Re: [obm-l] Impossibilidade do movimento

2004-01-25 Por tôpico Nicolau C. Saldanha
On Sat, Jan 24, 2004 at 04:26:38PM -0200, Frederico Reis Marques de Brito wrote:
> (Isto é falso. Embora concorde em ter-se uma certa estranheza inicial, mas o 
> fato é que qdo somamos termos que tendem a zero, talvez a soma ainda possa 
> ser finita. Tal como ocorre com 1/10^n. Entretanto, é necessário dizer que 
> apenas em algumas sequências a soma converge, precisamente, qdo as séries 
> são convergentes. Imagine o seguinte:
> 2=1,99..., o que essa igualdade significa?

Eu não tenho participado diretamente desta conversa, mas já que chegamos
ao famigerado 0.99... = 1, recomendo que deem uma olhada nas *MUITAS*
mensagens que já foram escritas nesta lista sobre este persistente tema.

Você pode começar pela mensagem abaixo e seguir os links:

http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.200310/msg00348.html

Obrigado ao Duda = Eduardo Stabel por fazer esta lista de mensagens,
mas conferindo, acho que alguns destes links estão trocados, não?

[]s, N.




=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


Re: [obm-l] Impossibilidade do movimento

2004-01-24 Por tôpico Frederico Reis Marques de Brito
Vou entremear minha resposta na sua.
FRederico.
From: "Marcelo Augusto Pereira" <[EMAIL PROTECTED]>
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: <[EMAIL PROTECTED]>
Subject: Re: [obm-l] Impossibilidade do movimento
Date: Sat, 24 Jan 2004 13:02:41 -0200
1)Partindo desse princípio, pode-se dizer que a cada termo adicionado 
naquela
soma, o valor total aumenta. Por exemplo, se eu utilizar 10 termos eu tenho
um valor; se eu utilizar 100 termos eu tenho outro maior, e assim
sucessivamente.
(até aqui está certo.)

2)Desse modo, como a soma é infinita e possui estritamente
termos positivos, seu resultado deveria ser infinito.
(Isto é falso. Embora concorde em ter-se uma certa estranheza inicial, mas o 
fato é que qdo somamos termos que tendem a zero, talvez a soma ainda possa 
ser finita. Tal como ocorre com 1/10^n. Entretanto, é necessário dizer que 
apenas em algumas sequências a soma converge, precisamente, qdo as séries 
são convergentes. Imagine o seguinte:
2=1,99..., o que essa igualdade significa? Significa que se de 1 somamos 
0,9, 0,09, 0,009, etc..., somando assim cada vez uma quantidade menor, 
completamos 2 inteiros se efetuarmos a soma das infinitas parcelas. Se 
pararmos em qq etapa teremos um pouco menos que 2...)

3) No entanto, pelos
conhecimentos atuais de matemática, isso não ocorre. Muito estranho!
(bom, esses conceitos aparentemente simples envolvem em realidade coisas 
profundas tais como a idéia de ínfimo e a própria construção dos números 
reais, portanto entendo perfeitamente suas dúvidas. Não sei qual a sua 
formação, mas de qq forma, tente ver o livro Análise1 - Do Elon Lages Lima, 
Projeto Euclides-SBM, os capítulos III e IV, talvez ajude um pouco... )]]


