOMAS!

2004-10-19 Por tôpico Artur Costa Steiner
E hah o paradoxo do barbeiro de Sevilha: O barbeiro de Sevilha barbeia todos
os homens de Sevilha que nao barbeiam a si mesmos. Quem barbeia o barbeiro?
Artur

- Mensagem Original 
De: [EMAIL PROTECTED]
Para: [EMAIL PROTECTED] [EMAIL PROTECTED]
Assunto: [obm-l] SISTEMA DE AXIOMAS!
Data: 18/10/04 23:50

Turma! com relação à indagação sobre o surgimento dos paradoxos, vale
salientar
que eles surgem porque o universo do discurso é muito amplo; e acaba
abarcando
essas contradições. O próprio conceito de conjunto segundo Cantor, foi
originariamente concebido de maneira muito livre, e acabou levando Cantor,
inclusive, a um paradoxo insuperável. Este exemplo, mostra a que nos leva o
uso
muito livre da linguagem: um rei mandou dizer a um condenado que ele
morreria na
fogueira se suas (do condenado) últimas palavras encerrassem uma verdade; e
morreria na forca se falasse uma falsidade. O condenado disse: vou morrer na
forca. Em consequência, o rei não pode executá-lo nem na fogueira (se não o
condenado teria dito uma falsidade), nem na forca (se não o condenado teria
falado a verdade). E por que esse impasse? Simplesmente porque a decisão
final
depende de algo fluido, aquilo que o condenado ainda vai falar. Isso não
pode
ser permitido; o universo do discurso tem de ser devidamente restrito para
não
abrigar possíveis contradições ou impasses. Por causa dos paradoxos, alguma
coisa tinha de ser feita. Foi então que vários matemáticos cuidaram de
formular
um sistema de axiomas, a partir dos quais fosse possível estabelecer os
resultados da teoria, libertando-a, ao mesmo tempo, dos paradoxos que vinham
surgindo e de outros mais que pudessem aparecer.

No Brasil, quem mente uma vez, minta sempre e quem fala a verdade uma vez,
fale
a verdade sempre. Um político disse somos todos mentirosos. Ele falou a
verdade?



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[obm-l] Geometria Plana

2004-10-19 Por tôpico Edward Elric
   Demonstre que num triangulo d^2 = R*(R - 2*r), onde R é o circunraio, r 
é o inraio, e d a distancia entre o centro desses dois circulos.


  Edward
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[obm-l] 0,9999...=1?

2004-10-19 Por tôpico gabriel
Olá

há algum tempo eu li alguns e-mails aki na lista q tratavam do seguinte tema:

0,99...=1?

Será q alguem poderia me explicar mais detalhadamente o assunto?


Gabriel.

[obm-l] Re: [obm-l] OBM2004 - NIVEL U - Problema 2 - Uma variação

2004-10-19 Por tôpico Domingos Jr.
Nicolau, gostaria de seus comentários (essa foi minha sol. na prova).
Seja f(x, y) uma função com f(x, y)  0 para todo x,y e tal que
Integral_{IR^2} f(x, y) dx dy = Z, 0  Z  +oo, ou seja, o volume 
formado por f e o plano xy é Z.

Vamos calcular a integral (Lebesgue) Integral_{A} f(x, y) dx dy.
Podemos aplicar a regra de Fubini nessa integral (pelo menos é o que eu 
li). Ou seja, se integrarmos primeiro na direção do eixo x e depois na 
do eixo y ou vice-versa, o resultado deve ser o mesmo.
Mas isso nos garante uma contradição, já que se considerarmos um x 
qualquer fixado, a integral em todo y real deve dar zero já que ele é um 
conjunto com medida nula (enumerável na sua modificação e finito no 
enunciado original), ou seja, a integral deve ser 0. Por outro lado, 
fixando y, temos apenas um conjunto de pontos com medida nula o qual não 
devemos considerar na integração, mas isso garante que essa integral é 
positiva (já que f(x, y)  0), mas então, olhando por esse lado, a 
integral é estritamente positiva (de fato, seu valor é Z).

