Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Cálculo da Poupança - com capital inicial mais contribuições mensais

2014-08-04 Por tôpico J. R. Smolka

Marcelo,

A função VF do Excel expressa a relação básica de juros compostos:

VF=VP*(1 + i)^n

Onde VF é o valor futuro da aplicação, VP é o valor presente (ou 
inicial) da aplicação, i é a taxa de juros e n é o número de períodos de 
capitalização. A situação que você descreve, porém, parece mais com a 
pergunta: qual o valor futuro de uma série de pagamentos? Digo isto 
porque você menciona pagamentos (contribuições) mensais.


Supondo pagamentos iguais todos os meses, taxa de juro constante, e que 
a série tem um pagamento inicial em n = 0, o valor futuro da série após 
n períodos é dado por:


VF(n)=P*soma[k=0,n]((1+i)^k)

Você não vai ter isso nas funções nativas do Excel. ou você cria 
linhas/colunas auxiliares para o cálculo do VF a cada mês da série, ou 
você cria sua própria função usando VB for Applications.


[ ]'s

*J. R. Smolka*

Em 04/08/2014 11:58, Marcelo Gomes escreveu:

Olá Regis,

Sim, exatamente. Eu estou querendo a fórmula que tenha o Capital 
Inicial, e as contribuições mensais para a poupança, tudo em uma fórmula.


O Excel através da função VF=, fornece isto. Mas eu preciso da 
fórmula. Se puder me envie a fórmula pelo Excel para os cálculos da 
poupança.


Abração e obrigado.

Marcelo.



Em 4 de agosto de 2014 11:07, regis barros regisgbar...@yahoo.com.br 
mailto:regisgbar...@yahoo.com.br escreveu:


Bom dia Marcelo
VF do excel obedece o equação que encontramos nos livros de
mátematica financeira. Caso tenha dúvida entre em contato comigo
que te envio um exemplo na planilha para você.
Se o lançamento for mensal na poupança, posso ajuda-lo.

Regis


Em Segunda-feira, 4 de Agosto de 2014 10:54, Marcelo Gomes
elementos@gmail.com mailto:elementos@gmail.com escreveu:


Olá pessoal da lista, bom dia a todos!


Aos que trabalham com matemática financeira, peço a gentileza, se
tiverem um tempinho de me ajudarem me enviando a fórmula para o
Cálculo do seguinte item:

1- Uma aplicação de caderneta de poupança com as seguintes
características:

Valor Presente

Valor Futuro

Contribuições Mensais

Encontrei diversas calculadoras online, inclusive a do Banco
Central, mas não apresentam os três itens acima.

No Excel a Função VF= fornece o cálculo mas não a fórmula.

O que eu estou querendo é: a partir de um valor inicial, usando
contribuições mensais chegar a um valor futuro, como ocorre na
caderneta de poupança.

Abraços, Marcelo.


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Re: [obm-l] Numero Pi

2013-04-03 Por tôpico J. R. Smolka

Luiz,

Creio que a sua resposta está essencialmente correta. Se, a partir de 
algum ponto da sua representação (decimal, binária, tanto faz) toda a 
sequência de dígitos, contando ou não com o(s) dígito(s) da parte 
inteira da representação, começasse a se repetir, a consequência seria 
que a representação iria tornar-se periódica, o que contradiz a hipótese 
de irracionalidade de pi, como apontou o João Steiner.


Outro enunciado, muito diferente, seria: é possível que uma sequência 
finita arbitrariamente longa de n dígitos consecutivos da representação 
de pi possa repetir-se? Creio que, neste caso, a resposta seja sim.


E é melhor cuidado com o uso da palavra aleatório neste contexto. Não 
creio que a sequência dos dígitos da representação de pi possa ser 
equiparada com uma sequência aleatória. Só para começo de conversa, a 
sequência pode ser reproduzida totalmente sempre, dígito por dígito. Um 
processo aleatório não é pode ser reproduzível desta forma.


[ ]'s

*J. R. Smolka*

/Em 03/04/2013 12:04, luiz silva escreveu:/

Pessoal,

Recentemente questionaram em outra lista se o numero PI poderia conter 
a si mesmo, dentro da sua sequência aleatória de algarismos. Abaixo a 
resposta que dei, e que gostaria de saber se está correta :


Acho que se ele contivesse em dado momento, ele mesmo, então acho 
teriamos algo mais proximo a uma dizima periódica/numero racional, 
pois em um determinado momento (que seja apos infinitas casas 
decimais) todos os números se repitiriam e ele mesmo se repetiria. 
Como Pi contem ele mesmo, essa nova repetição deverá conter outra vez 
o pi, e assim por diante indefinidamente.



3,141516...a3141516..a3141516..a...

Onde a é uma sequência aleatória infinita de algarismos.

Assim, acho que, por absurdo, temos que negar esta afirmação, pois se 
considerarmos essa número como dízima (além do fato de Pi ser 
irracional), ele contém, como periodo, um número irracional, sendo uma 
dízima que não conseguimos chegar a fração geratiz. Ao mesmo tempo não 
é um número irracional, pois ele tem período.


Como não é racional nem irracional(muito menos complexo), este número 
não pode existir.


Bom, não sei se estou certo.

Abs
Felipe


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Re: [obm-l] Re: [obm-l] Geometria(questão meio estranha)

2012-11-01 Por tôpico J. R. Smolka

Tem triângulos assim, sim.

Fixe qualquer um dos lados como base, e seja b o comprimento deste lado 
(em cm). Trace uma reta paralela à base e chame h à distância desta reta 
à base (também em cm). Todos os triângulos cconstruídos com aquela base 
e vértice oposto sobre a reta paralela terão a mesma área S = bh / 2 (em 
cm²).