- Original Message -
From: "Frederico Reis Marques de Brito" <[EMAIL PROTECTED]>
To: <[EMAIL PROTECTED]>
Sent: Saturday, January 24, 2004 9:47 AM
Subject: Re: [obm-l] Impossibilidade do movimento
> Isto é absolutamente falso. Observe que 1/(10^n)   tende a  0quando
n
> tender a infinito, de forma estritamente decrescente, isto é , se  n > m
=>
> 1/(10^n) < 1/(10^m), mas 0 não é um termo dessa sequência. Posto isto , 
é
> fácil ver que não existe um menor número e que as demais parcelas são
> múltiplas desta...
>
> Frederico.
>
>
> >From: "Marcelo Augusto Pereira" <[EMAIL PROTECTED]>
> >Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
> >To: <[EMAIL PROTECTED]>
> >Subject: Re: [obm-l] Impossibilidade do movimento
> >Date: Fri, 23 Jan 2004 22:10:01 -0200
> >
> >O fato de essa soma ser calculável(1/9)  não indica que existe um 
número
de
> >valor muito pequeno e que esse número seria o valor mínimo que possa
> >existir? Assim todos os outros números seriam múltiplos desse menor 
valor
> >possível, ou seja, esse número seria algo como um valor quântico. Dessa
> >forma, também existiria uma unidade quântica de deslocamento linear, o
que
> >faria com que a quantidade de pontos em um segmento de reta não fosse
> >infinita e o movimento fosse possível. Se para cada número existisse um
> >menor, a soma teria que ser infinita, e o resultado infinito.
> >
> >----- Original Message -
> >From: "Frederico Reis Marques de Brito" <[EMAIL PROTECTED]>
> >To: <[EMAIL PROTECTED]>
> >Sent: Friday, January 23, 2004 9:27 PM
> >Subject: RE: [obm-l] Impossibilidade do movimento
> >
> >
> > >
> > > Essencialmente esse problema é ujm dos paradoxos de Zenão, um grego
> >antigo
> > > que usava a idéia de infinito para chegar a conclusões aparentemente
> > > absurdas, tais como a impossibilidade do movimento, por exemplo. 
Agora
> >vou
> > > dar uma de Dirichlet, o da lista é claro: Pense no seguinte, uma 
soma
de
> > > infinitas parcelas positivas é sempre infinito, ou não
necessariamente?
> >Para
> > > ajudar nessa resposta, pense em calcular, por exemplo: 1/10 + 1/100 
+
> >1/1000
> > > + ...   . Bom e agora, o que tudo isto tem a ver com sua pergunta?
> > >
> > > Espero ter ajudado, apesar dessa resposta meio enigmática, mas acho
que
> > > assim auxilio mais!
> > >
> > > Frederico.
> > >
> > > >From: "Marcelo Augusto Pereira" <[EMAIL PROTECTED]>
> > > >Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
> > > >To: <[EMAIL PROTECTED]>
> > > >Subject: [obm-l] Impossibilidade do movimento
> > > >Date: Fri, 23 Jan 2004 19:05:25 -0200
> > > >
> > > >Entre dois números reais há infinitos outros. Considere um segmento
de
> >reta
> > > >com o número 0 assinalado em uma ponta e o número 1 marcado na 
outra.
> > > >Considere também que esse segmento de reta foi representa

Re: [obm-l] Impossibilidade do movimento

2004-01-24 Por tôpico Fabio Henrique
Acho curioso que sempre que se toca no assunto "Paradoxo de Aquiles e a 
Tartaruga", de Zenon, sempre se recorre a somas infinitas como explicação do 
paradoxo. Mesmo quando o assunto foi questão da prova da UFRJ, o argumento 
usado foi o mesmo. 
Parece-me que a explicação do paradoxo é o fato de que este foi construído 
sobre condições idealizadas e não reais. Há um momento em que a distância 
entre Aquiles e a tartaruga seria tão pequena (segundo as parcelas da soma 
infinita) que chegaria a ser menor do que o pé da tartaruga. Nunca 
vi/ouvi/li ninguém argumentar que o paradoxo criado por Zenon considera 
tanto a tartaruga quanto Aquiles como objetos pontuais, sem dimensão. O que 
de fato contraria o nosso senso prático. 
Estaria eu pensando bobagem? 

