Os critérios objetivos podem ser discutidos. A questão principal é que a classificação por preferência não funciona e não deve ser usada. Que critério define se uma via é arterial ou não? Por quê a classificação das primary funcionou muito melhor que a das secondary e tertiary?
As secondary e tertiary desligadas do mapa não são uma mera questão estética. Uma via secundária deve dar acesso a uma via principal (diretamente ou através de outra secondary). Um mapa só com as motorway, trunk e primary deve fazer sentido (no caso de Porto Alegre, faz). Um mapa com esses três tipos e as secondary também deve fazer sentido (no caso de Porto Alegre, não faz: o mapa ficaria com ruas desconectadas, aparentemente ligando nada a coisa alguma). O mesmo vale para as tertiary. É fácil definir regras que podem ser seguidas por qualquer um. O difícil é fazer com que elas gerem mapas bons. É certo que devemos tentar uniformizar os critérios o máximo possível, mas existe (e sempre existirá) alguma subjetividade no mapeamento. É o que nos torna diferentes de máquinas. É o que faz com que mapear seja tanto uma arte quanto uma ciência. A propósito, em http://www.openstreetmap.org/#map=17/-30.05257/-51.21590(uma área que classificaste como "boa") não há motivo para a Marcílio Dias, a Barão do Triunfo e a Visconde do Herval serem tertiary, se elas nem atravessam a Érico Veríssimo (pelo menos até algum tempo atrás, a Barão do Triunfo tinha até feira que bloqueava a rua uma vez por semana), assim como não há por quê a Botafogo não ser tertiary no trecho entre a Múcio Teixeira e a Getúlio Vargas, o que permitiria ir diretamente por ela da Praia de Belas até a Azenha. Pela classificação por preferência, se uma rua residencial for cortada por outra rua residencial, ela automaticamente vira tertiary, mas se ela seguir sem transversais ela continua residential. ISSO é o problema da classificação por preferência, e é por isso que eu digo que ela está errada em sua natureza, não importa quais outras regras se usem para corrigí-la. O que podemos fazer a respeito? Adotar algum critério para as secondary e tertiary semelhante ao que foi feito para primary. Eu fiz uma proposta. Aparentemente, a palavra "importante" atrapalhou. Alguém tem outra sugestão? Acho que é bem mais fácil e produtivo decidir localmente (com a comunidade que conhece a cidade) o grau de "importância" (ou algum outro critério que se definir) de uma via do que tentar criar uma regra geral e complexa que se adate a todas as situações. O que aconteceu em Porto Alegre não é normal, e não adianta tentar culpar a prefeitura por falta de planejamento urbano. A maioria das cidades do mundo é assim. Temos que usar isso como um aprendizado e reformular os critérios, mas não há nada melhor que o conhecimento local para gerar um mapa bom. -- Flávio Bello Fialho bello.fla...@gmail.com
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