Queremos que S  2 cm², então basta que bh  4 (independente da medida 
b). Lógico que é perfeitamente possível que b  1000 cm, desde que h 
seja pequeno o suficiente. Para que os outros dois lados também tenham 
comprimento maior que 1000 cm basta escolher o vértice sobre a reta 
paralela afastado mais que 1000 cm do extremo mais próximo do lado 
escolhido como base.


[ ]'s

J. R. Smolka

Em 01/11/2012 09:21, Bernardo Freitas Paulo da Costa escreveu:

2012/11/1 marcone augusto araújo borges marconeborge...@hotmail.com:

Se todos os lados de um triangulo forem maiores do que 1000 cm ,sua área
pode ser menor que 1cm^2 ?
Como responder?

Bom, esse tipo de problema merece um chute. Chute uma das respostas
(sim ou não) e tente ver se dá. Nesse caso, o mais fácil de testar é
a resposta sim: bastaria achar um triângulo satisfazendo todas essas
condições. Para o não, você teria que provar que qualquer que serja
a configuração, não funciona. E ter tentado responder o sim pode
ajudar.

Dica: a área tem a ver com os lados (lembre da fórmula
p(p-a)(p-b)(p-c) = A^2, ou alguma coisa assim). Mas área é
principalmente base*altura/2. A base é um lado, que é maior do que
1000 cm. Se a área for  1 cm^2, então a altura é  2/1000 cm. Tem um
triângulo assim?

Abraços,


=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=


Re: [obm-l] Prove que ...

2012-05-06 Por tôpico J. R. Smolka

Marcone,

A primeira questão é um caso particular do teorema que justifica a 
existência e equivalência dos sistemas de numeração posicionais. O caso 
das potências de 2 forma o sistema binário. Quando são potências de 10 
temos o sistema decimal (embora, se usarmos o algarismo 1 para 
representar a quantidade unitária e o algarismo 0 para representar a 
quantidade nula, a representação do valor da base em qualquer sistema de 
numeração posicional será feita pela sequência de dígitos 10). O 
enunciado genérico é:


Qualquer número natural /X/ pode ser representado, de forma única, como 
um polinômio de potências de um número natural /b/  1 tal que:


/X /= /x_n /./b/^/n/ + /x_n /_-1 ./b/^/n/-1 + ... + /x/_1 ./b/ + /x/_0

com todos os coeficientes tais que 0 = /x_i /  /b/.

Você prova a existência sabendo que, se /q/ e /r/ são, respectivamente, 
o quociente e o resto da divisão inteira de X por b, então:


/X/ = /q/./b/ + /r/

Continue dividindo os quocientes obtidos na divisão até que o último 
quociente seja menor que b, então substitua de volta cada resultado no 
anterior. Para a prova da unicidade assuma a existência de outro 
polinômio /P'/ e mostre que /se X/ = /P/ e /X/ = /P'/ então 
necessariamente /P/ = /P'/.


Quando /b/ = 2 só são admitidos os valores 0 e 1 para os coeficientes. 
Então o polinômio torna-se uma soma de potências de 2.


[ ]'s

*J. R. Smolka*
/
Em 06/05/2012 10:38, marcone augusto araújo borges escreveu:/
1) Prove q todo numero natural pode ser representado como uma soma de 
diversas potencias de base 2


2) Prove q qualquer numero natural pode ser representado como  a soma 
de diversos numeros de Fibonacci

diferentes

Como resolver as questões acima?




Re: [obm-l] Soma

2012-04-24 Por tôpico J. R. Smolka
Obrigado Nehab. Você está certo. Mas, corrigindo isso, o resultado vai 
para (n + 1).2^n - 1, e não para o (n - 1).2^n + 1 que outras pessoas 
encontraram. Porque?


[ ]'s

*J. R. Smolka*

/Em 23/04/2012 19:21, Carlos Nehab escreveu:/

Oi, Smolka,

Na expressão do X - 2X  você se distraiu no sinal do  n.2^n que é 
menos.


Abraços
Nehab

/Em 23/04/2012 16:45, J. R. Smolka escreveu: /

Vejamos...

X = 1.2^0 + 2.2^1 + 3.2^2 + ... + n.2^(n - 1)
2X = 1.2^1 + 2.2^2 + 3.2^3 + ... + n.2^n

X - 2X = 1 + (2 - 1).2^1 + (3 - 2).2^2 + ... + [(n - 1) - (n - 
2)].2^(n - 1) + n.2^n

-X = 1 + 2 + 2^2 + 2^3 + ... + 2^(n - 1) + n.2^n

Os n primeiros termos do lado direito da equação formam uma PG com 
termo inicial a1 = 1 e razão r = 2. A soma destes n primeiros termos 
da PG é igual a:


Sn = a1.(1 - r^n) / (1 - r) = 1 - 2^n

então:

-X = 1 - 2^n + n.2^n = 1 - (n - 1).2^n == X = (n - 1).2^n - 1

Onde errei, então?

[ ]'s

*J. R. Smolka*

/Em 23/04/2012 13:15, Eduardo Wilner escreveu:/

Quase Smolka,

(n-1)2ˆn +1 .

[ ]`s





Re: [obm-l] Soma

2012-04-24 Por tôpico J. R. Smolka

Obrigado Eduardo, isto corrige e explica tudo. Burrice minha.

[ ]'s

*J. R. Smolka*

/Em 24/04/2012 15:43, Eduardo Wilner escreveu:/

Sn = a1.[1 - r^n] / [1 - r] = 2^n - 1 , já que a1 = 1 e r=2 !