24 Jan 2004, [EMAIL PROTECTED] escreveu: 

>Partindo desse princípio, pode-se dizer que a cada termo adicionado naquela 
>soma, o valor total aumenta. Por exemplo, se eu utilizar 10 termos eu tenho 
>um valor; se eu utilizar 100 termos eu tenho outro maior, e assim 
>sucessivamente. Desse modo, como a soma é infinita e possui estritamente 
>termos positivos, seu resultado deveria ser infinito. No entanto, pelos 
>conhecimentos atuais de matemática, isso não ocorre. Muito estranho! 
> 
>- Original Message - 
>From: "Frederico Reis Marques de Brito" 
>To: 
>Sent: Saturday, January 24, 2004 9:47 AM 
>Subject: Re: [obm-l] Impossibilidade do movimento 
> 
>> Isto é absolutamente falso. Observe que 1/(10^n) tende a 0 quando 
>n 
>> tender a infinito, de forma estritamente decrescente, isto é , se n > m 
>=> 
>> 1/(10^n) < 1/(10^m), mas 0 não é um termo dessa sequência. Posto isto , é 
>> fácil ver que não existe um menor número e que as demais parcelas são 
>> múltiplas desta... 
>> 
>> Frederico. 
>> 
>> 
>> >From: "Marcelo Augusto Pereira" 
>> >Reply-To: [EMAIL PROTECTED] 
>> >To: 
>> >Subject: Re: [obm-l] Impossibilidade do movimento 
>> >Date: Fri, 23 Jan 2004 22:10:01 -0200 
>> > 
>> >O fato de essa soma ser calculável(1/9) não indica que existe um número 
>de 
>> >valor muito pequeno e que esse número seria o valor mínimo que possa 
>> >existir? Assim todos os outros números seriam múltiplos desse menor 
valor 
>> >possível, ou seja, esse número seria algo como um valor quântico. Dessa 
>> >forma, também existiria uma unidade quântica de deslocamento linear, o 
>que 
>> >faria com que a quantidade de pontos em um segmento de reta não fosse 
>> >infinita e o movimento fosse possível. Se para cada número existisse um 
>> >menor, a soma teria que ser infinita, e o resultado infinito. 
>> > 
>> >- Original Message - 
>> >From: "Frederico Reis Marques de Brito" 
>> >To: 
>> >Sent: Friday, January 23, 2004 9:27 PM 
>> >Subject: RE: [obm-l] Impossibilidade do movimento 
>> > 
>> > 
>> > > 
>> > > Essencialmente esse problema é ujm dos paradoxos de Zenão, um grego 
>> >antigo 
>> > > que usava a idéia de infinito para chegar a conclusões aparentemente 
>> > > absurdas, tais como a impossibilidade do movimento, por exemplo. 
Agora 
>> >vou 
>> > > dar uma de Dirichlet, o da lista é claro: Pense no seguinte, uma soma 
>de 
>> > > infinitas parcelas positivas é sempre infinito, ou não 
>necessariamente? 
>> >Para 
>> > > ajudar nessa resposta, pense em calcular, por exemplo: 1/10 + 1/100 + 
>> >1/1000 
>> > > + ... . Bom e agora, o que tudo isto tem a ver com sua pergunta? 
>> > > 
>> > > Espero ter ajudado, apesar dessa resposta meio enigmática, mas acho 
>que 
>> > > assim auxilio mais! 
>> > > 
>> > > Frederico. 
>> > > 
>> > > >From: "Marcelo Augusto Pereira" 
>> > > >Reply-To: [EMAIL PROTECTED] 
>> > > >To: 
>> > > >Subject: [obm-l] Impossibilidade do movimento 
>> > > >Date: Fri, 23 Jan 2004 19:05:25 -0200 
>> > > > 
>> > > >Entre dois números reais há infinitos outros. Considere um segmento 
>de 
>> >reta 
>> > > >com o número 0 assinalado em uma ponta e o número 1 marcado na 
outra. 
>> > > >Considere também que esse segmento de reta foi representado no chão 
>com 
>> >um 
>> > > >risco de um metro de comprimento. Para cada número entre 0 e 1 há um 
>> >ponto 
>> > > >correspondente no segmento de reta e, conseqüentemente, no risco 
>> >marcado 
>> >no 
>> >