Acertei?
[ ]'s
Gostaria de convidar a lista a considerar a seguinte variação
do problema 2 do nível U da prova de sábado.
Determine se existe um subconjunto A de R^2 tal que:
(i) para todo x em R, {y em R | (x,y) pertence a A} é enumerável;
(ii) para todo y em R, {x em R | (x,y) não pertence a A} é enumerável.
[]s, N.
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Re: [obm-l] 0,9999...=1?

2004-10-19 Por tôpico Bernardo



É fácil ver, olha só

Chama 0,999 de um "x"

(i) 10x = 9,9
(ii) x=0,9

Qdo vc subtrair (ii) de (i), vc vai ter que 9x = 9, 
pois todos os  depois da vírgula vão "se cancelar".

Se 9x = 9, x= 1

Logo 0,.. = 1

Abraços
Bernardo

  - Original Message - 
  From: 
  gabriel 
  
  To: obm-l 
  Sent: Tuesday, October 19, 2004 7:19 
  PM
  Subject: [obm-l] 0,...=1?
  
  Olá
  
  há algum tempo eu li alguns e-mails aki na lista q tratavam do seguinte 
  tema:
  
  0,99...=1?
  
  Será q alguem poderia me explicar mais detalhadamente o 
assunto?
  
  
  Gabriel.


Re: [obm-l] 1 + N + ... + N^(p-3/2 - 2) + N^(p-3/2 - 1) + N^(p-3/2)

2004-10-19 Por tôpico Demetrio Freitas
 --- Fabio Dias Moreira [EMAIL PROTECTED]
escreveu: 
 
 Demetrio Freitas said:
  Olá,
 
  Seja p um número primo maior do que 3 e  N um
 inteiro.
 
  Defina-se então S(N,p) como a soma da seguinte
  sequência:
  1 + N + ... + N^(p-3/2 - 2) + N^(p-3/2 - 1) +
  N^(p-3/2)= S(N,p)
 
  Em muitos casos S(N,p) será divisível por p, ou
 seja,
  S(N,p) = 0(mod p)
  [...]
  Porém isso não é verdadeiro em qualquer caso.
  Claramente, caso N|p (N divisível por p) a
 congruência
  não se verifica. Mas existem também outros casos.
 
  Pergunta-se então:
  quais as condições devem ser impostas a N e p para
  garantir que S(N,p) seja divisível por p?
  [...]
 
 Se N for 1 módulo p, a afirmação é obviamente falsa;
 suponha que N não é 1
 módulo p. Então S(N, p) = (N^[(p-1)/2]-1)/(N-1).
 Olhando módulo p, é
 necessário e suficiente para que p divida S(N, p)
 que N^[(p-1)/2] seja 1
 módulo p. Isso é equivalente a afirmar que N não é
 raiz primitiva módulo
 p, mas essa resposta não ajuda mais do que a
 afirmação anterior.
 

Acho que um jeito fácil é fatorando o pequeno teorema
de fermat diretamente:

N^(p-1) - 1 = (N - 1) * (N^[(p-1)/2] + 1) * S(N,p)

Pelo menos 1 dos 3 termos deve ser divisível por p: ou
N-1, ou N^[(p-1)/2] + 1, ou S(N,p). 

Ou seja, as condições são N  1 (mod p) 
e N^[p-1/2] + 1  0(mod p).

SDs,

Demétrio 

Observe que N^[(p-1)/2] + 1  0(mod p) é equivalente 
a N^[(p-1)/2] = 1(mod p) como vc falou...


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Re: [obm-l] 0,9999...=1?

2004-10-19 Por tôpico Marcio M Rocha



Olá, Gabriel.

Gostaria de dar uma outra explicação, além da que 
foi dada pelo Bernardo. Ela foi dada pelo Prof. Paulo Cezar Carvalho no Curso de 
Aperfeiçoamento de Professores, realizado este ano no IMPA.