A exclamação é exclamação e não fatorial e perdão pelos colchetes já 
que meu gerador de caracteres (ou talvez o teclado) se recusa a fazer 
o parêntesis.


[ ]s

--- Em *ter, 24/4/12, J. R. Smolka /smo...@terra.com.br/* escreveu:


De: J. R. Smolka smo...@terra.com.br
Assunto: Re: [obm-l] Soma
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Data: Terça-feira, 24 de Abril de 2012, 8:43

Obrigado Nehab. Você está certo. Mas, corrigindo isso, o resultado
vai para (n + 1).2^n - 1, e não para o (n - 1).2^n + 1 que outras
pessoas encontraram. Porque?

[ ]'s

*J. R. Smolka*

/Em 23/04/2012 19:21, Carlos Nehab escreveu:/

Oi, Smolka,

Na expressão do X - 2X  você se distraiu no sinal do  n.2^n que é
menos.

Abraços
Nehab

/Em 23/04/2012 16:45, J. R. Smolka escreveu: /

Vejamos...

X = 1.2^0 + 2.2^1 + 3.2^2 + ... + n.2^(n - 1)
2X = 1.2^1 + 2.2^2 + 3.2^3 + ... + n.2^n

X - 2X = 1 + (2 - 1).2^1 + (3 - 2).2^2 + ... + [(n - 1) - (n -
2)].2^(n - 1) + n.2^n
-X = 1 + 2 + 2^2 + 2^3 + ... + 2^(n - 1) + n.2^n

Os n primeiros termos do lado direito da equação formam uma PG
com termo inicial a1 = 1 e razão r = 2. A soma destes n
primeiros termos da PG é igual a:

Sn = a1.(1 - r^n) / (1 - r) = 1 - 2^n

então:

-X = 1 - 2^n + n.2^n = 1 - (n - 1).2^n == X = (n - 1).2^n - 1

Onde errei, então?

[ ]'s

*J. R. Smolka*

/Em 23/04/2012 13:15, Eduardo Wilner escreveu:/

Quase Smolka,

(n-1)2ˆn +1 .

[ ]`s





Re: [obm-l] Soma

2012-04-23 Por tôpico J. R. Smolka

Vejamos...

X = 1.2^0 + 2.2^1 + 3.2^2 + ... + n.2^(n - 1)
2X = 1.2^1 + 2.2^2 + 3.2^3 + ... + n.2^n

X - 2X = 1 + (2 - 1).2^1 + (3 - 2).2^2 + ... + [(n - 1) - (n - 2)].2^(n 
- 1) + n.2^n

-X = 1 + 2 + 2^2 + 2^3 + ... + 2^(n - 1) + n.2^n

Os n primeiros termos do lado direito da equação formam uma PG com termo 
inicial a1 = 1 e razão r = 2. A soma destes n primeiros termos da PG é 
igual a:


Sn = a1.(1 - r^n) / (1 - r) = 1 - 2^n

então:

-X = 1 - 2^n + n.2^n = 1 - (n - 1).2^n == X = (n - 1).2^n - 1

Onde errei, então?

[ ]'s

*J. R. Smolka*

/Em 23/04/2012 13:15, Eduardo Wilner escreveu:/

Quase Smolka,

(n-1)2ˆn +1 .

[ ]`s



Re: [obm-l] Soma

2012-04-22 Por tôpico J. R. Smolka
Ops... cometi o velho erro de trocar o sinal. resposta final deve ser 
(n-1).(2^n) - 1

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=


Re: [obm-l]

2012-04-21 Por tôpico J. R. Smolka

Acho que o enunciado deveria ser: provar que, para x=1 ...

y = (x+1)/x = 1 + 1/x

Se x=1, então 1/x =1, logo y = 2

[ ]'s

*J. R. Smolka*

/Em 21/04/2012 12:15, ruy de oliveira souza escreveu:/
Como se demonstra que para x=0 teremos x+1/x=2  sem o uso de 
limites? Quero dizer, uma provinha algébrica mesmo, sem uso de 
gráficos? Quem souber, agradeço antecipadamente. Abraços 




Re: [obm-l] Soma

2012-04-21 Por tôpico J. R. Smolka

Ok. Então:

S = 1 + 2.2 + 3.2^2 + ... + n.2^(n-1)
2S = 2 + 2.2^2 + 3.2^3 + ... + n.2^n

Só que para obter a PG eu tenho que fazer S - 2S = -S ?? qual o 
significado disso?


[ ]'s

*J. R. Smolka*

/Em 21/04/2012 20:31, douglas.olive...@grupoolimpo.com.br escreveu:/
Iguale a soma a S, multiplique ambos os lados por 2, e subtraia a 
segunda equacao da primeira, terá uma soma dos termos de uma P.G.


On Sat, 21 Apr 2012 20:28:03 +, marcone augusto araújo borges wrote:

Se existir uma fórmula fechada para a soma 1 + 2*2^2 + 3*2^3 + 4*2^4 
+ ... + n*2^(n-1),como encontrá-la?

Agradeço por qualquer esclarecimento?




Re: [obm-l] Re: [obm-l] aritmética

2012-04-15 Por tôpico J. R. Smolka
Abordei o problema com o mesmo método que você Pedro, mas encontrei uma 
divergência quando chegamos nesta expressão:


10/( r1 - 1 )=7/(r2 - 1) == 10*r2 - 10 =7*r1 - 7 == 10*r2 - 7*r1 = 3

O que leva o resultado para r1 = 11 e r2 = 8, logo r1 + r2 = 19 
(alternativa E)


[ ]'s

*J. R. Smolka*

P.S.: No primeiro passo, quando você usou a expressão passando pra base 
decimal, o correto seria dizer que você está expandindo f1 e f2 nos 
seus polinômios equivalentes nas bases r1 e r2.