Re: [obm-l] Impossibilidade do movimento

2004-01-24 Por tôpico Ricardo Bittencourt
Marcelo Augusto Pereira wrote:

Partindo desse princípio, pode-se dizer que a cada termo adicionado naquela
soma, o valor total aumenta. Por exemplo, se eu utilizar 10 termos eu tenho
um valor; se eu utilizar 100 termos eu tenho outro maior, e assim
sucessivamente. Desse modo, como a soma é infinita e possui estritamente
termos positivos, seu resultado deveria ser infinito. 
Se o teu racicíonio de que existe um menor número
quântico fosse verdadeiro, então você teria razão, toda soma
de infinita de termos positivos daria infinito.
Mas a suposição do número quântico é falsa. Para cada
menor número quântico q, eu sempre posso achar vários números
menores, por exemplo, (q/2) ou (q/3). E quando os números decrescem
numa série infinita, existe a chance do resultado não
ser infinito, isso é o que chamamos de séries convergentes.
Nessas séries, apesar de a soma com (n+1) termos ser sempre
maior que a soma com n termos, ela é sempre menor que um
dado número para qualquer número de termos.
Como exemplo, tente fazer (1/2)+(1/4)+(1/8)+...
Isso converge para o valor 1, e é fácil de ver graficamente,
basta pegar um quadrado de área 1 e ir cortando no meio
cada pedaço sucessivamente.

Ricardo Bittencourt   http://www.mundobizarro.tk
[EMAIL PROTECTED]   "tenki ga ii kara sanpo shimashou"
-- União contra o forward - crie suas proprias piadas --
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Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
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Re: [obm-l] Impossibilidade do movimento

2004-01-24 Por tôpico Marcelo Augusto Pereira
Partindo desse princípio, pode-se dizer que a cada termo adicionado naquela
soma, o valor total aumenta. Por exemplo, se eu utilizar 10 termos eu tenho
um valor; se eu utilizar 100 termos eu tenho outro maior, e assim
sucessivamente. Desse modo, como a soma é infinita e possui estritamente
termos positivos, seu resultado deveria ser infinito. No entanto, pelos
conhecimentos atuais de matemática, isso não ocorre. Muito estranho!

- Original Message - 
From: "Frederico Reis Marques de Brito" <[EMAIL PROTECTED]>
To: <[EMAIL PROTECTED]>
Sent: Saturday, January 24, 2004 9:47 AM
Subject: Re: [obm-l] Impossibilidade do movimento


