Bom, aqui no Rio, eu sou mais interessado que o Arlindo para classificação
de vias, porém sempre discuto um pouquinho com ele para ter segurança das
minhas decisões.
Gostaria de entrar num consenso com o resto do Brasil, vou explicar o meu
esquema:

Primeiramente eu reservo "corredores" entre os bairros e intra-bairros ao
invés de simplesmente vias isolados. Essa é a minha principal
característica para organizar as vias. Depois disso analiso a hierarquia
entre tais "corredores" e estabeleci alguns padrões:

- Evitar descontinuidades. Exemplos: [1] pequenos trechos motorway (sem
sinais) em um corredor trunk; [2] binários curtos ("primary") ligando
trechos de via rápida ("trunk");

- Evitar "ilhas" e "cul-de-sac", principalmente em vias de hierarquia acima
ou igual a tertiary;

- Um complemento a esse pensamento de "evitar cul-de-sac" é também evitar
pontas cegas. Não evito completamente, mas pelo menos tento não ligar
hierarquias muito contrastantes. Por exemplo, em ferramentas de revisão é
depreciado ligar motorway com qualquer um outro tipo de via que não seja
trunk, motorway_link ou service;

- Algumas vias até ligam bairros OFICIAIS, mas não são tão importantes e
criariam tais "cul-de-sac" por estar ligados a binários desiguais, e assim
criariam corredores capengas. Como no exemplo do Corte do Cantagalo [3].

Fiz um documento [4] para esse meu pensamento há muito tempo, também
engloba o que penso sobre links em geral, talvez alguns se lembrem. Vale
lembrar que o Rio de Janeiro é muito descontínuo em certas partes, então
devem haver discussões diferentes para bairros mesmo na mesma cidade.
Comparem por exemplo Cordovil [5] com Copacabana. São realidades espaciais
diferentes, e naturalmente a movimentação em vias residenciais ou mesmo
vias importantes vão ser diferentes.

Peço desculpas por não ler aquela toda discussão ou ter discutido com mais
atenção, mas não tive tempo, estive atarefado.

E eu também achei absurdo o número de tertiary em Porto Alegre, há algo
errado e esse modelo deve ser discutido mais. Não é simplesmente porque não
conheço a cidade, tem algum problema com a gestão de hierarquia que você
fez.
E Trebien, acho que você está sendo um pouco contraditório ao dizer que
essa linha de pensamento de "importância" é tagging for the renderer.
Utilizar apenas fatores *físicos* para tags de *hierarquia* é justamente o
que caracteriza tagging for the renderer.

Eu acho que deve se haver uma pequena abertura para discussão da comunidade
local sim. Como disse, seria muito bom uma wiki para cada região
metropolitana.

Um abraço

[1]: Túnel Santa Bárbara e Av. 31 de Março, são vias sem sinais, porém
ligam a R. Prof. Pereira Reis (com sinais) e Pinheiro Machado (com sinais).
http://osm.org/go/OVc0kS3M
[2]: Binário Túnel do Pasmado e Av. Pasteur/Venceslau Brás, liga o corredor
Av. Lauro Sodré - Aterro do Flamengo. http://osm.org/go/OVcxz7QFE-
[3]: Corte do Cantagalo ou Av. Henrique Dodsworth, liga Copacabana à Lagoa.
http://osm.org/go/OVcxhD0m8--
[4]: http://i.imgur.com/H47HSya.gif
[5]: http://osm.org/go/OVdKZpN6