/Em 15/04/2012 19:26, Pedro Nascimento escreveu:/

Passando pra base decimal temos:

(I) f1=3*r1^(-1)+7*r1^(-2)+3*r1^(-3)+7*r1^(-4)+...

(II) f2=7*r1^(-1)+3*r1^(-2)+7*r1^(-3)+3*r1^(-4)+...

(III) f1=2*r2^(-1)+5*r2^(-2)+2*r2^(-3)+5*r2^(-4)+...

(IV) f2=5*r2^(-1)+2*r2^(-2)+5*r2^(-3)+2*r2^(-4)+...

Somando as equacoes (I) e (II) :

(f2+f1)/10=  r1^-1   +r1^-2  +r1^-3  +r1^-4+...

Somando (III) e (IV):

(f2+f1)/7=r2^-1  +r2^-2  +r2^-3  +r2^-4+...

Assim, como o lado direito das duas equacoes eh uma PG infinita, temos:

(f2+f1)/10=r1^(-1)/(1 - r1^(-1))=1/(r1 - 1)

(f2+f1)/7=r2^(-1)/(1 - r2^(-1))=1/(r2 - 1)

Igualando:

10/( r1 - 1 )=7/(r2 - 2)
10*r2 - 20 =7*r1 - 7

10*r2 - 7*r1 = 13

Como r2 e r1 sao inteiros, resolvendo a equacao diofantina :

r2=7*n + 2
r1=10*n + 1

Tem a restricao de a base R1 ser maior que 7 ( pois aparece o digito 
7) e a base R2 ser maior q 5, logo n=1.


Pelas opcoes do enunciado fazendo n=1, r2=9 e r1=11 , logo : R1+R2=20

Acho q eh isso...
Abracos,
 Pedro.


Em 15 de abril de 2012 18:39, Jefferson Franca jeffma...@yahoo.com.br 
mailto:jeffma...@yahoo.com.br escreveu:


Um aluno muito curioso e estudioso(tomara!) me deu esta questão
durante uma aula semana passada e tentei, tentei e nada!
Será que alguém pode dar um ajuda aí?
Em uma base R1 uma fração F1se escreve como 0,373737...enquanto
que uma fração F2é escrita como0,737373 . Em outra base R2, a
fração F1é escrita como 0,252525... e a fração F2como 0,525252...A
soma R1 + R2no sistema de numeração decimal é:
a) 24b) 22c) 21d) 20e) 19






Re: [obm-l] Re: [obm-l] Não consigo provar

2012-04-14 Por tôpico J. R. Smolka

cis x = cos x + i sen x

Em 14/04/2012 21:38, Eduardo Wilner escreveu:
O que significa E = cis(2π/n) ? Se for cos(2π/n) ( e o aN for an...), 
não vale para n maior que 4, não é ?


[ ]'s

--- Em *sáb, 14/4/12, Heitor Bueno Ponchio Xavier 
/heitor.iyp...@gmail.com/* escreveu:



De: Heitor Bueno Ponchio Xavier heitor.iyp...@gmail.com
Assunto: [obm-l] Não consigo provar
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Data: Sábado, 14 de Abril de 2012, 19:18

Não estou conseguindo provar o seguinte:
Para todo n-ágono equiângulo de lados a1, a2, ..., aN. Vale a relação:
a1 + (a2)E + (a2)E²+... + (an) E^(n-1) = 0. Onde E=cis(2π/n)





Re: [obm-l] probabilidade

2011-11-15 Por tôpico J. R. Smolka
Quando li tive a seguinte intuição: para cada emparelhamento aleatório 
cartão-endereço, no final cada destinatário pode receber seu cartão 
certo ou errado (C ou E).


Então cada situação desta corresponde a um número binário de 4 dígitos, 
desde  até . Sabemos que isto dá 2^4 = 16 possibilidades. Como 
só uma delas interessa (), então a probabilidade seria de 1/16.


Como todo mundo está achando 3/8 eu devo estar errado. Mas onde é a 
fonte do erro?


[ ]

J. R. Smolka

/Em 14/11/2011 22:54, marcone augusto araújo borges escreveu:/
tenho 4 cartoes ,cada um para ser destinado a uma determinada 
pessoa.tenho os 4 endereços,mas não sei qual é o endereço de 
ninguem.qual é a probabilidade de que todos os cartoes  sejam enviados 
para as pessoas erradas


eu fiz e encontrei 3/8
calculei quantas maneiras poderia enviar exatamente 1 certo,exatamente 
2,exatamente 4

deu 15=8+6+1,respectivamente
dai,total 24(4x3x2),menos 15,deu 9
9/24 = 3/8
agradeço por uma solução diferente


Re: [obm-l] A pulga e o elastico

2011-10-08 Por tôpico J. R. Smolka

Rogério,

Este seu problema literamente me deixou com a pulga atrás da orelha :-)

O problema é classico, como você pode ver nesta entrada da Wikipedia 
http://en.wikipedia.org/wiki/Harmonic_series_%28mathematics%29 sobre a 
série harmônica, que traz exatamente este exemplo e aponta para esta 
outra entrada http://en.wikipedia.org/wiki/Ant_on_a_rubber_rope, que 
descreve várias abordagens para a solução do problema da (no caso) /ant 
on a rubber band/.


A entrada não é clara quanto à origem do problema, mas tem o livro /aha! 
Gotcha: paradoxes to puzzle and delight/ do Martin Gardner como 
referência. Talvez lá explique de onde veio o problema.


