kaì sú, téknon;

2011/9/18 Manuel Doria <manueldo...@gmail.com>

> Essa é uma questão do expertise do Dr Carnielli e outros membros da lista
> que trabalham com lógica informal/argumentativa (área que julgo de
> importância suprema)
>
> Nem todo apelo a autoridades é uma instância da falácia *argumentum ad
> verecundiam*. O problema são apelos a autoridades *inadequadas*. Apelos a
> autoridade *legítimos* são legítimos quando servem como um *proxy* para a
> justificação epistêmica.
>
> Por exemplo, em uma discussão hipotética onde alguém está insistindo que um
> prédio foi mal projetado e outro rebate "você está errado, meu tio é
> engenheiro civil e disse o contrário", em minha interpretação isso não é
> necessariamente um *ad verecundiam*. Se as razões da autoridade que entrou
> de pára-quedas na discussão justificam a asserção, mesmo que a pessoa que a
> citou não saiba quais são, então o apelo a autoridade não foi falacioso.
>
> Quando um apelo a autoridade é falacioso? Muitas vezes é difícil de
> determinar, mas em geral quando nos apoiamos:
>
> 1) em autoridades que possuem expertise em uma área para falar de outra que
> não é de seu expertise (por exemplo, se apoiar em opiniões de Einstein em
> nutrição ou política em virtude dele ser Albert Einstein)
>
> 2) autoridades legítimas em determinada área cujo posicionamento não seja
> consensual dentre os experts (ex: em cosmologia não faltam autoridades do
> mais alto calibre como Roger Penrose ou Alan Guth mas quase sempre se apoiar
> exclusivamente na autoridade de cosmólogos para falar a respeito de
> cosmologia seria *ad verecundiam* porque não há consenso em muitos
> âmbitos, então meramente sua menção não serviria como *proxy* para
> justificar uma asserção)
>
> Um forte abraço.
>
> 2011/9/18 Eduardo Ochs <eduardoo...@gmail.com>
>
>> Onde fica a linha divisória entre quem "sabe Física e Matemática" e
>> quem não sabe? Me parece muito fácil dizer "se você não entende o que
>> eu digo, vai estudar"... Mas aí você acaba escrevendo mensagens de uma
>> linha que são úteis pra pouca gente e antipáticas pra muitos...
>> Enquanto algo um pouquinho mais bem explicado seria mais útil para
>> todos.
>>
>> > 2) digito com dificuldade.
>>
>> Como assim?????? Você pode explicar melhor como você funciona? Quando
>> eu tenho dificuldade pra fazer alguma coisa eu penso bem mais antes de
>> fazê-la... Eu passei um tempão tentando descobrir porque é que você
>> tinha mandado essa mensagem daqui,
>>
>>  http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/006081.html
>>
>> e não consegui fazer nenhuma hipótese razoável sobre qual era a sua
>> intenção com ela...
>>
>> > (Disse que sou químico porque o sou; tive muitas horas de
>> > laboratório, e, sim, aprendi que, na prática, a teoria é outra...)
>>
>> Não, você é alguém que sabe a senha do Dória e está se aproveitando de
>> que o Dória era químico pra dizer qualquer coisa. Se você fosse
>> químico você se comportaria como tal.
>>
>>  [[]],
>>     Eduardo Ochs
>>    eduardoo...@gmail.com
>>    http://angg.twu.net/
>>
>>
>> 2011/9/18 Francisco Antonio Doria <famado...@gmail.com>
>>
>> > Três coisas:
>> >
>> > 1) estava viajando, com o iPhone mas sem computador.
>> >
>> > 2) digito com dificuldade.
>> >
>> > 3) não vejo como fazer filosofia da física sem saber física - e
>> matemática.
>> >
>> > Já apareceu aqui o argumento que retorna volta e meia, sobre o não ser a
>> > matemática uma ciência. Física é ciência, matemática, de modo algum. aí
>> > pergunto: e a teoria de Seiberg-Witten, é matemática ou física?
>> Complicado,
>> > e arbitrário decidi-lo...
>> >
>> > (Disse que sou químico porque o sou; tive muitas horas de laboratório,
>> e,
>> > sim, aprendi que, na prática, a teoria é outra...)