2013/8/29 Fernando Trebien <fernando.treb...@gmail.com>

> Concordo com vocês, até entrarmos no debate de classificação (e
> durante também) eu vinha sempre mapeando coisas que não existiam ainda
> em outros mapas.
>
> Mas acho que o que sustenta essa discussão é o fato de que a
> classificação é a primeira coisa que o usuário enxerga ao acessar o
> mapa pela primeira vez. Enfim, esse parece ser o assunto mais
> capicioso e mais subjetivo de todos no OSM, todo o resto me parece
> suficientemente claro e auto-explicativo (nada que levaria mais de 3
> ou 4 frases pra explicar e ficar claro). Até explicar como se usa
> relações é milhares de vezes mais fácil do que decidir uma
> classificação (mesmo local) que agrade a maioria (ou que desagrade o
> mínimo possível).
>
> 2013/8/29 Arlindo Pereira <openstreet...@arlindopereira.com>:
> > Aqui no Rio, eu mapeio as coisas meio no feeling. Tipo, se passam várias
> > linhas de ônibus, a via deve ser pelo menos terciária; se é a ligação
> entre
> > diversos bairros, pelo menos secundária, e por aí vai.
> >
> > Não cheguei a olhar com calma o algoritmo, pois prefiro focar no
> > micromapping e nas revisões de outros usuários, mas o Geaquinto andou
> > mudando a classificação de diversas ruas e avenidas aqui no Rio - e eu
> > concordei com a maioria das mudanças.
> >
> > Como não conheço PoA (já fui ao FISL 2x, mas não cheguei a andar muito na
> > cidade), preferi não me meter na discussão. Mas concordo que seja mais
> > interessante mapear áreas rurais/não mapeadas no Google na medida do
> > possível.
> >
> > []s
> > Arlindo Pereira
> >
> > 2013/8/29 Gerald Weber <gwebe...@gmail.com>
> >>
> >> Olá Pessoal
> >>
> >> vou meter minha colher de pau na discussão novamente
> >>
> >>
> >> 2013/8/28 Flavio Bello Fialho <bello.fla...@gmail.com>
> >>>
> >>> Porto Alegre: http://www.openstreetmap.org/#map=14/-30.0150/-51.1361
> >>> Londres: http://www.openstreetmap.org/#map=14/51.4816/-0.0560
> >>
> >>
> >> Eu conheço um pouco de Londres. É uma cidade com muitos bolsões
> >> residenciais, somente com trânsito local, mesmo no centro. O mapa
> indicado
> >> representa bem o que eu conheço da cidade. Muitas vias residenciais
> isoladas
> >> ligadas por esparsas vias terciárias. Para morar é ótimo,
> super-sossegado,
> >> para se locomover é um inferno.
> >>
> >> Já Porto Alegre eu estive em Julho por uma semana. Depois de começar a
> >> interagir com o OSM é difícil não andar num lugar novo e não pensar na
> >> classificações que eu daria nas ruas, acho que esta história de mapear
> é uma
> >> verdadeira cachaça :) No caso, eu andei bastante à pé no entorno da
> Avenida
> >> Carlos Gomes e me chamou a atenção o trânsito intenso em todas as vias.
> >> Portanto quando olho o mapa atual de Porto Alegre me parece bastante
> >> coerente o número grande de vias terciárias.
> >>
> >> Naturalmente este é um olhar de forasteiro ;)
> >>
> >> Agora dito isto, eu penso que os nossos mapas tem tantas deficiências,
> >> tantas cidades médias e grandes com quase nada mapeado que nossas
> >> prioridades deveriam ser outras.
> >>
> >> Por isto hoje em dia eu quase só mapeio em áreas rurais. Iniciei
> mapeando
> >> meu bairro em Belo Horizonte. Foi um aprendizado muito bom. Mas existem
> >> várias alternativas de mapas para BH. Poucas pessoas entendem porque
> >> deveriam usar os mapas do OSM de BH se existem tantas alternativas. Já
> as
> >> áreas rurais são completamente carentes, não existem alternativas e por
> isto
> >> que hoje eu concentro meus esforços nestas regiões. Quando a gente
> mostra um
> >> mapa completo de uma região que no Google só aparece como um único
> pontinho,
> >> aí você captura o interesse das pessoas.
> >>
> >> Eu vi que vocês já estão acalmando um pouco na discussão. Isto é muito
> >> bom. Então aproveitem e identifiquem as verdadeiras carências de suas
> >> regiões. Eu tenho certeza que são muitas.
> >>
> >> um grande abraço
> >>
> >> Gerald
> >>
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> "The speed of computer chips doubles every 18 months." (Moore's law)
> "The speed of software halves every 18 months." (Gates' law)
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