[ ]'s

*J. R. Smolka*
/
Em 07/10/2011 12:15, Rogerio Ponce escreveu:/

Ola' Bernardo,
como sabemos, pulgas matematicas sao muito persistentes...

Expandindo a sua (correta) solucao - para ninguem ficar no vacuo - vem:

A pulga avanca 1/100 do elastico no primeiro salto, 1/200 no segundo, 
1/300 no terceiro, e assim por diante.
Depois de N saltos, a pulga avancou 1/100 * ( 1 + 1/2 + 1/3 + ... + 
1/N ) do elastico.

Assim, queremos calcular o N para o qual
1 + 1/2 + 1/3 + ... + 1/N vale aproximadamente 100.

Usando a aproximacao para a soma dos N primeiros termos da serie 
harmonica ( vide 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Constante_de_Euler-Mascheroni ), obtemos 
o resultado do Bernardo.


Bernardo, eu sugeri esse problema a um amigo faz uns 4 anos, e nao me 
lembro qual a origem dele...


Re: [obm-l] A pulga e o elastico

2011-10-07 Por tôpico J. R. Smolka

Ok Rogério,

Então eu consigo imaginar dois cenários para o problema: [a] existe um 
referencial galileano absoluto para o elástico e para a pulga - neste 
caso provavelmente a resposta já apresentada por outros colegas da lista 
(a pulga não chega nunca ao final do elástico) está correta; ou [b] 
considerar o elástico como o espaço-tempo da pulga, onde o processo de 
expansão afeta não só o elástico, mas também a própria pulga e seu 
referencial de medida de distância - neste caso me parece que o tempo 
seria idêntico ao caso trivial da não expansão do elástico.


O que você acha disso?

[ ]'s

*J. R. Smolka*

/Em 07/10/2011 08:29, Rogerio Ponce escreveu:/
como todo elastico bem comportado, ele estica uniformemente entre as 2 
extremidades.


/Em 6 de outubro de 2011 21:28, J. R. Smolka smo...@terra.com.br 
mailto:smo...@terra.com.br escreveu:/


Depende... para qual lado o elástico estica? No mesmo sentido ou
no sentido contrário ao deslocamento da pulga?

/Em 06/10/2011 18:04, Rogerio Ponce escreveu:/

Ola' pessoal,
no instante zero, uma pulga inicia uma viagem sobre um elastico
de 1metro, indo de uma extremidade para a outra, dando saltos de
1cm de comprimento a cada segundo.
Entretanto, meio segundo apos o inicio da viagem, o elastico
comeca a sofrer um puxao a cada segundo, de tal forma que ele
estica mais 1 metro a cada puxada.
Assim, com saltos e puxoes intercalados, pergunta-se:
- Quanto tempo levara' a viagem?




Re: [obm-l] COMO É QUE RESOLVE ESSA ? MATEMÁTICA FINANCEIRA

2010-12-13 Por tôpico J. R. Smolka

Robério,

Acho que o enunciado poderia ser mais claro. Vou fazer algumas 
suposições que considero razoáveis para o caso, porém não garanto que 
estejam certas. Vejamos o que diz o problema (conforme vc citou):


/Um industrial toma um empréstimo de R$ 500.000,00 por 4 anos, com juro 
de 40% ao ano, capitalizados trimestralmente. Passado algum tempo, o 
industrial propõe saldar a dívida em 3 pagamentos iguais, realizáveis no 
fim do 2º, 3º e 4º anos, respectivamente. Calcule o valor desses 
pagamentos, sabendo que a taxa de desconto empregada na transação é de 
36% ao ano com capitalizações semestrais./


Taxa de juro nominal de 40% aa com capitalizaçao trimestral corresponde 
a uma taxa de juros de 10% at (ao trimestre). Um empréstimo de R$ 
500.000,00 tomado por 4 anos nestas condições (supondo pagamento único  
no final dos 4 anos) nos dá: n = 4 x 4 = 16 trimestres. FV = PV x (1 + 
i)^n = 500.000,00 x (1 + 0,1)^16 = 2.297.486,49.


Para a nova proposta a taxa de juro nominal é de 36% aa com 
capitalização semestral, portanto a taxa de juro é de 18% as (ao 
semestre. A série de pagamentos proposta é:


1s 2s 3s 4s  5s 6s 
7s8s

--+--+--+---+--+--+-+--+
| 
||
| 
||
V 
VV


P 
PP


O valor futuro desta série deve ser igual ao valor futuro da situação 
inicial. Então:


P x (1 + 0,18)^4 + P x (1 + 0,18)^2 + P = 2.297.486,49 -- P = 
2.297.486,49 / (1,18^4 + 1,18^2 + 1) -- P = 530.453,06.


Ou é isso ou tem alguma premissa errada no que considerei antes, porque 
acho que conceitualmente está tudo certo.


[ ]'s

*J. R. Smolka*



Re: [obm-l] Divisão na base 5

2010-10-28 Por tôpico J. R. Smolka

/Em 28/10/2010 09:32, Paulo Argolo escreveu:/

QUESTÃO:
 Efetuar a divisão de 413(5) por 21(5), sem converter o dividendo ao 
sistema decimal, fornecendo o quociente e o resto também na base 5.


Paulo,

Primeiro é bom termos à mão a tabuada de multiplicação na base 5:

x  0  1  2  3  4
0  0  0  0  0  0
1  0  1  2  3  4
2  0  2  4 11 13
3  0  3 11 14 22
4  0  4 13 22 31

Aplicando o algoritmo da divisão entre números inteiros (na base 5):

 413 |21
-21  +-
---   14
 203
-134

  14

Portanto o resultado (base 5) é quociente 14 e resto 14.