> Isto é absolutamente falso. Observe que 1/(10^n)   tende a  0quando
n
> tender a infinito, de forma estritamente decrescente, isto é , se  n > m
=>
> 1/(10^n) < 1/(10^m), mas 0 não é um termo dessa sequência. Posto isto , é
> fácil ver que não existe um menor número e que as demais parcelas são
> múltiplas desta...
>
> Frederico.
>
>
> >From: "Marcelo Augusto Pereira" <[EMAIL PROTECTED]>
> >Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
> >To: <[EMAIL PROTECTED]>
> >Subject: Re: [obm-l] Impossibilidade do movimento
> >Date: Fri, 23 Jan 2004 22:10:01 -0200
> >
> >O fato de essa soma ser calculável(1/9)  não indica que existe um número
de
> >valor muito pequeno e que esse número seria o valor mínimo que possa
> >existir? Assim todos os outros números seriam múltiplos desse menor valor
> >possível, ou seja, esse número seria algo como um valor quântico. Dessa
> >forma, também existiria uma unidade quântica de deslocamento linear, o
que
> >faria com que a quantidade de pontos em um segmento de reta não fosse
> >infinita e o movimento fosse possível. Se para cada número existisse um
> >menor, a soma teria que ser infinita, e o resultado infinito.
> >
> >----- Original Message -----
> >From: "Frederico Reis Marques de Brito" <[EMAIL PROTECTED]>
> >To: <[EMAIL PROTECTED]>
> >Sent: Friday, January 23, 2004 9:27 PM
> >Subject: RE: [obm-l] Impossibilidade do movimento
> >
> >
> > >
> > > Essencialmente esse problema é ujm dos paradoxos de Zenão, um grego
> >antigo
> > > que usava a idéia de infinito para chegar a conclusões aparentemente
> > > absurdas, tais como a impossibilidade do movimento, por exemplo. Agora
> >vou
> > > dar uma de Dirichlet, o da lista é claro: Pense no seguinte, uma soma
de
> > > infinitas parcelas positivas é sempre infinito, ou não
necessariamente?
> >Para
> > > ajudar nessa resposta, pense em calcular, por exemplo: 1/10 + 1/100 +
> >1/1000
> > > + ...   . Bom e agora, o que tudo isto tem a ver com sua pergunta?
> > >
> > > Espero ter ajudado, apesar dessa resposta meio enigmática, mas acho
que
> > > assim auxilio mais!
> > >
> > > Frederico.
> > >
> > > >From: "Marcelo Augusto Pereira" <[EMAIL PROTECTED]>
> > > >Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
> > > >To: <[EMAIL PROTECTED]>
> > > >Subject: [obm-l] Impossibilidade do movimento
> > > >Date: Fri, 23 Jan 2004 19:05:25 -0200
> > > >
> > > >Entre dois números reais há infinitos outros. Considere um segmento
de
> >reta
> > > >com o número 0 assinalado em uma ponta e o número 1 marcado na outra.
> > > >Considere também que esse segmento de reta foi representado no chão
com
> >um
> > > >risco de um metro de comprimento. Para cada número entre 0 e 1 há um
> >ponto
> > > >correspondente no segmento de reta e, conseqüentemente, no risco
> >marcado
> >no
> > > >chão. Como eu consigo caminhar do ponto 0 até o ponto 1, se para
chegar
> >de
> > > >0
> > > >até 1 eu tenho que passar por infinitos pontos?
> > > >
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> > > >Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
> > > >http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
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> > > MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil.  http://www.hotmail.com
> > >
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> > > Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
> > > http://www.mat.puc-rio

Re: [obm-l] Impossibilidade do movimento

2004-01-24 Por tôpico Frederico Reis Marques de Brito
Isto é absolutamente falso. Observe que 1/(10^n)   tende a  0quando   n  
tender a infinito, de forma estritamente decrescente, isto é , se  n > m =>  
1/(10^n) < 1/(10^m), mas 0 não é um termo dessa sequência. Posto isto , é 
fácil ver que não existe um menor número e que as demais parcelas são 
múltiplas desta...

Frederico.