>> >
>> >
>> > 2011/9/18 Claus Akira Horodynski Matsushigue <claus...@mat.unb.br>
>> >
>> >> Olá a todos...
>> >>
>> >> Eu concordo em gênero, número e grau com o Eduardo.
>> >> Lembro que argumentos de autoridades são bem autoritários,
>> >> ainda mais quando as "autoridades" citadas são os próprios
>> >> e/ou de uma vizinhança próxima.
>> >>
>> >> Entretanto, com grande vigor, gostaria que relevássemos um
>> >> tanto acontecimentos indelicados deste tipo em nome de um
>> >> ótimo ambiente de harmonia e serenidade na nossa área, não
>> >> deixando ocorrer nela o que ocorre em outras áreas.
>> >>
>> >> Assim, cada qual vai formando as suas próprias opiniões e
>> >> tomando os seus lados, mas mantendo a coesão interna da
>> >> área.  O importante é que não se tome erroneamente a idéia
>> >> que alguns "dominem"  a área por se posicionarem mais
>> >> efusivamente.
>> >>
>> >> Comentário:
>> >>
>> >> O tal de Popper, assim como outros como Kuhn e Piage, são
>> >> base de toda uma Teoria.  É completamente ridículo dizer-se que
>> >> concorda ou não com tais personalidades (acho que tomaria zero
>> >> em uma prova nas nossas Universidades), assim como seria
>> >> sem senso dizer que concorda ou não com Sócrates ou Aristóteles.
>> >>
>> >> Depois do ponta-pé inicial destes camaradas, muito já foi discutido
>> >> e trabalhando nas áreas que eles são protagonistas.  Assiim
>> >> discussões mais sérias respeitaria tudo mais que já se falou sobre.
>> >>
>> >> Em particular sobre Popper, trata prioritariamente das ditas Ciências
>> >> Naturais/Experimentais, des considerando, entre outras, as Ciências
>> >> Humanas, na linha positivista normal à época.
>> >>
>> >> Abraços, Claus
>> >>
>> >>
>> >> 2011/9/18 Eduardo Ochs <eduardoo...@gmail.com>
>> >>
>> >> > Desculpem me meter com uma questão de netiqueta, mas lá vai. Não
>> >> > consigo mais me controlar!!! 8-|
>> >> >
>> >> > O Dória tem mandado essas mensagens de uma ou duas linhas na qual
>> nada
>> >> > fica explicado... e pelo menos uma vez ele já usou um argumento de
>> >> > autoridade explícito - "Sou quimico, Walter":
>> >> >
>> >> >
>> http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/006043.html
>> >> >
>> >> > No início eu achava que praticamente todo mundo ficava frustrado com
>> >> > essas mensagens, mas ninguém se atrevia a falar nada... agora eu
>> estou
>> >> > vendo que apesar de que eu teria jurado de pés juntos que elas são
>> >> > irrespondíveis - eu pensava: como é que a gente vai dialogar com
>> >> > alguém que diz coisas como estas,
>> >> >
>> >> >
>> http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/005993.html
>> >> >
>> http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/005995.html
>> >> >
>> >> > e que dificilmente vai responder mais que uma linha? Mas aí eu vi que
>> >> > não só ninguém reclamou como algumas pessoas discutiam com o Dória
>> com
>> >> > a maior naturalidade... aí aqui o Dória diz que o _Júlio_ tá usando
>> um
>> >> > argumento de autoridade ao citar o Marcelo Gleiser,
>> >> >
>> >> >
>> http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/006081.html
>> >> >
>> >> > e nas mensagens seguinte o Júlio fica tentando se defender... acho
>> >> > isso uma sacanagem, e a minha sensação é de que a gente tá preso
>> >> > dentro do "The Argument Sketch" do Monty Python...
>> >> >
>> >> > Acho que esse tipo de coisa merece um nome - "argumentum doricum"?
>> >> > "Argumentum ad iPhonum"?... Alguém mais tem alguma opinião a respeito
>> >> > disso - e agora, depois do meu desbafo, ficaria à vontade de
>> >> > compartilhar com os demais?...
>> >> >
>> >> >  [[]]s,
>> >> >     Eduardo Ochs
>> >> >    eduardoo...@gmail.com
>> >> >    http://angg.twu.net/
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