Vamos verificar no sistema decimal.

413(5) = 4 x 25 + 1 x 5 + 3 x 1 = 100 + 5 + 3 = 108;
21(5) = 2 x 5 + 1 x 1 = 10 + 1 = 11;
14(5) = 1 x 5 + 4 x 1 = 5 + 4 = 9.

Dividindo 108 por 11 (no sistema decimal):

 108 |11
- 99 +
  9
   9

Portanto está tudo aparentemente certo.

[ ]'s

*J. R. Smolka*


Re: [obm-l] Combinatória

2008-05-21 Por tôpico J. R. Smolka




Oi Rogrio,

Gostei da elegncia e smplicidade. Pessoalmente segui outra linha de
racioccio, por induo: se eu s tenho pontos novos de interseo a
partir de n=4 (o que torna N=3), como  a sequncia do
nmero de pontos novos de interseo agregados pela insero sucessiva
dos pontosdados , do 4o at o n-simo. Enfim... Testei
numericamente as duas expresses, e do resultados iguais pelo menos
at n=100.

Mas ainda estou encafifado com uma coisa no seu raciocnio. Eu tenho n
pontos (P1 a Pn) que definem C(n,2) retas.
Escolhendo uma reta ao acaso, digamos Rij (unindo Pi a Pj),
das C(n-2,2) demais retas, n-2 passam por Pi, e n-2
passam por Pj, e no criam intersees distintas dos n
pontos dados (porque s interceptam Rij em Pi ou em Pj).

Errei eu? Errou voc? Erramos ambos? Ningum errou?

[ ]'s

J. R. Smolka

  Ola' Smolka,
com "n" pontos, obtemos C(n,2) retas.

Como cada reta (definida por 2 pontos) e' interceptada por todas as
outras definidas pelos n-2 pontos restantes, entao existem C(n-2,2)
intersecoes a serem consideradas sobre cada reta.

Mas repare que cada intersecao pertence a 2 retas, de modo que o
numero total de intersecoes sera'
1/2 * C(n-2,2) * C(n,2)

Ou seja,
n(n-1)(n-2)(n-3)/8





=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=


[obm-l] Combinatória

2008-05-20 Por tôpico J. R. Smolka




Queria um reality check dos participantes sobre esta questo:

So dados n pontos em um plano e unem-se estes pontos dois a
dois formando retas, de tal forma que:

  Nunca trs pontos quaisquer pertencem  mesma reta;
  Nunca duas retas quaisquer so paralelas;
  Nunca trs retas quaisquer interceptam-se no mesmo ponto.

Determinar o nmero N dos pontos de interseo destas retas que
sejam distintos dos n pontos dados.

A resposta que encontrei foi: N=0 se n4; N=somatrio
para k=4 at n de [((k^3+11k)/2)-3(k^2+1)]
se n=4.

[ ]'s

J. R. Smolka 



=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
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Re: [obm-l] Polinômios de variável co mplexa

2008-05-18 Por tôpico J. R. Smolka




Ralph e Bruno,

Puxão de orelha devidamente compreendido e aceito. É  isso que dá não
ler com atenção antes de falar... E realmente quando mandei aquela
mensagem a penúltima resposta do Ralph ainda não tinha chegado no meu
inbox (embora isto não sirva como desculpa para a minha "burrada"  :-) ).

Bernardo,

Sim, já ouvi falar de funções holomórficas (ou analíticas), e seu
comentário é interessante, embora a análise que o Ralph  fez (e o
Bruno  "destrinchou" ) não necessite de tudo isto.

Ojesed,

Ainda não tenho certeza se o método de Cardano seria aplicável
diretamente se este fosse um polinômio, digamenos, menos
bem-comportado. Mas, como já disse, a abordagem do Ralph tornou tudo
isto desnecessário.

Resumo da ópera, para encerrar esta thread:

  O Teorema Fundamental da Álgebra (TFA) vale para polinômios de
variável complexa, então P(x) tem 3 raízes (reais ou complexas,
contando as multiplicidades);
  
  Se k=0, P(x) tem três raízes reais: x1=-1, x2=-3 e x3=-5;
  Qualquer que seja k0,  P(-2)=-3 e  P(-4)=3;
  Restringindo x a pertencer a R, a análise do comportamento do
sinal de P(x) mostra que, para qualquer k0, as três raízes de P(x)
são sempre reais, uma no intervalo (-inf,-2), outra no intervalo
(-2,-4) e a terceira no intervalo (-4,+inf). Portanto, pelo TFA, estas
são as únicas raízes possíveis para P(x);
  Se r é uma das raízes de P(x) para um dado k, então
Q(r)=[(r+1)(r+3)(r+5)]/[(r+2)(r+4)]=-k. Então r só pode existir onde
Q(r)=0;
  Analisando o comportamento do sinal de Q(r) obtemos o lugar
geométrico procurado, que é: {x pertencente a R tal que x=-5 ou
-4x=-3 ou -2x=-1}.

[ ]'s
Esta questão foi da prova de álgebra do IME 1976/1977. Vou
transliterar
um pouco o enunciado.
  
Seja P(x)=(x+1)(x+3)(x+5)+k(x+2)(x+4), com x complexo e k real
positivo.
Desenhar no plano complexo o lugar geométrico  das raízes de P(x)=0
para todos os valores possíveis de k.
  
Tentei o seguinte: se z=a+bi é raiz de P(x), então P(z)=0, o que
implica
que Re[P(z)]=0 e Im[P(z)]=0, então daria para obter expressões em
função
de a e b que descrevessem o lugar geométrico procurado. Só que as
expressões parecem intratáveis.
  