From: "Marcelo Augusto Pereira" <[EMAIL PROTECTED]>
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: <[EMAIL PROTECTED]>
Subject: Re: [obm-l] Impossibilidade do movimento
Date: Fri, 23 Jan 2004 22:10:01 -0200
O fato de essa soma ser calculável(1/9)  não indica que existe um número de
valor muito pequeno e que esse número seria o valor mínimo que possa
existir? Assim todos os outros números seriam múltiplos desse menor valor
possível, ou seja, esse número seria algo como um valor quântico. Dessa
forma, também existiria uma unidade quântica de deslocamento linear, o que
faria com que a quantidade de pontos em um segmento de reta não fosse
infinita e o movimento fosse possível. Se para cada número existisse um
menor, a soma teria que ser infinita, e o resultado infinito.
- Original Message -
From: "Frederico Reis Marques de Brito" <[EMAIL PROTECTED]>
To: <[EMAIL PROTECTED]>
Sent: Friday, January 23, 2004 9:27 PM
Subject: RE: [obm-l] Impossibilidade do movimento
>
> Essencialmente esse problema é ujm dos paradoxos de Zenão, um grego 
antigo
> que usava a idéia de infinito para chegar a conclusões aparentemente
> absurdas, tais como a impossibilidade do movimento, por exemplo. Agora 
vou
> dar uma de Dirichlet, o da lista é claro: Pense no seguinte, uma soma de
> infinitas parcelas positivas é sempre infinito, ou não necessariamente?
Para
> ajudar nessa resposta, pense em calcular, por exemplo: 1/10 + 1/100 +
1/1000
> + ...   . Bom e agora, o que tudo isto tem a ver com sua pergunta?
>
> Espero ter ajudado, apesar dessa resposta meio enigmática, mas acho que
> assim auxilio mais!
>
> Frederico.
>
> >From: "Marcelo Augusto Pereira" <[EMAIL PROTECTED]>
> >Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
> >To: <[EMAIL PROTECTED]>
> >Subject: [obm-l] Impossibilidade do movimento
> >Date: Fri, 23 Jan 2004 19:05:25 -0200
> >
> >Entre dois números reais há infinitos outros. Considere um segmento de
reta
> >com o número 0 assinalado em uma ponta e o número 1 marcado na outra.
> >Considere também que esse segmento de reta foi representado no chão com
um
> >risco de um metro de comprimento. Para cada número entre 0 e 1 há um
ponto
> >correspondente no segmento de reta e, conseqüentemente, no risco 
marcado
no
> >chão. Como eu consigo caminhar do ponto 0 até o ponto 1, se para chegar
de
> >0
> >até 1 eu tenho que passar por infinitos pontos?
> >
> 
>=
> >Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
> >http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
> 
>=
>
> _
> MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil.  http://www.hotmail.com
>
> 
=
> Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
> http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
> 
=
>

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=
_
MSN Messenger: converse com os seus amigos online.  
http://messenger.msn.com.br

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


Re: [obm-l] Impossibilidade do movimento

2004-01-23 Por tôpico Marcelo Augusto Pereira
O fato de essa soma ser calculável(1/9)  não indica que existe um número de
valor muito pequeno e que esse número seria o valor mínimo que possa
existir? Assim todos os outros números seriam múltiplos desse menor valor
possível, ou seja, esse número seria algo como um valor quântico. Dessa
forma, também existiria uma unidade quântica de deslocamento linear, o que
faria com que a quantidade de pontos em um segmento de reta não fosse
infinita e o movimento fosse possível. Se para cada número existisse um
menor, a soma teria que ser infinita, e o resultado infinito.

- Original Message - 
From: "Frederico Reis Marques de Brito" <[EMAIL PROTECTED]>
To: <[EMAIL PROTECTED]>
Sent: Friday, January 23, 2004 9:27 PM
Subject: RE: [obm-l] Impossibilidade do movimento


>
> Essencialmente esse problema é ujm dos paradoxos de Zenão, um grego antigo
> que usava a idéia de infinito para chegar a conclusões aparentemente
> absurdas, tais como a impossibilidade do movimento, por exemplo. Agora vou
> dar uma de Dirichlet, o da lista é claro: Pense no seguinte, uma soma de
> infinitas parcelas positivas é sempre infinito, ou não necessariamente?
Para
> ajudar nessa resposta, pense em calcular, por exemplo: 1/10 + 1/100 +
1/1000
> + ...   . Bom e agora, o que tudo isto tem a ver com sua pergunta?
>
> Espero ter ajudado, apesar dessa resposta meio enigmática, mas acho que
> assim auxilio mais!
>
> Frederico.
>
> >From: "Marcelo Augusto Pereira" <[EMAIL PROTECTED]>
> >Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
> >To: <[EMAIL PROTECTED]>
> >Subject: [obm-l] Impossibilidade do movimento
> >Date: Fri, 23 Jan 2004 19:05:25 -0200
> >
> >Entre dois números reais há infinitos outros. Considere um segmento de
reta
> >com o número 0 assinalado em uma ponta e o número 1 marcado na outra.
> >Considere também que esse segmento de reta foi representado no chão com
um
> >risco de um metro de comprimento. Para cada número entre 0 e 1 há um
ponto
> >correspondente no segmento de reta e, conseqüentemente, no risco marcado
no
> >chão. Como eu consigo caminhar do ponto 0 até o ponto 1, se para chegar
de
> >0
> >até 1 eu tenho que passar por infinitos pontos?
> >
> >=
> >Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
> >http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
> >=
>
> _
> MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil.  http://www.hotmail.com
>
> =
> Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
> http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
> =
>