Primeiro, temos que 0,999...  = 1 ( 
=: "menor do que ou igual a")

Suponha que 0,999...  1

Observe que:

1 - 0,9 = 0,1
1 - 0,99 = 0,01
1 - 0,999 = 0,001
.
Isso significa quea distância entre 0,999... 
e 1 pode tornar-se tão pequena quanto você queira, bastando, para isso, tomar 
uma quantidade de casas decimais conveniente. Essa distância, então, é sempre 
menor que qualquer número real. Sendo assim, 0,999... não pode ser estritamente 
menor que 1. Logo, 0,999... = 1.

Qualquer dúvida, é sóescrever.

Márcio.

- Original Message - 

  From: 
  gabriel 
  
  To: obm-l 
  Sent: Tuesday, October 19, 2004 7:19 
  PM
  Subject: [obm-l] 0,...=1?
  
  Olá
  
  há algum tempo eu li alguns e-mails aki na lista q tratavam do seguinte 
  tema:
  
  0,99...=1?
  
  Será q alguem poderia me explicar mais detalhadamente o 
assunto?
  
  
  Gabriel.


[obm-l] Equação logarítmica

2004-10-19 Por tôpico Osvaldo Mello Sponquiado
Olá pessoal.

Alguém pode me dar uma força para encontrar analiticamente e demonstrar que a 
unicidade do valor de x tal que log[2](x) + log[3](x+1)=5

Já visualisei de imediato que é x=8, mas não estou conseguindo encontrar 
analiticamente.

Daí tentei algebricamente,log[2](x) + 
log[3](x+1)=log[2](2^5)=log[3](x+1)=log[2](2^5/x)=log[3](x+1)/log[2](2^5/x)=1 daí 
x+1=3^k e (2^5/x)=2^k (k0)

Daí temos que resolver x=3^k-1=2^(5-k)=
6^k-2^k=32= 6^k=2^5+2^k

k vale obviamente 2, mas como resolver esta equação exponencial ?


Atenciosamente,

Osvaldo Mello Sponquiado 
Engenharia Elétrica, 2ºano 
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[obm-l] RE: [obm-l] Equação logarítmica

2004-10-19 Por tôpico Edward Elric
Vamos tentar essa ideia:
log[2](x) + log[3](x+1)=5 - log[3](x+1)=log[2](32/x), fazendo mudança de 
base temos:
log(2)*log(x+1)=log(3)*log(32/x)
Faça f(x) = log(2)*log(x+1) e g(x)=log(3)*log(32/x)= 5*log(3) - 
log(3)*log(x)
Note que f(x) é estritamente crescente, e g(x) é estritamente decrescente, 
logo se existe uma soluçao de f(x)=g(x) ela é unica.


From: Osvaldo Mello Sponquiado [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: obm-l [EMAIL PROTECTED]
Subject: [obm-l] Equação logarítmica
Date: Tue, 19 Oct 2004 22:18:08 -0300
Olá pessoal.
Alguém pode me dar uma força para encontrar analiticamente e demonstrar que 
a unicidade do valor de x tal que log[2](x) + log[3](x+1)=5

Já visualisei de imediato que é x=8, mas não estou conseguindo encontrar 
analiticamente.

Daí tentei algebricamente,log[2](x) + 
log[3](x+1)=log[2](2^5)=log[3](x+1)=log[2](2^5/x)=log[3](x+1)/log[2](2^5/x)=1 
daí x+1=3^k e (2^5/x)=2^k (k0)

Daí temos que resolver x=3^k-1=2^(5-k)=
6^k-2^k=32= 6^k=2^5+2^k
k vale obviamente 2, mas como resolver esta equação exponencial ?
Atenciosamente,
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[obm-l] resto

2004-10-19 Por tôpico Korshinoi
Qual o resto da divisão do polinômio (3^(-10))*(x+3)^12 por x^3? Esse exercicio caiu no vestibular da UnB , e é teste. Será que tenho que abrir o binômio??.
 Valeu, 
 Korshinói