Alguma outra idéia? 
J. R. Smolka



=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=


Re: [obm-l] Polinômios de variável complexa

2008-05-15 Por tôpico J. R. Smolka
Obrigado ao Ojesed pela idéia de fazer uma 
substituição de variável do tipo z=(x+1) para 
simplificar a análise. Deve ser útil. Mas não dá 
para aplicar Cardano diretamente, porque (repito) 
este é um polinômio de variável complexa. Cardano 
serve para resolver equações cúbicas de variável 
real (possivelmente válido até se os coeficientes 
forem complexos), que não é o caso aqui.


Não é a primeira vez que esta confusão acontece. 
Será porque a variável usada é x (que induz a 
pensar em números reais) em vez de z (como é 
comum para números complexos)? Pensar em x como 
um vetor de coordenadas cartesianas (a,b) ou 
polares (|x|,arg(x)) ajuda o raciocínio.


Para os que (ainda) se interessarem no problema, 
lembro que uma função de C em C tem como domínio 
todo o plano de Argand, e a imagem será pelo 
menos um subconjunto (não necessariamente contínuo) de todo o plano de Argand.


Neste caso, como a função é um polinômio de grau 
3, cada ponto x do plano domínio é mapeado para 
um ponto do plano imagem através das translações 
e rotações provocadas pela  potenciação de x e 
pela multiplicação de x por números reais.


A questão inicial, então, é descobrir que região 
do plano de Argand pode possuir raízes de P(x)=0. 
Depois determinar a localização destes pontos 
nesta região (em função de k, que é um número 
real). E, finalmente, analisar a figura 
geométrica descrita pelo deslocamento destes 
pontos no plano de argand quando k varia entre 0 e +inf.


Exemplo do raciocínio da primeira parte: não 
existe x tal que P(x)=0 na região do plano de 
Argand definida por 0=arg(x)pi/4 porque neste 
caso im(x)0, im(x^2)0 e im(x^3)0, o que torna impossível que im(P(z))=0.


Como disse antes, consigo enxergar as regiões do 
plano de Argand definidas por arg(z)=pi/2 (o 
semi-eixo imaginário positivo, excluída a origem) 
e por arg(z)=pi (o semi-eixo real negativo, 
também excluída a origem) como candidatas a 
hospedeiras das raízes de P(x)=0. Mas será que a 
minha visão geométrica está correta e completa?


Ainda não desenvolvi a álgebra destes casos para 
verificar se um, outro ou ambos são compatíveis 
com P(x) (afinal de contas, estou fazendo isto 
por puro diletantismo, e o tempo livre para 
raciocinar livremente anda meio curto ;-)). Mas 
continuo interessado em idéias a respeito.


[ ]'s

Esta questão foi da prova de álgebra do IME 
1976/1977. Vou transliterar um pouco o enunciado.


Seja P(x)=(x+1)(x+3)(x+5)+k(x+2)(x+4), com x 
complexo e k real positivo. Desenhar no plano 
complexo o lugar geométrico  das raízes de 
P(x)=0 para todos os valores possíveis de k.


Tentei o seguinte: se z=a+bi é raiz de P(x), 
então P(z)=0, o que implica que Re[P(z)]=0 e 
Im[P(z)]=0, então daria para obter expressões em 
função de a e b que descrevessem o lugar 
geométrico procurado. Só que as expressões parecem intratáveis.


Alguma outra idéia?


J. R. Smolka  

Re: [obm-l] Polinômios de variável complexa

2008-05-13 Por tôpico J. R. Smolka

Primeiramente obrigado à Alane e ao Ralph pelas sugestões. Vamos por partes:

A Alane lembrou que se z é uma raiz do polinômio, 
então o conjugado complexo de z também será raiz. 
Não tenho certeza absoluta, mas acho que este 
princípio se mantém para funções polinomiais de C em C.


O Ralph fez uma análise como se o polinômio fosse 
função de R em R, que não é o caso. Mas me deu 
algumas idéias sobre como atacar o problema. Até 
agora estou apenas no nível qualitativo. Depois 
vou tentar resolver a álgebra (a menos que alguém 
me mostre que esta linha de raciocínio não tem 
futuro :-)). O que estou pensando é:


1) Se k=0, P(x) tem três raízes reais em x=-1, x=-3 e x=-5.

2) Deve existir uma faixa de valores 0k=k1 para 
a qual P(x) ainda apresenta três raízes reais, 
que vão excursionar em algum trecho do 
semi-eixo real negativo. A investigar: (a) Qual o 
valor de k1? (estudo de máximos/mínimos/inflexões 
via P'(x)=0 deve ajudar nisso); (b) qual(is) 
intervalo(s) do semi-eixo real negativo é(são) percorrido(s) pelas raízes?


3) Se kk1 então deve continuar a existir uma 
raiz real (que também excursiona no semi-eixo 
real negativo) e um par de raízes complexas 
conjugadas. Sobre a raiz real a pergunta é: qual 
o seu intervalo de excursão? Sobre as raízes 
complexas o raciocínio é mais longo...


4) Temos que P(x)=x^3+(k+9)x^2+(6k+23)x+(8k+15). 
Se z=r.e^(i.a) é raiz de P(x), então 
r^3.e^(i.3a)+(k+9)r^2.e^(i.2a)+(6k+23)r.e^(i.a)+(8k+15)=0. 
Então temos quatro componentes, com argumentos 
complexos 0 (número real), a, 2a e 3a. De cara 
enxergo como candidatos a raiz os números 
complexos na forma z=r.e^(i.pi/2), onde o valor 
de r depende de k. Desta forma, o componente de 
argumento complexo 2a=2.pi/2=pi  pode anular o 
componente de argumento complexo 0, e o 
componente de argumento complexo 3a=3.pi/2 pode 
anular o componente de argumento complexo a=pi/2. 
Se isto realmente for possível (tenho que 
verificar a álgebra), então z excursiona em um 
intervalo do semi-eixo imaginário positivo, com 
este intervalo limitado em (pelo menos) um valor 
que é função de k1, e o seu conjugado complexo 
vai ter um comportamento espelhado no semi-eixo imaginário negativo.