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


RE: [obm-l] Impossibilidade do movimento

2004-01-23 Por tôpico Frederico Reis Marques de Brito
Essencialmente esse problema é ujm dos paradoxos de Zenão, um grego antigo 
que usava a idéia de infinito para chegar a conclusões aparentemente 
absurdas, tais como a impossibilidade do movimento, por exemplo. Agora vou 
dar uma de Dirichlet, o da lista é claro: Pense no seguinte, uma soma de 
infinitas parcelas positivas é sempre infinito, ou não necessariamente? Para 
ajudar nessa resposta, pense em calcular, por exemplo: 1/10 + 1/100 + 1/1000 
+ ...   . Bom e agora, o que tudo isto tem a ver com sua pergunta?

Espero ter ajudado, apesar dessa resposta meio enigmática, mas acho que 
assim auxilio mais!

Frederico.

From: "Marcelo Augusto Pereira" <[EMAIL PROTECTED]>
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: <[EMAIL PROTECTED]>
Subject: [obm-l] Impossibilidade do movimento
Date: Fri, 23 Jan 2004 19:05:25 -0200
Entre dois números reais há infinitos outros. Considere um segmento de reta
com o número 0 assinalado em uma ponta e o número 1 marcado na outra.
Considere também que esse segmento de reta foi representado no chão com um
risco de um metro de comprimento. Para cada número entre 0 e 1 há um ponto
correspondente no segmento de reta e, conseqüentemente, no risco marcado no
chão. Como eu consigo caminhar do ponto 0 até o ponto 1, se para chegar de 
0
até 1 eu tenho que passar por infinitos pontos?

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=
_
MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil.  http://www.hotmail.com
=
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http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


Re: [obm-l] Impossibilidade do movimento

2004-01-23 Por tôpico Valdery Sousa
Caro Marcelo,
  
Achei interessante o seu raciocinio , pois na Fisica hah um problema semelhante : um certo filosofo de nome Zenao (escrito com til no "a"),na Grecia clássica, afirmou que o movimento deveria ser impossivel por a pessoa ter que passar por infinitos pontos entre um ponto "A" e um ponto "B". Fisicamente, a explicacao desse problema deve ser feito pensando no conceito de movimento instantaneo (detalhe que o filosfo em questao nem sabia por nao existir na matematica daquele tempo a derivada), que eh dado pela formula lim.dx/dΔt. Matematicamente, talvez haja semelhança com
 esse problema.
 
___Marcelo Augusto Pereira <[EMAIL PROTECTED]> wrote:




Entre dois números reais há infinitos outros. Considere um segmento de reta com o número 0 assinalado em uma ponta e o número 1 marcado na outra. Considere também que esse segmento de reta foi representado no chão com um risco de um metro de comprimento. Para cada número entre 0 e 1 há um ponto correspondente no segmento de reta. Como eu consigo caminhar do ponto 0 até o ponto 1, se para chegar de 0 até 1 eu tenho que passar por infinitos pontos?Yahoo! GeoCities: a maneira mais fácil de criar seu web site grátis!