Não passou pela minha cabeça nada disso. Apenas comentei uma opção que é minha.
Aliás, não faço a menor ideia de qual seria o engajamento ideológico do Mário 
Ferreira dos Santos. Mas, jamais suporia que você pensasse em fazer 
patrulhamento algum. Você claramente manifestou uma impressão das suas 
leituras, é seu direito. Sou eu que não me sinto em condições de comentar o 
trabalho de um sujeito que eu não li.

Só acrescento o seguinte: MFS não foi o primeiro a fazer Filosofia no Brasil. 
Os jesuítas quando aqui chegaram já começaram os primeiros estudos linguísticos 
e antropológicos e o que eles escreveram sobre os indígenas já tem uma reflexão 
filosófica importante. Também, para mim o Padre Vieira, que era reacionário 
sim, tinha já um trabalho de valor filosófico, muito mais que literário. O 
próprio José Bonifácio, que era alguém mais de vanguarda, além de cientista 
formado em Coimbra, legou uma obra interdisciplinar importante, já falava por 
exemplo de ecologia do ponto de vista dos impactos sociais e da necessidade da 
sociedade brasileira se reformar. 

Ademais, assim como falamos de literatura de língua portuguesa, acho 
perfeitamente recomendável falar de Filosofia em língua portuguesa. Portugal 
teve filósofos importantes e estes fazem parte de um legado lusófono que o 
Brasil também herdou.

> On 16 Sep 2018, at 14:04, Jessé Silva <aprendizforeve...@gmail.com> wrote:
> 
> Cassiano Terra Rodrigues, legal, interessante.
> 
> Eu confesso que venho com uma certa curiosidade em relação as obras do Mario.
> Eu sei que muitos odeiam o Olavo, e por ele ter citado o Mario, muitos acabam 
> que tendendo a repelir também o mesmo.
> Sei também que há correntes de pensamento, como o próprio citado materialismo 
> dialético, dentre outras que realmente podem se opor a filosofia do Mario.
> 
> Mas confesso que isso pra mim nada tem importância, no meu entender, não 
> passa de intrigas que não levam a nada, cujo o único objetivo é tentar 
> impossibilitar um estudante livre amante da verdade de absorver uma 
> informação ou outra, motivo este muitas vezes inconfessáveis.
> 
> Coisa que no meu entender, no fundo, não passa de um anti-intelectualismo, eu 
> como um simples estudando, mesmo que iniciante, percebo isto claramente, e 
> digo: jamais. Jamais deixaria de ler um autor ou outro por motivos tão 
> espúrios.
> 
> 
>> Em dom, 16 de set de 2018 às 13:23, Cassiano Terra Rodrigues 
>> <cassiano.te...@gmail.com> escreveu:
>> Colegas, 
>> Apenas alguns relatos. Desculpem se me alongo desnecessariamente.
>> Minha avó, quando se graduou em pedagogia pelo Instituto Itapetiningano de 
>> Ensino Superior, hoje praticamente inexistente, estudou o Parmênides de 
>> Platão pelo comentário de MFS. Legou-me esse volume, bem como os de 
>> Filosofia Concreta, dizendo "Não entendi nada, tomara q vc entenda, mas nem 
>> se preocupe em me contar, já passei da época". Lembro q ao lê-los minha 
>> impressão foi a de ter conhecido uma obra bestial, como dizem os lusitanos. 
>> Não consegui dizer isso à minha avó, falecida anteriormente e conforta-me 
>> pensar q ela foi poupada de mais esse conhecimento na vida (assumindo aqui 
>> certo tom nietzschiano, para quem o conhecimento pode ser um fardo). 
>> Hoje, na Wikipedia, li o seguinte: "Segundo Olavo de Carvalho, Mário 
>> Ferreira dos Santos foi ostracizado no meio acadêmico brasileiro, tendo 
>> sofrido uma espécie de boicote nas universidades brasileiras nas quais a 
>> vertente dominante era o materialismo dialético." 
>> Hj percebo q não tenho razões para rever minhas impressões de jovem 
>> estudante, ao reler a fórmula de abissal sapiência em lavra do referido MFS: 
>> "Alguma coisa há, e o nada absoluto não há". Fiquei descurioso em rever 
>> quais métodos da filosofia da matemática MFS usa para tratar de temas 
>> filosóficos.
>> Resta ainda dizer q minha avó e Olavo de Carvalho certamente são autoridades 
>> a serem consideradas, mas em áreas diferentes, é claro, minha avó se era boa 
>> professora do primário e excelente fazedora de biscoitinhos de nata, jamais 
>> entendeu patavina de astrologia, apesar de em certa época andar com 
>> pirâmides de arame na cabeça (quem viveu nos anos de 1980 deve se lembrar 
>> dessa moda). 
>> 
>> Saudações,
>> cass. 
>> 
>> -- 
>> --
>> Prof. Dr. Cassiano Terra Rodrigues 
>> Departamento de Humanidades - Divisão de Ciências Fundamentais
>> Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA)
>> 
>> --
>> lealdade, humildade, procedimento
>> 
>> -- 
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