Então minha primeira visão (qualitativa) para o 
lugar geométrico procurado é: um conunto de 
intervalos (possivelmente contínuos ou 
parcialmente sobrepostos) no semi-eixo real 
negativo, um intervalo (talvez finito) no 
semi-eixo imaginário positivo e o seu espelho 
no semi-eixo imaginário negativo.


Críticas? Sugestões?

[ ]'s

Esta questão foi da prova de álgebra do IME 
1976/1977. Vou transliterar um pouco o enunciado.
Seja P(x)=(x+1)(x+3)(x+5)+k(x+2)(x+4), com x 
complexo e k real positivo. Desenhar no plano 
complexo o lugar geométrico  das raízes de 
P(x)=0 para todos os valores possíveis de k.
Tentei o seguinte: se z=a+bi é raiz de P(x), 
então P(z)=0, o que implica que Re[P(z)]=0 e 
Im[P(z)]=0, então daria para obter expressões em 
função de a e b que descrevessem o lugar 
geométrico procurado. Só que as expressões parecem intratáveis.



J. R. Smolka  

[obm-l] Polinômios de variável complexa

2008-05-09 Por tôpico J. R. Smolka
Esta questão foi da prova de álgebra do IME 
1976/1977. Vou transliterar um pouco o enunciado.


Seja P(x)=(x+1)(x+3)(x+5)+k(x+2)(x+4), com x 
complexo e k real positivo. Desenhar no plano 
complexo o lugar geométrico  das raízes de P(x)=0 
para todos os valores possíveis de k.


Tentei o seguinte: se z=a+bi é raiz de P(x), 
então P(z)=0, o que implica que Re[P(z)]=0 e 
Im[P(z)]=0, então daria para obter expressões em 
função de a e b que descrevessem o lugar 
geométrico procurado. Só que as expressões parecem intratáveis.


Alguma outra idéia?

[ ]'s


J. R. Smolka  

Re: [obm-l] ajuda

2008-04-23 Por tôpico J. R. Smolka

At 06:08 22/4/2008, [EMAIL PROTECTED] wrote:


EM UM CICLO DE TRÊS CONFERÊNCIAS, QUE OCORRERAM EM HORÁRIOS DISTINTOS, HAVIA
SEMPRE O MESMO NÚMERO DE PESSOAS ASSISTINDO A CADA UMA DELAS. SABE-SE QUE
A METADE DOS QUE COMPARECERAM À PRIMEIRA CONFERÊNCIA NÃO FOI A MAIS NENHUMA
OUTRA; UM TERÇO DOS QUE COMPARECERAM À SEGUNDA CONFERÊNCIA ASSISTIU A APENAS
ELA E UM QUARTO DOS QUE COMPARECERAM À TERCEIRA CONFERÊNCIA NÃO ASSISTIU
NEM A PRIMEIRA NEM A SEGUNDA. SABENDO AINDA QUE HAVIA UM TOTAL DE 300 PESSOAS
PARTICIPANDO DO CICLO DE CONFERÊNCIAS, E QUE CADA UMA ASSISTIU A PELO MENOS
UMA CONFERÊNCIA, O NÚMERO MÁXIMO DE PESSOAS EM CADA CONFERÊNCIA FOI:
A) 180 B) 80 C) 156 D) 210 E) 96


Sejam:

A = {participantes da 1a conferência}
B = {participantes da 2a conferência}
C = {participantes da 3a conferência}

Então (do enunciado): N(A) = N(B) = N(C) = n

Sejam também:

A' = {participantes somente da 1a conferência}
B' = {participantes somente da 2a conferência}
C' = {participantes somente da 3a conferência}

Então (também do enuncuiado): N(A') = n/2; N(B') = n/3; N(C') = n/4

Como N(A'), N(B') e N(C') são inteiros não 
negativos -- n é múltiplo de 12 (elimina as opções (b) e (d) ;-))


Sejam ainda:

X = {participantes da 1a e da 2a conferências, mas não da 3a} -- N(X)=x
Y = {participantes da 1a e da 3a conferências, mas não da 2a} -- N(Y)=y
Z = {participantes da 2a e da 3a conferências, mas não da 1a} -- N(Z)=z
W = {participantes das 3 conferências} -- N(W)=w

Armando o diagrama de Venn, de acordo com o 
enunciado e com estas definições, encontramos as seguintes equações:


x + y + w = n/2  [1]
x + z + w = 2.n/3[2]
y + z + w = 3.n/4[3]
x + y + z + w + n/2 + n/3 + n/4 = 300[4]

Então:

[4] - [3] -- x = 300 - 11.n/6   [5]
[4] - [2] -- y = 300 - 7.n/4[6]
[4] - [1] -- z = 300 - 19.n/12  [7]

Substituindo [5], [6] e [7] em [4] -- w = 49.n/12 - 600 [8]

x, y, z e w são inteiros, e o valor de n tem de 
ser tal que todos sejam, simultaneamente, não negativos. Então:


[5] -- n = 163 \
[6] -- n = 171  \
[7] -- n = 189  / 147 = n = 163
[8] -- n = 147 /

O único múltiplo de 12 neste intervalo é 156 -- a resposta correta é (c)


J. R. Smolka